quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

A dicotomia sagrado/secular na Igreja Evangélica Brasileira


                     Irmãos amados, hoje, quero levá-los a refletir sobre um assunto que tem ganhado espaço na Igreja Evangélica Brasileira em nossos dias. A dicotomia sagrado/secular tem moldado o pensamento e as ações de muitos de nossos irmãos, trazendo conceitos diversos e inversos à realidade que as Escrituras traçam para o viver cristão.

            Quero começar nossa reflexão pelo texto de João 1.12, que nos revela quem somos. Se, de fato, cremos no Senhor Jesus Cristo como nosso Salvador, e fomos amorosa e soberanamente eleitos pelo Pai, nos tornamos filhos de Deus. Isto não é motivo para se ter orgulho ou bater no peito em sinal de superioridade moral em relação ao restante do mundo. Antes, é motivo para que dia após dia nos humilhemos perante Ele e busquemos incessantemente agradá-Lo em tudo. O filho procura obedecer ao pai terreno, a fim de não sofrer sanções por seu comportamento transgressor. Por que, muito mais, não buscaríamos obedecer Àquele que nos criou e amou de tal maneira que deu Seu Filho unigênito para que não perecêssemos, mas tivéssemos a vida eterna (João 3.16)? Ser filho de Deus não é status, é privilégio e responsabilidade.

            Desse modo, precisamos viver como filhos de Deus em todas as áreas de nossa vida. Ser crente na igreja é fácil até demais. Ser alguém que reflete a glória de Deus exige muito mais de nós. Dividir as práticas entre sagradas e seculares não é demonstração de maturidade; é demonstração de fraqueza, e revela aquilo que não está devidamente transformado em nosso ser, o que ainda nos liga ao velho homem, aquilo que não deixamos e, portanto, não nos arrependemos de ter feito. Quando eu tenho dois comportamentos, inevitavelmente, um deles (senão os dois) estará desagradando ao Senhor. Se há algo em mim que não pode ser mostrado na igreja, mas fica recluso ao recôndito do meu quarto, então isto precisa ser consertado.

            Somos, segundo o texto de Mateus 5.13, sal da terra. Talvez você já tenha se cansado de ouvir que nós “precisamos fazer a diferença”. É, eu também. Sabe por quê? Porque não conseguimos tirar isso do papel, do discurso. Se somos sal da terra, é nosso dever viver de forma santa por onde passarmos, para que Cristo, que vive em nós, seja evidenciado em cada palavra, atitude e pensamento, e as pessoas que não conhecem do Seu amor, enxerguem a diferença de possuí-lo em suas vidas. Se trato o tempo que passo fora da igreja (e este tempo é enorme) como o dedicado à minha vida secular, provavelmente não farei a mínima diferença nos ambientes que estiver. Comungarei de opiniões e compactuarei com situações que meu Deus desaprova. Serei facilmente tragado pelas tentações e alienações mundanas.

            Quando eu entendo o peso de ser chamado sal da terra, não me importo de ser excluído do grupo das piadas imorais ou do “vinhozinho” do happy hour. Na realidade, hora feliz é quando estou aos pés do meu Senhor. Não fico tentando me amoldar à linguagem e ao modus vivendi do presente século, mas procuro arduamente viver à maneira que Jesus ordenou. Não há divisão entre secular e sagrado, pois tudo faço para agradar o Deus da minha vida, verdadeiramente.

            João 8.12 aponta para Cristo, a luz do mundo. Quem nele anda, não mais está em trevas. Quem vive em dualidade é semelhante ao que, ao entrar em casa, liga o abajur da sala, mas não acende a luz do quarto. Não podemos ter um pouco de luz em nossas atitudes na igreja e total escuridão fora dela. Estaremos caminhando como completos cegos. Não podemos achar que dentro de nossas comunidades devemos ser exemplares, mas que fora da vista de nossos pastores a vida é nossa e somos donos dos nossos narizes. Não podemos achar que Deus só nos vê na igreja, cantando, levantando a mão e ouvindo sermões, mas que lá fora Ele não se importa se eu deixar a vida, ou o mundanismo, me levar. Não se engane, irmão, Deus não apenas nos vê em todo lugar, mas sonda o mais profundo de nossos corações.

            A presença dessa dicotomia tem causado estragos devastadores na Igreja Evangélica Brasileira e, se você não percebeu, comece a observar, por exemplo, os cultos da sua comunidade. A frequência já não é tão grande assim, afinal posso cultuar a Deus em casa mesmo; a atenção já não é mais tão presente, pois vivemos, sim, a época do “comichão nos ouvidos”. Você pode estar se perguntando: o que isso tem a ver com a tal dicotomia sagrado/secular? Vou te dar alguns exemplos de como essa questão tem nos afetado e muito. Convivemos com membros de igreja que sonegam o dízimo e os impostos de seus estabelecimentos comerciais também; rapazes que falam o evangeliquês na igreja, mas fora dela reproduzem a linguagem torpe das ruas; moças que se vestem recatadamente na igreja, mas se liberam e abusam da ousadia nos ambientes sociais “seculares”; pessoas que sobem à Casa do Senhor para entoar louvores a Deus aos domingos, mas passam a semana inteira distante da Palavra e do procedimento no qual deveriam ser exemplos (I Timóteo 4.12).

