Temos ouvido e aprendido em nossa carreira cristã sobre a soberania de Deus e sobre o seu governo eterno sobre tudo. Esse, sem dúvidas, é o atributo de Deus que mais deve dar segurança aos seus filhos. Pois nenhum dos seus desígnios será frustrado e todas suas promessas serão cumpridas.
No livro de 1 Samuel capítulo 12, vemos a narrativa da ocasião em que Samuel resigna o seu cargo e entrega ao povo o governo de um rei. Pois o povo de Israel clamara anteriormente por essa forma de governo, alegando que as outras nações têm um rei para si que governa absolutamente sobre o povo. E, antes de fazer qualquer exposição do capítulo 12 de 1 Samuel, lembro-me paralelamente do conhecido texto de Romanos 12:2:
”E não vos conformeis com este mundo, mas sede transformados pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus”.
O primeiro erro é identificado desde a motivação do povo de Israel em parecerem-se mais com o mundo, com a forma de governo das regiões vizinhas. No entanto, sigamos no texto de nosso estudo para tentarmos extrair fielmente o que nos dizem as escrituras. Leiamos:
Então disse Samuel a todo o Israel: Eis que ouvi a vossa voz em tudo quanto me dissestes, e constituí sobre vós um rei.
Agora, pois, eis que o rei vai adiante de vós. Eu já envelheci e encaneci, e eis que meus filhos estão convosco, e tenho andado diante de vós desde a minha mocidade até ao dia de hoje.
Eis-me aqui; testificai contra mim perante o Senhor, e perante o seu ungido, a quem o boi tomei, a quem o jumento tomei, e a quem defraudei, a quem tenho oprimido, e de cuja mão tenho recebido suborno e com ele encobri os meus olhos, e vo-lo restituirei.
Então disseram: Em nada nos defraudaste, nem nos oprimiste, nem recebeste coisa alguma da mão de ninguém.
E ele lhes disse: O Senhor seja testemunha contra vós, e o seu ungido seja hoje testemunha, que nada tendes achado na minha mão. E disse o povo: Ele é testemunha.
1 Samuel 12:1-5
O profeta começa sua defesa declarando ao povo a sua integridade na obra que o Senhor havia entregado em suas mãos. O povo queria um rei, como em outros povos. Mas Samuel os adverte sobre os impostos, opressão e outras consequências do que aconteceria após essa mudança na nação de Israel, enquanto mostra também que nunca foi achado em opressão para com o povo.
E prosseguimos:
Então disse Samuel ao povo: O Senhor é o que escolheu a Moisés e a Arão, e tirou a vossos pais da terra do Egito.
Agora, pois, ponde-vos aqui em pé, e pleitearei convosco perante o Senhor, sobre todos os atos de justiça do Senhor, que fez a vós e a vossos pais.
Havendo entrado Jacó no Egito, vossos pais clamaram ao Senhor, e o Senhor enviou a Moisés e a Arão que tiraram a vossos pais do Egito, e os fizeram habitar neste lugar.
Porém esqueceram-se do Senhor seu Deus; então os vendeu à mão de Sísera, capitão do exército de Hazor, e na mão dos filisteus, e na mão do rei dos moabitas, que pelejaram contra eles.
E clamaram ao Senhor, e disseram: Pecamos, pois deixamos ao Senhor, e servimos aos baalins e astarotes; agora, pois, livra-nos da mão de nossos inimigos, e te serviremos.
E o Senhor enviou a Jerubaal, e a Bedã, e a Jefté, e a Samuel; e livrou-vos da mão de vossos inimigos em redor, e habitastes seguros.
1 Samuel 12:6-11
Aqui está um ponto deste capítulo que muito me encanta e deve ser perceptível aos nossos olhos constantemente nas escrituras. Após defender-se e em exortação ao povo, Samuel não opta por falar por si próprio e também não há uma nova revelação em que o povo seja exortado. Mas Samuel faz menção aos acontecimentos anteriores, ou seja, às escrituras.
É disso que nós precisamos. Púlpitos que preguem os ‘acontecimentos anteriores’, pregadores que tenham um fiel compromisso com as escrituras; que rejeitem veementemente outras revelações, outro evangelho, outro Cristo. É assim que Samuel combate a rejeição a governança de Deus: fazendo menção à própria Palavra de Deus.
E é sobre essa rejeição que o próximo versículo fala. Vejamos:
E vendo vós que Naás, rei dos filhos de Amom, vinha contra evós, me dissestes: Não, mas reinará sobre nós um rei; sendo, porém, o Senhor vosso Deus, o vosso rei.
1 Samuel 12:12
Aqui fica claro o ponto chave da nossa observação. O tema central sobre o que estamos discorrendo. O povo de Israel, a quem Deus havia operado maravilhas, dado livramentos, conduzido desde Abraão, Moisés até aqui, rejeitou o senhorio de Deus. Rejeitou a sua governança.
Oh, igreja! Vens fazendo isso repetidamente nos tempos. Todas as vezes que rejeita a palavra de Deus, sempre que diz que seu juízo de valor é melhor do que o de Deus; rejeitas o governo de Deus!
Ora, não foi isso que fez Adão quando decidiu que comeria do fruto desobedecendo a Deus? Por esse instante julgou Adão que a sua vontade era melhor que a vontade do seu Criador. Por esse instante, constituiu sobre si um rei que não era o Deus Todo Poderoso. Constituiu-se rei sobre sua vontade.
O fato é que Deus reina sobre a história da humanidade e não há nada que jamais tenha saído do controle de suas poderosas mãos. E, da mesma forma que a queda de Adão não foi um contratempo, o propósito eterno de Deus estava se cumprindo na vinda de um rei sobre Israel. Um dia, sobre esta nação, reinaria aquele que é Rei dos reis. E que o seu trono seria eterno! Glória a Deus!
