sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Segundo o Relato de Gênesis 5, os Seres Humanos Pré-Diluvianos Viviam entre 900 e 1.000 anos. Seria Possível, do Ponto de Vista da Ciência, que essa Longevidade fosse Verdadeira? Com a Palavra, Adauto Lourenço.

A resposta é sim. Podemos explicar como isso seria possível. Para isso vamos avaliar duas áreas de interesse.

Nós, seres humanos, somos compostos por pequenas células. Células morrem. Mas antes de morrerem elas se duplicam, dando origem a novas células. Assim, a longevidade está ligada ao processo de duplicação celular.

Dentro do núcleo de cada célula existe o que chamamos de cromossomos, que são estruturas organizadas do DNA (ácido desoxirribonucleico). No DNA fica guardada a informação genética de cada organismo vivo. O ser humano, por exemplo, possui 23 pares de cromossomos: 23 foram herdados do pai e 23 da mãe.

Nas extremidades de cromossomo existe um telômero. Os telômeros são pequenas repetições genética, sendo que a cada divisão celular, uma repetição é “deletada”. Portanto, o número de repetições presentes num telômero determina quantas vezes uma célula poderá ser duplicada. Uma célula não se duplica mais quando seu telômero já foi utilizado até o final.

Portanto os telômeros são responsáveis pelo processo de envelhecimento no nível celular e determinam um limite para a longevidade de um organismo.

Sabemos assim que a longevidade de um organismo está ligada com a estrutura dos telômeros.

Mas como explicar uma longevidade tão grande, como a encontrada em Gênesis? As células daqueles indivíduos não morriam?

Não podemos afirmar categoricamente que não morriam. No entanto, a ciência conhece mecanismos celulares que tornam às células praticamente imortais. Infelizmente os mecanismos conhecidos são utilizados por células cancerígenas que, basicamente, são células que “esqueceram” como morrer.

O que queremos mostrar aqui é que existem mecanismos celulares, conhecidos pela ciência, que permitem uma grande longevidade das células, resultando assim uma grande longevidade dos organismos (por exemplo, seres humanos) formados por células.


Lourenço, Adauto. Gênesis 1 e 2. A Bíblia e a História.1ª Ed. São José dos Campos, SP: Fiel 2011. Cp. 1; p. 31-32.

quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Por que o Facebook e (sua Igreja) Podem estar te Deixando Triste

