quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Afirmação Fundamental


Esta afirmação é fiel e digna de toda aceitação:
Cristo Jesus veio ao mundo para salvar os pecadores, dos quais eu sou o pior.
1ª Tm 1:15 (NVI)
            São muitas as vezes que nos deparamos com um produto e questionamos: “será que funciona mesmo?” Pode ser a respeito do tônico capilar, uma dieta para emagrecer, uma receita de aparência palatável, um chá “milagroso” dentre outros. Por vezes a essencialidade do evangelho é colocada em cheque em virtude do devaneio de alguns na busca de atender o “mercado” da fé.
            O apóstolo Paulo inspirado por Deus escreve a Timóteo e utiliza esta expressão: “Esta afirmação é fiel” que não é encontrada em nenhuma outra parte do Novo Testamento e chega a ser usada por quatro vezes por Paulo ao escrever a Timóteo (1ª Tm 3:1; 4:9; 2ª Tm 2:11 e Tt 3:8). Tal expressão ocorre propositadamente para identificar uma declaração fundamental, e, nesta primeira oportunidade, a respeito de Cristo. Urge, portanto, reconhecer, para nossa reflexão, o que quer dizer esta a sentença: “Esta afirmação é fiel” que nada mais é dizer que aquilo que ele declarou é um ensinamento fundamental para uma fé genuína e saudável, dado os falsos ensinos e enfermidades doutrinárias que se apresentava diante da lide ministerial naquela circunstância. Diga-se de passagem, circunstâncias de conflito e embate no campo da Cristologia em virtude das inúmeras heresias que misturavam uma religião sincrética e esotérica, combinado com misticismo e especulação filosófica em que Himeneu e Alexandre estavam atolados (v 20) e que deveriam ser veementemente rechaçadas.
            O aspecto fundamental descrito pelo experiente apóstolo Paulo está delineado na afirmação posterior e que me atenho na oportunidade para uma melhor recepção por todos. Desta forma, fica estarrecidamente destroçada todo e qualquer intento gnóstico que diz que a grande maioria dos homens não pode ser remida. Numa só sentença à semelhança de uma vacina que é injetada tornando imune o corpo doente ou factível de tal doença, assim a Palavra foi pronunciada atingindo letalmente as heresias e falsos ensinos deixando a salvo Timóteo e todos que recebessem aquele ensino, sendo que a obra redentora de Cristo é suficiente para salvar o mundo inteiro. Não tivesse Cristo Jesus sido enviado para nos remir por meio de sua expiação vicária e todos pereceríamos por justa e merecida condenação.
            Tal assertiva tem razão de ser uma vez que a vinda de Cristo ao mundo, matiz joanina, fala sobre a missão de Jesus (Jo 5:43; 10:10), subentendo-se a preexistência de Cristo, uma vez que o Cristo estava com Deus no princípio de todas as coisas e sem Ele nada se fez; sua missão messiânica (Jo 3:16), Já que não há salvação em nenhuma outro lugar ou pessoa; sua união e autoridade recebida de Deus Pai, entendendo que Ele veio não por quê decidiu aleatoriamente, mas como fruto de uma plano eterno e que só poderia ser executado pelo Filho de Deus, único que poderia atender as exigências divinas para redenção da humanidade.
Sendo assim, o amor de Cristo Jesus transcende todos os limites de compreensão e “conhecimento místico” dos gnósticos, salvando a todos os homens alcançados pela maravilhosa graça de Cristo Jesus, que forem convencidos do pecado, da justiça e do juízo pelo Espírito de Deus.
            Desta forma, heresias modernas que são apenas velhas heresias remodeladas e novas caricaturas que são desprezíveis, ofensivas, blasfemas, ignóbeis e vencidas. São ensinos que adoecem os desavisados e deixam eivados os curiosos.
            Que fazer? Em quem confiar? Em que acreditar? O que realmente funciona? Será que funciona? Jamais deveremos procurar o evangelho e seus extraordinários ensinos como se fôssemos consumidores vorazes em busca que do que funciona às nossas vistas, que satisfaçam nosso hedonismo. Se quiseres se livrar definitivamente de quaisquer dúvidas, volte-se para Cristo Jesus e seus ensinos que são basilares. Você sabe o que Dr. Carey mandou colocar no seu epitáfio? Estas palavras eram seu conforto:
Um verme fraco e sem razão,
Caio nos braços de Jesus.
Ele dá força e retidão;
Nada mais quero – Só Jesus.


