quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Dizer no que você crê é mais claro que dizer “calvinista”


Nós somos cristãos. Seres radicais, de sangue puro, saturados de Bíblia, exaltadores de Cristo e centrados em Deus. Nós avançamos com missões, ganhamos almas, amamos a igreja, buscamos a santidade e saboreamos a soberania. Somos completamente embriagados pela graça, quebrantados de coração e  felizes seguidores do Cristo onipotente crucificado. Pelo menos esse é o nosso compromisso imperfeito.
Em outras palavras, somos calvinistas, mas esse rótulo não é nem um pouco útil para dizer às pessoas no que você realmente acredita! Então esqueça o rótulo, se isso ajudar, e diga a elas claramente, sem evasivas e sem ambiguidade, o que você acredita a respeito da salvação.
Se eles disserem “Você é um calvinista?” diga “Você decide. É nisso aqui que eu creio…”
Eu creio que sou tão espiritualmente corrupto e orgulhoso e rebelde que eu nunca teria vindo à fé em Jesus sem a misericordiosa e soberana vitória de Deus sobre os últimos vestígios da minha rebelião. (1 Coríntios 2:14; Efésios 3:1-4; Romanos 8:7)
Eu creio que Deus me escolheu antes da fundação do mundo para ser seu filho, sem basear essa escolha em nada que pudesse haver em mim no presente ou no futuro. (Efésios 1:4-6; Atos 13:48; Romanos 8:29-30; Romanos 11:5-7)
Creio que Cristo morreu como um substituto dos pecadores para, de boa fé, oferecer salvação a todas as pessoas. Creio que ele teve um plano invencível em sua morte para obter sua noiva escolhida, a saber, a assembléia de todos os crentes, cujos nomes foram eternamente escritos no livro da vida do Cordeiro que foi morto. (João 3:16; João 10:15; Efésios 5:25; Apocalipse 13:8)
Quando eu estava morto em minhas transgressões, e cego para a beleza de Cristo, Deus me tornou vivo, abriu os olhos do meu coração, me deu a capacidade de crer e me uniu a Jesus, com todos os benefícios do perdão e da justificação e da vida eterna (Efésios 2:4-5; 2 Coríntios 4:6; Filipenses 2:29; Efésios 2:8-9; Atos 16:14; Efésios 1:7; Filipenses 3:9)
Estou eternamente seguro não por causa de qualquer coisa que eu tenha feito no passado, mas decisivamente porque Deus é fiel para completar a obra que ele começou – sustentar minha fé e me manter longe da apostasia, e me afastar do pecado que leva à morte (1 Coríntios 1:8-9; 1 Tessalonicenses 5:23-24; Filipenses 1:6; 1 Pedro 1:5; Judas 25; João 10:28-29; 1 João 5:16)
Chame do jeito que você quiser, isso é minha vida. Eu acredito nisso porque eu vejo isso na Bíblia. E porque eu experimentei isso. Louvor eterno à grandeza da glória da graça de Deus!
Traduzido por Daniel TC | iPródigo | Original aqui.

Intercâmbio feito por Ruan Medeiros

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Escritura Sagrada


                   Um dos maiores tesouros herdados pela humanidade é a Palavra de Deus, a Bíblia Sagrada. É o livro que desde os temos mais antigo fala ao coração humano, desafiando, instruindo e apontando o caminho para a salvação em Cristo.

                Em 2ª Pe 1:19-21 fica claro que “Nenhuma profecia da Escritura provém de particular elucidação... homens (santos) falaram da parte de Deus movidos pelo Espírito Santo”. O que é a Escritura para o cristão?

A Escritura é a revelação de Deus que por Ele foi inspirada, isto é, foi soprada por Deus. Não se trata de fruto de elocubrações humanas. Esta revelação de Deus é superior à revelação natural que revelam a glória de Deus (Sl 19:1-4). Esta revelação possibilita o conhecimento de Deus e de Sua vontade (Is 8:20). Quando alguém quiser conhecer a Deus e sua vontade, este pode debruçar-se sobre as Escrituras e satisfará o anseio de Deus. Esta Escritura responde a tudo que o homem precisa para sua salvação (Jo 5:39; Rm 15:4).

                A Escritura, também, é um conjunto de livros composto de 39 livros do Velho Testamento escritos originalmente em hebraico e parte em Aramaico e 27 livros do Novo Testamento escritos originalmente em grego.

                A Escritura é a Palavra Viva de Deus, pois em todo e qualquer tempo ela está falando ao coração dos homens. É viva porque ela é perfeita e digna de toda aceitação, sempre atinge seu propósito para a qual foi escrita. É viva uma vez que é o próprio Espírito Santo que ilumina, esclarece e aplica e está estendida a todos os povos sem nenhuma distinção.

                A Escritura é a Palavra Completa de Deus uma vez que seu conteúdo é suficiente para os seus propósitos (Jo 21:25). Não precisa ser complementada, alterada, atualizada, acrescentada. Na verdade alterá-la traz juízo para aquele que o faz. Ela não carece de novas revelações. Na sua interpretação precisamos fazê-lo com cuidado, zelo e temor (Mc 7:13). Na sua compreensão dependemos inteiramente do Senhor (Sl 119:125), pois não se trata de pura compreensão gramatical, histórico, cultual ou filosófico.

                Estes são alguns aspectos gerais das Escrituras Sagradas que não pode ser esquecidos ou desprezados, pois são preciosidades da fé reformada. Sustentação de uma fé baseadas no que Deus diz e faz.

Rev. Fábio José Bernardo 

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

UMP INDICA: SOM DO CÉU 2013

Um dos eventos mais antigos de música cristã terá mais uma edição de 25 a 30 de março, em Minas Gerais. O encontro, realizado desde 1985 pela MPC (mocodade Para Cristo) conta com a participação de grande número de cantores cristãos de primeira linha. Este ano, teremos a participação de Gladir Cabral, Grupo Logos, Fernando Merlino, Banda Crombie, Grupo Sal da Terra, Carol Gualberto, entre tantos outros. entre as várias apresentações e shows, debates, sobre música, arte e cristandade.

Para conhecer um pouco da história desse belo tabalho veja o texto Pré-história do Som do Céu.

http://mpc.org.br/blog/somdoceu/2011/02/pre-historia-do-som-do-ceu/

Ainda não é este ano, mais um dia, se Deus quiser, participarei de um Som do Céu. Enquanto esse dia não chega, divulgo ao máximo para que, quem possa ir, esteja lá. Como se inscrever, valores e todas as informações sobre o evento, você vê em

http://mpc.org.br/blog/somdoceu/

No som do céu tivemos a descoberta do grande talento de Aline Pignaton. Neste vídeo, ela canta com o mestre Gladir Cabral a música Alteridade.


