segunda-feira, 30 de setembro de 2013

UMP INDICA: O Fenômeno dos Desigrejados: Causas e Soluções (Bispo Walter MacAlister)

Nessa pregação o Bispo Walter MacAlister fala sobre o recente tema e problema das pessoas que estão fora da igreja. Ele traz alguns pontos para a reflexão como: pessoas que vão à igreja, mas não estão na igreja, pessoas que não vão à igreja e pessoas que acreditam que está em uma igreja é só assistir um culto. Diante dessas reflexões são feitas exposições bíblicas sobre o mandamento das Escrituras que é que devemos ter comunhão com irmãos em uma igreja local e servir a Cristo nessa unidade. Pregação um pouco longa, mas que vale a pena ser assistida!


LARYSSA LOBO
https://www.facebook.com/laryslobo

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Porque Deus Permite que a Humanidade Sofra? Com a Palavra Augustus Nicodemus

Se Deus é pessoal, soberano, todo-poderoso, onisciente, amoroso e bom, como então explicar a ocorrência de tragédias, calamidades, doenças e sofrimentos que atingem bons e maus ao mesmo tempo?

         Creio que qualquer tentativa que um cristão faça para entender tragédias, desastres, catástrofes e outros males que sobrevêm à humanidade não pode deixar de levar em consideração dois componentes da revelação bíblica: a realidade da queda moral e espiritual do homem e o caráter santo e justo de Deus.

       Entendo que a Bíblia deixa claro que os nossos pecados, tanto o original quanto os pecados atuais que cometemos, por serem transgressões da lei de Deus, tornam-nos culpados e, portanto, sujeitos à ira justa de Deus, a sua justiça retributiva, pela qual ele trata o pecador com o que ele merece. Ou seja, a humanidade inteira, sem exceção – visto que não há um justo sequer, um único que seja inocente e sem pecado – está sujeita ao merecido castigo de Deus, o que inclui – atenção! – a morte, as misérias temporais (entre as quais se enquadram as tragédias, as calamidades, os desastres, as doenças, o sofrimento, etç.) e as misérias espirituais (que a Bíblia chama de morte eterna, inferno e lago de fogo).

       Deus traz esses castigos e misérias para despertar a raça humana, provocar o arrependimento, refrear o pecado do homem, incutir-lhe o temor de Deus, desapegar o homem das coisas desta vida e levá-lo a refletir sobre as coisas vindouras.

       As pessoas nascem cegas, deformadas, morrem em tragédias e acidentes, perdem tudo o que têm em catástrofes, não necessariamente porque são mais pecadoras que as demais, mas porque somos todos pecadores, culpados e sujeitos a misérias, castigos e males aqui nesse mundo.

     Sofrimento, calamidades etç. não são somente um prelúdio do julgamento eterno de Deus; há também um tipo de sofrimento no qual Deus é glorificado por meio de Cristo, em sua graça, e assim se torna, portanto, um exemplo e um prelúdio da salvação eterna. As tragédias servem para levar as pessoas a refletir sobre a temporalidade e fragilidade da vida e as coisas espirituais e eternas. Muitos têm encontrado Deus no caminho do sofrimento.

        Posso não saber os motivos específicos [do sofrimento], mas consola-me saber que Deus é justo, bom e verdadeiro, e que todas as suas obras são perfeitas e retas, e que nele não há engano.

NICODEMUS, Augustus Lopes. O ateísmo cristão e outras ameaças à Igreja. 1º Ed. São Paulo: Mundo Cristão, 2011. Cáp. 21 (trechos); p. 129 – 136

Lidia Santos


quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Porque os Homens Não Falam – Lição 1