Rev. Fábio J. Bernardo
IV Igreja Presbiteriana de Campina Grande
@fabiobernardo7

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

UMP Indica: Stênio Marcius


Hoje temos a alegria de indicar a obra do cantor, poeta, compositor, grande e humilde servo de Deus, Stênio Marcius. 

Poeta de mão cheia nos brinda com boa música, conteúdo e muita, muita qualidade. Com quatro CD’s gravados (Estima, O Tapeceiro, Canções à Meia Noite e A Beleza do Rei) e um DVD infantil (Vida de Criança, que já indicamos aqui), a obra de Stênio é uma pérola e vem mostrar que não estamos órfãos de boa música entre os cristãos.

Vale muito a pena. Segue um escrito em homenagem ao poeta

Vai trovador
Expressando com tua arte
A glória que tem o teu Senhor

Canta trovador
Mesmo que não haja quem escute
Ou quem entenda o teu louvor

Toca trovador
Pois quem tem ouvidos para ouvir
Ouvirá e glorificará
Àquele que te mandou trovar
(Iris Bernardo)

Para adquirir o trabalho de Stênio, entre em contato através de:

Iris Bernardo
@irissing

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

UMP Indica: I Simpósio de Evangelismo da Federação de UMP´s da Borborema


Mandamento de Deus em sua palavra e um desejo real em todos aqueles que nasceram de novo, o evangelismo é uma tema essencial a ser estudado, principalmente pelos mais jovens. Por isso, a Federação de UMP´s da Borborema promove no dia 10 de Março o I Simpósio de Evangelismo.

O evento será realizado na Igreja Presbiteriana Central, a partir das 19:00h, pelo valor de R$ 5,00 apenas que dará ao material, e também de participar de um coffee break e sorteio de livros. O preletor do evento será o Presb. Carlos Ximenes, da IPCentral. 

Não perca esta excelente oportunidade de aprender mais sobre Evangelismo.

Reserve sua vaga neste site:

As inscrições podem ser realizadas com:

Luiz Gustavo - Igreja Presbiteriana de Campina Grande

Jamila Sousa - Congreção de Boa Vista

Tiago Silva - Igreja Presbiteriana do Catolé

Felipe Augusto Lopes Carvalho - Igreja Presbiteriana do Monte Santo

Rodrigo Ribeiro - IV Igreja Presbiteriana CG


Rodrigo Ribeiro
@rodrigolgd

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Faltam Felipes!

“Naquele dia, levantou-se grande perseguição contra a igreja em Jerusalém; e todos, exceto os apóstolos, foram dispersos pelas regiões da Judéia e Samaria. Alguns homens piedosos sepultaram Estêvão e fizeram grande pranto sobre ele. Saulo, porém, assolava a igreja, entrando pelas casas; e, arrastando homens e mulheres, encerrava-os no cárcere. Entrementes, os que foram dispersos iam por toda parte pregando a palavra. Filipe, descendo à cidade de Samaria, anunciava-lhes a Cristo.”
Atos 8:1b-5

“Ora, havia certo homem, chamado Simão, que ali praticava a mágica, iludindo o povo de Samaria, insinuando ser ele grande vulto; ao qual todos davam ouvidos, do menor ao maior, dizendo: Este homem é o poder de Deus, chamado o Grande Poder. Aderiam a ele porque havia muito os iludira com mágicas. Quando, porém, deram crédito a Filipe, que os evangelizava a respeito do reino de Deus e do nome de Jesus Cristo, iam sendo batizados, assim homens como mulheres. O próprio Simão abraçou a fé; e, tendo sido batizado, acompanhava a Filipe de perto, observando extasiado os sinais e grandes milagres praticados.”
Atos 8:9-13