            Isto exponho não para que as pessoas conheçam as mazelas e problemas conjunturais da atualidade na Igreja Evangélica Brasileira, mas com o fim de nos fazer pensar que muito do que temos vivido não é sequer parecido com o Evangelho e, portanto, não podemos usar como parâmetro. É vital que voltemos ao Evangelho bíblico e resgatemos os sagrados valores que devem permear nossa conduta dentro e fora da igreja, junto com nossos irmãos e colegas de trabalho, amigos de ministério e com o pessoal que mora na nossa rua. Em todo tempo sejam alvas as nossas vestes e o que façamos seja para a glória do Senhor, que nos deu o poder de nos tornarmos seus filhos. Honremos esta grande dádiva! Vivamos para Ele!

Jorge Alberto

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Por que os Jovens Evangélicos estão se Desviando na Universidade?


As estatísticas são sombrias. Alguns chegam a afirmar que em média, 60% dos jovens evangélicos que adentram a universidade se afastam da comunhão dos santos e da igreja. Ora, seria simplista da minha parte afirmar de modo absoluto os reais motivos para a apostasia de nossos jovens, todavia, acredito que algumas razões são preponderantes para o esfriamento da fé da juventude cristã:

1- Nossos jovens não estão sendo preparados pela igreja para enfrentar as demandas sociais, comportamentais e filosóficas na universidade.  Na verdade, afirmo sem a menor sombra de dúvidas de que a igreja não está oferencendo a sua juventude ferramentas necessárias para a desconstrução de valores absolutamente anticristãos. Por exemplo, as universidades públicas estão repletas de conceitos marxistas. Volta e meia eu recebo a informação de professores que em sala de aula zombam de Cristo, ridicularizando  publicamente todos aqueles que se dizem cristãos. 

2- Nossos jovens não estão sendo preparados pelos pais com vistas ao enfrentamento cultural. Vivemos numa sociedade multifacetada, cujo os valores relacionados a sexo, família, trabalho, sucesso e moral foram relativizados. Nesta perspectiva não são poucos aqueles que ao longo dos anos tem sucumbido diante da avalanche de conceitos extremamente antagônicos aos pressupostos bíblicos-cristãos.

3- Nossos jovens não tem sido preparados pela igreja para responder as perguntas de uma sociedade sem Deus como também oferecer respostas àqueles que lhes questionam a razão da sua fé.  Nesta perspectiva os conceitos "simplistas" de alguns dos nossos rapazes e moças  tem sido facilmente descontruídos num ambiente onde o cetiscismo e a incredulidade se fazem presentes.

4- Nossos jovens tem sido influenciados negativamente pelo secularismo, hedonismo e satisfação pessoal. Sem sombra de dúvidas acredito que o secularismo é um grave problema em nossos dias. A Europa por exemplo transformou-se num continente secularista onde o que mais importa é o bem estar comum e a ausência de Deus. Nesta perspectiva vive-se para o prazer, nega-se uma fé transcendente quebrando todo e qualquer paradigma que nos faça lembrar de Cristo ou da igreja.

Diante deste funesto quadro surge a pergunta: O que fazer então?

1-  A Igreja precisa fortalecer a família oferecendo aos casais ferramentas para a edificação de lares sólidos cujo fundamento é infalível Palavra de Deus.

2- A Igreja precisa preparar os seus jovens para responder as perguntas da sociedade. Nessa perspectiva, deve-se investir numa formação apologética, cujo foco deve ser oferecer a juventude "armas" espirituais capazes de anular sofismas.

3- A Igreja precisa investir em universitários promovendo grupos de comunhão, debates, além de discussões teológicas, sociológicas e filosóficas, oferecendo a estes condições de responder aos seus inquiridores o porque da sua fé.

4- A Igreja precisa estudar teologia com os universitários. Questões relacionadas ao pecado, juízo eterno, salvação, morte e sofrimento além de tantos outros conceitos relacionados aos nossos dias precisam ser explicados e entendidos pelos nossos jovens.

5- A Igreja precisa preparar os seus jovens para se relacionarem com a cultura. O problema é que em virtude do maniqueísmo que nos é peculiar satanizamos o mundo bem como todas as suas vertentes culturais. Por outro lado, existem aqueles que em nome da contextualização "mundanizaram" a Igreja, levando o povo de Deus a um estilo de vida ineficaz cujos frutos não tem sido muito bons.

6- A Igreja precisa fomentar em seus jovens o desejo de conhecer a Deus e se relacionar com Ele. Jovens que se relacionam com Deus através da oração e das Escrituras Sagradas tornam-se mais fortes diante dos embates desta vida.

Que Deus nos ajude diante hercúlea missão e que pela graça do Senhor nossa juventude possa ser bênção da parte do Senhor na universidade.

Soli Deo Gloria,

Renato Vargens
PUBLICADO ORIGINALMENTE EM: http://renatovargens.blogspot.com.br/2013/01/por-que-os-jovens-evangelicos-estao-se.html

Intercâmbio Feito por Ruan Medeiros

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Imagino


“Quero te ver como tu És e não como eu imagino mais como tu és. Quero ouvir tua palavra, não como imagino mais como ela diz.”

Esse é o trecho de uma conhecida canção da banda Palavrantiga, e é sobre isso que vamos falar hoje.
Algumas palavras têm rodeado e desmanchado os meus conceitos nas últimas semanas. Conhecemos as boas novas? Conhecemos o Deus que cremos? Será que temos menção do tamanho de seu poder? Da reverência que devemos prestar? Do temor que devemos ter perante Ele? Ou será que temos uma visão superficial do que é cristianismo?

