sábado, 29 de junho de 2013

Evangelizar: Esta Tarefa É Imperativa

“Contudo, quando prego o evangelho, não posso me orgulhar, pois me é imposta a necessidade de pregar. Ai de mim se não pregar o evangelho! 1 Co 9:16”

Existe muitos estudos nos seminários e comissões denominacionais sobre a apatia da atual igreja com a tarefa da evangelização. Há poucos anos, mesmo quando no norte e nordeste ainda existia uma forte perseguição católica, os esforços para alcançar todos os menores espaços que fossem com a pregação do evangelho era uma prioridade das igrejas como um todo e de cada crente em sua ação individual.

Em nosso tempo, o tele-evangelismo e os projetos evangelísticos tem sido a resposta das igrejas. A tarefa de indo pelo mundo pregar o evangelho a todas as pessoas se tornou mais um dos programas da igreja e, já que eu colaboro com outros, um dos quais eu posso descansar e deixar outros trabalharem no meu lugar.

No entanto, não pregar o evangelho é pecado. Não é apenas uma leve falta, uma omissão ou um desafio, é pecado. Se você não crê assim, que é seu dever e responsabilidade pregar o evangelho, usando todos os meios ao seu dispor para que a propagação do evangelho alcance desde sua própria casa até os confins do mundo, você realmente não precisa evangelizar. Você precisa ser evangelizado.

A maior ilusão dos crentes de nosso tempo é a liberdade de escolha. Se alguém é verdadeiramente cristão não tem escolha, a necessidade de pregar é imposta, é imperativa. Ou fazemos isso com todo nosso coração, alma, forças e entendimento, ou estamos em franca e clara desobediência a Deus. Evangelizar é uma ordem, ou é obedecida ou é desobedecida, não existe outra situação diante da voz de comando do nosso Rei, foi o Senhor dos Exércitos que nos deu a missão.

Diante disso, primeiramente devemos nos arrepender e confessar. Devemos meditar na gravidade da nossa situação diante de Deus, afinal nossa ofensa é tão grande quanto a quem ofendemos e nesse caso é o nosso Senhor que nos salvou, dando sua própria vida na cruz, e assim nos resgatou e comprou do pecado e do inferno, para nos santificar para seu uso exclusivo.

Em segundo lugar devemos ajudar-nos uns aos outros, nos esforçando e nos incentivando mutualmente para realizarmos essa obra. Nem todos na igreja tem o mesmo dom e o mesmo ministério, mas é na cooperação de todas as partes que a comunidade como um todo completa a tarefa de anunciar as boas novas de Jesus Cristo. Mesmo um apóstolo como Paulo que operou tantos milagres e prodígios, não fazia a obra missionária por si só, mas sempre se associava com companheiros de serviço.

Em terceiro lugar devemos dar toda glória a Deus, a justificativa de toda ação evangelística deve ser a adoração. Quantas pessoas pelo mundo em nosso tempo que deveriam estar conosco louvando e glorificando a Deus, mas "como, pois, invocarão aquele em quem não creram? E como crerão naquele de quem não ouviram falar? E como ouvirão, se não houver quem pregue? E como pregarão, se não forem enviados? Como está escrito: "Como são belos os pés dos que anunciam boas novas! Rm 10:14-15".


Gleidson Lacerda Medeiros
Facebook: https://www.facebook.com/gleidsonlm

sexta-feira, 28 de junho de 2013

Hoje é Sexta-Feira!

Um dia, um colega de trabalho, em tom de brincadeira, disse-me que, toda vez que escuta a vinheta do Fantástico depois do tradicional “boa-noite”, entra em depressão, uma vez que o final de semana está acabando. Para a maioria das pessoas, o trabalho é algo enfadonho e a verdadeira vida consiste na folga dos finais de semana e feriados. Mas, por que as pessoas se sentem assim? Por que o trabalho parece um fardo? Neste texto, trataremos da doutrina bíblica do trabalho e tentaremos responder a essas perguntas.

O entendimento reformado sobre o trabalho, desde o seu início, foi contrário à concepção católica sobre o tema. A percepção medieval católica sobre o trabalho, influenciado pelo pensamento grego, entendia que apenas o trabalho filosófico ou teológico e o serviço militar teriam valor para a sociedade. As outras profissões seriam ocupações de menor importância ou um mal necessário. Os reformadores, por outro lado, enfatizaram a importância do trabalho e vincularam-no à vida espiritual do cristão. Segundo o entendimento reformado, o homem foi criado para o trabalho e só pode plenamente ser feliz e realizado quando cumpre a sua vocação nesse mundo.

No entanto, o pietismo terminou influenciando negativamente o entendimento evangélico sobre o assunto. O pietismo foi um movimento oriundo do luteranismo, surgido no século XVII, que enfatizava a dimensão devocional do crente. Com sua ênfase excessiva na espiritualidade, esse movimento terminou confinando a igreja nas suas quatro paredes, ao ensinar que toda a nossa vida deve estar vinculada, de alguma maneira, às nossas atividades eclesiásticas. Dessa maneira, tudo aquilo que fosse “secular”, como o trabalho, por exemplo, passou a ser sem importância, ou, apenas, um meio para alcançar outras pessoas para o Evangelho.

Não obstante, a Bíblia ensina que o trabalho foi estabelecido por Deus na criação e não é consequência da queda. Em Gn 1.26-28, vemos que Deus criou o homem a Sua imagem e semelhança e ordenou que o ser humano tivesse domínio sobre toda a criação e a sujeitasse. A ordem dada por Deus é denominada pelos teólogos de “mandato cultural”, segundo o qual o homem deveria governar todo o mundo e preservá-lo, o que abrange o envolvimento com todas as áreas do conhecimento. Essa tarefa, por óbvio, implica esforço, dedicação, aplicação de tempo, ou seja, trabalho. É importante frisar que o mandato cultural foi dado antes da queda, de maneira que não se pode afirmar que o trabalho é um juízo de Deus sobre o ser humano.

Apesar da queda, como cremos na restauração de todas as coisas, devemos viver nesse mundo de maneira coerente com a nossa esperança. Como cristãos, cremos, de acordo com Rm 8.22-25, que, um dia, toda a criação será restaurada. Assim, devemos cumprir o nosso “mandato cultural”, conforme estabelecido por Deus na criação. Portanto, o trabalho não deve ser encarado como uma atividade enfadonha e cansativa. Também não deve ser compreendido, apenas, como uma maneira de ganhar dinheiro e ser bem sucedido. O nosso trabalho deve ser visto como uma forma de glorificar a Deus.