“Um anjo do Senhor falou a Filipe, dizendo: Dispõe-te e vai para o lado do Sul, no caminho que desce de Jerusalém a Gaza; este se acha deserto. Ele se levantou e foi. Eis que um etíope, eunuco, alto oficial de Candace, rainha dos etíopes, o qual era superintendente de todo o seu tesouro, que viera adorar em Jerusalém, estava de volta e, assentado no seu carro, vinha lendo o profeta Isaías. Então, disse o Espírito a Filipe: Aproxima-te desse carro e acompanha-o. Correndo Filipe, ouviu-o ler o profeta Isaías e perguntou: Compreendes o que vens lendo? Ele respondeu: Como poderei entender, se alguém não me explicar? E convidou Filipe a subir e a sentar-se junto a ele. Ora, a passagem da Escritura que estava lendo era esta: Foi levado como ovelha ao matadouro; e, como um cordeiro mudo perante o seu tosquiador, assim ele não abriu a boca. Na sua humilhação, lhe negaram justiça; quem lhe poderá descrever a geração? Porque da terra a sua vida é tirada. Então, o eunuco disse a Filipe: Peço-te que me expliques a quem se refere o profeta. Fala de si mesmo ou de algum outro? Então, Filipe explicou; e, começando por esta passagem da Escritura, anunciou-lhe a Jesus.”
Atos 8:26-35


                Atos dos Apóstolos é um livro de cunho histórico dos primeiros passos da igreja e muito provavelmente foi escrito por Lucas, o mesmo escritor do evangelho. Lucas era médico e foi companheiro, na segunda e terceira viagem missionária, de Paulo. A temática do livro de Atos, também chamado por muitos de Atos do Espírito Santo, era “orientar a igreja em sua missão por meio do relato de como o Espírito Santo capacitou os apóstolos para propagar o testemunho de Cristo ao mundo gentio” [1]. As orientações contidas nos relatos tinham como destinatário Teófilo, do qual não se sabe muito, mas sabe-se que o primeiro livro de Lucas (o evangelho) também o tem como endereço.

                O capítulo 6 de Atos relata a escolha de alguns homens, que segundo as notas da bíblia Reina-Valera (bíblia hispânica, 1995), foram chamados de diáconos. Dentre os homens, achavam-se Felipe (At 8.4-13,26-40; 21.8-9) e Estevão (At 6.8; 7.60), escolhidos mediante as condições do versículo 3 deste mesmo capítulo. Após a morte de Estevão (At 7.60), houve grande perseguição o que fez com que Felipe e os outros cinco diáconos escolhidos juntamente com o mártir Estevão, espalhassem-se pela região da Judéia e Samaria que proporcionou a pregação da palavra de Deus. É neste contexto que começamos a entender o papel do evangelista Felipe (o qual não devemos confundir com o Felipe Apóstolo).

                Logo ao chegar a Samaria, Felipe prega a palavra (capítulo 8), mas encontra seu primeiro obstáculo, o mago que tinha por nome Simão. Este era, segundo o relato de Atos 8.9 e 10, um enganador que se autodenominava “grande vulto”, ou seja, alguém importante ou de estimado valor, ela assim se chamava por conta da idolatria que os pequenos e grandes tinham por ele, ao ponto de ser considerado “poder de Deus” ou “revelação do poder de Deus”. O fato é que os samaritanos o consideravam quase como um deus, porém percebe-se no verso 12 a eficácia da mensagem trazida por Felipe aquele povo, mostra o contrário. Após serem iluminados pelo Espírito verdadeiro, os samaritanos creram em Jesus. Fica registrado nas entrelinhas da passagem entre os versos 9 e 13 do capítulo 8, que Felipe foi ousado em mostrar a verdade do Deus vivo mesmo mediante alguém que realizava pródigos em nome do próprio Deus. Simão é comparável aos falsos mestres que temos visto no mundo hoje que podem até realizar grandes feitos, mas estão distantes de serem homens de Deus, mas que pelo contrário, agem por suas mãos e vontades próprias, sendo verdadeiras marionetes de Satanás, afastando o povo da verdade.

                Talvez parte do crédito que os de Samaria deram a mensagem que Felipe os fez ouvir se devesse a sua boa reputação (qualidade imposta em Atos 6.3 para a sua escolha), mas além dessa qualidade Felipe era “cheio do Espírito e sabedoria”, ou seja, Felipe era capaz de discernir espiritualmente mediante iluminação no próprio Espírito como também pelo fato de ser conhecedor das escrituras. A prova destas duas coisas (ser cheio do Espírito e conhecedor das escrituras) é apresentada nos versos 28 ao 35 ainda do capítulo 8 de Atos. Mesmo com os frutos de Samaria, Deus orienta Felipe ir a procura de alguém em um lugar deserto que não procurando talvez seu interesse em permanecer mais ali, seguiu as orientações do Senhor e foi levado a presença de um etíope que lia a profecia sobre Jesus de Isaias 53.7-8, que diz:

    “Ele foi oprimido e humilhado, mas não abriu a boca; como cordeiro foi levado ao matadouro; e, como ovelha muda perante os seus tosquiadores, ele não abriu a boca. Por juízo opressor foi arrebatado, e de sua linhagem, quem dela cogitou? Porquanto foi cortado da terra dos viventes; por causa da transgressão do meu povo, foi ele ferido.”