Presb. Cícero Pereira

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Qual a Diferença entre a Teologia da Prosperidade e a Prosperidade Bíblica? Com a Palavra, Hernandes Dias Lopes


Há uma grande confusão no meio evangélico acerca da teologia da prosperidade. É claro que a Bíblia ensina acerca da prosperidade. No Antigo Testamento as bênçãos divinas eram traduzidas em termos de prosperidade material. Também no Novo Testamento é claro o princípio de que, quando semeamos com abundância, colhemos com fartura (2Co 8-9). Não concordamos com a teologia da miséria nem no voto de pobreza como algo meritório. Precisamos entender, porém, que prosperidade não é apenas bens materiais. Uma pessoa pode ser pobre e ser próspera e uma pessoa pode ser rica sem experimentar a prosperidade bíblica. Há pobres ricos e ricos pobres. Todo crente em Cristo é próspero, pois já é abençoado com toda sorte de bênção espiritual em Cristo Jesus. A teologia da prosperidade, entretanto, induz as pessoas a acreditarem que todo crente será rico e não terá doença. Muita gente é atraída para esse tipo de pregação porque deseja coisas e não Deus; está mais interessada no que Deus dá do que em quem Deus é. Movidos por essa falsa interpretação muitos pregadores transformam o evangelho num produto, o púlpito num balcão, o templo numa praça de negócios, os crentes em consumidores e o lucro como objetivo último da igreja. Precisamos urgentemente voltar às Escrituras. Os púlpitos precisam se comprometer com o Evangelho da graça!

Hernandes Dias Lopes.

Rodrigo Ribeiro

Novos moldes - O Cristianismo do século XXI e suas transformações

Não queria falar sobre esse assunto. Afinal, uma notícia bombástica como a renúncia do Papa Bento XVI está em todo lugar, em toda manchete e acaba saturando rapidamente. Pois repetidamente, declarações iguais são ditas e a mesmice das páginas informativas, jornais impressos e a própria TV traz cansaço aos ouvidos. Porém, quero trazer um ponto de vista um pouco diferente quanto ao fato. Sim, talvez alguém já tenha dito o mesmo que direi. Mas quero fazer uso do fato para expor meu pensamento e estas breves palavras quanto ao ocorrido.
De cara, sabemos que o pretexto dado pelo Papa não cola. É, a grande maioria do Papas, se não todos, chegam ao cargo em idade avançada. Porém, todos desfrutam de uma mordomia oferecida pela igreja católica. Não tendo eles esforço físico para realização de suas tarefas sacras. E também não quero falar de uma tal relação da renúncia dele com Apocalipse 17. A opinião mais convincente e que nos é mais possível estudar é a de opressão política do estado (Vaticano).
No entanto, a opinião que me chamou atenção essa semana foi o comentário da jornalista paraibana Rachel Sheherazade, ancora do SBT Brasil, que está sendo veiculada na internet.

Em sua crítica a apresentadora questiona qual a posição que deve ser tomada pela fé cristã. Se a fé deve se adaptar ao cristão ou se é o homem que deve se dobrar diante da fé; se a igreja deve se moldar ao mundo moderno. Logo, não há como não lembrar do texto de Romanos 12:2:
“E não sede conformados com este mundo, mas sede transformados pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus”.
Sim. A apresentadora está corretíssima a fazer tal questionamento. Afinal, não é a partir desse fato isoladamente que se deve chegar a essa conclusão de que a igreja está tomando rumos pecaminosos. Pois estamos lidando com uma igreja que tem buscado a qualquer custo elementos tipicamente mundanos para sobrepor à Palavra de Deus. Colocando na frente da Verdade Revelada coisas que tiram a glória de Deus para agradar ao mundo mostrando ser uma instituição simpática e avessa à totalidade da palavra de Deus, relativizando-a para moldar-se ao mundo.
“Adúlteros e adúlteras, não sabeis vós que a amizade do mundo é inimizade contra Deus? Portanto, qualquer que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus”. Tiago 4:4
“Quantas caras a igreja deve ter para atrair mais e mais fiéis?” Essa dura pergunta é o que deve ser o questionamento levantado para o Brasil gospel que parece ser a oposição do Brasil corrupto e imoral. Mas que na verdade tem feito alianças com o mundo construindo uma relação amistosa com práticas mundanas. Contudo, acabo a minha observação com a frase da referida jornalista: “de fato, passarão muitos Papas, mudarão costumes, dogmas. Só uma coisa não pode mudar: as palavras sagradas”.
“Passará o céu e a terra, mas as minhas palavras não passarão.” Marcos 13:31
Walisson Alves

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

E o Jeitinho Brasileiro?

              É comum ouvirmos uma exaltação ao “jeitinho brasileiro” de resolver as coisas. Há um jeitinho brasileiro para tudo: para não pagar uma conta, para ser atendido mais depressa em uma fila, para ludibriar um compromisso, para ganhar algo que não é lícito ou devido. Resumindo, “jeitinho brasileiro” é um termo simpático para caracterizar um comportamento antiético e, na maior parte das vezes, prejudicial a outrem.
                
                Para os cristãos, o tal do “jeitinho brasileiro” é algo que não agrada a Deus. Em Provérbios 21, são elencados inúmeros comportamentos que diferenciam o justo e o ímpio. E se analisarmos detidamente, muito dos comportamentos atribuídos aos ímpios, são também aqueles que se enquadram dentro do modo brasileiro de ser.

                Um exemplo disso, é descrito no versículo 6: “Trabalhar com língua falsa para ajuntar tesouros é vaidade que conduz aqueles que buscam a morte”. Mentir, subornar, sonegar - verbos tão conhecidos e praticados no nosso país - são caminhos que levam à morte, segundo a Palavra de Deus. Aliás, mais do que levar à morte, são caminhos buscados, ou seja, trilhados por aqueles que estão espiritualmente mortos.

                No versículo 10, lemos: “A alma do ímpio deseja o mal; o seu próximo não agrada aos seus olhos”. O egoísmo, o jogo de interesses e a inveja tem sido uma constante nas relações sociais dos dias atuais e tais comportamentos nos distanciam do segundo mandamento da lei de Deus que preconiza que amemos ao nosso próximo como a nós mesmos. Cada vez que agimos contra os nossos irmãos, estamos ferindo também o nosso relacionamento com Deus, pois, de acordo com as palavras do próprio Jesus: “Em verdade vos digo que quando o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes” (Mateus 25:40).