Lição 1
Há uns dois meses atrás li um livro que realmente mudou meu modo de pensar sobre algumas coisas e me ajudou a entender muita coisa sobre mim mesmo. O livro era O Silêncio de Adão de Larry Crabb. Foi tão bom, que o li duas vezes. É chamado O silêncio de Adão porque o autor começa perguntando onde estava Adão enquanto Eva estava conversando com a serpente.
A tradição sempre ensinou, e eu sempre presumi, que Eva estivesse sozinha naquela ocasião, e que depois de ser enganada e comer do fruto, saísse à procura de Adão e lhe desse o fruto para comer. Mas Crabb mostra que Adão estava exatamente ali com Eva durante a conversa com a serpente. Quando li isso, imediatamente me levantei da poltrona e fui pegar minha Bíblia para ler o versículo pessoalmente.
Gênesis 3:6 diz:
“Vendo a mulher que a árvore era boa para se comer, agradável aos olhos e árvore desejável para dar entendimento, tomou-lhe do fruto e comeu e deu também ao marido (com ela), e ele comeu.” (ARA)
Uau! Adão estava com ela! Não sei quanto a você, mas isso dissipa todas as minhas pressuposições. Sempre conversamos a respeito de como Eva foi enganada (de fato, há três semanas atrás lemos isso em I Timóteo 2:14 aqui mesmo na classe). Sinceramente penso que preferimos culpar a Eva por nos meter em toda essa bagunça, mesmo sabendo que, tecnicamente, Adão foi o responsável.
Mas, e se Adão esteve exatamente ali o tempo todo em que Eva esteve conversando com a serpente? Penso que isso lança nova luz sobre o quanto Adão foi responsável pelo que aconteceu. O que isso nos diz a respeito de não fazer nada quando não estamos absolutamente certos do que deveríamos dizer ou fazer? Com certeza faz a inatividade parecer muito mais pecaminosa prá mim.
Se Adão estava lá, então por que não disse alguma coisa? Por que não disse à serpente prá se mandar? Por que não corrigiu Eva quando ela citou erroneamente a ordem de Deus de não comer do fruto da árvore? Por que não sugeriu que fossem a algum outro lugar prá conversarem sobre a situação? Por que não impediu Eva quando ela estendeu a mão para pegar o fruto?
Por que Adão ficou calado? Não vou responder a isso agora. A resposta se tornará óbvia conforme trabalharmos através de diversos conceitos.
Vamos dividir nosso estudo nos seguintes tópicos:
  •  A Procura pelos Homens de Verdade
  •  O Modelo do Homem: o papel de Deus na criação, pois o homem é criado à imagem de Deus e precisamos ver o que isso acarreta
  •  A Responsabilidade do Homem: andar segundo a imagem de Deus
  •  A Tendência Natural do Homem: ficar calado
  • O Que Falar Não É
  • As Razões para o Silêncio
  • A Solução
  • A Responsabilidade da Mulher
A Procura pelos “Homens de Verdade”
Acho que a primeira vez que ouvi qualquer coisa sobre “homens de verdade” foi na Faculdade, quando alguém disse: “homens de verdade não comem pastelão”. Acho que na época havia uma porção de piadas que circulavam sobre os “homens de verdade”, mas é só isso que me lembro.
A opinião tradicional sobre o “homem de verdade” é de alguém que é grandalhão, cheio de si, durão, bem sucedido e sem emoções. Se você já leu qualquer um dos livros de Louis L4Amour, as principais características são sempre moreno, alto e invulnerável, e não muito falante. John Wayne e Clint Eastwood sempre interpretaram esse tipo de homem em seus filmes.
Mas nos últimos dez anos, os homens têm sido solicitados a serem mais sensíveis, a serem vulneráveis, a dividirem seus sentimentos, a chorarem mais. Espera-se que os homens sejam mais preocupados com sua ligação com os outros do que com tentar ganhar e conquistar o mundo. Lembro-me de meu pai certa vez fazendo um comentário de que não parecia estar surgindo em cena nenhum ator para tomar o lugar de John Wayne e de Clint Eastwood. Talvez essa seja a razão. O gênero deles estava fora de moda. John Wayne foi trocado por Billy Crystal.
Acho que a imagem do cara durão interpretado por John Wayne é um modelo distorcido do que um homem deveria ser. No entanto, também acho que a imagem delicada, vulnerável, quase homossexual com que somos bombardeados na mídia secular é um pêndulo oscilando longe demais na direção contrária.
Obviamente existe um problema mas, qual é a solução? Qual a essência de um homem de verdade?
No mundo cristão estamos tentando propor uma resposta. Temos os seminários da Vida Familiar, as convenções dos Guardiães da Promessa, e centenas de livros de auto-ajuda sobre como ser um bom pai, como ser um bom marido, como ser bom em seja lá o que for. A lista de livros de auto-ajuda é interminável.
Acho que a expressão “auto-ajuda” é bastante significativa. Com isso não quero dizer para se desconfiar de qualquer dessas coisas que já mencionei, porque todas elas têm seu lugar. Na realidade muitas delas foram iniciadas porque as pessoas sentiram que as igrejas não estavam tratando desses assuntos. Mas nossa tendência, quando percebemos que existe algum problema, é ir procurar as respostas nalgum livro escrito por algum perito, ou ir a algum “conselheiro profissional”, ou a alguma conferência para aprender os passos certos a seguir ou princípios a aplicar, para motivar o trabalho duro; e então vamos para casa e realmente tentamos seguir esses passos. E assim fazemos durante as próximas semanas ou meses. Mas no final das contas escorregamos mais uma vez de volta aos velhos hábitos e aguardamos a próxima conferência. Talvez essa seja a razão pela qual os Guardiães da Promessa tenham que voltar a cada ano. Não mantemos nossas promessas. O problema é que estivemos fazendo todas estas coisas por nossa conta, não pelo poder de Deus.
Em nossos dias homens demais estão buscando mais a sua masculinidade do que a Deus. No entanto, se você ler as biografias dos grandes cristãos do passado, como Dwight L. Moody, Hudson Taylor, etc., ficará evidente que eles buscavam a Deus em primeiro lugar. Eles gastavam horas na Palavra de Deus e em oração. Eles foram homens muito tementes a Deus. E veja o que Deus fez através deles. São lembrados como grandes homens. Assim, acho que é certo dizer que “A única maneira de ser viril é sendo temente a Deus.” (Crabb, p. 32).