               Não entendendo a natureza da profecia, sentido e aplicação na sua vida, o etíope pede a Felipe que explique a passagem. Conhecedor da palavra, Felipe explica que cordeiro levado ao matadouro era Jesus e que para imputar, no lugar na iniqüidade dos homens a justiça de Deus, assim foi predito e concretizado.

                Perceba que Felipe não mudou a verdade de Deus em mentira, ele não ocultou que o sentido do texto era de que Jesus morreu pelos nossos pecados e foi humilhado, transpassado, ferido pelas nossas iniqüidades. Não houve parcialidade na explanação de Felipe, mas sim uma autentica exposição, talvez resumida, porém que contundentemente convenceu através do Espírito Santo, o etíope da sua condição de pecador ao ponto de pedir para ser batizado.

                Faltam mais como Felipe, faltam pessoas que busquem estar cheios do Espírito e cheios do conhecimento de Deus. Faltam autênticos cristãos que preguem a mensagem da cruz, onde além de Cristo ter sido crucificado, devemos nos crucificar com Ele, nos esvaziarmos de nós menos, nos humilhar, morrer para o mundo. Mas se faltam Felipes, sobram Simãos que até se dizem seguidores de Cristo, mas na verdade não se esvaziaram de si e ainda buscam a glória própria. Infelizmente ainda existem magos da fé, que tentam se disfarçar de “poder de Deus”, mas que na verdade esqueceram do poder da cruz, antes deturpam o verdadeiro evangelho transformando-o em “show da fé”. [Contudo a culpa não é somente dos que se levantam e fazem discípulos da carne, mas esses próprios discípulos são culpados por buscar prazer nas coisas terrenas e não nas do alto. São esses os que exaltam os cantores e pregadores e não a Deus, esses retiram Deus do centro da adoração e adoram a si mesmos].

                Fecho com duas frase de Charles Spurgeon, que dizem:

    “O fato é que muitos gostariam de unir igreja e palco, baralho e oração, danças e ordenanças. Se nos encontramos incapazes de frear essa enxurrada, podemos, ao menos, prevenir os homens quanto à sua existência e suplicar que fujam dela. Quando a antiga fé desaparece e o entusiasmo pelo evangelho é extinto, não é surpresa que as pessoas busquem outras coisas que lhes tragam satisfação. Na falta de pão, se alimentam com cinzas; rejeitando o caminho do Senhor, seguem avidamente pelo caminho da tolice".

    "Haveria Jesus de ascender ao trono por meio da cruz, enquanto nós esperamos ser conduzidos para lá nos ombros das multidões, em meio a aplausos? (...) se você não estiver disposto a carregar a cruz de Cristo, volte à sua fazenda ou ao seu negócio e tire deles o máximo que puder, mas permita-me sussurrar em seus ouvidos: 'Que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma?

Soli Deo Gloria !

Por:Felipe Medeiros
 @felipe_ipb
               
Referencia Bibliográfica

[1] ____________________. A Bíblia de Estudo de Genebra. 2. ed. Barueri, São Paulo: Cultura Cristã, 2009. Introdução do livro de Atos dos Apóstolos, pag. 1417.

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

UMP Entrevista: Derly Lana Cordeiro, sobre o livro de Levítico


O grupo de leitura anual no Facebook, concluiu mais livro, e neste percurso fomos bastante edificados com a leitura e meditação nas escrituras, além dos debates e reflexões no grupo, por isso fizemos uma entrevista com um dos membros a respeito do livro de Levítico. Leia aquilo que o irmão Derly Lana Cordeiro escreveu a respeito deste livro das escrituras sagradas:

01 - Quais os objetivos gerais que podem ser observados no livro de Levítico?
O objetivo geral deste livro de Levítico e nos mostrar o passo a passo de como o povo deveria obedecer as leis de Deus.