                O nosso comportamento diz muito daquilo que faz morada dentro de nós, “porque, onde estiver o vosso tesouro, ali estará também o vosso coração” (Lucas 12:3). Um coração cheio de Deus não se alegra com a maldade, com a prática que fere o próximo e com a própria satisfação, em detrimento do mal alheio. O coração onde Deus habita transborda amor e o amor, como descreve Paulo, em sua carta aos 1 Coríntios 13: 4-6 : “O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece. Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal. Não folga com a injustiça, mas folga com a verdade”.

                Essa é uma boa reflexão para pensarmos um pouco a respeito dos valores que nos são incutidos pelo pensamento moderno e que tanto se chocam com aquilo que Deus espera de nós; para reavaliarmos as nossas práticas como brasileiros cristãos, que procuram vivenciar a vontade do Pai.

“O homem ímpio endurece o seu rosto; mas o reto considera o seu caminho” (Provérbios 21:29). Que o Senhor nos dê a clareza de reconsiderarmos os nosso atos para que não o venhamos a ferir e para que o amor de deus resplandeça sempre em nossas ações e em nossas vidas.

Andrea Grace

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Uma lição de Humildade

O título desse texto é o mesmo que intitula na minha bíblia a passagem do evangelho de João cap. 13 do verso 12 ao 20. Onde Cristo dá aos discípulos um dos ensinamentos mais importantes da vida cristã. E é sobre essa noite não significativa para história do cristianismo que recorro às palavras desta vez. Então, antes de tudo, leiamos a referida passagem.

“Depois que lhes lavou os pés, e tomou as suas vestes, e se assentou outra vez à mesa, disse-lhes: Entendeis o que vos tenho feito?
Vós me chamais Mestre e Senhor, e dizeis bem, porque eu o sou.
Ora, se eu, Senhor e Mestre, vos lavei os pés, vós deveis também lavar os pés uns aos outros.
Porque eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também.
Na verdade, na verdade vos digo que não é o servo maior do que o seu senhor, nem o enviado maior do que aquele que o enviou.
Se sabeis estas coisas, bem-aventurados sois se as fizerdes.
Não falo de todos vós; eu bem sei os que tenho escolhido; mas para que se cumpra a Escritura: O que come o pão comigo, levantou contra mim o seu calcanhar.
Desde agora vo-lo digo, antes que aconteça, para que, quando acontecer, acrediteis que eu sou.
Na verdade, na verdade vos digo: Se alguém receber o que eu enviar, me recebe a mim, e quem me recebe a mim, recebe aquele que me enviou”. João 13:12-20

Propositalmente, já coloquei o desfecho da atitude tomada pelo nosso Senhor e o ensinamento dado por ele naquela noite que precedeu o seu martírio. Pois quero estar destrinchando os acontecimentos narrados no capítulo 13 partindo desses versículos lidos agora. Procurarei, então, expor o capítulo e fazer essa meditação de forma linear a partir de agora.

O cenário era o da Ceia do Senhor. A essa altura dos fatos, satanás já havia posto no coração de Judas Iscariotes que ele traísse Jesus. E o nosso Senhor já sabia que era chegado o tempo de sair desse mundo e voltar para o Pai (versos 1 ao 3). É diante desta situação que Cristo protagoniza essa passagem amando os seus enquanto estava no mundo.

“Levantou-se da ceia, tirou as vestes, e, tomando uma toalha, cingiu-se”. João 13:4

Essa primeira atitude de Cristo, descrita no verso 4, me chama a atenção para o seguinte fato. Antes de servir aos seus discípulos Jesus tira soa capa e veste na cintura uma toalha. Vestindo exatamente como se vestia um escravo na época. Essa atitude, deve ter mexido bastante com aqueles homens presentes na cena. Imagino a reação no coração impulsivo de Pedro. E já que estamos falando de humildade, vamos atentar para Pedro também.

Havia um decreto que não permitia que um judeu fosse escravo de outro judeu. Porém Cristo quebra esse paradigma vestindo-se como um escravo e indo servir os seus discípulos lavando-lhes os pés. E ao chegar a Simão Pedro para lavar-lhe também os pés, a reação do mesmo é diferente da dos outros:

“Aproximou-se, pois, de Simão Pedro, que lhe disse: Senhor, tu lavas-me os pés a mim?
Respondeu Jesus, e disse-lhe: O que eu faço não o sabes tu agora, mas tu o saberás depois.
Disse-lhe Pedro: Nunca me lavarás os pés. Respondeu-lhe Jesus: Se eu te não lavar, não tens parte comigo”. João 13:6-8

Seria essa uma atitude de humildade de Simão Pedro? Ou será que o mesmo não tentou demonstrar uma falsa humildade ou uma falsa santidade? Levanto esse questionamento pelo fato de que as características subtraídas de Pedro pelas escrituras são de um homem impulsivo, que queria sempre estar na frente, buscar sempre demonstrações bruscas de intimidade com Deus. Quando na verdade era um homem de pouca fé. O que implica dizer que era de pouca intimidade com Jesus (sabendo que fé é relacionamento com Deus).

A atitude seguinte de Pedro não é algo louvável. Pelo contrário. É uma atitude mais uma vez impulsiva de quem não compreendia o que o Mestre estava fazendo naquele momento. Ainda mais, ele quer ter um tratamento a mais em detrimento dos outros discípulos. Advertido por Cristo de que se Ele lavasse os seus pés, teria parte com Ele, quis que Cristo lavasse também o restante do seu corpo:

“Disse-lhe Simão Pedro: Senhor, não só os meus pés, mas também as mãos e a cabeça.
Disse-lhe Jesus: Aquele que está lavado não necessita de lavar senão os pés, pois no mais todo está limpo. Ora vós estais limpos, mas não todos”. João 13:9-10

“Mas não todos”. A forma com que Cristo termina sua explicação já é a deixa para outra declaração feita por ele naquela noite. Pois ele sabia que nem todos estavam limpos. Vemos aí que Judas Iscaritotes nunca teve parte com Deus. Mas foi delegado para este fim, pelo próprio Deus.

Cristo explica a sua atitude. Mostra aos discípulos como devem agir sendo eles humildes servos uns dos outros. Admoestando-lhes de que pratiquem o serviço como ele o fez sendo quem era. E quem ele era? Cristo faz uma declaração importantíssima para nós no versículo 19: EU SOU. Uma expressão usada pelo próprio Deus no velho testamento. Não há dúvidas de quem Cristo é, do que ele representa. Ele, sendo Deus, humilhou-se e serviu. Essa era a lição.

Depois de ter feito e dito todas estas coisas, o espírito de Cristo agitou-se dentro dele (verso 21). E ali Cristo afirma que um deles o trairia. É importante vermos como evangelho João relata esse acontecimento.