O trabalho traz significado e propósito para a vida. O entendimento adequado da doutrina bíblica do trabalho confere significado e propósito ao ser humano quando vincula as atividades do nosso dia a dia a um projeto maior, eterno, transcendente. Além disso, toda profissão passa ter importância. O médico e o gari, o advogado e o sapateiro, o engenheiro e o agricultor, todos, sem exceção, estão envolvidos em um projeto grandioso e eterno: promover a glória de Deus.

A promoção da glória de Deus não está vinculada, necessariamente, a uma “atividade espiritual”. Com isso, devemos entender que glorificamos a Deus pelo simples fato de executamos nosso trabalho com dedicação e excelência. Glorificar a Deus no trabalho não significa ler a Bíblia, orar ou realizar cultos no horário de trabalho. Na realidade, quando agimos dessa maneira, estamos descumprindo o “mandato cultural”, pois o tempo que deveria ser dedicado ao trabalho está sendo dividido com as nossas “atividades espirituais”. Quando somos excelentes profissionais, o nosso bom testemunho nos dá credibilidade para compartilhar a nossa fé com os nossos colegas, em um intervalo, ou fora do ambiente de trabalho.

Um dia, perguntaram a Lutero o que ele faria se soubesse que Jesus voltaria amanhã, ao que ele respondeu: Eu plantaria uma árvore. Com isso o grande reformador quis dizer que Deus se agrada de nossa atividade comum e fiel nesse mundo. A compreensão adequada da doutrina do trabalho deve mudar a nossa relação com o trabalho. Pensar dessa maneira nos dá motivos para nos alegrar com o nosso trabalho, a executá-los com excelência e dedicação. Que Deus nos dê a bênção de ver o trabalho de uma maneira diferente e conectá-lo com a promoção da Sua glória e do Seu louvor. 

Soli Deo Gloria


Presbítero Davy Jones

quinta-feira, 27 de junho de 2013

A Memória e a Esperança nos Acompanharão na Glória? Com a Palavra William Hendriksen


O homem rico na parábola (Lc 16.28) se lembra que ele tem cinco irmãos na terra. No dia do julgamento certos indivíduos se lembrarão de que profetizaram, expeliram demônios e que fizeram muitos milagres (Mt 7.22). Não terá o justo lembrança de nada? Acontece exatamente o oposto. Além disso, como os redimidos poderão cantar a canção nova sempre, na qual eles louvam a Deus por seus maravilhosos atos de redenção, se eles não têm nenhuma memória desses atos? E até mesmo entoar um novo cântico (Ap 14.3; 15.3,4; cf. 5.9) não implica um certo movimento ou progressão do tempo da linha que foi cantada para a linha que está sendo cantada e, assim, para a linha que está a ponto de ser cantada? Isto não implica em passado, presente e futuro mesmo no céu? Realmente é fato, sem dúvida, que a maioria dos redimidos na glória não tem nenhuma voz até o dia da ressurreição. Mas está cantando é impossível, então? Refrões gloriosos não estão soando em seu coração? E não é verdade aqui neste plano terreno que “em meu coração soa uma melodia... soa uma melodia de amor”? Chame estas canções de símbolos, se você desejar, pois elas certamente são símbolos de algo que é muito real.

Mas e sobre a esperança com referência ao futuro? O fato de que a esperança vai conosco para a glória é ainda a melhor interpretação de 1Coríntios 13.13. A esperança, como também a fé e o amor, permanece quando "vier o que é perfeito" e quando nós virmos "face a face". Até, mesmo agora, os espíritos dos redimidos no céu sabem que isto é nada mais do que o estado intermediário. Eles estão avançando para alcançar a hora em que receberão seus corpos, gloriosamente ressuscitados, e estarão unidos a todos os outros que vão um dia pertencer ao número de redimidos. Eles estão ansiando pelo tempo em que herdarão "o novo céu e a nova terra" e quando o Senhor será publicamente honrado. 


No céu, então, as almas dos redimidos estão realmente vivas, agradecendo a Deus a sua benção no passado, ligados a ele no presente e ainda esperando por um futuro mais glorioso que o presente, no qual eles já se regozijam. A vida em três tempos, então, existe até mesmo na glória.

HENDRIKSEN, William. In: A vida futura segundo a Bíblia. Traduzido por Marcus Ferreira.  São Paulo, SP: Cultura Cristã, 2004. pp.


Guilherme Barros

quarta-feira, 26 de junho de 2013

Apontamentos sobre os Tumultos e Manifestações Recentes

Os homens escarnecedores alvoroçam a cidade,
mas os sábios desviam a ira(Pv 29.8)

Algumas pessoas têm me perguntado o que acho das manifestações e protestos que estão ocorrendo em todo o país. Não me sinto em condição de oferecer uma análise político-social de tudo isto, mas posso ao menos tentar entender o assunto em geral do ponto de vista cristão-reformado.

Para começar, o Deus Altíssimo está acima e governa soberanamente, de acordo com seus propósitos insondáveis, os povos, as nações, as multidões, as massas. É esta a mensagem consistente de toda a Escritura. O Salmo 2 descreve Deus rindo e zombando das manifestações das nações, como se os povos pudessem, com sua fúria e rebelião, frustrar os planos do Senhor (Sl 2.1-5). Isaias se refere ao bramido das nações e dos povos em grande ira e de como o Senhor as dispersa como o vento leva a palha (Is 17.12-13).

Embora as manifestações em São Paulo e outras cidades sejam contra o governo e não contra os cristãos, manifestações populares que geralmente acabavam em tumulto foram usadas pelos inimigos de Deus para tentar destruir a Cristo e a igreja cristã nascente. Contudo, pela providência soberana de Deus, os resultados sempre concorreram para o avanço do Evangelho. As massas em Jerusalém vieram ao palácio de Pilatos se manifestar contra Jesus e pedir a sua crucificação, no que foram atendidos (Mt 27.202-26). Ao fazer isto, estavam cumprindo, sem saber, a mais importante etapa do plano da salvação elaborado por Deus, que era a morte do Filho de Deus na cruz pelos pecados de seu povo.

Em outra ocasião, judeus e gentios se juntaram em Icônio para uma manifestação contra ao apóstolo Paulo, que terminou em tumulto. O resultado foi que Paulo saiu de lá e foi evangelizar Listra e Derbe (At 14.5-7). Noutra ocasião ele também foi alvo de uma manifestação popular, desta feita organizada pelos santeiros de Éfeso, revoltados com a queda das vendas das imagens da deusa Diana. O tumulto acabou envolvendo as autoridades locais. O resultado da manifestação foi a saída de Paulo da cidade (At 19.23-40). Todavia, de lá ele seguiu para a Macedônia pregando e confirmando as igrejas.