Russell D. Moore

Fomos avisados que mídia social pode nos distrair diminuir nossa atenção, nos desligar de relacionamentos da vida real. Agora um novo estudo sugere que o Facebook também pode tornar-nos infeliz. Eu suspeito que há alguma medida de razão nisto, e não é apenas sobre o Facebook. Trata-se de nossas igrejas.
A revista Slate cita um artigo em uma revista de psicologia social que iniciava com uma observação sobre como os estudantes universitários se sentiam mais desanimados após fazerem logon no Facebook. Havia algo que os entristecia ao “percorrer outros perfis e fotos legais, biografias vencedoras, e atualizações de status.” Os alunos tiveram o humor obscurecido porque acreditavam que todo mundo era mais feliz que eles.
A jornalista Libby Copeland especula que o Facebook pode “ter um poder especial de nos fazer mais tristes e solitários.” Como pode acontecer isso, no entanto, quando o Facebook geralmente é assim… bem, feliz, cheio de rostos sorridentes e famílias bonitas? Bom, esse é justamente o ponto.
“Ao apresentar a parte mais espirituosa, alegre de vidas tão bonitas, e convidar as pessoas a constantes comparações em que tendemos a nos ver como os perdedores, o Facebook parece explorar o calcanhar de Aquiles da natureza humana”, escreve Copeland. “E as mulheres, um grupo especialmente infeliz, podem tornar-se especialmente vulneráveis ao se informarem sobre o que imaginam ser a felicidade dos vizinhos.”
Sim, Copeland escreve, o Facebook pode registrar crianças bonitinhas e momentos agradáveis, mas isso nunca é o todo, ou mesmo a maior parte, da história de vida de qualquer pessoa. “Lágrimas e acessos de raiva raramente são registrados, nem os surtos de maluquices”, escreve ela.
Agora, em um sentido, quero falar com quem realmente se preocupa com o Facebook. Se você é aquele que se compara aos outros, desligue a tela do computador e faça uma desintoxicação do brilho azul dela. Mas ao mesmo tempo, me parece, o mesmo fenômeno está presente nos bancos de nossas igrejas cristãs.
Nossos “bem sucedidos” pastores e líderes sabem sorrir. Alguns deles fizeram escovinhas e usam abotuaduras, outros são grunges e usam cabelo bagunçado. Mas eles estão aqui para nos “empolgar” sobre “o que Deus está fazendo em nossa igreja.”
Nossas músicas de adoração são tipicamente celebrativas, tanto nas letras quanto na expressão musical. Na última geração, uma canção triste sobre a crucificação foi animada com um coro bem alegre: “Foi ali pela fé que um dia eu vi, e agora estou feliz o dia todo!”
Este não é apenas um problema da grande geração reavivalista. Mesmo as músicas de adoração contemporâneas que vêm diretamente dos Salmos tendem a se concentrar em salmos de crescimento ou de exuberância alegre, não salmos de lamento (e certamente não em salmos imprecatórios!).
Podemos facilmente cantar com o profeta Jeremias: “grande é a tua fidelidade” (Lm 3:23). Mas quem pode se imaginar cantando, na igreja, com Jeremias: “Cobriste-te de ira, e nos perseguiste; mataste, não perdoaste. Cobriste-te de nuvens, para que não passe a nossa oração. Como escória e refugo nos puseste no meio dos povos.”(Lm 3:43-45).
Essa sensação de jovialidade forçada é visto nas “liturgias” ad hoc¹ da maioria das igrejas evangélicas na saudação e na despedida. Ao começar o culto temos um pastor sorrindo ou um líder de louvor empolgado: “É ótimo ver você hoje!” Ou “Estamos felizes por você estar aqui!”. Ao terminar o culto o mesmo semblante sorridente e cheio de dentes diz: “Vejo vocês no próximo domingo! Tenham uma ótima semana!”
Claro que teremos. O que mais poderíamos fazer? Estamos alegres no Senhor, não estamos? Queremos incentivar as pessoas, não é? E, no entanto, o que estamos tentando fazer não está funcionando, mesmo nos termos que estabelecemos para nós mesmos. Suspeito que muitas pessoas em nossos bancos olham ao redor e acham que os outros têm a  felicidade que continuamos prometemos, e se perguntam por que ela passou por elas sem avisar.
Ao não falar, quando a Bíblia fala, sobre toda a gama de emoções humanas, incluindo a solidão, a culpa, a desolação, raiva, medo, desespero, apenas deixamos o nosso povo perguntando por que eles simplesmente não podem ser “cristãos” o suficiente para, afinal de contas, sorrir.
O evangelho fala uma “língua” diferente, no entanto. Jesus diz: “Felizes os que choram, porque serão consolados” (Mt 5:4). No reino, recebemos o conforto de uma forma muito diferente do que somos ensinados em nossa cultura. Recebemos o conforto não por, de um lado, chorar por nossos direitos ou, por outro lado, fingir nossa felicidade. Somos consolados quando vemos o nosso pecado, nossa fragilidade, nossa situação desesperadora, e lamentamos, choramos, clamamos por libertação.
É por isso que Tiago, irmão de nosso Senhor, parece tão fora de sintonia com o ethos contemporâneo evangélico. “Senti as vossas misérias, e lamentai e chorai”, ele escreve. “Converta-se o vosso riso em pranto, e o vosso gozo em tristeza” (Tiago 4.9). O que aconteceria a um líder de igreja que terminasse o culto dizendo ao seu povo: “Tenha um dia infeliz!” Ou “Espero que todos chorem bastante esta semana!” Soaria como louco. Jesus sempre  parece louco para nós, à primeira vista (Jo 7.15, 20).
Ninguém é tão feliz quanto parece no Facebook. E ninguém é tão “espiritual” quanto  parece com o que julgamos como “espiritual” o bastante para o culto cristão. Talvez o que precisamos em nossas igrejas são mais lágrimas, mais falhas, mais confissão de pecados, mais orações de desespero que são profundas demais para palavras.
Talvez, então, os solitários, culpados e os desesperados entre nós verão que o evangelho não chegou para o feliz, mas para os contritos de coração, não para o saudável, mas para o doente, não para os achados, mas para os perdidos.
Portanto, não se preocupe com as pessoas felizes e deslumbrantes do Facebook. Elas precisam de conforto e libertação tanto quanto você. E, mais importante, vamos deixar de ser essas pessoas felizes e deslumbrantes quando nos reunimos em adoração. Não tenhamos vergonha de gritar de alegria e não tenhamos vergonha de chorar de tristeza. Vamos nos educar, não para fazer publicidade, mas, para a oração, por arrependimento e por alegria.
¹ Ad hoc = que tem uma finalidade especifica

LARYSSA LOBO

terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Motivados pela ALEGRIA

Obter a alegria não é fácil. Todos nós passamos por dificuldades, tristezas, perdas, e parece impossível obter uma felicidade genuína que seja maior que tudo isso. Da mesma forma, Jesus sofreu na terra para obter alegria. A Bíblia mostra que “Em troca da alegria que lhe estava proposta, [Jesus] suportou a cruz, não fazendo caso da ignomínia, e está assentado à destra de Deus” (Hb 12.2)’. Foi necessário ele enfrentar o caminho do calvário para experimentar a alegria.

            Que alegria era essa que Jesus esperava receber, e que por conta dessa alegria suportou a cruz? A alegria de se reunir novamente com o Pai após a ressurreição; a alegria de vencer o pecado, a morte, o diabo, visto que “despojando os principados e potestades, publicamente os expôs ao desprezo, triunfando deles na cruz’’; a alegria de ser exaltado sobremaneira por Deus, tendo o nome acima de todo o nome; A alegria de obter novamente a glória divina, retornando à destra de Deus. Além disso, ele viu que ao ressurgir dos mortos, reuniria muitos seguidores, que o louvarão eternamente dizendo “Digno é o Cordeiro que foi morto, de receber o poder, e riqueza, e sabedoria, e força, e honra, e glória e louvor’’. Enfim, como disse um teólogo dos nossos dias : A alegria foi o poder que motivou Jesus a levar a sua cruz.

            O mais incrível disso tudo é que Jesus não entrou na mais perfeita alegria e nos deixou na angústia. Ele, por outro lado, disse: “Tenho-vos dito estas coisas para que o meu gozo esteja em vós, e o vosso gozo seja completo’’ (Jo 15.11). Os que confiam em Jesus como Senhor e salvador de suas vidas regozijarão com a mesma alegria dele.