“Tendo Jesus dito isto, turbou-se em espírito, e afirmou, dizendo: Na verdade, na verdade vos digo que um de vós me há de trair.
Então os discípulos olhavam uns para os outros, sem saber  de quem ele falava.
Ora, um de seus discípulos, aquele a quem Jesus amava, estava reclinado no seio de Jesus.
Então Simão Pedro fez sinal a este, para que perguntasse quem era aquele de quem ele falava.
E, inclinando-se ele sobre o peito de Jesus, disse-lhe: Senhor, quem é?
Jesus respondeu: É aquele a quem eu der o bocado molhado. E, molhando o bocado, o deu a Judas Iscariotes, filho de Simão”. João 13:21-26

Mais uma atitude que Pedro toma demonstrando sua impulsividade. Note que ninguém pergunta a Jesus de quem ele se referia. Porém Pedro pergunta ao discípulo que estava conchegado a Jesus (possivelmente João) fazendo-lhe sinais. É possível imaginar a cena: o discípulo perto de Jesus e Pedro fazendo sinais disfarçadamente para que ele perguntasse a Jesus quem era o discípulo.

Jesus, porém, responde ao discípulo que estava conchegado a ele que demonstraria através do sinal de entregar o pedaço de pão molhado no vinho, mas não responde a Pedro. Daí, duas coisas podemos tirar: 1- a atitude de molhar o pão no vinho e entregar a alguém era um gesto para honrar um visitante na época, alguém importante. E Cristo faz isso com aquele que o trairia. 2- se Pedro soubesse que Judas era o traidor, certamente o mataria ali em seu furor e impulsividade, assim como tentou fazer com um soldado arrancando-lhe a orelha horas depois.

Continuemos:

“E, após o bocado, entrou nele Satanás. Disse, pois, Jesus: O que fazes, faze-o depressa.
E nenhum dos que estavam assentados à mesa compreendeu a que propósito lhe dissera isto”. João 13:27-28

Vejam. Nenhum deles havia entendido. Eles sabiam que Judas trazia as moedas consigo e pensaram que Jesus estava o mandando comprar algo que precisavam ou dar alguma coisa aos pobres. E agora, com os que estavam presentes, Cristo dá um novo mandamento:

“Tendo ele, pois, saído, disse Jesus: Agora é glorificado o Filho do homem, e Deus é glorificado nele.
Se Deus é glorificado nele, também Deus o glorificará em si mesmo, e logo o há de glorificar.
Filhinhos, ainda por um pouco estou convosco. Vós me buscareis, mas, como tenho dito aos judeus: Para onde eu vou não podeis vós ir; eu vo-lo digo também agora.
Um novo mandamento vos dou: Que vos ameis uns aos outros; como eu vos amei a vós, que também vós uns aos outros vos ameis.
Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros”. João 13:31-35

Depois disso (adivinhem!) Pedro, mais uma vez, faz questionamentos típicos de quem não tem a compreensão do que Cristo fala. Muitas vezes Deus, através de sua palavra, fala conosco e ao término de tudo dizemos: “mas e isso”? “e aquilo”? 

Não é diferente da atitude que Pedro toma ao fazer o seguinte questionamento: “Disse-lhe Simão Pedro: Senhor, para onde vais? Jesus lhe respondeu: Para onde eu vou não podes agora seguir-me, mas depois me seguirás.
Disse-lhe Pedro: Por que não posso seguir-te agora? Por ti darei a minha vida.
Respondeu-lhe Jesus: Tu darás a tua vida por mim? Na verdade, na verdade te digo que não cantará o galo enquanto não me tiveres negado três vezes”. João 13:36-38.

Em sua insistência em mostrar a sua ‘devoção mais elevada’, Pedro é contrariado pelas palavras de Jesus em todo este episódio. O interessante é que o enfático ensino dado foi sobre humildade. E o ensinamento que podemos tirar desse capítulo é justamente ser um servo humilde. Não querendo fazer demonstrações de nossa intimidade com Deus em detrimento dos outros. Em algum momento dessa passagem vimos aquele discípulo que estava reclinado sobre o peito de Cristo se gloriar nisso? Porém Pedro tentou o fazer.

Que a humildade e o serviço possa ser prática nossa. Pois é ensinamento de Cristo. Não tomemos esse ensinamento pra exercer uma falsa humildade, uma falsa santidade. Não sejamos imitadores das atitudes tomadas por Pedro até essa noite. Mas que possamos compreender aquilo que Cristo realmente disse na noite que precedeu todo o seu sofrimento.

Walisson Alves

Deus nas mãos de pecadores irados


O pastor congregacional e teólogo estadunidense Jonathan Edwards ficou mundialmente famoso nos âmbitos secular e religioso por ter pregado um dos sermões mais impactantes e conhecidos da história do Cristianismo. Após ter ficado três dias sem comer e dormir, pedindo a Deus que lhe desse a Nova Inglaterra, Edwards, de posse de um manuscrito segurado tão rente aos olhos que tapava seu rosto à multidão (ele era míope), começou a explanar aos seus ouvintes a real e aterrorizante situação dos“Pecadores nas mãos de um Deus irado”, baseando-se apenas em um trecho de Deuteronômio 32.35 (“... a seu tempo, quando resvalar o seu pé). Esse sermão foi proferido na noite de 8 de julho de 1741, na capela de Enfield, no estado de Connecticut (EUA), por ocasião do “Grande Despertamento” ocorrido naquela região.

Mais de dois séculos e meio se passaram, e o sermão de Edwards ainda é lembrado com alguma nostalgia por parte de muitos cristãos hodiernos. As alusões aos ouvintes agarrando-se aos bancos por pensarem que iam cair no fogo do inferno enquanto Edwards pregava são abundantes nos lábios dos pregadores e nas penas (ou teclas) dos escritores das épocas subsequentes. Entretanto, um grave erro aconteceu nessa transição de épocas. Os pregadores modernos presumiram que poderiam aperfeiçoar a abordagem de Edwards, e o resultado disso foi uma verdadeira tragédia para a sã doutrina. Começando por Charles Finney (1792-1895) até aos pregadores contemporâneos, a pregação declinou da centralidade em Deus para as necessidades do homem. A ira do Criador cedeu espaço aos caprichos da criatura nos discursos humanistas, inadequadamente chamados de pregação, fazendo com que a soberania de Deus fosse banida do ideário popular dito evangélico.