Mais tarde, os judeus de Jerusalém organizaram um tumulto contra Paulo, pedindo a sua morte (At 21.27-31 e 22.22-29). Mais uma vez a polícia teve de intervir. Paulo escapou porque era cidadão romano. Mas acabou sendo levado preso para Roma, cumprindo assim o plano de Deus – foi da prisão em Roma que Paulo escreveu várias das suas cartas: Efésios, Colossenses, Filipenses e Filemon.
Ou seja, por mais que as manifestações populares pareçam um poder independente e soberano estão, todavia, debaixo do governo divino. Através delas Deus realiza seu proposito maior, que é promover a sua glória e o bem do seu povo, ainda que, no momento, não percebamos de que forma estas coisas se materializam na história.

Outro ponto a lembrar é que manifestações violentas e tumultos são decorrentes das guerras e contendas que procedem do coração humano, corrompido pelo pecado. Ainda que, por causa da graça comum, existam por vezes motivos justos para estas manifestações, tais motivos são frequentemente misturados com motivações obscuras e impuras  (Tg 4.1-3). Elas expressam o caos espiritual que há nos corações sem Deus e a desordem social e civil que entrou na sociedade humana pelo pecado de Adão e pelo nosso próprio. Como parte de seu governo sobre o mundo, Deus por vezes usa as autoridades para reprimir e castigar os baderneiros. As sedições e tumultos contra o império romano no período neo-testamentário eram reprimidos vigorosamente, como no caso de Barrabás que havia sido condenado a morte por causa de liderar uma sedição e ter matado alguém (Lc 23.19,25). Protestos liderados por Teudas e Judas, o galileu, terminaram com a morte deles pelos soldados romanos (At 5.36-37). Os líderes judeus viviam com medo de serem esmagados pelos romanos caso houvesse entre eles quem liderasse tumultos e protestos (At 19.40). Estas manifestações e protestos de judeus insatisfeitos com o domínio romano tinham um fundo escatológico, decorrente de uma interpretação popular e equivocada quanto à natureza do Reino de Deus.  

Por fim, lembremos que as autoridades foram constituídas por Deus. Conforme Paulo nos ensina, elas são ministros de Deus para proteger os bons, castigar os maus e promover o bem da sociedade. Por isto, devem ser respeitadas, temidas e a elas devemos pagar impostos. A palavra que Paulo usa para se referir à autoridade como “ministro” de Deus é a palavra diáconos, bem conhecida dos cristãos (Rm 13.1-7). Pedro vai nesta mesma linha (1Pe 2.13-14). Isso não significa que devamos, como cristãos, obediência absoluta ao Estado. Nossa consciência está cativa à Palavra de Deus como instância última. 

Em casos de conflito – quando o Estado exige de mim aquilo que a Palavra de Deus proíbe – devo obedecer a Deus e não aos homens. Pois ao colocar-se contra os valores e princípios de Deus, o Estado corrompe seu papel dado por Deus e suas leis são meras leis “humanas” em contraste com as divinas.
Em casos assim, cabe aos cristãos o uso dos meios legítimos para discordar, avisar e alertar o Estado e, finalmente, estar prontos para sofrer as consequências da desobediência à estas leis, como os primeiros cristãos fizeram ao recusar-se a adorar o Imperador, culto oficial e obrigatório do império romano.

Diante do exposto acima, imagino algumas conclusões práticas. Primeira, não devemos jamais temer o tumulto das massas – Deus está no controle. Essa é a confiança dos servos do Altíssimo. Embora tumultos populares organizados tenham sido sempre seja uma arma dos inimigos do povo de Deus para destruir a Igreja, lembremos que Deus sempre reverteu o propósito maligno em favor do seu povo.

Segundo, vejo como legítima a participação dos cristãos em manifestações públicas que sejam ordeiras e pacificas, que não sejam tumultos e que tenham em mente o bem da sociedade e não somente os privilégios dos crentes e evangélicos. Não faz sentido as igrejas se organizarem em passeatas e manifestações e marchas para reivindicar privilégios para os crentes. Estas manifestações são civis, expressões sociais e não um culto. Por exemplo, ao protestarmos contra a aprovação da lei da homofobia devemos fazê-lo essencialmente porque se trata de uma violação da Constituição que garante a todos – e não somente aos crentes – o direito de consciência e de expressão.

Terceiro, não custa lembrar que a maneira da igreja influenciar e mudar a sociedade é fundamentalmente pela pregação do Evangelho de Cristo, chamando governantes e governados ao arrependimento de seus pecados e conversão, pela fé, a Jesus Cristo. Não somente isto, pelo procedimento e pelo exemplo os cristãos se tornam sal e luz do mundo, quando suas obras de amor, arrependimento e fé são vistas pelos incrédulos (Mt 5.14-16).

Rev. Augustus Nicodemus

Intercâmbio feito por Joana Dar`c

terça-feira, 25 de junho de 2013

Verás que um Filho teu não Foge à Luta

Desde a ultima semana o País vem vivendo uma onda de protestos, os fins são os mais variados possíveis, porém, em suma, o braço central desse movimento seria a moralidade politica, a falta de valores éticos que vive a grande cúpula governamental do nosso país.

              Nesse Cenário uma discussão vem à tona: E o cristão, qual deve ser seu posicionamento frente a toda essa efervescência de civilidade?

              O texto Bíblico em que Paulo exerce seus direitos nos trás um esclarecimento quanto ao posicionamento do Cristão frente a tudo isso.
Em Atos Cap. 22. 22-29. Diz:

             A multidão ouvia Paulo até que ele disse isso. Então todos levantaram a voz e gritaram: "Tira esse homem da face da terra! Ele não merece viver!"
            Estando eles gritando, tirando suas capas e lançando poeira para o ar, o comandante ordenou que Paulo fosse levado à fortaleza e fosse açoitado e interrogado, para saber por que o povo gritava daquela forma contra ele.
            Enquanto o amarravam a fim de açoitá-lo, Paulo disse ao centurião que ali estava: "Vocês têm o direito de açoitar um cidadão romano sem que ele tenha sido condenado?" Ao ouvir isso, o centurião foi prevenir o comandante: "Que vais fazer? Este homem é cidadão romano".
            O comandante dirigiu-se a Paulo e perguntou: "Diga-me, você é cidadão romano?" Ele respondeu: "Sim, sou". Então o comandante disse: "Eu precisei pagar um elevado preço por minha cidadania". Respondeu Paulo: "Eu a tenho por direito de nascimento".
             Os que iam interrogá-lo retiraram-se imediatamente. O próprio comandante ficou alarmado, ao saber que havia prendido um cidadão romano.

            Nessa ocasião Paulo invocou seus direitos para evitar ser chicoteado, punição a que o tribuno militar já dissera que queria submetê-lo, na tentativa de descobrir por que sua presença e seus movimentos nos recintos do templo tinha provocado toda aquela agitação entre a população de Jerusalém. Ele expressou seu protesto diante do Centurião, autoridade ali instituída para cuidar da ordem estatal.