Martyn Lloyd-Jones em uma de suas reflexões escreve: “Uma visão superficial da obra de Cristo produz vidas superficiais.” e é bem ai que queremos chegar nesse texto.

Eu conheço o evangelho, você caro leitor, acredito que também conheça. Ou será que imaginamos conhecer e acabamos por pregar Cristo em um visgo limitado na nossa imaginação?

Acredito que não, Nós não conhecemos Cristo. Porque se conhecêssemos entenderíamos a sua obra de reconciliação, entenderíamos o zelo que deveríamos ter. Não pela a metade, não para agradarmos em troca de algo, mas entenderíamos que Ele é em tudo soberano, entenderíamos de fato aquele sacrifício naquela cruz, toda ira de Deus que estava sobre o pecador, sobre mim e você que foi derramada sobre aquela cruz. Aquela cruz nos trouxe vida. Cristo nos trouxe vida em tudo.

Quando em Mt 26-39 Cristo orava ao Pai dizendo: “afasta de mim esse cálice,” Ele não estava com medo daquela cruz, era a ira de Deus que fazia Cristo soar gotas de sangue ali. E nem você nem eu sabemos o que é está debaixo da ira de Deus porque se soubéssemos, todos os dias, todos os minutos haveria palavras de gratidão em nossas bocas, nossa adoração seria outra, nosso zelo com sua obra ganharia status de primícias, o significado daquela obra reconciliadora seria uma vida totalmente dedicada ao nosso Senhor.
A vida que levamos é muito distante da vida que deveríamos ter, um Cristianismo distorcido, moldados as nossas necessidades. Uma visão daquela cruz totalmente fora do que ela representa. Você pode está pensando: eu sei o significado daquela cruz. Não leitor, você não sabe o que foi carregar à ira de Deus. Se conhecesse teria uma vida bem diferente daquilo que tem. Entenderia o evangelho de Cristo.

Estamos tão acostumados a escutar, nos púlpitos de nossas igrejas, mensagem que fala tanto do que Deus pode fazer se fizermos tudo que ele nos manda que acabamos esquecendo-se de conhecê-lo. Cadê Cristo em nossos sermões? Cadê uma explanação bíblica de quem é Deus? O povo padece por falta de conhecimento e por negligência nos nossos sermões.

É sempre bom lembrar: Deus tem ira daquilo que lhe desagrada. É maravilhoso saber que seu amor é tão grande, mas, temos que compreender que sua justiça é proporcional a esse amor. Naquela cruz se fazia a justiça de Deus que deveria recair sobre nós. A palavra de Deus diz: "Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus" (Rm 3.23). Se conseguíssemos compreender o evangelho esse texto no mínimo nos deixaria aterrorizados ou com uma alegria quase que incompreensível a entender que tudo foi pago naquele madeiro.
Cristo nos salvou! Qual significado tem essa afirmação para você? Isso já não é suficiente pra se ter uma vida de verdadeira gratidão? A onde a cruz nos faz ter uma profunda reverência e zelo pela obra dEle. Reflita nisso: Deus não precisa de você para nada. É você que necessita dEle, é você que precisa procura-lo, tudo se reúne nEle e não em torno de nós.

Se conseguíssemos olhar o que estava dentro daquele cálice entenderíamos o evangelho. Se entendêssemos a natureza do pecado e a natureza de Deus seriamos bem mais cientes do poder daquela obra.

Precisamos compreender que existe vida logo mais. Precisamos viver a vida firmados na esperança de um dia estarmos juntos adorando o Senhor. Não perca seu tempo com coisas desse mundo que não te contribuem em nada.

Não leve o evangelho como uma brincadeira, ou Deus é tudo em sua vida ou Ele não é nada. Enxergue a ira de Deus sobre o pecado e entenda que existe vida eterna sim, mas á morte eterna também.

Não passe nem mais um segundo enganado, procure Cristo, procure entender o poder que tem nesse nome, pior do que está ciente que o pecado leva para o inferno é pensar que está na direção contrária quando na verdade você está se enganando. Essa não é uma palavra Dura é sim uma palavra de amor. E lembre-se: Buscar-me-eis, e me achareis, quando me buscardes com todo o vosso coração.
 Jeremias 29:13

Walber Arruda
https://www.facebook.com/walber.arruda.73?fref=ts

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

UMP INDICA: Mochila nas Costas e Diário na Mão - A fascinante história de Ashbel Green Simonton

Este livro, escrito pelo Rev. Elben Lenz César e publicado pela editora ultimato, apresenta a biografia do Rev. Ashbel Green Simonton, pioneiro do presbiterianismo no Brasil. De fácil e agradabilíssima leitura, Simonton nos é apresentando ainda na infância nos EUA, passando pelo seu chamado ministerial, sua firme decisão de pregar o evangelho em terras brasileiras e a sua vinda para cá em 18 de junho de 1859, a bordo do navio Banshee e desembarque na Baía da Guanabara em 12 de agosto do mesmo ano. Seguindo-se a isso, são apresentados momentos diversos na vida de Simonton, como morte da esposa, a luta contra a escravidão, a organização da Igreja Presbiteriana do Rio de Janeiro, bem como do Presbitério de mesmo nome, a organização do primeiro jornal protestante da América do Sul (1864), o primeiro seminário (1867) e ordenação do primeiro pastor brasileiro, o Rev. José Manuel da Conceição, em 1865.

O autor também nos brinda com uma bela apresentação do contexto histórico do Brasil e do mundo. Em um dos casos, mostra como a abertura dos portos, promovida por D. João VI, abriu as portas para a evangelização em nossa terra.