Como nos tornamos tementes a Deus? Ao refletir a imagem de Deus. Não podemos fazer isso a menos que saibamos como Deus é. Assim, precisamos estudar como Deus é. Aliás, isso é teologia. Quase hesito ao dizer isso, porque a maioria das pessoas pensa que teologia é muito chato, mas você verá que é muito relevante. É relevante porque, se devemos ser tementes a Deus, temos que saber como Deus é.
O Modelo: O Papel de Deus na Criação
Gênesis 1:2 diz que a terra era sem forma e vazia e que a escuridão estava sobre a face do abismo. Em outras palavras, tudo era um caos. Então, quando tudo era caos e escuridão, Deus falou na escuridão e criou vida e beleza.
Há anos as pessoas discutem sobre a “Teoria do Hiato” ou “Teoria da Restituição”, a qual propõe que houve duas criações. Satanás bagunçou a terra após a primeira criação, e então Deus teve que reconstruí-la. Supõe-se que tudo isto tenha acontecido em algum lugar entre Gênesis 1:1 e Gênesis 1:3.
Acho que a única razão pela qual esta idéia tornou-se popular foi para tentar explicar por que havia o caos. A pergunta que as pessoas se fizeram foi “Por que a princípio Deus criaria uma terra caótica, para depois ter que voltar atrás e consertá-la?” A Teoria do Hiato também ganhou popularidade quando a ciência começou a dizer que a terra tinha milhões de anos. O “intervalo” entre a primeira e a segunda criação saiu de cena por causa disso. O fato de a terra parecer ter milhões de anos pode ser explicado sem a Teoria do Hiato. Se Deus criasse uma árvore, e nós a cortássemos no dia seguinte, quantos anéis ela teria? 50? 100? Deus criou as árvores, o homem, tudo, incluindo a terra, com uma idade visível. Assim, não precisamos da teoria do hiato como resposta à evolução.
Além disso, um bom entendimento de Hebreus mostra que não há nenhuma referência a um intervalo de tempo em Gênesis 1:3.
Assim, qual o motivo da parte sobre a terra ser sem forma e vazia no verso 2? Deixe-me propor uma outra razão – uma teológica.
Quando Moisés escreveu Gênesis, ele deixou de fora uma porção de coisas. Ele cobriu 6.000 anos em apenas poucas páginas, e então se concentrou em Abraão, Isaque, Jacó e José. Penso que Moisés foi muito seletivo naqueles eventos que registrou. Só registrou as coisas que registrou porque provam seu ponto de vista teológico. Por isso Gênesis 1:2 é tanto uma afirmação teológica quanto histórica. Não está dando somente uma ordem cronológica dos acontecimentos.
Quando digo que é uma afirmação teológica quero dizer que, a parte sobre a terra ser sem forma e vazia está lá para fazer uma afirmação sobre Deus – para nos fazer saber como Deus é. O que ela está dizendo sobre Deus é que Deus se move na escuridão e no caos e cria ordem e vida. A afirmação está lá para que o homem, que é criado para andar segundo a imagem de Deus, saiba o que isso envolve. Envolve mover-se dentro do caos e criar ordem e vida.
Isso nos leva ao próximo ponto.
A Responsabilidade do Homem: Andar Segundo a Imagem de Deus
Gênesis 1:26 diz que o homem foi criado à imagem de Deus e um dos propósitos era governar sobre o restante da criação. Era para o homem ajudar a manter a ordem. Uma das primeiras coisas que Adão fez foi dar nomes aos animais. Isso mostrava três coisas:
  •  demonstrava sua superioridade sobre eles, e cumpria a ordem de governar sobre a criação;
  •  ajudava a cumprir seu papel de ser à imagem de Deus e participar da colocação de ordem no caos;
Lori e eu estávamos conversando sobre isso outro dia. Se os animais não tivessem nomes, você se acharia dizendo coisas como… hoje vi um daqueles animais amarelos e peludos perto do riacho. Outra pessoa diria: “Aquele de pescoço comprido?” Então você diria: “Não, ele tinha pescoço curto.” E então a outra pessoa diria: “Aquele com listras?” “Não, aquele com manchas…” e assim por diante. Essa, definitivamente, seria uma situação caótica.
  •  Adão também era “como” Deus porque dar nome aos animais envolvia falar dentro da desordem.
 Imagino que dar nomes a todos aqueles animais não foi fácil. Imagine se alguém lhe trouxesse algumas centenas de espécies de animais e lhe pedisse para você lhes dar nomes. Você ficaria sobrecarregado? Claro que ficaria. Provavelmente tudo o que você poderia fazer seria pensar num nome para o seu bebê. E se você fosse como nós, não decidiria até a mãe e o bebê estarem fora do hospital.
Assim, Gênesis 1:3 diz que Deus falou e então em Gênesis 2:19-20 o homem falou. Existe uma conexão lógica entre as duas passagens. O homem estava refletindo a imagem de Deus ao falar dentro do caos e criar ordem.
Essa é a base teológica para nosso estudo. Deus falou dentro do caos e criou vida e ordem. O homem é criado à imagem de Deus e parte de sua responsabilidade é falar dentro do caos e criar vida e ordem.
Como isso é aplicado a nós hoje? Nós não precisamos dar nomes aos animais.
Para mim, isso significa que, quando a vida está caótica, preciso falar. Preciso dizer algo e preciso fazer algo. Preciso me envolver. Não devo ficar em silêncio. Se fico em silêncio, sou como Adão no jardim. Estou pecando.
Mas a tendência natural do homem é permanecer calado. Isso nos leva ao próximo tópico.
A Tendência Natural do Homem: Ficar em Silêncio
Se Adão fosse o único homem da Bíblia que permaneceu em silêncio, então talvez alguém pudesse dizer que esta conclusão é duvidosa. Mas há muitos exemplos na Bíblia de homens que ficaram em silêncio. Vamos olhar para eles e ver onde isso se encaixa neles.
O Exemplo de Adão
Já vimos este, mas só queria torná-lo parte da lista para que pudesse perguntar a você quais foram as conseqüências do silêncio de Adão. A conseqüência é que bilhões de pessoas têm vidas miseráveis e depois morrem, e a maioria delas vai para o inferno.
O Exemplo de Abraão
Provavelmente todo mundo saiba da promessa de Deus a Abraão (Gn. 15) – de que ele teria um filho e seria pai de uma multidão, e através de quem Deus abençoaria o mundo. Após 10 anos, e nenhum filho, Sara chega a Abraão e lhe diz: toma minha serva, Agar, e tenha filhos com ela para que a promessa de Deus possa se tornar realidade. O que disse Abraão a isso? Nada. Gn. 16:2 diz que ele atendeu à voz de Sara.