                Se verificarmos bem Paulo não gozava dos direitos de ser um cidadão romano por ocasião diversa, não era algo que ele desconhecia. A atitude de Paulo nos mostra um cidadão ativo e consciente de seus direitos e deveres, alguém que sabia bem seu papel dentro da sociedade e conhecia o poder que cada esfera política tinha dentro daquela sociedade. Essa passagem de Atos não é a primeira que nos mostra Paulo exigindo seus direitos. A primeira destas ocasiões foi em Filipos quando ele também apelou aos seus direitos como cidadão romano quando ele protestou por ter sido sumariamente surrado com varas, pelos lictores que ajudavam os principais magistrados em Filipos, sem ter tido o julgamento adequado.

             O conhecimento dos seus direitos é o primeiro passo de um Cristão para viver em uma sociedade, ate mesmo para saber seus limites é necessário compreender o sistema de leis que nos trás benefícios e obrigações. Tratar com descaso essa instituição é renegar uma ferramenta que foi instituída por Deus para a resolução de conflitos, para administração da justiça e para o zelo aos mais fracos e necessitados.
            E quanto às especificidades dos protestos Brasileiros devo participa?

               Devemos antes de tudo saber que Cristo reina sobre tudo e que os mínimos passos  de nossa nação estão sobre o aval dEle. Nas palavras de Frank Ferreira: “a visão reformada da sociedade não se centraliza no indivíduo nem na instituição, mas na soberania de Deus sobre as esferas da criação, nas quais diferentes instituições estão debaixo do reinado de Deus (Ef 1.21,22), (Ap 1.5; 19.16)”.  Em segundo, mas não menos importante, devemos orar por nosso País, por nossos governantes, orientando sempre qual deve ser seu papel.

                Quanto ao nosso caso sabemos que o coração do homem é corrompido pelo pecado, e ainda que existam motivos justos para estas manifestações, esses são frequentemente misturados com motivações obscuras e impuras como a causa LGBT, legalização do aborto, descriminalização da maconha. Por isso é necessário zelo nesses atos. Temos que ter um caminho bem definido de reivindicações para que não acabemos fazendo couro com manifestantes por causas impuras.  A luta por melhorias sociais é bíblica é justa e constitucional, é o cristão lutando contra a injustiça, contra a opressão, pelo Justo.

 Para encerrar não é objetivo desse texto esgotar as possibilidades teóricas sobre esse tema. O mundo sempre cobra o testemunho dos cristãos através das suas escolhas. Por isso fica a reflexão de um versículo e um vídeo de Frank Ferreira que versa um pouco mais sobre o envolvimento do Cristão com a política ao longo da história.

"Aprendam a fazer o bem! Busquem a justiça, acabem com a opressão. Lutem pelos direitos do órfão, defendam a causa da viúva (Isaías 1:17)."


Walber Arruda

segunda-feira, 24 de junho de 2013

UMP INDICA: Visão Mundial

Muitos tem confundido a missão da igreja de adorar a  Deus com muitas outras coisas, entre elas o serviço de ação social. Igreja não é ONG. Outros, na outra extremidade, rechaçam totalmente esta ideia e esquecem do amor ao próximo. Mas há cristãos sérios, comprometidos com Deus e com o seu reino, que buscam servir a Deus, viver o seu evangelho também no cuidado com os necessitados. Um belo exemplo disto é a Visão Mundial.

Conheça um pouco desta organização e faça parte, contribuindo para este grande trabalho. Veja principalmente, o trabalho de apadrinhamento.

A Visão Mundial é uma organização não governamental cristã, brasileira, de desenvolvimento, promoção de justiça e assistência, que, combatendo as causas da pobreza, trabalha com crianças, famílias e comunidades a fim de que alcancem seu potencial pleno. Dedica-se a trabalhar lado a lado com as populações mais vulneráveis e a servir a todas as pessoas, sem distinção de religião, raça, etnia ou gênero.
Integra a parceria World Vision International, que atua em quase 100 países e está no Brasil desde 1975, oferecendo benefícios diretos a mais de 700 mil crianças, jovens e adultos. Esse trabalho se multiplica em benefícios indiretos para mais de 2,8 milhões de brasileiros em 13 estados. A organização está presente na região semiárida do Nordeste do país, do Vale do Jequitinhonha e do Norte de Minas Gerais, na Amazônia e nas regiões metropolitanas de Belo Horizonte (MG), Fortaleza (CE), Maceió (AL), Natal (RN), Recife (PE), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA),  e São Paulo (SP).
Em seus projetos e programas, prioriza as crianças que vivem em comunidades empobrecidas e em situação de vulnerabilidade. Para que as crianças tenham um futuro digno, a Visão Mundial acredita ser necessário transformar a realidade das famílias e das comunidades em que elas vivem. Por isso, todos os projetos apoiados pela organização têm como meta a promoção do Desenvolvimento Transformador. A Visão Mundial procura assegurar que os processos de Desenvolvimento Transformador sejam sempre baseados na comunidade, sustentáveis e focados no bem-estar das crianças.


Deus nos abençoe.

Presb. Cícero da Silva Pereira

sexta-feira, 21 de junho de 2013

É Certo Um Cristão Se Casar Com Alguém Que Não Compartilhe Da Mesma Fé? Com a Palavra Timothy Keller

"NÃO SE PERMITA CRIAR UM ENVOLVIMENTO EMOCIONAL PROFUNDO COM UMA PESSOA NÃO CRISTÃ. Trata-se de uma questão controversa, embora essa advertência não deva causar surpresa a quem leu este livro até aqui. A Bíblia sempre pressupõe que cristãos devem se casar com outros cristãos. Em 1Coríntios 7.39, por exemplo, Paulo diz: 'A mulher está ligada a seu marido enquanto ele viver. Mas, se o seu marido morrer, ela estará livre para se casar com quem quiser, contanto que ele pertença ao Senhor' (NVI). Outras passagens são usadas para corroborar esse princípio, e com razão. Em 2Coríntios 6.14,15 lemos: 'Não vos coloqueis em jugo desigual com os incrédulos; pois que sociedade tem a justiça com a injustiça? que comunhão há entre luz e trevas? Que harmonia existe entre Cristo e Belial? Que parceria tem o crente com o incrédulo?'. As muitas proibições no AT de que judeus se casassem com não judeus podem parecer, à primeira vista, exigir que a pessoa se case com alguém da mesma etnia, mas passagens como Números 12, em que Moisés se casa com uma mulher de outra etnia, indicam que a preocupação de Deus não era o casamento inter-racial, mas o casamento com alguém de outra FÉ.