            Porém, o caminho para nós também não é fácil. A vida cristã exige entrada por uma porta estreita e um andar diário num caminho estreito. O caminho cristão não é um caminho intermediário entre dois extremos, e sim um caminho estreito entre dois precipícios. O próprio Jesus nos alertou: “No mundo, tereis aflições, mas tende bom ânimo; eu venci o mundo” e "Se alguém quiser vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me”. É árduo, mas como a esperança da alegria proposta deu a Jesus força para suportar a cruz, a esperança da alegria que nos está proposta nos capacita a sofrer com ele.
           
          “Bem-aventurados sois, quando, por minha causa, vos injuriarem, e vos perseguirem, e, mentindo, disserem todo mal contra vós. Regozijai-vos e exultai, porque é grande é o vosso galardão nos céus” (Mt 5.11,12) Na cruz de Cristo, nossa alegria foi comprada, e hoje sofremos, padecemos, morremos a cada dia para nós mesmos e para o pecado, mas nossa recompensa será nos deleitar em Deus com a mesma alegria que Jesus tem em seu Pai. Um dia, o pecado será definitivamente deixado para trás, o mal será extinto, e não haverá mais lágrimas, tristezas, dores, tentação ou morte. Serviremos eternamente a Cristo, reinaremos com Ele no firmamento de Sua glória, na comunhão dos santos e dos anjos. Que esperança tremenda!

            Que nos gloriemos na cruz de Cristo, tomando nossa cruz, unindo-nos a Cristo na estrada do calvário, que é a estrada da verdadeira alegria, com a certeza que “os sofrimentos do tempo presente não podem ser comparados com a glória a ser revelada em nós” (Rm 8.18).
Referências

BEEKE, Joel. Vencendo o Mundo. Editora Fiel
PIPER, John. A Paixão de Cristo. Editora Cultura Cristã


Felipe Augusto Lopes Carvalho
Facebook: https://www.facebook.com/felipeaugusto.lopescarvalho

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

UMP INDICA: Seção de Traduções do Blog

Numa das últimas reformulações feitas no formato e na metodologia do Blog , incluímos a seção de indicação, o UMP INDICA. Dede então, toda semana aparecia aqui a indicação de um  livro, um filme, um evento, CD, DVD, cantores, palestra ou pregação. Foram momentos muito ricos e nossos leitores tiveram a oportunidade de serem apresentados a material de excelentíssima qualidade. Pois bem, esta é a última indicação desta seção. Obviamente que, sempre que algo muito bacana aparecer, estaremos divulgando por aqui. Mas esta seção encerra-se hoje.

Agradecemos a todos que buscaram aqui sempre a indicação de algo de qualidade para ver, ouvir ou ler. E quero, nesta última postagem, indicar a nova seção de nosso blog; AS TRADUÇÕES.  Algumas traduções apareceram de maneira esporádica aqui, mas a partir de agora serão fixas.

Sabemos que muito bom material é produzido em línguas estrangeiras e nem todos tem sido traduzidos para o português, seja por publicações escritas, seja pelos sites e blogs. Pois bem, no nosso blog, a partir de segunda-feira, termos traduções de alguns destes textos e esperamos que vocês sejam agraciados com a leitura dos mesmos. Vamos então, aproveitar e deliciar-se com mais este material de qualidade que será produzido por aqui. E oremos pelos nossos tradutores, pois é um trabalho muito sério e que deve ser feito com zelo.

Here we go

Deus nos abençoe

Cicero da Silva Pereira

sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

Qual a Importância de Arrepender-se dos Pecados? Com a Palavra Hernandes Dias Lopes

    O remorso produz morte, o arrependimento vida (2 Co 7.10). O arrependimento leva o homem a fugir não apenas das conseqüências do pecado, mas sobretudo fugir do pecado. O pecado é o pior de todos os males. Por isso, precisa ser evitado, repudiado e odiado com veemência. Todos os outros males são temporais e acabam-se com a morte. O pecado não termina com a morte, pois suas conseqüências terríveis vão ser sofridas por toda a eternidade. O pecado, portanto, atenta contra o nosso maior bem no tempo e na eternidade. O pecado é pior do que a pobreza, do que a doença e do que qualquer tragédia que possa nos advir. O pecado é pior do que a morte, porque todos esses males não podem nos afastar do amor de Deus, mas o pecado nos separa de Deus (Is 59.2). O pecado atrai a ira de Deus (Rm 1.18). No pecado não há bem algum. Por isso a Bíblia nos ordena a resistir o pecado até o sangue (Hb 12.4). É melhor morrer do que pecar. Jesus disse: “Se o teu olho direito te faz tropeçar, arranca-o e lança-o de ti; pois te convém que se perca um dos teus membros, e não seja todo o teu corpo lançado no inferno. E, se a tua mão direita te faz tropeçar, corta-a e lança-a de ti; pois te convém que se perca um dos teus membros, e não vá todo o teu corpo para o inferno.” (Mt 5.29,30). Jesus sentencia ainda: “Qualquer que fizer tropeçar a um destes pequeninos que crêem em mim, melhor lhe fora que se lhe pendurasse ao pescoço uma grande pedra de moinho, e fosse afogado na profundeza do mar” (Mt 18.6).

         É por isso que há um brado divino em toda a Bíblia ao pecador: “Arrependei-vos!” Os portais celestiais só se abrirão para os arrependidos.