Bom, agora é conhecer, ler e aprender mais com a vida desse homem que se dedicou a pregar o evangelho em terras tupiniquins.

Para adquirir e ver outros materiais acerca do livro , acesse o site http://ultimato.com.br/sites/simonton/

Presb, Cicero Pereira
@ciceroeiris


Uma conversa com o autor de Mochila nas Costas e Diário na Mão.
httpv://www.youtube.com/watch?v=4jH3Ctq5TOI 

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Por que creio na Bíblia? Com a Palavra, Hernandes Dias Lopes


Salmo 119.105

A Bíblia é o livro dos livros. Inspirado por Deus, escrito pelos homens, concebido no céu, nascido na terra, odiado pelo inferno, pregado pela igreja, perseguido pelo mundo e crido pelos fiéis.

A Bíblia é o livro dos paradoxos: é o livro mais lido e o mais desconhecido. É o livro mais amado e o mais odiado. É o livro mais obedecido e o mais escarnecido. É o mais pregado e o mais combatido.

Exemplo: VOLTAIRE = Combateu implacavelmente a Bíblia e o Cristianismo. Disse que acabaria sozinho com a Bíblia e com o Cristianismo. Morreu louco. Sua casa tornou-se logo numa sede de distribuição da Bíblia.

A Bíblia tem sido o farol de Deus na escuridão da história. Ela é o fanal que orienta o nauta. Ela é o mapa que norteia o caminhante. A Bíblia é o coração de Deus aberto. É o braço de Deus estendido. É a vontade de Deus declarada.

Na Bíblia os céus e a terra se abraçam. O infinito toca o finito. O eterno invade o temporal. O divino e o humano se encontram.

A Bíblia é a espada do Espírito - poderosa arma de combate contra as hostes inimigas que conspiram contra nós, que com sutilezas vis tentam nos arrastar na correnteza do pecado e nas seduções do mundo.

A Bíblia é o bisturi de Deus que corta e amputa os tumores infectos da alma e cirurgia os abcessos do coração.

A Bíblia é fogo que consome os entulhos da nossa vida e queima a pragana que suja a nossa alma.

A Bíblia é martelo que quebra as nossas resistências e a dureza pertinaz do nosso coração.

A Bíblia é o livro de Deus. É o livro do céu. É o livro dos livros. É o livro acorrentado que tem trazido livramento. É o livro queimado nas fogueiras que tem tirado vidas das chamas do inferno. É o livro odiado que tem ensinado o perdão. É o livro que aponta para a salvação!

Por que creio nesse livro?

I - POR CAUSA DA SUA UNIDADE NA DIVERSIDADE

Ela foi escrita durante 1600 anos. De Moisés a João na ilha de Patmos.

Ela foi escrita por cerca de 40 escritores. De lugares diferentes, de culturas diferentes, para destinatários diferentes.

Ela foi escrita em idiomas diferentes

Entretanto, em momento algum sua harmonia foi afetada. Há uma coesão, sintonia, uma concordância absoluta. Hoje a Bíblia é mais atual do que o jornal do dia.

II - POR CAUSA DO CUMPRIMENTO DAS PROFECIAS

Só no Velho Testamento há mais de 2000 profecias que já se cumpriram literalmente.

A Bíblia escreve história antes dela acontecer.

Os vaticinadores atuais são falhos e suas profecias são vagas - NOSTRADAMUS.
a) Profecias acerca de Tiro - capital da Fenícia = Ez 26.19-21; 26.4,5; 26.12-14
b) Profecias acerca da Babilônia = Is 13.19; Jr 51.58,62; Jr 50.13,39
c) Profecias acerca dos nossos dias =

CAOS MORAL = 2 bilhões de litros de cachaça/ano; 4 milhões de aborto/ano; 20 milhões de crianças abandonadas; AIDS; falência do casamento; crimes; injustiça

CAOS SOCIAL = a fome, a injustiça, pessoas catando lixo para comer; assaltos, seqüestras, estupros, violência rural e urbana.

CAOS ESPIRITUAL = Racionalismo - Idealismo - Materialismo - Evolucionismo - Existencialismo - Positivismo - Humanismo.

III - PELA TRANSFORMAÇÃO QUE ELA OPERA

A Inglaterra do século XVIII = Estava num caos. Davi Hume, John Locke e Voltaire era os homens lidos. Os país naufragava. A sabedoria humana sem Deus estava levando o país ao caos. - Wesley e Whitefield se levantaram com a Bíblia na unção do Espírito e o país foi salvo.
Todas as nações que cresceram debaixo da bandeira da Bíblia = Todas as nações que foram colonizadas com o ensino da Bíblia são prósperas, ricas - e se hoje estão se degenerando é porque estão abandonando a Bíblia.

A AIDS = no final do milênio estima-se que cada família terá um aidético. Hoje as autoridades dizem: a questão não é a INFORMAÇÃO, mas a TRANSFORMAÇÃO - (e transformação só com a Bíblia).

A Ilha de Fidji = Há alguns anos, um conde inglês visitou a Ilha de Fidji. Ele sabia que as condições morais ali tinham sido péssimas e admirou-se do que eram por ocasião da sua vida. Esse incrédulo, visitando um velho chefe da tribo, que parecia civilizado disse: “O senhor é um grande chefe. É pena que tenha sido ingênuo bastante para crer na Bíblia. Lá no meu país ninguém mais crê nesse velho livro nem ouve a história de Jesus cristo. O povo hoje está ilustrado e não crê nisso mais. Estou triste porque o senhor crê nessas bobagens.”