Muita gente considera que desestimular os cristãos a se casar com alguém que não compartilhe da mesma fé é algo preconceituoso e bitolado, mas há fortes razões para essa regra bíblica. Se seu parceiro não compartilha de sua fé cristã, ele não a entende da mesma forma que você, que tem uma experiência interior dessa fé. E se Jesus ocupa uma posição central em sua vida, isso significa que seu parceiro não entende VOCÊ de fato. Não entende sua motivação principal, a base para tudo o que você faz. Como observamos em capítulos anteriores, ninguém é capaz de conhecer seu parceiro perfeitamente antes de se casar. Mas, quando duas pessoas que têm em comum a fé em Cristo se casam, cada uma sabe algo importante a respeito das motivações fundamentais da outra pessoa de como a outra pessoa encara a vida. Se, contudo, você se casa com alguém que não compartilha de suas convicções mais profundas e importantes, com frequência você tomará decisões que fugirão inteiramente à compreensão do seu cônjuge. Essa área de sua vida que, aliás, é a mais importante, será sempre obscura e misteriosa para seu cônjuge.

A essência da intimidade no casamento é que você finalmente tem alguém que, com o tempo, virá a conhecê-lo e aceitá-lo como você é. Seu cônjuge deve ser alguém de quem você não precise se esconder, ou que você não precise 'enrolar'; deve ser alguém que o entenda. Se, contudo, a pessoa não for cristã, não conseguirá compreender a essência do seu coração.

Se você se casar com alguém que não compartilha de sua fé, há dois caminhos a seguir. No primeiro, você terá de se tornar cada vez menos transparente. Na vida cristã normal e saudável, você relaciona Cristo e o evangelho a todas as coisas. Você pensa em Cristo quando assiste a um filme. Você baseia suas decisões em princípios cristãos. Medita sobre aquilo que leu na Bíblia naquele dia. Se, contudo, você for natural e transparente sobre todos esses pensamentos, para seu cônjuge isso será entediante, irritante ou mesmo ofensivo. Ele dirá: 'Não fazia ideia de que você era tão fanático'. E você terá de esconder isso tudo.

No segundo caminho, a pior possibilidade, você removerá Cristo da posição central em seu consciente. Terá de deixar o fervor do seu coração por Cristo esfriar. Também terá de deixar intencionalmente de pensar na relação que há entre seu compromisso cristão e cada uma das áreas de sua vida. Rebaixará Cristo em sua mente e coração, pois, se continuar a mantê-lo no centro, se sentirá isolado de seu cônjuge.

Esses dois resultados são, obviamente, terríveis. Por isso você não deve se casar com alguém que você sabe que não compartilha de sua fé cristã".

Timothy Keller. O Significado do Casamento. São Paulo: Vida Nova, 2012. pp. 254-256.


Rodrigo Ribeiro

quinta-feira, 20 de junho de 2013

Existe Moeda de Troca para a Salvação?

Assim como muitas denominações ditas evangélicas pregam a troca de valores monetários pela moradia eterna no céu, muitas também apregoam que é possível trocar a salvação por boas obras realizadas na Terra. Sendo assim, seu eu for bom com as pessoas, logo Deus se compadecerá de mim e me dará a salvação – assim funciona o raciocínio dessas denominações.

            Entretanto, não há fundamento bíblico nisso. A salvação não é moeda de troca, assim como Deus não é um bancário que computa nossas boas ações para que resgatemos o nosso bilhete premiado rumo ao paraíso. Essa imagem até parece infantil.

            Na verdade, o que fica explícito na Bíblia é que a salvação foi um preço pago pelo sangue de Cristo. O homem não pode, por seus atos, comprá-la. Apenas a fé no ato de entrega de Jesus é a chave que nos leva à comunhão com Deus, assim como lemos em Efésios 2:08: “Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus”.

            Entretanto, aquele que possui em si a fé, dada pelo Espírito Santo, e que realmente compreendeu a mensagem da cruz, não é mais dominado pelo velho homem. Ele é renascido do Espírito e isso faz com que seus atos também mudem, pois como afirma Jesus em João 13: 34: “Com isso todos saberão que vocês são meus discípulos, se vocês se amarem uns aos outros". 

            A característica principal para ser um discípulo de Jesus é o amor. Aonde o espírito Santo habita, há amor, há doação, há benevolência. Sendo assim, as boas ações não são condições para uma comunhão com Deus, mas são consequências dela.

            Nisto está a chave para compreender o que afirma Tiago no capítulo 2: 17:Assim também a fé, se não tiver as obras, é morta em si mesma”. Nesse sentido, reforça-se a ideia de que a fé precede as obras e a fé que não frutifica na mudança de comportamento, não é uma fé genuína. É uma fé morta.

            O comportamento cristão, ou seja, os seus frutos, as suas atitudes decorrentes da fé e do temor a Deus é tão relevante que é a partir dele que Jesus nos orienta a reconhecer os seus profetas: “Acautelai-vos, porém, dos falsos profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas, interiormente, são lobos devoradores. Por seus frutos os conhecereis. Porventura colhem-se uvas dos espinheiros, ou figos dos abrolhos? Assim, toda a árvore boa produz bons frutos, e toda a árvore má produz frutos maus”. (Mateus 7:15-17)

            A fé genuína nos tira da cegueira, nos coloca em comunhão com Deus e nos permite receber a graça da salvação, levando-nos a agir de acordo com a vontade do Pai.  Essa é a ordem dos fatos. Acreditar na ordem inversa é acreditar que o homem pode salvar-se a si próprio e é isso que muita gente vem apregoando em algumas Igrejas. Estejamos atentos aos falsos profetas!

Andrea Grace

quarta-feira, 19 de junho de 2013

Como aproveitar ao Maximo a Pregação do seu Pastor

Você já se flagrou…
• acordando no domingo de manhã desejando não ter que ir à igreja?
• tendo dificuldades em manter-se acordado durante o culto?
• sonhando acordado durante a mensagem, ou fazendo mentalmente uma lista de afazeres enquanto o pastor está pregando ?
•procurando defeitos na mensagem ou no pregador em sua mente ou não aprendendo nada com o sermão?
• desejando que o seu pastor fosse mais _____?
• esquecendo-se do que se tratava a mensagem antes de chegar em casa da igreja?