LOPES, Hernandes Dias. O Deus Desconhecido. 7º Ed. São Paulo: Z3 Editora, 2013. Cáp. 7.


Lídia Santos

quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

O Homem Abençoado

Nos últimos dias tenho aprendido bastante sobre masculinidade bíblica e tenho percebido o quão alto é o padrão de Deus para os Seus filhos homens. É necessário de nós que além de trabalharmos duro, sejamos capazes de edificar uma família e lidera-la diante de Deus. Tarefas que por natureza já não são fáceis, mas que se tornam ainda mais árduas em consequência do pecado que não apenas atuam em nossa vida, mas marca a sociedade na qual estamos inseridos. Buscar viver de acordo com a Bíblia em uma cultura consumista e pornificada é um grande desafio!

Em minha busca pela masculinidade bíblica tenho experimentado a grande alegria de viver exatamente aquilo que Deus me planejou para viver e isso é algo que traz grande contentamento e satisfação. Mas confesso, que isso nem sempre tem sido algo fácil e as pressões da sociedade às vezes parecem me esmorecer. É o medo de não conseguir um bom emprego após a faculdade, de não encontrar a pessoa certa para casar, de um dia fracassar como marido e pai, de não cumprir a vocação que Deus me entregou... Enfim, são muitas as situações que tentam me impedir de continuar buscando o padrão que Deus estabeleceu para mim como homem em Sua Palavra. Mas em meio a isso tudo, descobri no Salmo 128 um conforto e tranquilizante, me assegurando um futuro certo de acordo com a vontade de Deus.

“Como é feliz quem teme ao Senhor, quem anda em seus caminhos!
Você comerá do fruto do seu trabalho, e será feliz e próspero.
Sua mulher será como videira frutífera em sua casa; seus filhos serão como brotos de oliveira ao redor da sua mesa.
Assim será abençoado o homem que teme ao Senhor!
Que o Senhor o abençoe desde Sião, para que você veja a prosperidade de Jerusalém todos os dias da sua vida,
e veja os filhos dos seus filhos.  Haja paz em Israel!”
Salmos 128:1-6

Esse Salmo fala exatamente sobre o que acontece com as pessoas que temem ao Senhor e andam em seus caminhos, especialmente os homens e a meu ver é o padrão perfeito de um homem realmente bem sucedido.

Primeiro, o autor do Salmo diz que o homem que teme a Deus comerá do fruto do seu próprio trabalho e será próspero. Não, isso não é uma garantia de que todos os homens que temem a Deus serão ricos ou que não enfrentarão problemas financeiros. Mas assegura eles serão capazes de viverem e sustentarem suas famílias a partir do seu próprio esforço, cumprindo assim o dever do homem de trabalhar como estipulado pelo próprio Deus no livro de Gênesis. Além disso, ele nos assegura que seremos felizes. Sim, a felicidade é uma consequência de vivermos a nossa masculinidade de acordo com o que a Bíblia diz, incluindo trabalhar, mesmo sendo essa uma tarefa bastante árdua após a Queda. Isso contradiz totalmente o ideal do mundo, segundo o qual, homens bem sucedidos são aqueles que trabalham pouco, mas tem muito dinheiro. Essa é uma prova de que o sonho de ganhar na loteria para nunca mais trabalhar não traz alegria de verdade, tampouco a satisfação de ser um “macho bíblico”.

Logo em seguida, o autor fala sobre a alegria da família. Nada mais completa um homem do que uma mulher – é claro que há algumas poucas exceções. Há uma necessidade intrínseca a nós homens de sermos líderes, de buscarmos uma companheira e junto com ela edificarmos uma família. Entretanto, por causa do pecado nem sempre conseguimos assumir o nosso papel de liderança da forma correta, do mesmo modo, nem sempre as mulheres conseguem ser submissas a seus maridos, o que acaba levando ao fim muitos casamentos. Entretanto, a promessa desse Salmo é de que o homem que teme a Deus terá uma família abençoada, na qual ele consegue cumprir o seu papel de provedor do lar e sua esposa reconhece o seu lugar de auxiliadora e assim como uma árvore que gera bons frutos, consegue dar à luz a muitos filhos, formando assim a família da aliança. Ao mesmo tempo, salienta que o verdadeiro homem não aquele que “conquista” mais mulheres, mas sim aquele que consegue escolher uma única mulher e ser fiel ao seu lado pelo resto da vida.

Por fim, essas bênçãos que se iniciam no lar abrangem a Igreja e trazem bênçãos para toda a nação. É por isso que o salmista ora para que Deus abençoe Sião, haja paz em Jerusalém e as gerações futuras sejam prósperas. Ele entende que a verdadeira masculinidade é um legado precioso e por isso anseia para que a sua nação como um todo e as próximas gerações experimentem tais bênçãos.

O que mais gosto nesse Salmo não é porque ele simplesmente garante um futuro certo àqueles que decidem viver a verdadeira masculinidade bíblica, mas também estabelece o que realmente significa ser um homem de acordo com a vontade de Deus. Ele reitera o mandato de Gênesis de que o homem deve trabalhar e liderar uma família. Ao mesmo tempo em que termina apontando para uma outra característica de um verdadeiro homem: o apreço pela oração. O verdadeiro homem de Deus é homem que ora por sua família, pelos seus descentes, pela Igreja e pela sua nação.

