quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

E o Jeitinho Brasileiro?

              É comum ouvirmos uma exaltação ao “jeitinho brasileiro” de resolver as coisas. Há um jeitinho brasileiro para tudo: para não pagar uma conta, para ser atendido mais depressa em uma fila, para ludibriar um compromisso, para ganhar algo que não é lícito ou devido. Resumindo, “jeitinho brasileiro” é um termo simpático para caracterizar um comportamento antiético e, na maior parte das vezes, prejudicial a outrem.
                
                Para os cristãos, o tal do “jeitinho brasileiro” é algo que não agrada a Deus. Em Provérbios 21, são elencados inúmeros comportamentos que diferenciam o justo e o ímpio. E se analisarmos detidamente, muito dos comportamentos atribuídos aos ímpios, são também aqueles que se enquadram dentro do modo brasileiro de ser.

                Um exemplo disso, é descrito no versículo 6: “Trabalhar com língua falsa para ajuntar tesouros é vaidade que conduz aqueles que buscam a morte”. Mentir, subornar, sonegar - verbos tão conhecidos e praticados no nosso país - são caminhos que levam à morte, segundo a Palavra de Deus. Aliás, mais do que levar à morte, são caminhos buscados, ou seja, trilhados por aqueles que estão espiritualmente mortos.

                No versículo 10, lemos: “A alma do ímpio deseja o mal; o seu próximo não agrada aos seus olhos”. O egoísmo, o jogo de interesses e a inveja tem sido uma constante nas relações sociais dos dias atuais e tais comportamentos nos distanciam do segundo mandamento da lei de Deus que preconiza que amemos ao nosso próximo como a nós mesmos. Cada vez que agimos contra os nossos irmãos, estamos ferindo também o nosso relacionamento com Deus, pois, de acordo com as palavras do próprio Jesus: “Em verdade vos digo que quando o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes” (Mateus 25:40).

                O nosso comportamento diz muito daquilo que faz morada dentro de nós, “porque, onde estiver o vosso tesouro, ali estará também o vosso coração” (Lucas 12:3). Um coração cheio de Deus não se alegra com a maldade, com a prática que fere o próximo e com a própria satisfação, em detrimento do mal alheio. O coração onde Deus habita transborda amor e o amor, como descreve Paulo, em sua carta aos 1 Coríntios 13: 4-6 : “O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece. Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal. Não folga com a injustiça, mas folga com a verdade”.

                Essa é uma boa reflexão para pensarmos um pouco a respeito dos valores que nos são incutidos pelo pensamento moderno e que tanto se chocam com aquilo que Deus espera de nós; para reavaliarmos as nossas práticas como brasileiros cristãos, que procuram vivenciar a vontade do Pai.

“O homem ímpio endurece o seu rosto; mas o reto considera o seu caminho” (Provérbios 21:29). Que o Senhor nos dê a clareza de reconsiderarmos os nosso atos para que não o venhamos a ferir e para que o amor de deus resplandeça sempre em nossas ações e em nossas vidas.

Andrea Grace

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