Se nós não estamos nos beneficiando do ministério da Palavra que é proclamada publicamente em nossas igrejas locais, a culpa pode não residir naquele que proclama a Palavra. Ela pode estar em nossa disponibilidade para ouvir, receber, e responder à Palavra.
Como você pode preparar seu coração para aproveitar ao máximo a pregação do seu pastor?
 1. Ore por seu pastor enquanto ele se prepara para o domingo. Ore para que a agenda dele esteja livre de distrações desnecessárias. Ore para que Deus dê a ele compreensão no que a Palavra quer dizer.  Ore para que Deus fale com ele pessoalmente por meio da Palavra e que ele responda com humildade e obediência. Ore para que Deus o ajude a comunicar a verdade claramente,  com liberdade, paixão e poder.
2. Se o seu pastor está pregando em serie de um determinado livro da Bíblia, separe um tempo durante a semana para ler antecipadamente e meditar no texto. Peça a Deus que fale ao seu coração antes mesmo de você ouvir a mensagem.
3. Prepare-se para o culto público na noite anterior. Desligue a TV, limite atividades sociais e faça coisas que irão cultivar seu apetite pela Palavra de Deus.
4. Peça a Deus que prepare o seu coração para a pregação da Palavra. Arrependa-se de qualquer pecado que Deus te revelar, e livre-se das coisas que estão no caminho da Palavra na sua vida.
5. Peça a Deus que te dê um senso de antecipação. Vá à igreja pedindo a Deus que encontre-se com você. Espere ouvir dEle e estar diferente quando você sair.

Durante o serviço
1. Participe—Você precisa estar lá. Você não vai aproveitar a igreja se não for.
2. Chegue à igreja cedo o suficiente para gastar alguns minutos preparando silenciosamente o seu coração antes do serviço para o culto. Ore para que Deus atue – no seu pastor, no seu coração, em outros corações – e renda o seu coração para tudo o que Deus disser.
3. Não seja um espectador. Participe plenamente em cada parte do serviço. Isso significa que quando é hora de cantar – cante. Quando é hora de orar – ore. Quando é hora de dar – dê.
4. Enquanto o sermão está sendo pregado, abra a sua bíblia e acompanhe. Se o seu pastor se referir a outras referências, acompanhe.
5. Ouça atentamente a leitura e pregação da Palavra. Tente fazer contato visual com o pastor. Faça uma expressão de aprovação! Isso não apenas ajuda o pastor a saber que as pessoas estão ouvindo e conectando, mas isso também te ajuda a permanecer alerta e focado.
6. Ouça humildemente a pregação da Palavra. Peça a Deus que seja um renovo. Se o seu coração for humilde, seu foco não estará em avaliar a mensagem ou como ela é entregue; você deixará a mensagem te avaliar.
7. Tome notas.  Anote coisas sobre as quais Deus falou com você; realce pontos que o Espírito aplicou no seu coração e na sua vida. Tome essas notas em casa, e trabalhe nelas mais tarde.
8. Não faça do seu pastor um prisioneiro de expectativas irreais. Seu pastor não tem que entreter, ser hipnotizante, dramático, ou contar diversas histórias para ser eficaz. Você é abençoado se ele é um homem de Deus que é humilde, ama a Palavra, e abre a Palavra e busca torná-la clara.  O poder está na verdade, e não no mensageiro.

Após o serviço
1. Peça a Deus que te dê pelo menos uma coisa para guardar da mensagem —um conceito chave, ou um versículo que você pode rever durante a semana. Anote, assim você não vai esquecer.
2. Enquanto ainda está fresco na sua mente (antes de você sair da igreja, no caminha da igreja até em casa, antes da refeição seguinte ao serviço, etc.), discuta a mensagem com outras pessoas. Compartilhe como Deus falou com você.
3. Seja um praticante da Palavra e não somente um ouvinte (Tiago 1:22). Aplique o que você ouviu no domingo à vida real, circunstâncias  do dia-a-dia e situações ao longo da semana.

Tornando isso pessoal
  • Você estima grandemente, respeita, e reverencia a Palavra de Deus (Ne. 8:5; Sl.138:2)?
  • Você prepara o seu coração para ouvir a palavra de Deus ( Sl. 119:18)?
  • Você encontra deleite em ouvir à Palavra proclamada?
  • Você ouve atentamente quando a Palavra está sendo lida ou pregada (Ne. 8:3; Sl. 85:8)?
  • Você espera que Deus fale com você sempre que ouve a Sua Palavra proclamada?
  • Você tem um espírito disposto a aprender (Sl. 25:9)?
  • Você treme diante da Palavra de Deus (Is. 66:2; Ed 9:4)?
  • Você ora por aqueles que proclamam a palavra a você, que eles sejam puros, vasos ungidos de Deus (1 Ts. 5:25)?
  • Quando a Palavra é pregada, você está consciente de que não está ouvindo palavra de homens mas a palavra de Deus (1 Ts. 2:13)?
  • Você tem  um compromisso em obedecer qualquer coisa que Deus te mostrar da sua Palavra (Mt. 7:24; Tg 1:22–25)?
  • Você responde em fé, isto é, agindo de acordo com a palavra que você tem ouvido (Hb. 4:2)?
  • O seu coração é um solo fértil que recebe a Palavra e produz fruto  (Lc 8:15)?
  • Você está disposto a deixar a mensagem te julgar em vez de você julgar a mensagem?
  • Você toma a mensagem de forma pessoal (Tg 1:22)? Ou você está mais focado em como isso se aplica à pessoa que esta sentada perto de você?
  • Você passa adiante para os outros o que você tem aprendido da Palavra de Deus (2 Tim. 2:2)?
  • Você expressa apreciação e gratidão por aqueles que ministram a Palavra de Deus à você (Gal. 6:6; 1 Ts. 5:12-13)?
Nancy Leigh DeMoss

Publicado originalmente em: http://www.mulherespiedosas.com.br/como-aproveitar-a-pregacao-nancy/

Intercâmbio feito por Laryssa Lobo
https://www.facebook.com/laryslobo


terça-feira, 18 de junho de 2013

REFLEXÕES NO SALMO 134 - As Bençãos do Culto e uma Reflexão sobre nossa Peregrinação.

CONSIDERAÇÃO PRELIMINARES

Os Cânticos de Romagem eram salmos que eram entoados pelos peregrinos ao caminharem para o Templo de Jerusalém, para as festas religiosas. Era uma espécie de hinário para os viajantes saudosos dos pátios de Deus e fazem parte desse grupo os salmos 120 até 134, num total de quinze salmos.

Servos que assistiam na casa do Senhor – levitas, responsáveis pelo trabalho no templo.  (1 Cr 9.33)

Sião – Jerusalém

ANÁLISE DO TEXTO
As bênçãos do culto e uma reflexão sobre nossa peregrinação.

1 – A bênção de estar na casa do Senhor - Sl 122.1 (outro cântico de romagem) relata a alegria dos judeus em irem ao templo em Jerusalém. Não é momento de tristeza, nem de desânimo, mas de congraçamento, de louvor a Deus e de exultação na unção do Espírito Santo. Não é a toa que vários empecilhos se levantam para nos impedir de estarmos na casa do Senhor. Precisamos ser diligentes, disciplinados e estudiosos da palavra de Deus para entender a importância desse momento.