Isso resultou em um processo de descaracterização do evangelho. A força e firmeza doutrinária tão característica nos puritanos cedeu lugar a um novo tipo de “fé” que emergia dos ideais iluministas. O pragmatismo finneyano alterou radicalmente o modus operandi da igreja, que agora passou a existir unicamente para agradar aos homens. Os fins passaram a justificar os meios quando o assunto era ganhar os perdidos. “Não importa o método. Se deu certo, é porque é de Deus” – um arroubo triunfalista que sugere a ideia de um “pragmatismo consagrado”[1]. Isso fez com que os pregadores adequassem sua pregação e teologia a essa nova concepção de ser igreja no mundo, mesmo que tal adequação implicasse em flagrante contradição com ensinamentos claros das Escrituras. O sistema calvinista de doutrina foi rejeitado por se mostrar “opressivo” e por impedir a “manifestação da potencialidade humana”, com suas “ênfases na soberania de Deus, na depravação do homem, na escravidão da vontade e na conseqüente incapacidade humana para as grandes escolhas”[2]. A rejeição aos postulados dos reformadores foi deliberada.

Todo esse legado finneyano chegou intacto ao século XXI. Se na época de Finney o pecador era convidado a “aceitar” a Jesus, hoje ele não somente é conclamado a fazê-lo, mas também a “determinar” que seja por Deus abençoado, já que agora um “pacto” foi estabelecido. As pessoas são alimentadas com a ideia de que, agora que são crentes, tem o direito de ser abençoadas, e “ai” de Deus se alguma cláusula nesse “contrato” for violada. Nesse caso, Deus senta calado no banco dos réus para ser julgado pelo homem. Isso sem falar na aversão que os crentes modernos tem a palavras negativas como “ira”, “pecado”, “inferno” etc., palavras essas que foram abolidas do vocabulário de muitos pregadores contemporâneos (a não ser quando se fala da “infidelidade” financeira dos fieis). Para muitos cristãos da atualidade, falar em um Deus irado é uma ofensa grosseira aos ouvidos do cidadão pós-moderno. A própria noção de um Deus irado é incompatível com a sua natureza bondosa de Pai. O homem, pensam eles, não precisa conhecer um Deus irado, e sim, um Deus de amor, que está sempre de braços abertos. Toda essa ordem de coisas faz com que o título do sermão de Jonathan Edwards seja convertido para“Deus nas mãos de pecadores irados”, como bem observou R. C. Sproul, significando algo mais do que uma simples mudança na ordem das palavras.

Felizmente, Jonathan Edwards não viveu o suficiente para ver como os pregadores modernos torceram impiedosamente o seu sermão. Ele morreu de varíola em março de 1758, mas provavelmente morreria de infarto se porventura ainda lhe restasse uns séculos a mais de vida. Fico a refletir no que Edwards pensaria dos tele-evangelistas e “avivalistas” da atualidade, muitos dos quais se auto-intitulam “apóstolos” e “profetas”, que ficam querendo incutir na mente das ovelhas que elas agora podem tudo, inclusive inquirir a Deus, exigindo-lhe a sua parte no acordo. Não conheço nenhum pronunciamento de Edwards sobre esse particular, mas suponho que ele pregaria algo parecido com“Pregadores nas mãos de um Deus irado”. Nesse caso, seria bom que ele ainda estivesse vivo. A menos que novas vozes surjam no meio de todo esse escombro eclesiástico, para que Deus promova outro “Grande Despertamento” em nossos dias.
Soli Deo Gloria!!!

*Esta frase é do R. C. Sproul.
______________________________________________
[1] Termo cunhado por Peter Wagner. Ver PORTELA, Solano. Planejando os rumos da igreja: Pontos positivos e críticas de posições contemporâneas. Nota de rodapé nº 9, Fides Reformata, vol. I, nº 2 (julho-dezembro 1996), 84.
[2] SOUSA, Jadiel Martins. Charles Finney e a secularização da igreja. São Paulo. Edições Parakletos, 2002. Pág. 92.

Leonardo Bruno Galdino
Publicado em: http://opticareformata.blogspot.com.br/2009/09/deus-nas-maos-de-pecadores-irados.html

Intercâmbio feirt por Walber Arruda

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

O Deus da Bíblia é Obrigado a te Dar Algo?


Deus não é obrigado a dar nada a ninguém. Começo esse texto sendo objetivo nesse ponto, pois não posso ver mais ou ouvir pessoas dizendo que ‘Deus deve’, ‘Deus deveria’. Ou falarem que Deus vai fazer algo, declarando palavras ao vento para que estas ‘hajam no mundo espiritual’ fazendo realidade os desejos de quem as ‘libera’. São esses dois pontos dos quais eu pretendo discorrer agora. (– Dá-me graça, Senhor!).
O fato é que esse tipo de doutrina está invadindo as igrejas. Pessoas têm sido contagiadas por essa forma fácil de um evangelho fácil onde você está no controle da situação. Colocando a soberania de Deus no fundo do baú e sendo pequenos deuses soberanos em seus caminhos. Lamentável. Deus é imutável. E sendo soberano e todo poderoso, não recebe ordens de ninguém nem sugestão de quem quer que seja.

"Quem primeiro me deu, para que eu haja de retribuir-lhe? Pois o que está debaixo de todos os céus é meu". (Jó 41:11)

Tentar manipular quem Deus é e as suas atitudes é insultar a sua soberania e autoridade. É relativizar um Deus absoluto em grandeza, verdade e poder. E é aí que me pergunto da forma que foi questionado em Romanos: o barro tem algum direito sobre o Oleiro? Que autoridade é essa? Que poder é esse? Quem é o homem que dê palpite nas coisas de Deus? Ou muito pior, quem é o homem para que diga a Deus o que ele deve ou não fazer?

"Tal ciência é para mim maravilhosíssima; tão alta que não a posso atingir". (Sl 139:6)

"O profundidade das riquezas, tanto da sabedoria, como da ciência de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis os seus caminhos"! (Rm 11:33)

Essa doutrina acompanha uma segunda prática estranha e antibíblica. É o exercício do ‘poder da palavra’. Usando o argumento de que a ‘palavra tem poder’, pessoas saem dizendo mentiras ao vento em voz alta para que as coisas sobrenaturalmente aconteçam conforme a vontade do homem. É no mínimo contraditório. Pois se declaramos coisas que não existem para ‘trazê-las à existência’, estamos mentindo e, assim, infringindo a Lei de um Deus que é Santo e que em si é a Verdade. Sendo o Satanás o pai da mentira. De quem é filho aquele que fala mentiras?

“O que o homem mais deseja é o que lhe faz bem; porém é melhor ser pobre do que mentiroso”. (Pv 19:22).

Consegue ver, então, o perigo de tal doutrina? Chego a ser duro nas palavras, mas insisto em dizer que se uma doutrina mentirosa ensina pessoas a declararem coisas que não existem ‘pela fé’ (fé em quê?), tais pessoas estão ensinando outras a mentirem. Estão fazendo ensinamentos demoníacos. Não é apenas um erro da igreja de Cristo. Pois tal corpo não pode ser confundido com o de Cristo.