Temos vivido em nossa sociedade uma verdadeira crise de hombridade e é por isso, que mais do que nunca precisamos ser verdadeiros “machos bíblicos”. Essa não é uma tarefa fácil, mas não é em vão e é a única forma de sermos verdadeiramente felizes e satisfeitos. Em meio às dificuldades podemos ter certeza de que não estamos sozinhos e de que a própria Palavra de Deus nos assegura um futuro bem sucedido de verdade. Que o Salmo 128 nos encoraje a sermos aquilo que a Bíblia nos manda ser.

Igor Sabino

quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

A Incredulidade no Púlpito


Crer naquilo que a Bíblia diz é um dom salvador de Deus. Aptidão para falar em público, não. Crer em Jesus Cristo como o Filho de Deus encarnado é obra salvadora da graça. Capacidade para administrar uma igreja, não. Receber os relatos bíblicos em fé e viver por eles é resultado da operação salvadora do Espírito de Deus no coração. Capacidade para liderar um culto e dirigir uma liturgia, não. Fé nos relatos bíblicos de milagres é graça especial aos eleitos. Poder intelectual e acuidade mental, não. 

É por isto que existem pastores e professores de teologia que são incrédulos. Pois para ser pastor e professor de teologia não é preciso fé. Tive um professor de teologia no mestrado que me confessou ter sido um agnóstico durante toda sua vida. Creu aos 65 anos de idade, durante uma enfermidade. Sua vida mudou. 

Pastores e professores de teologia que não têm fé têm que ter outra coisa: a habilidade de separar mentalmente o que ensinam domingo na sua igreja daquilo que realmente acreditam, quando estão a sós com seus livros. Se não tiverem isto, até o que tem lhes será tirado. Pois se ensinarem na igreja o que realmente acreditam, dificilmente manterão seu emprego. Qual é a igreja que deseja ouvir um pastor que não crê nas Escrituras? As que quiseram, fecharam ou estão morrendo. As igrejas da Europa que o digam.

Por não ter fé, o pastor incrédulo tem que direcionar seu ministério e seu culto para áreas onde sua incredulidade passe mais despercebida. Tudo deve estar voltado para ocupar os sentidos de maneira que a fé não faça falta. A mensagem deve evitar temas difíceis. O foco é em pontos morais, sociais e políticos.

O problema com pastores incrédulos não é o que eles dizem, mas o que eles deixam de dizer, os temas que evitam, os assuntos que nunca mencionam, como a ressurreição de Cristo, a infalibilidade das Escrituras, a veracidade e confiabilidade da narrativa bíblica, o poder do Espírito para regenerar a natureza humana pecaminosa, a morte vicária de Cristo, a realidade da tentação e a necessidade de resisti-la. É assim que sobrevivem, evitando matérias de fé e pregando aquilo que um rabino, um mestre espírita ou líder muçulmano também pregaria, como a honestidade e o amor ao próximo, por exemplo.

Alguém pode perguntar “Por que alguém gostaria de ser pastor se não tem fé? Não tem uma maneira mais fácil dele ganhar dinheiro?”. Pois é, pior é que não tem.

Rev. Augustus Nicodemus
Publicado originalmente em: http://tempora-mores.blogspot.com.br/2014/01/a-incredulidade-no-pulpito.html

Intercâmbio feito por Walber Arruda

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Música na Igreja

 Habite, ricamente, em vós a palavra de Cristo; instruí-vos e aconselhai-vos mutuamente em toda a sabedoria, louvando a Deus, com salmos, e hinos, e cânticos espirituais, com gratidão, em vosso coração. (Colossenses 3.16)

A discussão sobre a música na igreja e no culto é algo que sempre esteve nos debates da igreja. Não quero aqui bater o martelo sobre o assunto, pois há muitas variáveis envolvidas, mas podemos sim, iniciar um bom e saudável diálogo sobre o tema. Meu interesse aqui é partir de uma breve meditação sobre o texto acima a fim de aprendermos um pouco mais.

1) Paulo usa três termos distintos para falar sobre música entre os irmãos;

1.1) O termo SALMOS (Psalmos) deriva de uma palavra que significa tocar corda com os dedos . Indica os Salmos do Antigo Testamento (At 1.20; 13.33) (1 Co 14.26)

1.2) HINOS (Humnos) Um cântico de exaltação religiosa

1.3) CÂNTICOS (Ode) Poderia ser uma música sacra ou secular. Por isso a ênfase de Paulo em cânticos espirituais.

A ideia por trás dos três termos (SALMOS, HINOS E CÂNTICOS) enfatizam a diversidade de sons, ritmos e letras que podemos ter na igreja. Não há nenhuma referência bíblica que dê margem para se interpretar que apenas um tipo de música deva ser executada nos trabalhos da igreja. 

2) Paulo enfatiza o caráter pedagógico da música (INSTRUÍ-VOS)

Eis o papel fundamental da música. Não é de entreter, nem de amaciar o ego das pessoas, mas instruir as pessoas. Mas instruir em que? Ora, nós cristãos precisamos ser instruídos na verdade, que é a Palavra de Deus, para nossa santificação (Jo 17.17). Aí vem o papel daquilo que cantamos. As letras devem falar da verdade do evangelho. O que passar disso é fogo estranho. Ou seja, quem trabalha com a música na igreja deve buscar a sabedoria de Deus, instruir-se cada vez mais na Palavra de Deus. Quando Davi orientou os chefes dos levitas, para que estes escolhessem os músicos para o templo, estes escolheram homens sábios  e capazes, entre eles Asafe e Hemã (1 Cr 15.19). Sendo assim, cantar ou tocar na igreja não é para quem quer ou para quem acha isto bonito. Mas para quem Deus chama para este trabalho, vocaciona e para quem demonstra vontade  e zelo de servir ao Senhor com zelo e excelência, buscando aprimorar os dons dados pelo Espírito Santo. Vale ressaltar que esta orientação é válida para qualquer trabalho para o qual Deus vocacionar o crente, não apenas para a área de música na igreja. Tudo isto com o fim de glorificar a Deus, instruindo-nos mutuamente. 