2 – A bênção do trabalho na casa do Senhor – Os cantores deste salmo lembram os levitas de exaltar e bendizer o nome do Senhor pelo fato de, por eles serem responsáveis pelos trabalhos na casa do Senhor, estavam constantemente no templo. E aqui temos um grande aprendizado para todos nós:

2.1 O privilégio de ser ministro na casa do Senhor – devemos nos alegrar com o chamado de Deus para nossas vidas e esmerarmo-nos para desenvolvermos nossos dons a fim de servir ao Pai e ao próximo. Cresça, desenvolva, estude, aprimore-se. Não enterre o seu talento. Devemos, porém, ter cuidado com esta expressão, pois muitas, senão na maioria das vezes, ela é interpretada de maneira errada. Não enterrar o talento significa você reconhecer seu talento, aprimorar seu talento, usar seu talento para a glória de Deus, aprimorar seu talento e assim vai num círculo virtuoso. Disso Deus se alegra, e não de fazermos as coisas de qualquer jeito, com a desculpa esfarrapada e sem-vergonha de que é para Deus. Ser ministro na casa de Deus é bênção, mas também é responsabilidade.

2.2 Um dos pontos levantados pela reforma é             O SACERDÓCIO UNIVERSAL DOS CRENTES. Isto é, todo crente é um sacerdote de Deus e deve fazer conhecido Seu Nome aonde for. Mt 5.18 diz “Assim também brilhe a vossa luz diante dos homens para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem ao Pai que está nos céus.” Este aspecto é chamado pelos calvinistas de mandato cultural. Ou seja, nossos talentos também nos foram dados por Deus para usarmos fora da igreja.

2.3 – Vemos outro fator importantíssimo aqui. Deus deve ser bendito. Deus deve ser louvado. Apenas então somente o Senhor Jesus. É o que chamamos de culto cristocêntrico. Hoje vemos cada vez mais o homem querer tomar o lugar de Cristo na adoração. São tantas coisas que cultos já são comparados a grandes shows. Opinando sobre um CD de um grupo ligado a uma igreja disse: A julgar por esse disco, um bom programa para se divertir no domingo a noite é ir à igreja ver o coral cantar. Enquanto isto, a Bíblia afirma: “Só a teu Deus adorarás e só a Ele darás culto”

3 – Derramamento de bênçãos por parte de Deus – De Sião (Jerusalém), isto é, do momento da reunião Deus conduz seu povo em bênção dali para todos os lugares em quer que eles façam. Isto se manifesta no culto de várias maneiras:

3.1 – A adoração comunitária privilegia e estimula a adoração individual, que se manifesta nas práticas devocionais.

O doutor James Houston, criticando o abandono da leitura devocional em nossos dias por uma literatura funcional e pragmática, afirma: “Os hábitos de leitura do chiqueiro não podem satisfazer a um filho e aos porcos ao mesmo tempo”. Ao usar a imagem da Parábola do Filho Pródigo, ele nos chama a atenção para o risco de nos acostumarmos com a vida do chiqueiro. Para Houston, as práticas devocionais nos ajudam a perceber que existe algo maior e mais excelente na vida de comunhão com o Pai.

O reverendo A. W. Tozer (1897-1963) escreveu um artigo afirmando que “Deus fala com o homem que mostra interesse”, e que “Deus nada tem a dizer ao indivíduo frívolo”. Mais do que cultivar o hábito de ler a Bíblia, orar e participar do culto, o que na verdade fazemos quando cultivamos estas práticas devocionais é demonstrar o interesse vivo que temos por Deus e por sua Palavra. 

3.2 - O alimentar-se da palavra de Deus nos dá ânimo, força, direção e condições de analisarmos tudo à sua luz e diminui consideravelmente o risco de sermos levados por qualquer vento de doutrina. Já não são ventos. São grandes tempestades. As pragas da teologia da prosperidade, do teísmo aberto. Já apareceram coisas como trízimo (fazendo referência a trindade, orienta os fiéis a ofertarem 30%). Acreditem vocês. E isto engana muita gente que não se alicerça na palavra de Deus, que deve emanar dos púlpitos ocupados por homens sérios.

Conclusão

Se levamos Deus a sério, levamos também o culto a sério, pois uma reunião não é um momento isolado. Um espaço de duas horas com começo, meio e fim. A reunião, o ajuntado de pessoas termina, mas o culto não. Este é feito com a nossa vida, em todos os momentos, em todos os instantes. E este é o motivo que nos alegra em estarmos juntos com os irmãos. Mostrarmos que nos esforçamos em fazer da nossa vida um culto de louvor e adoração a Deus todo-poderoso, pois já chegou o dia em que não adoramos apenas em Jerusalém ou em Samaria, como Cristo falou a mulher samaritana. O pai procura adoradores que o adorem em Espírito e em verdade.

Por fim, destacamos o aspecto escatológico. A peregrinação a Jerusalém também simboliza a nossa peregrinação à Jerusalém celestial. Portanto, independente das circunstâncias terrenas, sejam elas boas ou más, a alegria de sabermos para onde estamos indo deve preencher nosso coração e louvarmos a Deus, pois de Sião Ele nos abençoa, hoje e sempre.


Presb. Cícero da Silva Pereira

segunda-feira, 17 de junho de 2013

UMP INDICA: A Diferença entre nossa Santificação e nossa Glorificação. (R. C. Sproul)

Neste curto vídeo de poucos minutos, R. C. Sproul nos explica com toda a sua didática de grande professor de seminários reformados, a diferença entre nossa santificação e nossa glorificação, utilizando de figuras como Jesus, Hitler e Paulo para esta ilustração, com a ajuda de Steven Lawson.


Invista alguns minutos de seu dia e aprenda bastante neste vídeo bastante instrutivo: 

Rodrigo Ribeiro
@rodrigolgd

sexta-feira, 14 de junho de 2013

Qual a Diferença entre Erro e Heresia? Com a Palavra Fraklin Ferreira

"Em outras palavras, DEVEMOS FAZER UMA DISTINÇÃO ENTRE HERESIA E ERRO. A heresia é uma negação do que é essencial para a salvação, tema este que nos distingue como evangélicos. Já o erro é uma negação de algum aspecto da verdade revelada que não é essencial para a salvação. Por isso, a heresia e o erro devem ser evitados, no entanto, somente a heresia deve ser considerada um obstáculo intransponível para a comunhão."

FERREIRA, Franklin & MYATT, Alan. Teologia Sistemática. São Paulo: Edições Vida Nova, 2008. p. XXV.