02 - Qual a reflexão mais impactante que você teve durante a leitura deste livro?
A reflexão mais impactante que fiz, foi nos primeiros nove capítulos, onde vemos os sacrifícios, que toda aquela liturgia foi trocada por um só sacrifício, Cristo Jesus Nosso Senhor que foi o sacrifício pela expiação dos nossos pecados.

03 - Qual o personagem que mais chamou atenção e por quê?
Foram os filhos de Arão, eles conheciam tudo o que Moises falara para Arão e para a Tribo de Levi e mesmo assim eles ofereceram fogo estranho ao senhor, como assim dois dos sacerdotes "chefe" oferecem fogo estranho pro Senhor. E muito contraditório, pessoas preparadas para esse oficio fazerem uma coisa que eles sabiam que iria custar a vida deles.

Derly Lana Cordeiro

Entrevista feita por Rodrigo Ribeiro
@rodrigolgd

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Uma breve reflexão sobre santidade


Ontem teve início mais uma edição do Encontro para a Consciência Cristã. O tema deste ano é “Santidade, sem a qual ninguém verá o Senhor”. E isto me pôs a refletir. Qual a ideia que a igreja de hoje tem sobre santidade? O que significa ser santo.

Uma das ideias associadas à santidade é a de reclusão. Historicamente, vemos pessoas, isoladamente, ou em grupo, se afastar de tudo e de todos, para purificar-se, livrar-se das más companhias e tornar-se mais santo. A história também tem mostrado que esta atitude é tão improdutiva, quanto não buscar santidade, pois o texto sagrado afirma que devemos, assim como a paz, seguir (Hb 12.14) a santidade com todos. Ou seja, a santidade é individual, mas é para ser desenvolvida com todos e para todos, no exercício da servidão a Deus e ao próximo.

Uma segunda associação feita é a de que, para ser santo, você precisa ser intelectualmente capacitados, ler mil livros e ser uma pessoa informada, eloquente e estudiosa. Estas coisas são importantes, mas por si só, não geram santidades, nem são suficientes para determinarmos o fato de uma pessoa ser santa ou não. Infelizmente, no meio evangélico, o intelectualismo tem se tornado um ídolo, ao ponto de as pessoas chegarem ao inevitável ponto de se acharem melhor que outras. Ser santo significa se enxergar miserável pecador e carente das misericórdias de Deus a cada segundo, sem as quais seríamos consumidos e que precisamos uns dos outros. Santidade gera humildade, não soberba. Santidade gera ortodoxia (ensino correto) com ortopraxia (prática correta) e leva a vivermos a máxima de que a Bíblia é nossa única e infalível regra de fé e prática.

Gostaria de tratar ainda de mais uma vertente. Muitos acham que ser santo significa ser extravagante em exercícios espirituais. Gritar quando prega, pular feito acrobata enquanto canta, falar que teve mil e uma experiências com Deus e que teve revelações, visões, sonhos e outras coisas mais. E isto tem se tornado muito frequente e tem sido parâmetro para “medir” a espiritualidade de alguém. Nada mais enganoso. Um dos frutos do espírito é domínio próprio, o culto a Deus é algo sério e reverente, não uma feira. E além de feira no sentido sonoro, é uma feira de vaidades, pois cada um que queira ser mais espiritual que o outro. Enquanto isso, Jesus nos ensina a recolher-nos e orar ao nosso Pai em secreto. Paulo afirma que o culto deve ser prestado com ordem e decência.

Enfim, qual o parâmetro de santidade? Em que base devemos nos sustentar para buscarmos a santidade de maneira correta, a fim de que vejamos o Senhor. O parâmetro, o norte, o eixo para isto é pura e simplesmente o próprio Deus, que invoca o seu povo em Lv  20.7:   “Portanto, santificai-vos e sede santos, pois eu sou o SENHOR, vosso Deus.”

Deus nos guarde e nos conduza em santidade.

Presbítero Cícero Pereira
@ciceroeiris

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

UMP Indica: #Resistencia1ano


A Resistência Band, completa um ano de vida e abre as portas do BNB, em Campina Grande, para receber todos os que fizeram parte desta história para comemorar e agradecer a Deus. A entrada é gratuita, basta levar um quilo de alimento, que será doado posteriormente pela banda.

Além dos vários membros da @UMPdaQuarta que fazem parte deste ministério, teremos a participação de vários outros, seja na parte musical, ou no apoio e infra-estrutura. O tema do aniversário é "Lembrando e Resistindo" e terá como preletor o Missionário Ericon.