3) A mensagem da música é muito forte

Não há ser humano que fique inerte ao ouvir uma música. Ela sempre gera as mais variadas emoções e sentimentos em nós. Desde a alegria extrema a uma euforia profunda, a música nos leva para dentro de um turbilhão de sensações incríveis. Pense num filme sem a sua trilha sonora. A gente quase sempre associa o filme á trilha e não o contrário. Paulo exorta os colossenses  a cantarem com gratidão em nossos corações. Gratidão a que? Ou a quem? Gratidão pelo que Ele é, pelo que faz, pela sua graça e misericórdia em nossas vidas. Assim, precisamos, para conhecer a este Deus, conhecer a sua Palavra, as Santas Escrituras. Quando agregamos a esta mensagem a força da música, estamos exaltando a Deus e colocando a música a serviço da Palavra. 

4) Enfim, para termos um norte, um direcionamento, devemos pensar na música sob os seguintes pontos:

1.A música deve ser centralizada em Deus. (Ex 20.3)
2.Deve promover uma visão elevada de Deus. (Ex 3.14)
3.Com ordem ( sob o controle do Espírito) (Jo 4.23) (1Co 14.40)
4. Conteúdo biblicamente saudável (2 Tm 3.16-17)
5. Promover a unidade da congregação (Sl 111.1)
6. Executada com excelência ( 1 Cr 15.22)
7. Prepara para a pregação do evangelho. (Cl 3.16)



Oremos pelos chamados por Deus para a música na igreja. 
Deus nos abençoe

Presb. Cícero da Silva Pereira




sábado, 18 de janeiro de 2014

Cinco Verdades para te ajudar em 2014

Ontem eu criei um desafio para resolvermos colocar a Verdade de Deus em ação em 2014.

Eu te darei cinco passos de ação com base nas Verdades que Nancy Leigh DeMoss escreve sobre em seu livro Mentiras que as mulheres acreditam.

Aqui estão mais cinco maneiras para que você possa viver com a verdade de Deus em 2014.

01. Vou acenar a bandeira branca (Isaías 46.10)

Em conferências do tipo True Woman (Verdadeira Mulher), o saquinho de guloseimas entregues a todos os participantes inclui sempre um lenço branco. Esse lenço é destinado para simbolizar a rendição à vontade de Deus em relação aos planos para as nossas vidas. Um dos destaques para mim em cada conferência é assistir os lenços passar por todo o auditório. Sem falar, que cada mulher que agita um está gritando: "Eu sei que a vontade de Deus para mim é boa! Escolho me render a ele."

No alvorecer de um novo ano, pode ser fácil para alguns de nós expressarmos esse tipo de sentimento. Mas os desafios virão, e que é quando se vai realmente conhecer a estrada sobre os nossos sentimentos para com a vontade de Deus.

Podemos encontrar-nos perguntando, “isso é um erro, Deus? Certamente isso não é o que você tem planejado para minha vida”.

Quando esses momentos vierem nesse novo ano, temos a escolha de acenar uma bandeira branca (figurativa ou literalmente), sabendo que nossas vidas estão nas mãos de Deus, e nada podemos tocar em nossas vidas que não tenha sido previamente "filtrada por entre Seus dedos de amor."

"Ele não comete erros com a vida de seus filhos. Alguém disse: ‘A vontade de Deus é exatamente o que iríamos escolher, se soubéssemos o que Deus sabe. ’ Quando estivermos na eternidade olhando para trás, para a existência terrena, saberemos pela visão algo que só podemos ver agora pela fé: Ele fez bem todas as coisas." (Livro - Mentiras que as mulheres acreditam).

02. Vamos falar sobre a Graça, muitas vezes este ano (2 Coríntios 12.9).

A Bíblia diz que a Graça de Deus é suficiente para nós.

Quando você chegar a uma curva na estrada em 2014, a Graça de Deus já estará lá esperando por você. Ele tem ampla Graça para tudo o que você está enfrentando. Ele tem grandes quantidades de Graça para o que está à frente. Quando você está fora das opções, Ele tem a Graça em abundância.

"Onde o pecado abunda, a Graça faz muito mais abundar. Quando sou fraco, Ele é forte. Quando eu estou vazio, Ele me completa. Quando eu não tenho recursos de minha própria reserva, Seus recursos não começaram nem a ser esgotados... precisamos falar a verdade para nós mesmos, precisamos falar um para o outro em cada estação, em cada circunstância, Sua Graça é suficiente e isso é suficiente para mim... e é suficiente para você." (Livro – Mentiras que as mulheres acreditam).

Todos nós precisamos ser lembrados de que a Graça de Deus é suficiente para levar-nos a passar por tudo. Por que não citar este ano a Graça¿! Aproveite todas as oportunidades para falar sobre a Graça de Deus para si mesmo e para os outros.