Não estou aqui dizendo, porém, que não existem pessoas genuinamente cristãs em igrejas que pregam uma doutrina desta natureza. Mas posso afirmar com propriedade que tais pessoas estão famintas e não estão sendo alimentadas em tais comunidades religiosas. Pois o seu alimento deve ser a palavra de Deus. Sendo assim, não estão sendo saciadas pelo evangelho de Cristo (e que Deus tenha misericórdia dessas pessoas). Lembro-me ligeiramente de uma pregação do irmão Paul Washer que diz que nessas determinadas igrejas pessoas pregam uma doutrina carnal para pessoas carnais se alimentarem. Enquanto as pessoas nascidas do Espírito não são alimentadas.

A conclusão de tudo isso nos parece tão óbvia, não é? Porém, não compreendo a razão pela qual se propaga tanto tal mentira pregada em igrejas que se denominam evangélicas, mas que não pregam o evangelho bíblico. Não há outra explicação para esse crescimento de tal doutrina se não a advertência bíblica de que esses falsos mestres apareceriam. Ratificando: você não determina, não decreta nem ordena nada. O poder é de Deus, a glória é de Deus. O barro não tem direito sobre o Oleiro.

Sola Scriptura!!!
Walisson Alves

Deu no Jornal hoje; Deus no Jornal Hoje

Na edição de hoje do Jornal Hoje, uma seção intitulada jovens do Brasil discutiu sobre o problema do consumismo entre os jovens brasileiros. Entre vários testemunhos e estatísticas, o psiquiatra  Hermano Tavares dava orientações sobre compulsão por compras, real necessidade de algo e planejamento. Veja a entrevista completa em

O que mais me chamou atenção foi a fala dele na qual diz que o jovem ainda não tem o córtex pré-frontal bem desenvolvido. Esta região é responsável pelas tomadas de decisões levando em consideração o fator tempo. E nos ajuda a fugir das compulsões. O arremate dele é sensacional e abre as portas para o que eu quero falar. (veja a partir dos 24 minutos do vídeo) .Diz ele para os jovens:

    "Jovem, pega emprestado o córtex de teus pais".

Pronto.  A biologia afirma, através de nossa composição e desenvolvimento cerebrais, o que a Bíblia afirmou no quinto mandamento Honra teu pai e tua mãe, para que se prolonguem os teus dias na terra que o SENHOR, teu Deus, te dá.  (Ex 20.5)

Filhos, é de vossa natureza necessitar da orientação de seus pais. Eles são agentes de Deus em nossas vidas. Ao olhar para eles, lembrem-se de que um Pai amoroso nos céus foi que os deu para te guiar, ensinar e nos conduzir. Precisamos deles, precisamos considerá-los. E honrá-los vai muito além de mero formalismo, mas de atentar às suas orientações, ensino e disciplina. E admitamos que  não dá pra viver sem eles. Além de seu amor, dedicação e esmero para nos dar e ensinar sempre o melhor, a nossa própria condição biológica nos manda honrá-los e ouvi-los, para o nosso próprio bem.

Pais, vejam as responsabilidades que temos, pois Deus colocou em nossas mãos a condução de uma pessoa para a vida, a fim de que nesta, o nome de Deus seja honrado e exaltado. Criemos nossos filhos no temor do Senhor, na sua graça e entendamos que eles são nossos filhos, não nossos escravos. O quinto mandamento também é para os pais. Orientem seus filhos sob a Palavra de Deus, a fim de que ele cresça sadio e entendendo o princípio da glória de Deus em todas as coisas. Não abandonemos nossos filhos. Eles precisam de nós. E que nisto vejamos o quanto nós precisamos do Pai Nosso que está nos céus.

Deus nos abençoe.

Presb. Cicero Pereira
@ciceroeiris


segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

UMP INDICA: Evangelismo ao Ar Livre (Paul Washer)

Em meio à histeria provocada por mais uma vinda do Pastor Paul Washer ao Brasil, mais especificamente à 16° Consciência Cristã, indicamos este vídeo, traduzido pelo Voltemos ao Evangelho, onde podemos observar este servo de depois não como um famoso conferencista, mas como um evangelista, pregando ao ar livre no Peru, sem nenhuma pompa ou recursos mirabolantes, anunciando a palavra da Salvação. Que este exemplo nos toque e nos faça enxergá-lo da maneira humilde que este homem de Deus tem buscado ser.

Também é precioso observar este exemplo evangelístico em tempos onde o evangelho simples é rejeitado constantemente, em nome de luzes, marketing e estratégias mirabolantes e pragmáticas. Não precisamos de nada disso, pois temos a palavra, que é o poder de Deus para salvação.

Assista e seja edificado e confrontado por este exemplo:

Rodrigo Ribeiro

Ainda não é Agora


Meu lar (Palavrantiga)
“Meu lar está pronto
Mas ainda não é agora
Mas tenho que esperar
No amor, meu bem, espero.
Meu lar não está tão longe
Caminho sempre querendo encontrar
No tempo um lugar de eternidade
Meu lar já foi o beijo da noite
O abraço quente de uma bela estranha
Um tanto vulgar de um gosto sem paz
Na casa do tempo e fez pra acabar
Foi sem pai nem mãe
Foi sem irmão
Foi à rua, foi o medo.
Meu lar não está tão longe
Caminho certo que vou encontrar
Meu doce lugar na eternidade
Meu lar é feito sobre a rocha
É casa aberta pra gente ficar
É canto que eu vi bem antes de estar
É perto do Pai
Meu rumo, meu lugar.
Meu lar está pronto
Mas ainda não é agora
Mas tenho que esperar
No amor, meu bem, espero”.
É. O CD mais recente do Palavrantiga continua tocando na minha cabeça. A playlist é a mesma, os arranjos insistem em tocar e as letras estão na ponta da língua. Não fosse apenas isso, as letras continuam a me tocar com sua sutileza em verbalizar aquilo que o coração do cristão genuíno sente. Colocações de palavras muito bem feitas para expressar a nossa corrida na maratona cristã.
A música Meu Lar (faixa 10) consegue dizer muito bem aquilo que é meu e que é íntimo de todo o Cristão: a obra em andamento feita durante toda a vida do homem. "Meu lar está pronto Mas ainda não". 
Tendo por certo isto mesmo, que aquele que em vós começou a boa obra a aperfeiçoará até ao dia de Jesus Cristo; (Filipenses 1:6)
 Lembro-me rapidamente de outra canção do grupo. É quase enfático. "Estou em obras e essa morada um dia será perfeição" (Casa). Fazendo-me lembrar de quem eu sou e do estado em que me encontro na carreira. E o interessante é que é inevitável não traçar um caminho nos álbuns da banda atrelando as letras a estados da vida cristã. Pois sei que sou Feito de Barro. Inclusive, do mesmo barro que os ímpios. O pó da terra que é matéria-prima da minha existência é também dos usuários de droga que neste momento estão dilacerando suas vidas nas calçadas da cracolândia; o mesmo barro da menina que vende o seu corpo como uma mercadoria banalizada, desvalorizada.