Leia aqui: 
http://www.vidanova.com.br/imgextras/trecho_teosist.pdf

Rodrigo Ribeiro

Relações Perigosas

Em busca da tão sonhada felicidade, muitos cristãos tem se envolvido em relacionamentos com não-crentes. De forma inconsequente  tem se aventurado em tais relações, pondo a sua vida espiritual e emocional sob risco. E são muitas as justificativas utilizadas: “Ele(a) é um(a) pessoa sincera"; "Não é crente, mas me ama de verdade”; “Eu creio que ele(a) irá se converter.”; “Não achei ninguém na igreja, para casar, então tive que ir à procura.”; “Eu me apaixonei sem querer, não mando em meu coração”.

Seja qual destas forem utilizadas, elas só servirão para amenizar a própria consciência da pessoa, que já está totalmente decidida a embarcar nesta aventura sentimental. Uma tragédia anunciada.

Embora a Bíblia não trate diretamente sobre a questão do namoro, já que este tipo de relacionamento não existia naquela época, podemos aprender com os princípios sobre o casamento, contido nas Escrituras.

No Antigo Testamento, o patriarca Abraão, demonstrou preocupação com a escolha da mulher com quem o seu filho Isaque iria casar-se. Sua inquietude fica evidente quando ele comissiona um dos seus servos a ir junto à sua parentela em busca de uma esposa (Rebeca) para o herdeiro da promessa (Gn 24).

No Livro de Deuteronômio, Moisés fez uma advertência solene ao povo de Israel:

Quando o SENHOR, teu Deus, te introduzir na terra a qual passas a possuir, e tiver lançado muitas nações de diante de ti, [...] não farás com elas aliança, nem terás piedade delas; nem contrairás matrimônio com os filhos dessas nações; não darás tuas filhas a seus filhos, nem tomarás suas filhas para teus filhos; pois elas fariam desviar teus filhos de mim, para que servissem a outros deuses; e a ira do SENHOR se acenderia contra vós outros e depressa vos destruiria. (Dt 7.1-4)

No Novo Testamento o apóstolo Paulo admoesta os crentes sobre o jugo desigual:

Não vos ponhais em jugo desigual com os incrédulos; porquanto que sociedade pode haver entre a justiça e a iniqüidade? Ou que comunhão, da luz com as trevas? (2 Co 6.14)

Poderíamos pontuar outros textos, contudo entendo que estes já são bastante esclarecedores, mostrando o posicionamento bíblico, quanto à união do povo de Deus com os que são notoriamente ímpios.

Mesmo com todas estas advertências, muitos cristãos continuam insistindo com essa ideia.  Custando a entender que os filhos de Deus não comungam com os valores deste mundo. Qualquer tipo de união com incrédulos, incluindo o namoro, compromete a integridade espiritual dos filhos de Deus.  E sempre que há esta aproximação indevida entre luz e trevas, a Igreja sofre e os crentes padecem.

Creio que estas perguntas possam ajudar-nos a compreender melhor sobre o perigo dessas relações:

VOCÊ CONTROLA O SEU CORAÇÃO?

Existe o mito que afirma ser impossível dominar o coração humano. Geralmente é depositado sobre ele toda a culpa por envolvimentos proibidos. Não há culpados, mas somente vítimas de suas artimanhas. Como um ser indomável e livre ele se apaixona por quem quer, e geralmente, por quem não deve.

Realmente o coração é traiçoeiro e enganoso. Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e desesperadamente corrupto; quem o conhecerá? (Jr 17.9). Mas não irreprimível, pelo menos para nós cristãos, que somos a morada do Espírito e produzimos o fruto do Domínio próprio. Portanto, você tem condições de resistir aos seus intentos, se for vigilante em todo o tempo. Controlar o coração requer um exercício de abnegação diário.

Sujeite suas emoções ao senhorio de Cristo. A melhor coisa a fazer é trancar a porta do quarto de suas emoções e entregar as chaves nas mãos do seu Senhor, para que nele não entre nenhum intruso.

VOCÊ É PACIENTE?

Por trás de todo relacionamento misto, existe um coração que não conseguiu esperar as coisas acontecerem da maneira certa. Alguns até aguardaram por um rapaz (ou moça) do meio evangélico, por um pouco de tempo, ou por anos. Sua preferência realmente era por namorar alguém da Igreja, mas não apareceu.

Por mais compreensível que seja esta atitude, imagine só se em todas as ocasiões em que as coisas estivessem difíceis de serem concretizadas, nós resolvêssemos dá um basta, e fôssemos fazer as coisas da nossa própria maneira, em busca de uma solução mais rápida? Certamente a situação não iria melhorar.

Ainda que o tempo passe e o cansaço bata na sua porta. Descanse a sua alma em Deus. Não olhe para o relógio, olhe para o alto, é de lá que vem o nosso auxílio. Sujeite-se à vontade do Senhor e creia que nada foge ao Seu controle. Ele renovará as suas forças.

Ele fortalece o cansado e dá grande vigor ao que está sem forças. Até os jovens se cansam e ficam exaustos, e os moços tropeçam e caem; mas aqueles que esperam no Senhor renovam as suas forças. Voam alto como águias; correm e não ficam exaustos, andam e não se cansam. (Is 40.29-31)


VOCÊ QUER SER FELIZ?

Quando alguém resolve iniciar uma relação amorosa com outra pessoa, ela esta em busca de um objetivo. Alcançar a felicidade. O amor entre um homem e uma mulher é algo totalmente normal e o desejo de ter um relacionamento bem sucedido é lícito. Mas será que este é o único motivo de felicidade de um crente?

Existem servos de Deus vivendo frustrados por não terem encontrado a pessoa ideal. E, por isso afirmam: “Eu não sou feliz!”. Então resolvem namorar um não-crente, jogando tudo para o alto. Decepcionados, logo percebem que não encontraram a felicidade tão almejada.

Sabe por que não encontraram? Porque ainda não aprenderam que a verdadeira felicidade para um crente independe do sucesso ou fracasso na vida amorosa. Seu contentamento deve estar em fazer à vontade de Deus, cumprindo os seus mandamentos dia após dia, e vivendo para a Sua glória. Portanto, o justo não deseja ser feliz. Ele já possui a felicidade plena, vinda dos céus.

Como são felizes os que andam em caminhos irrepreensíveis, que vivem conforme a lei do Senhor! (Sl 119:1)

Como são felizes os que obedecem aos seus estatutos e de todo o coração o buscam!
(Sl 119:2)

Por fim, é importante ressaltar que não estamos levando em conta questões relacionadas ao caráter ou a conduta de uma pessoa incrédula, visto que entre os filhos do mundo pode haver pessoas honestas, fiéis e sinceras, mesmo estando num estado de morte espiritual. Mas alertar sobre o compromisso que o cristão deve ter em sujeitar-se aos Ensinamentos Bíblicos. Entendendo que a sua observância redundará em bênçãos (Dt 8), inclusive no seu namoro e casamento.

Em Cristo,

Miss. Ericon Fabio