Não deixe de participar, e de divulgar nas redes sociais, através da Hashtag: #Resistencia1ano

LOCAL: Clube BNB, Catolé, em Campina Grande
DATA: 25 de Fevereiro de 2012
HORÁRIO: 20:00H
ENTRADA: 1 Kg de Alimento


Rodrigo Ribeiro
@rodrigolgd

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

A bem-aventurança dos famintos


O mais poderoso dos instintos dos seres vivos é o instinto de buscar alimentar-se ou, nos homens, o instinto da fome. Instinto que os leva à busca pelo alimento que os sacie. A fome é, portanto, um mecanismo de defesa  do homem. Pois sem fome, não há vontade de se alimentar ou, pelo menos, não há prazer em comer. Tornando-se fraco, desnutrido, raquítico, vindo a morrer. A garantia da saúde, bem-estar, força, ânimo, de vida é dada pela alimentação do homem. Esse instinto é tão poderoso, que a primeira coisa que um recém nascido faz é alimentar-se.

De fato, não vim aqui pra falar sobre esse tipo fome. Mas de uma fome que segue essas características da fome física. É a fome por Deus. Pois foi tomando esse exemplo que Jesus se apresenta como o Pão da Vida (João 6:48).
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A fome desse Pão da Vida provoca nos escolhidos do Senhor um vazio existencial. A necessidade de alimentarem-se espiritualmente. E ao encontrarem esse alimento, logo reconhecem qual era o motivo desse vazio e, assim como o recém-nascido procura alimentar-se, o novo homem busca aprender de Deus, ouvir de Deus, alimentar-se da justiça e da misericórdia desse Deus.

Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos; 
Mateus 5:6

Um dos primeiros sintomas das pessoas que se encontram acometidos por algum tipo de doença, seja ela algum tipo de virose ou qualquer outra, é a falta de apetite. E isso nos ensina algo importantíssimo: a falta de apetite das coisas de Deus é sinal falta de saúde espiritual. Por isso, deve-se prestar bastante atenção em relação a isso. Em como temos buscado aprender mais de Deus, crescer no conhecimento da palavra,  em como temos buscado servir a Deus de alguma forma em nossas igrejas, sermos sal e luz em nosso dia-a-dia, na nossa escola, universidade, no nosso trabalho, na nossa família.

“A fome do trabalhador o faz trabalhar, porque a sua boca a isso o incita.” Prov. 16:26.

Fome de Deus é um termo bastante usado no meio evangélico, porém algo muito mal interpretado algumas vezes. Pois vemos comumente pessoas na busca desenfreadas por aquilo que Deus pode operar, ou melhor dizendo, nas bênçãos e benefícios que Deus pode conceder. Elegem isso como fome de Deus e das suas coisas. E isso tem desagradado a Cristo. Ora, Ele não muda! Ele é o mesmo que repreendeu multidões que o seguiam por aquilo que ele podia oferecer, pedindo-lhe maná do céu (João 6:31), como Deus fizera por intermédio de Moisés. É nesta ocasião onde Jesus se apresenta como o Pão da Vida afirmando que quem comer deste, não morrerá.

Da mesma forma que aquele discurso de Jesus desagradou uma grande multidão, hoje tem desagradado a muitos. Por isso, procuram doutrinas que satisfaçam o seu ego e sua fome de si mesmo, vontade de agradar o seu materialismo através de uma falsa religiosidade. Devemos então procurar pregar o que pregava Jesus. Desagradar as multidões desse mundo, causar constrangimento nos corações delas. Pois nesse mesmo texto do livro de João, Jesus assegura que aqueles a quem o Pai o deu, irá até Ele. Não por pregações que agradam o ego materialista de muitos, mas pela pregação do evangelho que os alimenta, pois são ovelhas do Senhor Jesus.

Que nós possamos, meus amados, estar constantemente ansiando pelas coisas de Deus. Famintos pela sua justiça, famintos pela sua palavra. Buscando a Deus de todo o nosso coração, buscando sermos moldado segundo o seu caráter, guiados pelas veredas da sua justiça e sua verdade.

“Como a corça anseia por águas correntes, a minha alma anseia por ti, ó Deus. 
A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo.” Salmo 42:1-2a

Walisson Alves
@walisson_alves

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

UMP Indica: Surpresa!!!

