Meu lar (Palavrantiga)
“Meu lar está pronto
Mas ainda não é agora
Mas tenho que esperar
No amor, meu bem, espero.
Mas ainda não é agora
Mas tenho que esperar
No amor, meu bem, espero.
Meu lar não está tão longe
Caminho sempre querendo encontrar
No tempo um lugar de eternidade
Caminho sempre querendo encontrar
No tempo um lugar de eternidade
Meu lar já foi o beijo da noite
O abraço quente de uma bela estranha
Um tanto vulgar de um gosto sem paz
Na casa do tempo e fez pra acabar
O abraço quente de uma bela estranha
Um tanto vulgar de um gosto sem paz
Na casa do tempo e fez pra acabar
Foi sem pai nem mãe
Foi sem irmão
Foi à rua, foi o medo.
Foi sem irmão
Foi à rua, foi o medo.
Meu lar não está tão longe
Caminho certo que vou encontrar
Meu doce lugar na eternidade
Caminho certo que vou encontrar
Meu doce lugar na eternidade
Meu lar é feito sobre a
rocha
É casa aberta pra gente
ficar
É canto que eu vi bem antes de estar
É perto do Pai
É canto que eu vi bem antes de estar
É perto do Pai
Meu rumo, meu lugar.
Meu lar está pronto
Mas ainda não é agora
Mas tenho que esperar
Mas ainda não é agora
Mas tenho que esperar
No amor, meu bem, espero”.
É. O CD mais recente do Palavrantiga continua tocando na minha cabeça. A
playlist é a mesma, os arranjos insistem em tocar e as letras estão na ponta da
língua. Não fosse apenas isso, as letras continuam a me tocar com sua sutileza
em verbalizar aquilo que o coração do cristão genuíno sente. Colocações de
palavras muito bem feitas para expressar a nossa corrida na maratona cristã.
A música Meu Lar (faixa 10) consegue dizer muito bem aquilo que é meu e
que é íntimo de todo o Cristão: a obra em andamento feita durante toda a vida
do homem. "Meu lar está pronto Mas ainda não".
Tendo por
certo isto mesmo, que aquele que em vós começou a boa obra a aperfeiçoará até
ao dia de Jesus Cristo; (Filipenses 1:6)
Lembro-me
rapidamente de outra canção do grupo. É quase enfático. "Estou em obras e
essa morada um dia será perfeição" (Casa). Fazendo-me lembrar de quem eu
sou e do estado em que me encontro na carreira. E o interessante é que é
inevitável não traçar um caminho nos álbuns da banda atrelando as letras a
estados da vida cristã. Pois sei que sou Feito de Barro. Inclusive, do mesmo
barro que os ímpios. O pó da terra que é matéria-prima da minha existência é
também dos usuários de droga que neste momento estão dilacerando suas vidas nas
calçadas da cracolândia; o mesmo barro da menina que vende o seu corpo como uma
mercadoria banalizada, desvalorizada.
"Eu
olhei o meu dia". Logo percebi o que me difere dos outros criados do mesmo
barro. Eu sei que tudo o que faço, o que canto, o que escrevo, o que falo é
apenas vontade de agradar e conhecer mais a Deus. É um clamor em alta voz,
chamando o nome de Jesus na noite escura. É um estágio da obra redentora de
Cristo onde se abrem os olhos para que o homem reconheça que se necessita de um
salvador.
Isso tudo
também Fe faz lembrar mais uma outra canção do Marcos Almeida que fala que
todos nós estávamos anteriormente sobre o mesmo chão esquecidos “do lado de
lá”, cercados. Mas que uma esperança saltou o muro e nos abordou deste lado. E
que agora amamos essa esperança que nos alcança. É a Boa Nova.
Depois
disto, andamos olhando o andar de Cristo. Prestando atenção na ‘imagem mais
perfeita da verdade’. Pois é como ele e para ele que vivemos. A carreira, que
não sabemos bem onde começou, passa nesse momento a ter uma base sólida. A
carreira para chegar em um lar que está pronto, mas que não estamos prontos
para ele. É a obra da santificação.
Há muito
para dizer de tudo isso. Mas o homem não consegue, ele não pode mensurar
tamanha obra. Para ele basta viver a Boa Nova, repetir a Palavra viva e
completa em si. Andar de forma que um dia possa dizer palavras semelhantes as
de Paulo: Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé (2 Timóteo 4:7).
E com a
volta de Cristo sim. A hora de triunfar, a hora de habitar numa eternidade
junto de Deus. Sem dor, sem choro, sem erro ou falha alguma, na plenitude da
perfeição. Recebendo as prometidas recompensas e desfrutando do desfecho da
graça de Deus. Cantando ao Rei das Nações.
Louvado e
engrandecido seja o nome do nosso Deus!
Ainda
estamos na carreira. Não importa em que estágio do caminho. Ainda não é a hora.
Mas às vezes o que é sagrado se torna hilário. E algumas pessoas têm a triste
tendência de proclamar os galardões antes do tempo. Aqui. Prematuros e
imperfeitos que são não podem vir do Ser Perfeito. Presentes que nascem e
morrem na carnalidade do homem, sem plenitude, cheios de máculas.
Assim, o
cristão deve estar firmado apenas na esperança que nos dá a Boa Nova. Sem se
deslumbrar com aquilo que parece sagrado, mas que é profano; carnal. Deve
perceber que ‘esperar é caminhar’ e que caminhando, ‘seguro vai’ nas mãos de
Deus. Até que chegue a hora certa onde desaguará esse rio, essa carreira.
Walisson Alves
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