"Eu olhei o meu dia". Logo percebi o que me difere dos outros criados do mesmo barro. Eu sei que tudo o que faço, o que canto, o que escrevo, o que falo é apenas vontade de agradar e conhecer mais a Deus. É um clamor em alta voz, chamando o nome de Jesus na noite escura. É um estágio da obra redentora de Cristo onde se abrem os olhos para que o homem reconheça que se necessita de um salvador.

Isso tudo também Fe faz lembrar mais uma outra canção do Marcos Almeida que fala que todos nós estávamos anteriormente sobre o mesmo chão esquecidos “do lado de lá”, cercados. Mas que uma esperança saltou o muro e nos abordou deste lado. E que agora amamos essa esperança que nos alcança. É a Boa Nova.

Depois disto, andamos olhando o andar de Cristo. Prestando atenção na ‘imagem mais perfeita da verdade’. Pois é como ele e para ele que vivemos. A carreira, que não sabemos bem onde começou, passa nesse momento a ter uma base sólida. A carreira para chegar em um lar que está pronto, mas que não estamos prontos para ele. É a obra da santificação.

Há muito para dizer de tudo isso. Mas o homem não consegue, ele não pode mensurar tamanha obra. Para ele basta viver a Boa Nova, repetir a Palavra viva e completa em si. Andar de forma que um dia possa dizer palavras semelhantes as de Paulo: Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé (2 Timóteo 4:7).

E com a volta de Cristo sim. A hora de triunfar, a hora de habitar numa eternidade junto de Deus. Sem dor, sem choro, sem erro ou falha alguma, na plenitude da perfeição. Recebendo as prometidas recompensas e desfrutando do desfecho da graça de Deus. Cantando ao Rei das Nações.
Louvado e engrandecido seja o nome do nosso Deus!

Ainda estamos na carreira. Não importa em que estágio do caminho. Ainda não é a hora. Mas às vezes o que é sagrado se torna hilário. E algumas pessoas têm a triste tendência de proclamar os galardões antes do tempo. Aqui. Prematuros e imperfeitos que são não podem vir do Ser Perfeito. Presentes que nascem e morrem na carnalidade do homem, sem plenitude, cheios de máculas.

Assim, o cristão deve estar firmado apenas na esperança que nos dá a Boa Nova. Sem se deslumbrar com aquilo que parece sagrado, mas que é profano; carnal. Deve perceber que ‘esperar é caminhar’ e que caminhando, ‘seguro vai’ nas mãos de Deus. Até que chegue a hora certa onde desaguará esse rio, essa carreira.

Walisson Alves

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Pedro foi Papa? Com a Palavra, Hernandes Dias Lopes


Teria sido Pedro, o apóstolo de Jesus Cristo, o sacerdote universal, o cabeça da igreja, a pedra fundamental sobre a qual a igreja está edificada, o sumo pontífice e vigário de Cristo na terra? O que a Bíblia diz a esse respeito? Pedro nunca foi papa nem o papa é sucessor de Pedro. Pedro nunca exerceu pontificado nem mesmo em Jerusalém. Pedro foi um pescador, transformado por Jesus em apóstolo. Tornou-se líder natural do grupo, muito embora tenha revelado suas constantes fraquezas, a ponto de negar a Jesus. Mas, Jesus não desistiu de Pedro. Restaurou-o e usou sua vida de forma poderosa. O livro de Atos dedica praticamente seus doze primeiros capítulos para registrar o ministério de Pedro, assim como dedicada a segunda parte para destacar o ministério de Paulo. Pedro nunca se apresentou como o líder maior do grupo apostólico nem os demais apóstolos o consideraram como tal. Pedro se apresenta como um presbítero entre outros presbíteros e não acima dos deles. Também, a Bíblia desconhece a questão da sucessão apostólica. A igreja apostólica hoje não é aquela que está sob o papa, suposto sucessor de Pedro, mas aquela que segue a doutrina apostólica, conforme ensinada no Novo Testamento. Não podemos ir além das Escrituras nem ficar aquém. Essa reflexão é importante, porque nossa fé precisa estar fundamentada na Palavra de Deus e não na tradição dos homens.

Hernandes Dias Lopes.
Fonte: Página Oficial do Facebook

Rodrigo Ribeiro

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Tá de Castigo!



É para disciplina que perseverais (Deus vos trata como filhos); pois que filho há que o pai não corrige? Mas, se estais sem correção, de que todos se têm tornado participantes, logo, sois bastardos e não filhos. Além disso, tínhamos os nossos pais segundo a carne, que nos corrigiam, e os respeitávamos; não havemos de estar em muito maior submissão ao Pai espiritual e, então, viveremos? Pois eles nos corrigiam por pouco tempo, segundo melhor lhes parecia; Deus, porém, nos disciplina para aproveitamento, a fim de sermos participantes da sua santidade.
Toda disciplina, com efeito, no momento não parece ser motivo de alegria, mas de tristeza; ao depois, entretanto, produz fruto pacífico aos que têm sido por ela exercitados, fruto de justiça.
(Hebreus 12. 7-11)

Quando na infância éramos repreendidos por nossos pais, custávamos a entender os reais benefícios daquilo que até então considerávamos como sendo uma atitude severa e impiedosa. As impressões que ficávamos de nossos progenitores eram as piores possíveis. Os víamos como figuras carrascas, incapazes de perdoar sequer um pequeno deslize.

O que dizer então das repreensões do nosso Pai celestial, que constantemente nos exorta e nos disciplina. Assim, ele também tratou os antigos, basta darmos uma breve olhada na Sua Palavra para ver quantas vezes o Senhor entregou o seu povo nas mãos dos inimigos, com o propósito de fazê-los voltar-se novamente aos Seus pés. Foi assim no cativeiro babilônico, onde Deus condenou as muitas transgressões do Seu povo entregando-os nas mãos do inimigo (Jr 52.27).

Parece-nos estranho, mas o castigo é o mal necessário. É o ”mal” temporal que se transforma em bem eterno. Nada é tão eficaz para transformar a vida de um crente do que uma Santa repreensão do Senhor. É através dela que conseguimos detectar as nossas muitas faltas.