Então, mais tarde, depois de Agar ter Ismael, Sara fica com ciúmes e Abraão lhe diz para fazer o que quisesse com sua serva. E ele a deixa tratar Agar rudemente.
Assim, Abraão ficou em silêncio e fez o que Sara disse. Qual foi a conseqüência? O conflito árabe/israelita que se alastra até hoje.
O Exemplo de Ló
Sabemos por II Pedro 2:7 e versos seguintes que Ló foi um homem justo, mas você nunca saberia disso pelo relato de Gênesis. Ele permaneceu em Sodoma e Gomorra e ficou em silêncio sobre o mal ao seu redor. Quando ofereceu suas duas filhas para uma porção de homens, a fim de proteger os mensageiros de Deus, essa não foi a atitude de um homem forte. No final do relato, quando eles estão fugindo da cidade, e a esposa de Ló olha prá trás para Sodoma e vira uma estátua de sal, fica evidente quem era que queria viver em Sodoma e Gomorra, e quem na realidade estava dirigindo a família. Se Ló ficava atormentado em sua alma pelo mal ao seu redor (II Pe. 2:8), então por que não partiu? Porque sua esposa não queria. Ló ficou passivo e em silêncio.
Algum tempo depois as filhas de Ló cometem incesto com ele enquanto estava bêbado, e ficam grávidas. Assim, vemos ainda mais danos resultantes da vida passiva e silenciosa de Ló.
O Exemplo de Betuel
Você se lembra da história de como Isaque conseguiu sua esposa? Seu pai, Abraão, mandou um servo à sua terra natal para arranjar uma esposa para seu filho, Isaque. No relato de Gênesis 24, o servo chega a um poço, encontra Rebeca, segue-a até sua casa, e então começa a barganhar com o irmão dela, Labão, para que ela se case com Isaque. No final do relato (Gn. 24:50) é dito que Betuel concordou com o arranjo. Parece-me que Labão foi o único que esteve envolvido, e que Betuel estava dando um passeio. Não posso afirmar com certeza, mas nada é dito a seu respeito, e ele não fala até o final do relato.
Qual foi o resultado? Ele tinha dois filhos extremamente controladores, Labão e Rebeca. Sabemos que Rebeca esteve bastante envolvida na farsa contra Isaque, quando Jacó tapeou seu pai por causa da bênção de família. E sabemos que Labão tornou miserável a vida de Jacó, quando este tentou se casar com Raquel e em vez disso acabou ficando com Lia. Assim, por ser um pai calado e ausente, Betuel ajudou a criar pelo menos dois filhos controladores e bastante manipuladores.
O Exemplo de Isaque
Não temos que ler muito mais em Gênesis antes de chegarmos ao próximo homem calado – Isaque. Ele foi um homem muito passivo. Se você ler Gênesis inteiro, verá que ele não fez nada certo, exceto permitir que seu pai quase o sacrificasse.
Isaque conhecia a profecia de Deus de que seu filho mais velho, Esaú, serviria ao mais novo, Jacó, mas ele preferia Esaú que aparentava ser um homem forte, viril, e que estava sempre caçando. E no final de sua vida ele foi em frente e abençoou Esaú a despeito da profecia. Por que? Acho que era mais fácil seguir a tradição de abençoar o filho mais velho do que confiar em Deus e abençoar Jacó. Por que? Quem sabe ficasse com medo da reação de Esaú. Afinal, Esaú era caçador. Talvez ficasse com medo do que os outros poderiam dizer quando descobrissem. Porque ficou com medo de agir, sua esposa resolveu assumir o comando e cuidar do problema. O tiro saiu pela culatra e a família se separou, e Isaque e Rebeca nunca mais viram Jacó outra vez.
Conclusão
Aqui temos cinco exemplos de homens que ficaram em silêncio. Em cada situação a conseqüência foi um prejuízo muito grande para os outros. Podemos dizer que a conseqüência foi um caos.
Quando Deus falou, Ele colocou ordem no caos. Quando o homem falha em agir, e falar, segundo à imagem de Deus, a conseqüência é mais caos. E é muito importante reconhecer: causa o rompimento do relacionamento. E é sobre isso que tudo isto é – relacionamentos. Como meu silêncio vai afetar meu relacionamentos com os outros? A Bíblia mostra que certamente os destruirá.
  •  O silêncio de Adão destruiu seu relacionamento com Deus e com sua esposa.
  • O silêncio de Abraão resultou no conflito árabe/israelita.
  • O relacionamento de Ló com suas filhas e com sua esposa não era bom.
  • Isaque quase não tinha nenhum relacionamento com sua esposa e com seu filho Jacó. Isso fica evidente quando lemos a história do engano de Isaque na hora da bênção. Isaque não conversa com Rebeca. Não conversa com Jacó (exceto quando pensa que ele é Esaú). Rebeca não conversa com Esaú. E Jacó não conversa com Esaú. Você vê uma família dividida ao meio.
Repare também que em cada uma destas situações, quando o homem ficou quieto, a mulher se intrometeu e assumiu o controle. Deus disse que essa ia ser a tendência natural da mulher em Gênesis 3:16, e podemos vê-la acontecendo vezes e mais vezes.
Assim, a tendência natural do homem é ficar calado. Mas, o que vimos até aqui deve acabar com a descrição do homem como alguém “Forte e Calado”. Quando você entende estes princípios, isso faz você querer mudar para “Fracote e Calado”.
Sumário
  •  O que vimos é que Deus fala dentro da desordem e cria ordem e vida
  • O homem é criado à imagem de Deus e também deve falar dentro da desordem e criar ordem e vida
  • Mas a tendência natural do homem é evitar o caos e ficar calado;
  • Quando ele faz isso, cria mais caos e destrói os relacionamentos.
  •  O que vimos é que Deus fala dentro da desordem e cria ordem e vida;
  •  O homem é criado à imagem de Deus e também deve falar dentro da desordem e criar ordem e vida;
  • Mas a tendência natural do homem é evitar o caos e ficar calado;
  • Quando ele faz isso, cria mais caos e destrói os relacionamentos.
Lição de Casa
O que quero que você faça como lição de casa esta semana é que esteja consciente de suas ações e de sua inércia. Quando a vida se apresenta com alguma situação confusa ou caótica, o que você faz? Faz greve emocional? Bate em retirada e vai fazer alguma outra coisa? Domina-se e tenta controlar a situação? Pense em como você reage à desordem em sua vida, e então na próxima semana quando discutirmos as razões para o silêncio, ele baterá muito mais próximo de casa.
Tradução: Mariza Regina de Souza