03. Vou rejeitar o pecado por causa da cruz (1 João 1.7, Romanos 6.6-7)

Há pecados em sua vida que se tornaram habituais? Existem áreas onde você está operando sob a falsa crença de que você nunca vai ter a vitória sobre esse pecado? Você secretamente duvida de que o sangue de Cristo é suficiente para cobrir um pecado secreto ou decorrente?

Não há um pecado que você cometeu e nenhum pecado que você vai cometer que não possa ser perdoado e coberto pelo sacrifício de Jesus.

Jesus oferece o perdão dos pecados de bom grado. A realização deste deve nos motivar a ser intolerante para com o pecado em nossas vidas.

"Isso [o sacrifício de Cristo] não deve levar-nos a tornar o pecado mais leve; ao contrário, a percepção de que o nosso pecado exige o sacrifício do Senhor Jesus deve nos deixar quebrantado e humilde de espírito, e determinado a escolher o caminho da obediência, pelo poder de Sua habitação pelo o Espírito Santo." (Livro - Mentiras que as mulheres acreditam).

Faça essa oração: "o pecado não terá domínio sobre vós; pois não estais debaixo da lei, e sim da Graça. (Romano 6.14).

04. Eu vou ver o meu passado como algo de onde posso tirar lições ​​(1 Coríntios 6.9-11).

Não há nada em seu passado que Deus não possa usar.

Não há nada que você experimentou que faz de você um bem danificado.

Seu passado não tem que atormentar você.

"A verdade é que o nosso passado, nossa educação, as formas que temos sido injustiçados, e as formas que temos injustiçado outras - essas coisas não têm de serem obstáculos. Na verdade, pela Graça de Deus, eles podem realmente se tornar degraus para maior vitória e fortalecimento." (Livro – Mentiras que as mulheres acreditam).

Que fardos que você trouxe para este novo ano? Você é livre para deixá-los aos pés de Deus, confiando que Ele vai trabalhar com eles para o seu bem. (Romanos 8.28).

05. Vou correr para a Palavra de Deus como meu primeiro recurso e apontar outros em direção a ela em vez de oferecer o meu conselho (Salmos 19.7, 107.20, 119.105).

"A verdade é que a Palavra de Deus é viva e poderosa, que é remédio para corações aflitos e paz para as mentes atormentadas. É uma lâmpada para nossos pés e luz para o nosso caminho, seja qual for a nossa necessidade, seja qual for a nossa situação, a Palavra de Deus é suficiente para atender a essa necessidade. E isso é suficiente para atender as necessidades daqueles que amamos. As pessoas ao nosso redor que estão sofrendo não precisam ouvir as nossas opiniões e sugestões. Elas precisam saber o que Deus diz. Elas precisam saber Seus mandamentos, Suas promessas, e os Seus caminhos. Se você realmente quer ajudar as pessoas, devemos apontá-las para a Verdade e com oração e amor mostrar-lhes como aplicar a Verdade na sua situação." (Livro – Mentiras que as mulheres acreditam).

Qual dessas etapas da ação que você mais precisa seguir nesse novo ano?


Traduzido e Editado por: LARYSSA LOBO


 

Erin Davis - @ErinGraffiti


Publicação Original: http://www.truewoman.com/?id=2726

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

O que Significa a "Marca da Besta" citada no livro de Apocalipse? Com a Palavra, William Hendriksen.

Para se entender a expressão “marca da besta”, devemos nos lembrar que não apenas o gado, mas também os escravos eram marcados com um sinal de propriedade. A marca significava que o escravo pertencia ao seu dono. Logo, a expressão “receber marca de alguém” começou a ser usada para indicar que alguém servia ou cultuava alguém. Provemos esse ponto. Em apocalipse 14.9, lemos: “Se alguém adorar a besta, e a sua imagem, e receber o sinal na sua testa, ou na sua mão”. Aqui, “receber a marca da besta” parece significar pertencer a besta e adorá-la. Igualmente, em Apocalipse 14.11: “e não têm repouso nem de dia nem de noite os que adoram a besta e a sua imagem, e aquele que receber o sinal do seu nome”. (cf. também Ap 20.4). Assim, “receber a marca da besta” parece significar “pertencer à besta e adorá-la”. A “marca besta” é a oposição a Deus, a rejeição a Cristo, o espírito do anticristo de perseguição da Igreja, onde e quando ela se manifesta. Essa marca está impressa na fronte e na mão direita (cf. Dt. 6.8) A fronte simboliza a mente, a vida em termos de pensamento, da filosofia da pessoa. A mão direita refere-se às obras da pessoa, a ação, o comércio, a indústria. Portanto, receber a marca da besta na fronte e na mão direita, significa que a pessoa pertence à companhia dos que perseguem a Igreja, e nisso – quer eminentemente no que ela pensa, diz, escreve ou, mais enfaticamente no que faz – o espírito anticristão se torna evidente.

