É para disciplina que perseverais (Deus vos
trata como filhos); pois que filho há que o pai não corrige? Mas, se estais sem
correção, de que todos se têm tornado participantes, logo, sois bastardos e não
filhos. Além disso, tínhamos os nossos pais segundo a carne, que nos corrigiam,
e os respeitávamos; não havemos de estar em muito maior submissão ao Pai
espiritual e, então, viveremos? Pois eles nos corrigiam por pouco tempo,
segundo melhor lhes parecia; Deus, porém, nos disciplina para aproveitamento, a
fim de sermos participantes da sua santidade.
Toda disciplina,
com efeito, no momento não parece ser motivo de alegria, mas de tristeza; ao
depois, entretanto, produz fruto pacífico aos que têm sido por ela exercitados,
fruto de justiça.
(Hebreus 12. 7-11)
Quando na infância éramos repreendidos
por nossos pais, custávamos a entender os reais benefícios daquilo que até
então considerávamos como sendo uma atitude severa e impiedosa. As impressões
que ficávamos de nossos progenitores eram as piores possíveis. Os víamos como
figuras carrascas, incapazes de perdoar sequer um pequeno deslize.
O que dizer então das repreensões do
nosso Pai celestial, que constantemente nos exorta e nos disciplina. Assim, ele
também tratou os antigos, basta darmos uma breve olhada na Sua Palavra para ver
quantas vezes o Senhor entregou o seu povo nas mãos dos inimigos, com o
propósito de fazê-los voltar-se novamente aos Seus pés. Foi assim no cativeiro
babilônico, onde Deus condenou as muitas transgressões do Seu povo
entregando-os nas mãos do inimigo (Jr 52.27).
Parece-nos estranho, mas o castigo é o
mal necessário. É o ”mal” temporal que se transforma em bem eterno. Nada é tão
eficaz para transformar a vida de um crente do que uma Santa repreensão do
Senhor. É através dela que conseguimos detectar as nossas muitas faltas.
Não é fácil reconhecer que erramos.
Presumo que esta seja uma das maiores dificuldades da raça humana. Desde o Éden
“aprendemos” a transferir automaticamente a culpa das nossas infrações para o
próximo e a nos eximir de qualquer responsabilidade. Por nós mesmos somos
incapazes de reconhecer os graves desvios de caráter que possuímos. E ainda que
algum “Natã” bata em nossa porta e nos lance em rosto o nosso pecado, como o
profeta anunciou ao rei Davi (2Sm 21.7), mesmo assim é difícil não sermos
tomados pelo orgulho e esquivar-nos da repreensão. Sem contar que estes “Natãs”
estão em extinção em nossa geração. Infelizmente em nossa época poucos tem coragem
de dizer às verdades que precisamos urgentemente ouvir.
Por isso o próprio Deus se encarrega de
mostrar os nossos pecados de forma tão nítida que se torna impossível qualquer
atitude de auto justificação de nossa parte. E só nos basta com a alma
quebrantada dizer:
Pequei
contra ti, contra ti somente, e fiz o que é mau perante os teus olhos (Sl 51.4)
Essa é uma das mais sublimes provas de
amor do Pai, quando Ela não permite que andemos conforme as nossas próprias
vontades. E ainda que lhe seja penoso nos afligir nunca nos negará o castigo,
quando este nos for necessário.
Eu
repreendo e disciplino a quantos amo. Sê, pois, zeloso e arrepende-te. (Ap
3.19)
Ninguém nos conhece
como o nosso Senhor. Sua repreensão sempre nos chega no tempo oportuno. Não é sem motivo
que o seu cajado recai sobre nós. As
repreensões dos nossos pais sem sempre foram justas, por mais bem intencionados
que eles estivessem possivelmente cometeram algum equívoco, mas Deus é
totalmente perfeito, e o seu castigo é justo. Devemos descartar totalmente qualquer
hipótese de ter havido alguma injustiça da parte de Deus.
O Senhor demonstra o seu amor por nós
quando nos repreende e não deixa-nos andar segundo os caminhos do nosso próprio
coração. Precisamos de Sua repreensão diariamente. Ainda que desmaiemos
momentaneamente não podemos deixar de glorificar a Deus pelo seu cuidado para
conosco. Não desejamos a penalidade, mas ansiamos pela perfeição e por isso O
louvamos a pelos seus benditos efeitos.
Lembre-se de que o seu castigo esta
amparado por sua compaixão. A espada que transpassa a nossa alma tem os seus
gumes amolados pela pedra da misericórdia. Aquele que abre a ferida também é Piedoso
para curá-la.
Vinde, e
tornemos para o SENHOR, porque ele nos despedaçou e nos sarará; fez a ferida e
a ligará. (Os 6.1)
Sinceramente não sei o que seria de mim
se não fossem aquelas benditas chineladas que recebi dos meus pais na infância.
Sinceramente não sei o que seria de mim se o meu Deus não tivesse me repreendido
todas às vezes que tropecei. Sua disciplina tem me instruído no caminho da
santificação.
Miss. Ericon Fábio
Facebook: https://www.facebook.com/ericon.fabio
Palavra muito singular e especial, obrigada Rev. Que o Senhor Deus continue enchendo os seus labios com sabedoria.
ResponderExcluirPalavra muito singular e especial, obrigada Rev. Que o Senhor Deus continue enchendo os seus labios com sabedoria.
ResponderExcluir