Hampton Keathley IV


Intercâmbio Feito por Pablo Nóbrega
Facebook: https://www.facebook.com/pablo.nobrega.7

terça-feira, 24 de setembro de 2013

Cuide Bem do Seu Coração

Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o teu coração, porque dele procedem as fontes da vida.” Pv 4:23

Ha um tempo atrás, um tio meu precisou fazer uma cirurgia no coração, pra ser mais preciso uma ponte de safena. Apesar de ser bem jovem, ele conseguiu entupir as suas artérias de gordura impedindo o fluxo sanguíneo e comprometendo toda a região do seu coração. As atividades do seu pequeno músculo que bate no seu peito estavam comprometidas e ele precisava de uma operação. Graças a Deus tudo ocorreu bem.

Ao pensar no que meu tio passou e em toda aquela gordura e colesterol que o afetou, não consegui deixar de associar isso a algumas realidades espirituais da minha vida. Impossível não pensar, espiritualmente falando, no meu coração e no tanto de “porcaria” que vem obstruindo as minhas artérias e que vem me impedindo de viver aquilo que Deus me promete em sua palavra.

Quando as artérias e veias começam a ser obstruídas, o sangue passa com dificuldade e muitas estruturas são comprometidas. O oxigênio que é transportado pelo sangue passa a chegar com mais dificuldade as células e a vida é debilitada! Penso na semelhança que isso tem com a minha vida e a vida de muitos que sofrem pela ausência de vida em suas vidas.

Coisas como a falta de perdão, o não arrepender-se dos pecados, o apego ao passado, a resistência em renunciar, o amor negado, o ego alimentado, o orgulho inflamado, as desculpas constantes, a auto piedade e outras coisas semelhantes a estas, costumam obstruir o fluir da graça de Deus em nossos coração. Quando nos deixamos dominar por elas, minguamos e nos arrastamos pelos cantos, sempre debilitados e doentes ou adoecendo.

Quando não cuidamos da saúde do nosso coração ele apodrece! Para que o nosso coração esteja bem precisamos ser como o peregrino que ao se encontrar com a cruz viu seu fardo caindo e começou uma nova jornada sem malas! O evangelho faz isso conosco! Ele tira nosso fardo, nos limpa, nos purifica, nos transforma, resolve as nossas dividas do passado, trabalha graciosamente em nosso presente e nos garante um ótimo futuro. O evangelho é uma viagem sem malas, à porta é estreita demais para se passar com qualquer bagagem, deixe tudo na entrada e siga rumo ao alvo.

Como Paulo disse: Mas agora, despojai-vos também de tudo: da ira, da cólera, da malícia, da maledicência, das palavras torpes da vossa boca... E vos vestistes do novo... Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de entranhas de misericórdia, de benignidade, humildade, mansidão, longanimidade;” Cl 3:8;10;12. Assim precisamos abandonar tudo que nos faz adoecer e buscar cuidar da nossa saúde espiritual.

Preste atenção em como esta o seu coração. Sonde as “fontes da vida” todos os dias para ter certeza que esta tudo bem. Não deixe que as coisas passageiras desse mundo comecem a obstruir o caminho da graça no seu interior e lhe impeçam de provar as coisas simples e grandiosas de Deus! Cuide bem do seu coração.

Deus abençoe.

Rafael Santos
http://reflexoesdeumperegrino.wordpress.com/


segunda-feira, 23 de setembro de 2013

UMP Indica: Está Consumado (Stênius Marcius)

Depois de Estima, Canções À Meia Noite, O Tapeceiro e A Beleza do Rei, o músico Stênio Marcius lançou, este ano, o seu trabalho intitulado Está Consumado. Como o próprio nome informa, em 13 lindas canções, é cantada e contada a História da Redenção. Não há como destacar uma em particular, pois trata-se de uma obra completa, mas confesso que toca-me profundamente a canção "Quem é que não chora?", que descreve, numa linda e singela poesia, a partida de Cristo dos céus para viver entre nós e sua volta apresentando ao Pai um povo resgatado por amor. Isto sem falar no passeio por vários ritmos, sem nunca abandonar a brasilidade de sua música. Em outro momento extremamente feliz, é contada a história de Agostinho, na bela faixa "Tarde te amei". Um destaque a parte é o belo trabalho gráfico de Anderson Nogueira no encarte. Espetacular. É parar, ouvir e louvar a Deus por tão grande salvação.

Para adquirir, envie e-mail para sdeoliveiranogueira@gmail.com. Falar com Selma.

Aqui a faixa título. Está Consumado.


E aqui um vídeo de divulgação do Álbum

Presb. Cícero da Silva Pereira

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

A Bíblia é Machista? Com a Palavra Odayr Olivetti

Bíblia, sob a inspiração do Espírito Santo, revela que Deus criou o homem, e criou a mulher como sua auxiliadora idônea, isto é, à altura dele (Gn 2.20-22). A diferença é de funções. A chefia atribuída ao homem na Bíblia não é desonrosa – como não é desonrosa a submissão da igreja cristã a Cristo. E este exerce sua chefia com amor sacrificial. Esse amor sacrificial é exigido do marido cristão. Leia com atenção 
Efésios 5.25 e 28.

Depois da entrada do pecado no mundo é que o machismo prevaleceu, se bem que nem sempre, nem em toda parte. Existiram sociedades matriarcais... E eu conheci mulheres machistas. Todo esse desequilíbrio foi causado pelo pecado. Na Bíblia, apesar da distinção de funções que dão a aparência de inferioridade da mulher, na realidade a mulher é tratada com consideração e respeito. E quando surgiram mulheres capazes, não foram impedidas de projetar-se na sociedade. Exemplos disso vemos em Débora, que governou Israel como juíza e autoridade máxima (Jz 4.4,5); Abigail, que foi superior a seu marido Nabal. Num impasse criado entre Davi e Nabal, a prudência e a habilidade de Abigail conquistaram a admiração de Davi e o 
demoveram de destruir sua família (1Sm 25); Ester, escrava judia, tornou-se rainha e arriscou sua vida para impedir a destruição de seu povo (Et 4 e 7); e Priscila, descrita como mulher cristã, firme na fé e na doutrina, foi capaz de, com seu marido, ensinar a um pregador melhor doutrina (At 18.26). Ademais, com seu marido, Priscila arriscou sua vida para proteger a do apóstolo Paulo (Rm 16.3,4).

O feminismo exacerbado causa tanto mal como o machismo e contribui para que este seja mantido. Li um artigo de uma escritora americana declarando que é uma ilusão pensar que não existe mais machismo. Esse pode assumir outras formas, mas existe. Os grandes problemas morais, sociais e interpessoais seriam resolvidos se as pessoas e os casais levassem a sério a Palavra de Deus. Só para citar uma passagem, vejamos o que diz Efésios 5.15-24: “...vede prudentemente como andais, não como néscios e sim como sábios. Por esta razão, não vos torneis insensatos, mas procurai compreender qual a vontade do Senhor. E não vos embriagueis com vinho, no qual há dissolução, mas enchei-vos do Espírito, falando entre vós com salmos, entoando e louvando de coração ao Senhor com hinos e cânticos espirituais, dando sempre graças por tudo a nosso Deus e Pai, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo, sujeitando-vos uns aos outros no 
temor de Cristo.