E essa soberania já começa a revelar-se em outros atributos de Deus revelados nos próximos versículos: a sua misericórdia e a sua justiça. Trazendo o povo um chamado a obediência e pactuando novamente com o seu povo. Leiamos:
Agora, pois, vedes aí o rei que elegestes e que pedistes; e eis que o Senhor tem posto sobre vós um rei.
Se temerdes ao Senhor, e o servirdes, e derdes ouvidos à sua voz, e não fordes rebeldes ao mandado do Senhor, assim vós, como o rei que reina sobre vós, seguireis o Senhor vosso Deus.
Mas se não derdes ouvidos à voz do Senhor, e antes fordes rebeldes ao mandado do Senhor, a mão do Senhor será contra vós, como o era contra vossos pais.
1 Samuel 12:13-15
Que grande maravilha! Se dependesse de Israel qualquer ponto do cumprimento do pacto feito a Abraão, não teríamos hoje as boas novas do Evangelho. Mas Deus, em seu imenso amor, senso de justiça, misericórdia e soberania selou sozinho o pacto feito com Abraão (Gênesis 15:12-20). Deus é soberano! E ele mostra isso através do profeta Samuel dos versos seguintes:
Ponde-vos também agora aqui, e vede esta grande coisa que o Senhor vai fazer diante dos vossos olhos.
Não é hoje a sega do trigo? Clamarei, pois, ao Senhor, e dará trovões e chuva; e sabereis e vereis que é grande a vossa maldade, que tendes feito perante o Senhor, pedindo para vós um rei.
Então invocou Samuel ao Senhor, e o Senhor deu trovões e chuva naquele dia; por isso todo o povo temeu sobremaneira ao Senhor e a Samuel.
1 Samuel 12:16-18
O Deus de Israel é poderoso! Nada foge das suas mãos. Antes de dar ao povo um rei, Ele prova sua soberania. Aí é como se ele estivesse dizendo ao povo: ‘Vocês querem um rei sobre si, como os outros povos. Mas eu faço a minha vontade e EU colocarei sobre vocês o rei que pedem’.
O povo temeu o que Deus poderia lhes fazer. Pois o que diferenciava o povo de Israel dos demais povos era o governo e o senhorio do Deus Vivo indo adiante deles e ordenando tanto a lei, quanto dando as diretrizes do que haveria de ser feito. Agora, o poder de Deus se mostrou mais uma vez ao seu povo que se rebelara contra Ele. Por isso a palavra diz que eles temeram ao Senhor e a Samuel, o profeta do Senhor.
Estamos terminando o capítulo e aos nossos olhos, vemos que a ira do Senhor deveria consumir esse povo rebelde. Mas se olharmos nossas faces no espelho das escrituras, veremos que esse povo rebelde somos nós, todas as vezes que decidimos que a nossa vontade é melhor do que o senhorio de Deus. Mas, por causa do Seu nome, da Sua fidelidade ao pacto, Deus usa de misericórdia para o seu povo, sempre os trazendo ao arrependimento e à obediência:
Então disse Samuel ao povo: Não temais; vós tendes cometido todo este mal; porém não vos desvieis de seguir ao Senhor, mas servi ao Senhor com todo o vosso coração.
E não vos desvieis; pois seguiríeis as vaidades, que nada aproveitam, e tampouco vos livrarão, porque vaidades são.
Pois o Senhor, por causa do seu grande nome, não desamparará o seu povo; porque aprouve ao Senhor fazer-vos o seu povo.
1 Samuel 12:20-22
Como não ser quebrado por Deus ao ler esse capítulo das escrituras? Quantas facetas do nosso Senhor nos são reveladas nessa passagem? Deus é fiel a Si. Ele é santo, justo, irado, misericordioso, amoroso, compassivo. E temos visto isso no que temos lido agora. O capítulo é encerrado com o sacerdote continuando cumprindo a sua função:
E quanto a mim, longe de mim que eu peque contra o Senhor, deixando de orar por vós; antes vos ensinarei o caminho bom e direito.
Tão-somente temei ao Senhor, e servi-o fielmente com todo o vosso coração; porque vede quão grandiosas coisas vos fez.
Porém, se perseverardes em fazer mal, perecereis, assim vós como o vosso rei.
1 Samuel 12:23-25
O sacerdote ora pelo povo, admoesta o povo, pastoreia. E esse final nos dá a segurança em um Deus soberano, que sustenta os seus sacerdotes e que os susterá até a sua vinda. Nos dá uma nova perspectiva de governo onde ele continua soberano, mas temos a figura de um rei, apontando posteriormente para Cristo como também na sua intervenção sacerdotal através de Samuel. Cristo é o Rei soberano e o Sacerdote Supremo.
Nos alegremos e confiemos pois nEle. O Rei dos reis, Soberano sobre toda a terra e que tem o trono e o reino estabelecido até a eternidade. Somente a Ele toda a Glória.
Walisson Alves
Hoje não é diferente todos determina sua aréa de conforto e deixa de ver DEUS em tudo.
ResponderExcluirSe um pastor ou algum crente se destacar em amor ao próximo temos visto que quase todos os crentes
defendem sua igreja em vez de batalhar em defesa da palavra se alguem duvida esperimente voçe em defender outras igrejas evangelicas e ter todos que temem a DEUS como irmaos de verdade vais encontra obstáculos E dos grandes. toda via quem trabalha pelo individualismo é satánas pode visualizar em toda escritura Qeu O SENHOR JESUS nos ajude a amar de todo nosso coração As almas