Os olhos do velho chefe flamejaram e ele respondeu: “o senhor está vendo aquele forno? Ali é que nós queimávamos os corpos humanos para as nossas grandes festas. Se não fosse esse velho livro, a Bíblia e Jesus Cristo que nos transformou de selvagens em verdadeiros filhos de Deus, o senhor já teria sido morto e assado naquele forno. E nós já lhe teríamos comido a carne.”

Charles Darwin = depois de dar a volta ao mundo e voltar atrás na maioria dos seus postulados evolucionistas afirmou em Londres. “A diferença entre crer na Bíblia ou não é ser convidado para o jantar ou ser o jantar.”

Eu creio na Bíblia porque através dela eu conheci o amor de Deus e recebi a Jesus como meu Salvador e Senhor.

Autor: Rev. Hernandes Dias Lopes.
Fonte: http://www.hernandesdiaslopes.com.br/?area=show&registro=292

Guilherme Barros

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

A ordenação feminina: motivos e consequências


Um dos assuntos indigestos para a igreja contemporânea, no que tange discussão de opiniões e o afastamento de um procedimento bíblico, a meu ver, é a questão da ordenação feminina ao pastorado. A justificativa da não-observância do mandamento de que a mulher não ocupe o cargo de pastor geralmente segue as seguintes linhas: 1-Paulo ordenou isso em consonância com a cultura para a qual escrevia e 2-a mulher é tão capaz quanto o homem de exercer o ministério.

A primeira linha de raciocínio ignora que Paulo está, sempre, em suas cartas, pregando justamente contra a cultura das pessoas que vão lê-lo. No caso de Ef 5:25, por exemplo, ele ordena um amor sacrificial pela esposa, algo que um grego jamais pensaria, posto que o amor era algo possível somente entre homens. No caso do véu, como em I Co 11:2-16, Paulo ordena o seu uso, mas ressalta que essa não era a prática de outras igrejas pelo mundo conhecido (I Co 11:16). No caso da proibição da ordenação feminina, porém, não há um motivo cultural por trás; se houvesse, Paulo mesmo o apontaria.

A verdadeira questão de por que a mulher não deve se tornar pastora, no meu entender, reside na segunda linha de raciocínio. É verdade que há mulheres muito capacitadas ao ministério; há decerto mulheres piedosas que conhecem profundamente a Palavra de Deus, que são sensíveis às necessidades do rebanho de Deus. Mas nós não podemos nos esquecer de que o pastorado não é somente um cargo ou carreira: é um dom do Espírito, que Ele dá a quem Lhe apraz.

No momento em que passamos a pensar a ordenação pastoral como advinda de mérito, de habilidades e capacidades adquiridas, e não na ordenação espiritual, então aparentemente não deveria ser considerado problema que mulheres se tornassem pastoras. Mas o pastorado, assim como qualquer outro dom espiritual, tem a ver com a direção de Deus, e não com as capacidades. Paulo reconhece isso acerca do seu próprio apostolado várias vezes (ex: I Co 3:4-7, II Co 4:7, Gl 2:20), isto é, que o ministério que Deus nos dá depende inteiramente dEle, do Seu poder, do Seu agir.
A proibição bíblica da ordenação feminina tem por objetivo lembrar tanto a homens quanto a mulheres que o mais importante é o dom que Deus dá. Homens e mulheres possuem e podem adquirir habilidades e capacidade de liderar o rebanho, considerando as capacidades naturais que são exigidas, bem como o conhecimento. Mas o dom espiritual é ministrado por Deus, e é a dom que o ministro do Evangelho deve se fiar, ou melhor, ele deve se fiar em Deus, depender dEle, e não de suas capacidades adquiridas, por mais que elas sejam requisitadas ao serviço.

O fato de as mulheres não poderem ocupar essa posição humilha-as, mas também humilha aos homens. Não conhecemos nós, por acaso, mulheres piedosas e santas? Não conhecemos mulheres que poderiam cuidar do rebanho? Não conhecemos mulheres sensíveis a Deus, com um conhecimento maior que muitos pastores? É evidente que conhecemos. Isso nos lembra que o ministério é graça de Deus, e não premiação pelo nosso esforço. Isso nos leva a buscar o dom que vem de Deus, e não dependermos das nossas próprias capacidades. Impede-nos de olharmos para o que já alcançamos e ficarmos satisfeitos conosco mesmo, mas damos glórias a Deus e reconhecermos que não somos nada. A proibição da ordenação feminina ao pastorado tem por objetivo humilhar homens e mulheres a fim de que reconheçam sua total dependência nos dons que Deus dá aos homens.

Quanto á prática da ordenação feminina, o que a igreja tem colhido com isso? Igrejas que permitiram no passado a ordenação feminina, que tinham um entendimento de que o pastorado advém de capacidade, o que aconteceu? Não é por causa disso que vemos um degladio de egos entre pastores e pastores? Se bem que, por causa dessa mesma luta entre eles, uns já não são mais pastores: são bispos, bispas, apóstolos, e recentemente um paipóstolo [sic] apareceu. Quando o ministério é entendido como resultado de esforço e mérito, a cultura desse mesmo mérito exige que haja promoções para diferenciar um pastor com mais méritos que outro. Não é de se espantar que as mesmas igrejas que aprovam ordenação feminina sejam as mesmas que agora advogam ministério apostólico.