É com enorme prazer e com uma alegria imensa que trazemos no UMP Indica de hoje o 1º Culto Jovem de 2012 da IV Igreja Presbiteriana de Campina Grande.

Após o congresso da federação de mocidades realizado em nossa igreja no final do ano passado, encerrando os trabalhos do ano de 2011, informamos aos seguidores do blog que o que você recebe de Deus através do UMP da Quarta, pode ser vivenciado bem mais de perto se você se juntar a nós a partir de agora nos cultos jovem que acontecerão quinzenalmente e se iniciam na próxima sexta.

Além de indicar, a UMP convida você a participar desse momento conosco, desfrutando da presença de Deus em comunhão também, uns com os outros.

Será nessa sexta-feira, às 19:30 na IV Igreja Presbiteriana de Campina Grande, localizada à Rua José Gomes Filho, 183 – Malvinas.

Esperamos e contamos com a sua presença!

E que Deus fale a cada um de nós conforme o que precisamos ouvir, não o que queremos, mas o que de fato precisamos...

Deus os abençoe e até lá!


Por Karlla Morais
@eversonekarlla

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

UMP Entrevista: Grupo de Leitura, sobre o livro de Exôdos


O grupo de leitura anual no Facebook, conclui mais livro, e neste percurso fomos bastante edificados com a leitura e meditação nas escrituras, além dos debates e reflexões no grupo, por isso fizemos uma entrevista com alguns membros a respeito do livro de Êxodos. Leia:

01 - Quais os objetivos gerais que podem ser observados no livro de Êxodos?
O livro de Êxodo é a continuação do de Gênesis e narra o cumprimento fiel das promessas do Senhor feitas a Abraão. Nele, vemos Deus aperfeiçoando seu povo e o capacitando para desfrutar das suas bênçãos. Os doze primeiros capítulos descrevem o sofrimento do povo de Israel, no Egito, sendo escravos de Faraó e a sua libertação com a mão poderosa e o braço estendido do Senhor.

Os capítulos seguintes narram a trajetória do povo no deserto e reserva parte especial à construção do Tabernáculo. Narra a proteção contra os Amalequitas e outros povos, o estabelecimento de Anciãos supervisores, a chegada ao Sinai e a manifestação do Senhor a eles. Os dez mandamentos e o Livro da Aliança, a proteção do Anjo do Senhor e a confirmação do concerto de Israel com Deus, a orientação a respeito do Tabernáculo, o episódio do bezerro de ouro, arrependimento e renovação da aliança. A construção do Tabernáculo e a coroação do livro que é a glória do Senhor enchendo o Tabernáculo.


02 - Qual a reflexão mais impactante que você teve durante a leitura deste livro?
O que mais me impactou foi a amizade que Moisés tinha com Deus. Acredito que um dos propósitos de Deus ao enviar Jesus, era também para que Ele pudesse ter essa intimidade com todo o povo, porque da mesma forma que Deus amava Moisés, ele amava o seu povo. Mas o pecado sempre fez com que impedisse dessa intimidade sobrenatural acontecer com todos. Acredito que é por isso que só alguns homens no AT tinham o privilégio de se comunicar mais intimamente com Deus, porque eles renunciavam suas vontades, e se esforçavam para viver segundo a vontade de Deus, diferente do povo que sempre foi murmurador. Mas enfim, é maravilhoso saber que Deus quer ter uma relação intima com seus filhos.


03 - Qual foi o assunto mais controverso lido e discutido a respeito de Êxodos?
No meu caso foi a forma como é dito que Deus endureceu o coração do Faraó e por isso mesmo ele não ter deixado o povo partir. Isso gerou conversas interessantes sobre a existência ou não de uma liberdade de ação por parte desse personagem.

Fernando Santos Freeza (http://www.facebook.com/fsfrezza)

04 - Qual o personagem que mais chamou atenção e por quê?
Claramente que para mim foi Moisés, pela sua forma como liderou o povo de Deus e como mesmo com alguns erros foi um homem usado por Deus.