Os machistas (homens ou mulheres) não representam o vero e real cristianismo. O marido machista, tirânico, perde o direito de exercer a chefia do lar. Na igreja cristã fiel não há machistas – não há tiranos. Nem entre os pastores e demais oficiais, nem entre os demais membros da igreja. Não se faz acepção, muito menos ação desmoralizadora, entre homem e mulher. Concluo transcrevendo Gálatas 3.28:“...todos quantos fostes batizados em Cristo, de Cristo vos revestistes. Dessarte, não pode haver judeu nem grego; nem escravo em liberto, nem homem nem mulher, porque todos vós sois um em Cristo Jesus”.

FONTE: Jornal Brasil Presbiteriano, ano 55, edição nº 704, Julho de 2013, p. 19.

Rodrigo Ribeiro

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Perdão para Corações Duros


Uma tarefa muito difícil ainda para o coração humano é perdoar. É muito comum ouvirmos até aquela frase: “Eu perdoo, mas não esqueço”, dando a entender que, na verdade, o perdão não ocorreu, pois, perdoar, significa “renunciar a punir”. Quando usamos a infração do outro como forma de relembrar e castigar o outro, não houve sincero perdão.

Os escritos sagrados mostram a importância do perdão, sobretudo da necessidade que nós pecadores temos em relação ao Pai. Em Lamentações 3: 22-23, lemos que: “As misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos, porque as suas misericórdias não têm fim; Novas são cada manhã”. A expressão “ser consumidos” é uma expressão forte. Mostra o que seria de nós caso o perdão de Deus não se manifestasse em nossas vidas. E mais, esses versículos nos mostra que necessitamos desse perdão diariamente.

Quando Cristo nos mostrou o “Pai Nosso” como modelo de oração, Ele nos orientou a pedir perdão dos nossos pecados: “E perdoa-nos os nossos pecados, pois também nós perdoamos a qualquer que nos deve” (Lucas 11:4). Jesus nos ensina que devemos pedir o perdão de Deus, mas que também devemos mostrar um coração disposto a oferecer perdão a qualquer um que nos ofenda. É quase que uma condição: dar o perdão para recebê-lo. Ter um coração benigno para também receber a benignidade de Deus.

Isso também pode ser verificado na parábola do credor incompassivo em Mateus 18: 23-35. Nela Jesus narra a história de um credor incompassivo que tem uma dívida pessoal muito alta perdoada pelo seu rei, mas que não perdoou um valor irrisório se um conservo seu. Sabendo desse ato de crueldade, o rei pune o seu devedor, até que ele pague o que deve. Ao terminar a parábola, no versículo 35, Jeus declara: “Assim vos fará, também, meu Pai celestial, se do coração não perdoardes, cada um a seu irmão, as suas ofensas”.

A remissão dos nossos pecados, resgatados por Cristo na cruz do calvário, nos coloca como também como perdoadores. Devemos estar aptos a olhar os nossos devedores com benevolência, sabendo que, como nós, os nossos irmãos tem suas limitações e que, assim como eles, nós também magoamos porque somos falhos.

E a medida do perdão é infinita. É setenta vezes sete. Até se perder as contas, assim como Deus nos perdoa, a cada manhã, pelos nossos desvios e erros, independentemente da gravidade ou da extensão de nossas faltas. Assim também como somos perdoados devemos oferecer perdão. Independentemente de quem ou do que nos foi feito. Independentemente se a pessoa reconhece ou não. Independentemente se aquilo irá se repetir ou se nunca mais acontecerá, um coração cristão deve oferecer perdão porque ele sabe que quem mais é digno de perdão, Deus já perdoou.

Que o Espírito Santo nos conduza ao caminho do perdão e da bondade.