Que a proibição da ordenação feminina seja obedecida, pelo menos por nós, e que ela nos humilhe completamente, para que nos confiemos somente no dom que está em Cristo Jesus. Amém!


Daniel Campos

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

4 Razões Por Que Temos Medo


De que você tem medo? Por que você tem medo? Não sei do que você tem medo, mas é provável que isso esteja afetando você de formas visíveis e não visíveis. O medo é um câncer na sua vida. O medo em sua mente leva ao estresse no seu corpo.
Quando você tem medo, você pode ficar ansioso, estressado, ou perder o sono. Você pode desenvolver um tique nervoso no olho ou uma afta. Você pode ter problemas cardíacos ou estomacais. E, com esses sintomas, você pode começar a se automedicar com cafeína, comida, bebidas energéticas, jogos de azar, sexo, álcool, ou qualquer coisa que lhe traga um conforto momentâneo.

O Mandamento n.º 1 na Bíblia

Mais do que qualquer outro mandamento, a Bíblia diz: “Não temas.” Você vai encontrar esse mandamento na Escritura cerca de 150 vezes.
E quase toda ocasião de “não temas” por toda a Bíblia é acompanhada por algo importante que Deus quer nos dizer, não com um tom irado, mas de uma forma amorosa e convidativa.

Considere apenas os seguintes exemplos.

Adão, em Gênesis 3, diz: “Eu tive medo”. E então o que acontece? Deus vem para estar com ele em seu medo.
Em Gênesis 15.1, Deus diz a Abraão: “Não temas, Abrão, eu sou o teu escudo”. Deus está dizendo que o protegerá.
Nós lemos sobre Isaque em Gênesis 26.24. Deus diz: “Eu sou o Deus de Abraão, teu pai. Não temas, porque eu sou contigo”.
Deus diz a Jacó em Gênesis 28.15: “Eis que eu estou contigo”.
Moisés estava com medo em Êxodo 33.14, e Deus diz: “A minha presença irá contigo”.
Elias está em um campo de batalha, um momento óbvio para se ter medo. Deus diz a ele em 2Reis 1.15: “Não temas”.
Davi expressa isso muito bem no Salmo 23.4: “Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal nenhum, porque tu estás comigo”.
Nós lemos em 2Crônicas 20.17 que ele diz ao Rei Josafá, na véspera da batalha: “Não temais, nem vos assusteis; amanhã, saí-lhes ao encontro, porque o SENHOR é convosco”.
Em Isaías 41.14 nós lemos: “Não temas, ó vermezinho de Jacó”. Como você sabe, vermes não são predadores; eles nem mesmo defendem a si mesmos. Porque Jacó, o verme, não precisa ter medo? Porque o Senhor Deus declara: “Eu te ajudo”.
Jeremias teve uma vida dura como profeta, mas Deus declara a ele em Jeremias 1.8: “Não temas diante deles, porque eu sou contigo para te livrar”.

Porque Temos Medo

Apesar dessa esmagadora evidência bíblica de que não devemos temer, mas sim confiar em Deus, nós freqüentemente nos tornamos presas do medo. Por quê?
Aqui estão quatro razões pelas quais eu acredito que temos medo.

1. Nós Não Acreditamos na Soberania de Deus

O medo em nossa vida nem sempre é racional. Na maioria das vezes, o medo é baseado naquilo que pode ou não pode acontecer. Dessa forma, o medo lhe dá a impressão de que você vê e sabe tudo. Você cria em si mesmo a imagem de um deus funcional. É Deus que é soberano, não você. Pare de temer aquilo que você não sabe e comece a confiar naquele que tudo sabe.

2. Nós Criamos Nossa Própria Visão Em Vez de Buscar a Visão de Deus

Quando ficamos paralisados pelo medo do futuro, nós estamos basicamente vendo o futuro sem Deus. Nós dizemos algo como: “Eu vejo o futuro. Deus não está nele. Deus não vai ser por mim. Deus não vai me ajudar”. Mas isso é o contrário das palavras do próprio Deus, que diz depois em Jeremias: “Eu é que sei que pensamentos tenho a vosso respeito, diz o SENHOR; pensamentos de paz e não de mal, para vos dar o fim que desejais”.

3. Nós Frequentemente Somos Falsos Profetas

Ser um falso profeta é prever o futuro incorretamente. O medo em nossas vidas pode nos transformar em falsos profetas, predizendo coisas que talvez não – e muito provavelmente não – venham a acontecer. Isso muitas vezes não apenas afeta a nós mesmos, mas a outras pessoas em nossa vida as quais influenciamos. Em vez de especular sobre um futuro desconhecido, nós devemos descansar nas palavras de Jesus em Lucas 12.22-31:
Por isso, eu vos advirto: não andeis ansiosos pela vossa vida, quanto ao que haveis de comer, nem pelo vosso corpo, quanto ao que haveis de vestir. Porque a vida é mais do que o alimento, e o corpo, mais do que as vestes. [...] Qual de vós, por ansioso que esteja, pode acrescentar um côvado ao curso da sua vida? [...] Porque os gentios de todo o mundo é que procuram estas coisas; mas vosso Pai sabe que necessitais delas. Buscai, antes de tudo, o seu reino, e estas coisas vos serão acrescentadas.