Não é fácil reconhecer que erramos. Presumo que esta seja uma das maiores dificuldades da raça humana. Desde o Éden “aprendemos” a transferir automaticamente a culpa das nossas infrações para o próximo e a nos eximir de qualquer responsabilidade. Por nós mesmos somos incapazes de reconhecer os graves desvios de caráter que possuímos. E ainda que algum “Natã” bata em nossa porta e nos lance em rosto o nosso pecado, como o profeta anunciou ao rei Davi (2Sm 21.7), mesmo assim é difícil não sermos tomados pelo orgulho e esquivar-nos da repreensão. Sem contar que estes “Natãs” estão em extinção em nossa geração. Infelizmente em nossa época poucos tem coragem de dizer às verdades que precisamos urgentemente ouvir.

Por isso o próprio Deus se encarrega de mostrar os nossos pecados de forma tão nítida que se torna impossível qualquer atitude de auto justificação de nossa parte. E só nos basta com a alma quebrantada dizer:

Pequei contra ti, contra ti somente, e fiz o que é mau perante os teus olhos (Sl 51.4)

Essa é uma das mais sublimes provas de amor do Pai, quando Ela não permite que andemos conforme as nossas próprias vontades. E ainda que lhe seja penoso nos afligir nunca nos negará o castigo, quando este nos for necessário.

Eu repreendo e disciplino a quantos amo. Sê, pois, zeloso e arrepende-te. (Ap 3.19)

Ninguém nos conhece como o nosso Senhor. Sua repreensão sempre nos chega no tempo oportuno. Não é sem motivo que o seu cajado recai sobre nós.  As repreensões dos nossos pais sem sempre foram justas, por mais bem intencionados que eles estivessem possivelmente cometeram algum equívoco, mas Deus é totalmente perfeito, e o seu castigo é justo. Devemos descartar totalmente qualquer hipótese de ter havido alguma injustiça da parte de Deus.

O Senhor demonstra o seu amor por nós quando nos repreende e não deixa-nos andar segundo os caminhos do nosso próprio coração. Precisamos de Sua repreensão diariamente. Ainda que desmaiemos momentaneamente não podemos deixar de glorificar a Deus pelo seu cuidado para conosco. Não desejamos a penalidade, mas ansiamos pela perfeição e por isso O louvamos a pelos seus benditos efeitos.

Lembre-se de que o seu castigo esta amparado por sua compaixão. A espada que transpassa a nossa alma tem os seus gumes amolados pela pedra da misericórdia. Aquele que abre a ferida também é Piedoso para curá-la.

Vinde, e tornemos para o SENHOR, porque ele nos despedaçou e nos sarará; fez a ferida e a ligará. (Os 6.1)

Sinceramente não sei o que seria de mim se não fossem aquelas benditas chineladas que recebi dos meus pais na infância. Sinceramente não sei o que seria de mim se o meu Deus não tivesse me repreendido todas às vezes que tropecei. Sua disciplina tem me instruído no caminho da santificação.

Miss. Ericon Fábio
Facebook: https://www.facebook.com/ericon.fabio

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Jesus sofreu e morreu para absorver a ira de Deus


Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se ele próprio maldição em nosso lugar (porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado em madeiro). Gálatas 3.13
Deus propôs [a Cristo], no seu sangue, como propiciação, mediante a fé, para manifestar a sua justiça, por ler Deus, na sua tolerância, deixado impunes os pecados anteriormente cometidos. Romanos 3.25
Nisto consiste o amor: não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou e enviou o seu Filho como propiciação pelos nossos pecados. 1 João 4.10

Se Deus não fosse justo, não haveria exigência para o sofrimento e a morte de seu Filho. E se Deus não fosse amoroso, não haveria disposição do Filho de sofrer e morrer. Mas Deus é justo e amoroso. Assim, seu amor se dispõe a cumprir as exigências de sua justiça.

A lei de Deus exige: “Amarás… o SENHOR, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de toda a tua força” (Dt 6.5). Porém, todos temos amado mais a outras coisas. O pecado é isso — desonrar a Deus pela preferência de outras coisas, e agir com base nessas preferências. Assim, diz a Bíblia que “todos pecaram e carecem da glória de Deus” (Rm 3.23). Nós glorificamos aquilo em que mais temos prazer. E não é Deus.

Sendo assim, o pecado não é algo pequeno, porque não é uma falta contra um pequeno suserano. A seriedade do insulto aumenta com a dignidade daquele que é insultado. O Criador do universo é infinitamente digno de respeito, admiração e lealdade. Sendo assim, deixar de amá-lo não é trivial — é uma traição. Difama a Deus e destrói a felicidade humana.

Como Deus é justo, ele não varre esses crimes para debaixo do tapete do universo. Ele tem ira santa contra eles. Merecem a punição e isso fica muito claro “porque o salário do pecado é a morte” (Rm 6.23). “A alma que pecar, essa morrerá” (Ez 18.4).

Existe uma santa maldição pairando sobre todo o pecado. Não punir seria injustiça. Seria endossar o desmerecimento de Deus. Uma mentira estaria reinando sobre o cerne da realidade. Assim, Deus disse: “Maldito todo aquele que não permanece em todas as coisas escritas no Livro da lei, para praticá-las” (Gl 3.10; Dt 27.26).

Mas o amor de Deus não descansa com a maldição que paira sobre toda a humanidade pecaminosa. Ele não se contenta em demonstrar a ira, por mais santa que seja. Assim, Deus envia seu próprio Filho para absorver a sua ira e carregar a maldição no lugar de todos quantos nele confiam. “Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se ele próprio maldição em nosso lugar” (GI 3.13).

É esse o significado da palavra “propiciação” no texto acima citado (Rm 3.25). Refere-se à remoção da ira de Deus por prover um substituto. O próprio Deus oferece o substituto. Jesus Cristo não apenas cancela a ira; ele absorve-a e desvia-a de nós para si mesmo. A ira de Deus é justa, e foi executada, não retirada.
Não podemos brincar com Deus ou deixar por menos o seu amor. Jamais estaremos diante de Deus maravilhados por sermos por ele amados até que reconheçamos a seriedade de nosso pecado e a justiça de sua ira contra nós. Mas quando, pela graça, acordamos para nossa própria indignidade, podemos olhar o sofrimento e a morte de Cristo e dizer: “Nisto consiste o amor: não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou e enviou o seu Filho como propiciação pelos nossos pecados” (1Jo 4.10).
Fonte: A Paixão de Cristo, Editora Cultura Cristã, p. 21-23.
Extraído de monergismo.com


Leia mais: http://voltemosaoevangelho.com/blog/2012/04/john-piper-jesus-sofreu-e-morreu-para-absorver-a-ira-de-deus/#ixzz2Kmyuoif7


Intercâmbio feiro por Rafaelle Amado