Andrea Grace



Provérbios: Um Miniguia para a Vida

Em minha leitura bíblica diária do ano passado, li o capítulo 3 de Provérbios, uma passagem que preguei e estudei muitas vezes. Porém, durante essa leitura, percebi que, dos versos 3 a 12, temos todos os temas do resto do livro, e, portanto, um miniguia para uma vida de fidelidade. Existem cinco coisas que constituem uma vida sábia e piedosa. Elas funcionam tanto quanto meios para tornarmo-nos sábios e santos, quanto como sinais de que estamos crescendo nesta vida:
1. Coloque a mais profunda confiança de seu coração em Deus e em sua graça. Todos os dias lembre a si mesmo do amor incondicional e pactual de Deus por você. Não coloque suas esperanças em ídolos ou em seu próprio desempenho.
“Que o amor e a fidelidade jamais o abandonem; prenda-os ao redor do seu pescoço, escreva-os na tábua do seu coração. Então você terá o favor de Deus e dos homens, e boa reputação. Confie no Senhor de todo o seu coração.” (Provérbios 3.3-5a)
2. Submeta toda sua mente à Escritura. Não pense que você sabe mais que a Palavra de Deus. Coloque-a em prática em todas as áreas da vida. Torne-se uma pessoa sob autoridade.
“Não se apóie em seu próprio entendimento; reconheça o Senhor em todos os seus caminhos, e ele endireitará as suas veredas.” (Provérbios 3.5b-6)
3. Seja humilde e ensinável em relação aos outros. Seja perdoador e compreensivo quando você desejar criticá-los; esteja pronto a aprender dos outros quando eles vierem criticar você.
“Não seja sábio aos seus próprios olhos; tema o Senhor e evite o mal. Isso lhe dará saúde ao corpo e vigor aos ossos.” (Provérbios 3.7,8)
4. Seja generoso com todas as suas posses, e apaixonado pela justiça. Compartilhe seu tempo, talento e tesouros com aqueles que têm menos.
“Honre o Senhor com todos os seus recursos e com os primeiros frutos de todas as suas plantações; os seus celeiros ficarão plenamente cheios, e os seus barris transbordarão de vinho.” (Provérbios 3.9,10)
5. Aceite e aprenda a partir de dificuldades e sofrimento. Por meio do Evangelho, reconheça-as não como castigo, mas como uma maneira de te aperfeiçoar.
“Meu filho,não despreze a disciplina do Senhor nem se magoe com a sua repreensão, pois o Senhor disciplina a quem ama,assim como o pai faz ao filho de quem deseja o bem.” (Provérbios 3.11,12)
Enquanto meditava nesses cinco elementos – firmar-se em sua graça, obedecer e deleitar-se em sua Palavra, humilhar-se diante dos outros, sacrificar-se generosamente por nosso próximo, e perseverar nas provações – pensava em Jesus. O Novo Testamento nos conta que a “sabedoria divina” personificada do Antigo Testamento é, na realidade, Jesus (Mt 11.19). E eu percebi que: a) ele mostrou a fidelidade e confiança definitivas a Deus e a nós ao ir à cruz, b) ele era moldado e estava saturado pela Escritura, c) ele era manso e humilde de coração (Mt 11.28-30), d) ele, embora rico, se fez pobre por nós, e) ele aceitou seu sofrimento por nós, sem reclamar. Somente cresceremos nessas cinco áreas se soubermos que fomos salvos por uma graça valiosa. Isso te guarda dos ídolos, da autossuficiência e do orgulho, do egoísmo com suas coisas, e de desmoronar diante de problemas. Jesus é a sabedoria personificada, e crer em seu Evangelho traz essas qualidades à sua vida.
Por algumas semanas, tenho gasto meu tempo orando por essas cinco coisas para minha família e para os líderes de minha igreja. Não existe melhor maneira de instilar essas grandes coisas em seu próprio coração que orar intensamente por elas nas vidas daqueles a quem você ama.
Tim Keller
Traduzido por Josaías Jr | iPródigo | Texto original aqui

Intercâmbio feito por Rodrigo Ribeiro

terça-feira, 17 de setembro de 2013

Gratidão e Egoísmo

             O assunto da gratidão é algo interessante. Parafraseando um narrador de futebol, “a ingratidão humana é quase um domínio público”. Realmente, a ingratidão é um dos piores aspectos da pecaminosidade humana (se é possível falar em pior se tratando de pecado). Outra mazela do ser humano é o egoísmo. O que tem a ver uma coisa com a outra? Vamos tecer algumas considerações.
          O ser humano sempre espera recompensa também humana pelas coisas que faz a algo ou a alguém. Então, quando vir alguém descascando os ingratos, possivelmente, mas muito possivelmente mesmo, alguém deixou de agradecer aquela pessoa por algo que ela fez, e espera ardentemente um ato de gratidão, expondo a todos o quanto  foi importante na vida da beneficiada. É uma tristeza só. Já pensou se Deus manifestasse sua graça para conosco pensando na relação causa-efeito (Rm 11. 35)? Ou seja, eu dou isso a ele, então ele me dá aquela outra coisa para manifestar sua gratidão. Tristes de nós. Deus nos abençoa por graça, misericórdia e para sua glória, pois tudo é dele (Rm 11.36). Por que nós agiríamos então assim com nossos semelhantes? Reclamar gratidão muitas vezes não passa de puro egoísmo.

               Em tudo daí graças, pois esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco (1 Ts 5.18). Muitas vezes nos esquecemos do significado da palavra tudo. Tudo é TUDO mesmo. Coisas boas e coisas ruins. Momentos alegres e também momentos tristes, pois há tempo para tudo (Ec 3). A gratidão pelos maus bocados da vida só vem (na maioria das vezes) quando estes passam, transmitindo a ideia de que não merecíamos passar pelo revés, e reside apenas no fato de ter passado, e não na compreensão da razão e propósito de termos passado tal tormenta. Jó compreendeu isto, quando entende que todo o processo doloroso a que foi submetido mostrava a soberania de Deus em sua vida (o Senhor o deu e o Senhor o tomou; bendito seja o nome do Senhor. Jó 1.21). Jó é a personificação da ideia de Paulo colocada em Rm 8.28, pois tinha a consciência que Deus  faz todas as coisas (boas ou más) cooperarem para o bem daqueles que O amam. Entender isto nos faz realmente dar graças por tudo. Agradecer apenas momentos bons e agradecer os ruins apenas por terem passado não passa de puro egoísmo.

        Por tudo o que tens feito. Por tudo o que vais fazer. Ao cantarmos, estejamos realmente com um coração cheio de gratidão pelo amor de Deus para conosco que se manifesta desde antes da fundação o mundo até a eternidade. Bendito seja o nome do Senhor. Atendamos ao chamamento do salmista: Oh! Provai e vede que o Senhor é bom (Sl 34.8). E assim teremos muito que agradecer a Ele (e não a nós) que em tudo nos é suficiente. Entender as coisas assim é realmente gratidão.

DEUS NOS ABENÇOE
Presb.Cicero da Silva Pereira

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

UMP INDICA: Deus - Face a Face com Sua Majestade (John MacArthur)

No inicio das Institutas Calvino afirma que o verdadeiro conhecimento, sólido e confiável flui de uma correta compreensão acerca dos atributos de Deus e da nossa condição humana. E concordando com esta máxima a UMP indica este livro do Pr. John MacArthur que se revelou como uma ferramenta graciosa para conhecer um pouco mais daquilo que Deus revelou sobre si mesmo nas Sagradas Escrituras.

Pela providência de Deus, este foi o primeiro livro que estudamos no grupo de estudos da UMP da IV e fomos extremamente impacto pela verdades bíblias apresentadas nele, não somente acerca dos atributos de Deus mas também por causa da reflexão consequente ao contemplarmos nossas limitações. A leitura de cada capítulo nos constrange com a grandeza de Deus e nos humilha como pecadores que somos.