4. Nós Seguimos Falsos Evangelhos

Quando nós temos medo, nós denunciamos a confiança e o conforto que temos nas coisas em vez de em Jesus. Nós tentamos controlar nossas vidas. Nós nos agarramos ao dinheiro. Nós nos afastamos da comunhão. Nós nos rebelamos contra a autoridade. Nós pecamos. Nós nos automedicamos. Nós justificamos a nós mesmos. Transformamos Jesus em um terapeuta. Nós fazemos todas essas coisas para viver em uma visão do paraíso antes da ressurreição, criada em nossa própria imaginação.
Esse é um falso evangelho.

Uma Palavra Final

O que está impedindo você de obedecer a Jesus?
O que quer que esteja impedindo você, provavelmente a raiz está no medo, e é por isso que Deus precisa nos dizer tanto para não temermos. Saiba que Deus vem a você e diz: “Não temas. Eu sou contigo”. Em suas palavras finais aos seus discípulos em Mateus 28.20, Jesus diz: “Estou convosco todos os dias, até a consumação do século”.
Não tenha medo. Pela graça de Deus, persevere em Jesus, adore a Jesus, sirva a igreja, e dê à igreja.
Por Mark Driscoll © 2012 Mark Driscoll. Website: www.pastormark.tv. Original: 4 Reasons Why We Fear
Tradução: Voltemos ao Evangelho. Website: www.oltemosaoevangelho.com. Original:  Mark Driscoll – 4 Razões Porque Temos Medo

Intercâmbio feito por Rafaelle Amado 

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Somos Verdadeiros Discípulos?

“Disse, pois, Jesus, aos judeus que haviam crido nele: Se vós permanecerdes na minha palavra, verdadeiramente sois meus discípulos; e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.”   
                                                                                                                                                                     Jo 8:31-32 

   Observando atentamente o discurso do Senhor Jesus nos versos acima, podemos retirar lições importantíssimas para nossas vidas, além de sermos levados a nos questionar se somos verdadeiramente seus discípulos. Para que possamos interpretar de forma fiel o assunto tratado por Ele e compreender o seu objetivo ao usar essas palavras, é interessante observamos o contexto da passagem, a partir de João 8:21 até o verso 30, seguindo abaixo:

Estando na Judeia, Jesus fala aos judeus a respeito da sua morte de forma indireta (v.21), e os líderes daquele povo não compreendem as suas palavras (vs.22-27). Prosseguindo o seu discurso, Jesus deixa claro que os que não crerem nEle morrerão sem perdão dos pecados (v.24). Ele mostra sua dependência do Pai (v.28,29), e ressalta sua deidade quando se intitula de “EU SOU QUEM SOU¹”. Daí em diante, muitos judeus crêem nele (v.30).

A partir de então, entramos nos versos com os quais iniciamos: “Disse, pois, Jesus, aos judeus que haviam crido nele: Se vós permanecerdes na minha palavra, verdadeiramente sois meus discípulos; e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará” Jo 8:31-32Vamos começar a observar os versículos. Note que há uma linha de raciocínio entre eles. Veja no texto que: Junto à fé (“haviam crido”) tem de vir necessariamente a permanência na Palavra e, por conseguinte, o conhecimento da verdade e a liberdade.

Vejamos como seria se Jesus, nesse discurso, tivesse utilizado algumas negativas em suas frases, apenas invertendo o sentido: Se vós NÃO permanecerdes na minha palavra, verdadeiramente NÃO sois meus discípulos; e NÃO conhecereis a verdade, e a verdade NÃO vos libertará. Perceba que o crucial nesse discurso de Cristo aos que creram Nele é a Permanência na Palavra, ou em outras palavras, a obediência aos seus ensinamentos. O conhecimento da verdade e a liberdade vêm atrelados a ela. É imprescindível, portanto, que um cristão evidencie essa obediência, visto que ela é intimamente associada à fé genuína, caso contrário, há fortes riscos de o mesmo não ter sido regenerado pelo Espírito Santo, de não ser verdadeiramente discípulo de Cristo, de não ser um verdadeiro cristão. Tenhamos cuidado! Vigiemos!

 A verdade exposta pelo nosso Mestre é que só são discípulos os que permanecem na Palavra. Mas como isso se dá? É possível permanecer na Palavra? A resposta é dura, mas ao mesmo tempo traz conforto aos nossos corações: Para o ser humano é irrevogavelmente impossível. Não podemos viver em obediência à Palavra por nossas próprias forças. Nós só podemos hoje viver como cristãos verdadeiros por causa daquilo que Jesus Cristo fez por nós.

Em 1 Jo 2:3-6, o autor deixa essa verdade ainda mais clara para nós. Veja: “E nisto sabemos que o conhecemos: se guardarmos os seus mandamentos. Aquele que diz: Eu conheço-o, e não guarda os seus mandamentos, é mentiroso, e nele não está a verdade. Mas qualquer que guarda a sua palavra, o amor de Deus está nele verdadeiramente aperfeiçoado; nisto conhecemos que estamos nele. Aquele que diz que está nele, também deve andar como ele andou.

 Difícil mesmo para nós é andar como Cristo andou. Todos os dias nos deparamos com situações que nos impulsionam a desobedecer à Palavra, e trava-se uma luta entre o que é abominável e o que é amável aos olhos de Deus. Caímos muitas vezes, mas não podemos desanimar. O fato é que permanecer no erro é caminho de morte. O caminho da vida é estreito, mas não estamos sós, como vemos em 1 Jo 2:1,2: “Filhinhos meus, estas coisas vos escrevo para que não pequeis. Se, todavia, alguém pecar, temos Advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo; e ele é a propiciação não somente pelos nossos próprios, mas ainda pelos do mundo inteiro.”