05 - Com base no que foi lido nesse livro, deixe uma mensagem dizendo porque a leitura fez diferença prática em sua vida, e assim incentive outros a lerem também.
A leitura de Êxodos pode me trazer uma nova visão da verdadeira adoração a Deus. Deus é grande, forte e poderoso, mas escolheu habitar em nosso coração, e temos que ser crentes; não incrédulos diante Sua palavra. Às vezes é tão difícil olhar ao nosso redor com os olhos da fé, mas creio que era mais difícil para eles naquela época. Enfim, Deus está em todo tempo ao nosso redor, Ele nos guia de dia, de noite e nunca dorme, nunca desfalece. Ele cuida e protege, envia Sua provisão, provisão maior que todas foi Seu Filho amado por amor de nós.

Remete-nos a reavaliarmos nossos conceitos de adoração e vê onde falta melhorar para que sejamos amigos íntimos de Deus, dando lugar, a honra devida a Santidade suprema de Deus. Ele não quer o nosso depois, Ele quer o nosso agora, Ele quer as nossas primícias, Ele quer nosso sacrifício vivo e agradável, com aroma suave as Suas narinas, Ele quer nossa vida como altar, como oferta santa e pura a Ele, sem defeito, sem meios, Ele nos quer por inteiro! Do jeito Dele, da forma Dele, pro que Ele quiser ser feito. Aleluia, glorificado e exaltado seja o nome do Senhor dos Exércitos.


Entrevista feita por Rodrigo Ribeiro
@rodrigolgd

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Deus não esconde as rugas


O livro de Gênesis revela de modo significativo o cuidado de Deus para com seu povo e sua fidelidade no cumprimento de sua aliança, desde a criação do mundo. Esta perspectiva está presente em cada mínimo detalhe deste livro, até mesmos nas genealogias. Diante de tal maravilhosa e privilegiada situação é previsível e normal que o povo de Israel viesse a envaidece-se e se achassem superiores aos seus vizinhos, ainda que se originassem dos mesmos ancestrais, como os descendentes de Ismael, e até mesmo de Esaú.

Ocorre que na narrativa bíblica não se percebe idealização de personagem algum, as suas falhas não são encobertas com objetivo de criar ídolos nacionais e ícones para o povo de Israel. Deus não deu brechas para que o povo se idolatrasse. Nos primeiros capítulos do mesmo livro descrevem-se as falhas do patriarca Abraão, que a despeito de sua admirável fé, por duas vezes mentiu, afirmando que Sara era sua irmã, temendo por sua vida. Como se não bastasse, seu filho Isaque, também repetiu está lastimável façanha. 

No capítulo 27, está registrado o modo com que Jacó em parceria com sua mãe, ludibriou seu pai enfermo e usurpou a benção de Isaque, destinada ao primogênito Esaú. Esses fatos deixam claro que os patriarcas da nação, não foram pessoas idealizadas, tão pouco merecedores do favor divino. Foram falhos, com imensos pecados, escolhidos somente pelo beneplácito de Deus, e nada mais.

Esta realidade foi o antídoto para todo orgulho descabido do povo judeu. Eles eram iguais aos outros, tão falhos quanto. Se havia algo diferente, isto só se devia a intervenção divina, que de forma graciosa os escolheu e fez uma aliança com eles. Deveriam, portanto, ter compaixão com os outros povos, e principalmente, uma postura humilde, diante dos homens e Deus.

E quanto a nós? Que possamos perceber que assim como os personagens bíblicos, Abraão, Isaque, Jacó e tantos outros, somos pecadores, e não há nada em nós que justifique o amor que Deus. Somos seus filhos simplesmente por que ele assim determinou antes da fundação do mundo. Não deve haver espaço para arrogância e prepotência em nossos corações. Que ecoe em nós as palavras do apóstolo Paulo: “Onde está a jactância”? Foi de toda excluída. (Rm 3.27a).

Olhemos para os patriarcas, os profetas, os israelitas, e principalmente para nós mesmos e reconheçamos que Deus nos ama por graça, e assim sejamos sempre humildes. Que não nos tornemos idolatras de nossa própria imagem e nem permitamos que outros o façam, camuflando nossos erros, despistando nossas falhas.

Por fim, é oportuno lembrar-se de uma famosa citação de Oliver Cronwell, onde este pediu a um artista para que fizesse um quadro seu mas ao mesmo tempo o alertou que se ocultasse qualquer ruga ou defeito em seu rosto, não iria pagá-lo. A bíblia também não oculta o erro dos homens, e ao reconhecer suas falhas aponta para a glória da Graça de Deus.  Que ocorra o mesmo em nossas vidas.

SOLI DEO GLORIA

Rodrigo Ribeiro
@rodrigolgd
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