Mas tal conhecimento só ressalta a grandeza da graça de Cristo que nos torna filhos deste Deus tão maravilhoso que é Onipresente, Onisciente, Onipotente, Soberano, Misericordioso, Pai, Justo, que se Ira com o pecado e que é digno de ser Adorado.

Conheça mais o nosso Deus triuno com este livro extremamente bíblico, e que ainda dispõe de um excelente guia de estudos o que auxilia bastante aqueles que desejam estudar o material em grupo. Certamente será um tempo edificante.

Leia um trecho e adquira esta obra:
http://www.editorafiel.com.br/produto/5074997/Deus-Face-a-Face-com-Sua-Majestade
 

Rodrigo Ribeiro
Facebook: https://www.facebook.com/rodrigo.ribeiro.14811

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

O que é Fé? Com a Palavra, John Stott

      
Fé é uma confiança racional, uma confiança que, em profunda reflexão e certeza, conta com o fato de que Deus é digno de todo crédito. Por exemplo, quando Davi e seus homens voltaram a Ziclague, antes dos Filisteus terem matado Saul na batalha, um terrível espetáculo os aguardava. Na sua ausência, os amalequitas tinham saqueado a sua aldeia, incendiado as suas casas, e levado cativas as suas mulheres e crianças, Davi e seus homens choraram "até não terem mas forças para chorar" e então, na sua amargura, o povo cogitou de apedrejar a Davi. Era uma crise séria e Davi facilmente poderia ter-se deixado cair no desespero. Mas, em vez disso, lemos que "Davi se reanimou no Senhor seu Deus" (1 Sm 30.16). Esta era uma fé verdadeira. Ele não fechou seus olhos aos fatos. Nem tentou criar sua própria auto-confiança, ou dizer a si mesmo que se sentia muito bem. Não. Ele se lembrou do Senhor seu Deus, o Deus da criação, o Deus da aliança, o Deus que prometeu ser o seu Deus e colocá-lo no trono de Israel. E à medida que Davi se recordava das promessas e da fidelidade de Deus, sua fé crescia e se fortificava. Ele "se reanimou no Senhor seu Deus".

      Assim, pois, a fé e o pensamento caminham juntos, e é impossível crer sem pensar. CRER É TAMBÉM PENSAR.


Trecho do Livro CRER É TAMBÉM PENSAR (página 36), publicado pela Editora da ABU.

Mais que Vencedores

Em todas estas coisas, porém, somos mais que vencedores, por meio daquele
que nos amou. ( Rm 8.37)


Sabemos de muitas batalhas que perduraram durante anos. Temos por exemplo, a Guerra dos Cem Anos, como ficou conhecida a disputa entre Ingleses e Franceses no século XIV. Este é o combate mais duradouro relatado pela História. Nós cristãos também participamos de um prolongado conflito, só que espiritual. O seu tempo de duração se estende durante toda a vida do crente neste mundo. O seu objetivo não é outro, senão, vencer.

Diferentemente dos sangrentos conflitos que marcam as guerras entre os seres humanos, nossa luta não é contra o sangue nem a carne (Ef 6.12). Nossos inimigos são espirituais e não usam armas físicas ou químicas para guerrear. É preciso estarmos atentos para resistirmos às investidas dos opositores, que são muitos.

O mais sagaz de todos é o diabo. Ele anda ao derredor dos crentes, procurando tragá-los no momento oportuno. O astuto Satanás não descansa até que tenha alcançado seu propósito de tombar os seguidores de Cristo; a natureza pecaminosa também é um temível opositor do cristão. Na verdade esta é a única batalha em que o guerreiro luta contra si mesmo. Quão tenebroso é saber que o perigo vive mora dentro de nós; ainda existe o Mundo com seu sistema maldito que domina este século. Com seus muitos intentos, tenta abater a fé dos eleitos.  Que terríveis ataques tem de enfrentar os soldados de Cristo.

Os muitos inimigos e as diversas batalhas ora vencidas, ora perdidas trazem exaustão para o valente guerreiro. Nem sempre o crente está forte o suficiente para enfrentar a peleja. É provável que durante sua trajetória ocorra alguma derrota. Os valentes de Deus também podem experimentar momentos de fracasso, como de vários grandes homens da Bíblia: Noé, Abraão, Sansão, Davi... Tropeços, infelizmente acontecerão na caminhada, trazendo muitas angústias para o servo de Deus.

Graças a Deus, que nos dá a vitória por intermédio de nosso Senhor Jesus Cristo. (1 Co 15.57)

Quem poderá ajudar este pobre aflito, fraco e debilitado, que não aguenta mais lutar? Como vencer esta guerra que não dá tréguas? Qual o cristão que por mais fiel que seja poderia vencer as investidas dos inimigos de sua alma? Será que há algum super crente, forte o bastante para resistir firme até o fim sem o auxílio do seu Senhor? Não há.

Se contássemos com a força do nosso braço, há muito que já teríamos sido totalmente destruídos. Mas graças a Deus, que por intermédio de Cristo nos socorre em tempo oportuno e não permite a nossa derrota. E quando o impiedoso oponente velozmente se aproxima para aplicar o último golpe de espada e sacramentar a nossa derrota, Cristo, o nosso General, intervêm e nos garante a vitória que Ele mesmo já conquistou na cruz do Calvário. Aleluia! Não há nada que possa ameaçar nosso triunfo.

Qual motivação maior precisamos para lutar, senão, esta maravilhosa garantia do Cordeiro:

Ao vencedor, dar-lhe-ei sentar-se comigo no meu trono, assim como também eu venci e me sentei com meu Pai no meu trono. (Ap 3.21)

Ele venceu! O Leão da Tribo de Judá destruiu todos os nossos adversários para que triunfássemos com ele na glória do Pai. Nenhum adversário foi páreo para o Filho de Deus. Não importa quão árdua esteja sendo esta batalha, perseveraremos firmes nesta carreira. Ao findar que logo se aproxima haveremos de receber as honras preparadas para os fiéis combatentes. Sigamos firmes porque já somos mais que vencedores, em Cristo Jesus.


Ericon Fábio