Essa interpretação se harmoniza perfeitamente com nossa explicação com respeito ao selo que o crente recebe em sua fronte[1]. O selo indica que ele pertence a Cristo, adora-o, respira seu Espírito e pensa seus pensamentos. Igualmente, a marca da besta simboliza que o não-crente, que persiste em iniquidades, pertence à besta e, assim, a Satanás, a quem adora. Observe, entretanto, que há uma diferença. O crente recebe um selo, não apenas uma marca. Através da dispensação tem-se demonstrado verdadeiro (lembre-se Tiatira)[2] que aqueles que não recebem a marca da besta e que adoram o seu nome sofrem restrições em seus negócios. São impedidos e oprimidos. Não lhes é permitido comprar ou vender enquanto permanecem leais aos seus princípios. À medida que nos aproximamos do fim, essa oposição aumentará. Não obstante, que o crente não se desespere. Que ele se lembre de que o numero da besta é número de homem. Ora, o homem foi criado no sexto dia. O numero seis, sobretudo, não é o número sete e jamais chega a sete. Falha sempre em atingir a perfeição, isto é, nunca se torna sete. Seis significa não atingir a marca, significa falha. Sete significa perfeição ou vitória. Regozije-se, ó Igreja de Deus! A vitória está do seu lado. O número da besta é 666. Isto é, falha sobre falha![3] É número de homem, pois a besta se gloria no homem; e tem de falhar!

HENDRIKSEN, William. Capitulo 11: Apocalipse 12-14: Cristo versus o dragão e seus aliados. In: Mais que Vencedores, tradução de Wadislau Martins Gomes. São Paulo, SP: Editora Cultura Cristã, 2011.
Rodrigo Ribeiro
@rodrigolgd




[1] Ver pp. 89ss., 133ss - Esta nota específica não está originalmente neste local, mas coloquei aqui a fim de facilitar a procura daqueles que tenham o livro e tem o desejo de ler mais para entender melhor a questão relativa à marca na fronte do crente defendida por Hendriksen. (Rodrigo Ribeiro)
[2] Ver Capítulo 8, p.91s.
[3] [...] A tentativa de se chegar a uma interpretação pela adição de valores numéricos ao nome de Nero, Platão, etc., não leva a parte alguma juntamente porque leva a tudo. O apocalipse é um livro de símbolos, não um livro de charadas.

quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Somente Cristo!

As palavras de John Newton ecoam ate hoje:

“Maravilhosa graça, quão doce o som”.
Que salvou um pecador como eu
Eu estava perdido, mas agora sou achado.
“Eu estava cego, mas agora eu vejo” - Amazing Grace.

Caro leitor, a reflexão que hoje vos trago vai além da expressão Solus Christus, e sim compreender o porquê somente Cristo pode nos trazer essa salvação.

O texto de Efésios 2:1 resume o que entendemos por depravação total do homem ao dizer que estávamos mortos em delitos e pecados. Senhores, nossa condição não poderia ser pior, estando mortos em pecados não tínhamos o mínimo movimento de qualquer vida espiritual. É inquestionável que possa haver algo de bom em nossos corações. O Salmista Davi disse: “O SENHOR olhou desde os céus para os filhos dos homens, para ver se havia algum que tivesse entendimento e buscasse a Deus. Desviaram-se todos e juntamente se fizeram imundos: não há quem faça o bem, não há sequer um.” Sl. 14:2-3.

Todos os homens são depravados, não somente seus atos são ímpios aos olhos de Deus, mas também seus pensamentos (Gn. 6:5), suas vontades, escolhas e desejos (Ef. 2:3, Ef. 4:22), suas emoções e mesmo seus corações (Jr. 17:9).

Spurgeon dizia: “Declaramos, sob a autoridade das Escrituras, que a vontade humana está tão desesperadamente em maldade, tão depravada, tão inclinada a tudo o que é mal, e tão pouco disposta a tudo o que é bom, que sem a influência sobrenatural, poderosa e irresistível do Espírito Santo, nenhuma vontade humana jamais se verá impulsionada para Cristo.” Com essa declaração, Spurgeon afirmou que a capacidade volitiva do homem pecador está paralisada, ele nem deseja em nem tem como se salvar, que ele está no poço de pecados e que seu coração anseia cada vez mais por pecar, o deixando incapaz de querer e quanto mais de fazer algo para sua salvação.

Senhores, mesmo hoje temos pecados impregnados em nossos corações que dia após dia testificam de como somos necessitados dessa graça, de como somos incapazes de produzir ou ajudar na salvação. Nem mesmo as nossas supostas boas obras tem valor para Deus. Não poderia haver outra Pessoa senão Cristo. Não haveria outro santo, sem pecado que poderia nos trazer vida eterna. Imaginar que podemos ter alguma contribuição na salvação é terrível, é afrontar o evangelho. É tirar de Cristo a supremacia, é por o seu sacrifício como insuficiente, é negar um Deus que se fez carne e no madeiro sentiu a ira que deveria recair sobre nós.

Não existe evangelho fora de cristo, não há o que completar em sua obra, Tudo se reúne nele, a bíblia Fala dele, Ele é o rei da glória e nós nos escoramos unicamente nessa maravilhosa graça, no escândalo que é a cruz, em um Deus santo que se entrega para salvar pecadores.

John Newton foi impactado por essa graça. A certeza de total dependência do seu salvador lhe fez debruçar-se em compreender o significado de ser salvo. Por muitas vezes ele ficava espantado por ver todo seu pecado, e somente na graça recebida ele descansava, pois sabia que apenas de Cristo vinha sua salvação.
Em suas palavras enxergamos o quão impactado por esse amo ele foi, e o quanto Deus revelou a ele o pecado que velozmente o levava para o inferno.

 "Minha memória já quase se foi, mas eu recordo duas coisas: que eu sou um grande pecador, e que Cristo é meu grande salvador!" John Newton

Que sigamos nossa carreira da fé rendendo toda gloria da nossa salvação a quem de fato nos direcionou.
A Cristo toda Gloria!

Walber Arruda