Joel Beek, na Conferêcia Fiel 2012, palestrou a respeito da segurança da salvação, ou como vimos, sobre a segurança de sermos verdadeiros discípulos de Cristo. Ele disse: O problema é que muitos recebem a Jesus somente como um salvador, porque amam não ir para o inferno ou como um protetor, pois amam a sentir-se seguros, mas não o recebem como Ele realmente é: um Salvador totalmente belo que me salva de todos os meus pecados e que também é o Senhor e o Tesouro supremo de toda a minha vida. Essa é a diferença entre a segurança falsa e verdadeira. Na segurança falsa, a pessoa quer que Jesus o ajude de toda forma, mas a pessoa não deseja mudar – quer tanto Jesus como o mundo. Contudo, a fé verdadeira almeja por mudança; deseja receber a Cristo como Ele realmente é,  tomar sua cruz e segui-lo.

Ter segurança da salvação nos impulsiona a permanecer na Palavra. E permanecer na Palavra é negar a própria vontade, obedecer as instruções de Deus, buscar santidade. É ser moldado pelo caráter divino, é não ter a vida como preciosa, é considerar os desejos desse mundo como abrolho quando comparados ao desejo de agradar ao Pai. Permanecer na Palavra é ter um coração grato pelo sacrifício de Cristo, pela abundante graça derramada,  sabedores de que nada podemos, nada somos e nada temos sem Cristo. Permanecer na Palavra é, portanto,  uma evidência notável de um cristão que teme a Deus e coloca toda a sua esperança Nele e em nada mais.
         
  Apesar de toda nossa fragilidade, de nossas inúmeras falhas, esta é nossa segurança: “Precisamos ter em mente que Deus não perde nenhum daqueles que Ele escolheu, comprou e chamou (Jo 6:39). Ele os preserva e leva seguramente cada um deles ao céu. Ele realiza isso assegurando que cada cristão verdadeiro persevere no caminho de Cristo e continue na fé até o fim. A maravilhosa verdade é que nenhum cristão verdadeiro jamais será perdido”.² Perseveremos em obediência, permaneçamos na Palavra, vivamos como verdadeiros discípulos!

Que Deus continue abençoando sua vida!
                                                             
Letícia Lima

Leitura recomendada: “E quem disse que seria fácil?”. Segue o link: http://ump-da-quarta.blogspot.com.br/2012/11/e-quem-disse-que-seria-facil.html

¹  “EU SOU QUEM SOU” nome que Deus usou sobre si mesmo no Velho Testamento quando falou com Moisés (Êx. 3:14-15). Jesus usa o nome divino “EU SOU QUEM SOU” (Jo 8:24,28; 13:19) para falar sobre si mesmo no Novo Testamento. Cristo diz, em outras palavras, que Ele e o Pai são um, que Ele é Deus (Jo 5:18; 10:30,33; 14:7-11).
²  Benton,  John; Peet, John. As Doutrinas da Graça. São Paulo: Cultura Cristã, 2008. P.89

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

UMP INDICA: Fundamentos da Graça – uma longa linha de vultos piedosos. (Steven Lawson)

Já havia lido um livro de Steven Lawson, A Arte Expositiva de João Calvino, e havia gostado bastante da leitura, mas passei a ter maior estima por este homem de Deus depois de vê-lo como preletor na Conferência Fiel para Pastores e Líderes no ano de 2012, onde explanou com segurança e profundidade as doutrinas da graça.

Mas o fato de que me chamou atenção foi que o pregador fez toda a exposição destas doutrinas tão somente no livro de João, de modo que combateu prontamente as acusações levianas que a predestinação é uma doutrina somente de Paulo. Quem diz isto precisar reler o evangelho de João e notar as falas duras e individuáveis de Cristo.

Naquele congresso entrei em contato com este livro, o primeiro de uma série percorrendo os ensinamentos de homens piedosos de toda a história sobre as doutrinas da graça. E esta longa jornada só poderia começar pelos grandes autores bíblicos, inspirados pelo Espírito Santo a nos detalhar, ainda que de forma progressiva, a suprema soberania de Deus em nossa salvação.

Pois bem, o autor percorre todo o texto sagrado, passando por cada livro, expondo as manifestações das doutrinas da graça, ou os cinco pontos do Calvinismo.

Em alguns instantes a leitura torna-se pesada, visto que por muitas vezes conceitos como depravação total e expiação limitada, dentre outros, são explicados de forma exaustiva e repetitiva a cada capítulo.

Mas isto não desmerece o livro, só demanda uma leitura mais paciente. Recomendo esta obra crendo que todos os que a lerem com seriedade e franqueza, ficaram ainda mais convictos de que a bíblia toda, em uníssono, atesta o quão soberano é nosso Deus, e quão maravilhoso e imutável é seu gracioso decreto de salvação, nos inclinando à humildade e adoração profunda e grata.


 Rodrigo Ribeiro
@rodrigolgd

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

O que é mandato cultural e quais suas implicações? Com a palavra Alexandre Amin de Oliveira¹

Ao contrário do que é comumente pensado, o trabalho não passou a existir no mundo em decorrência da queda da humanidade em pecado, através de Adão e Eva. A ordem para que o homem trabalhasse veio do próprio Deus, quando estabeleceu um pacto/aliança com sua criatura amada, criada à Sua imagem e semelhança.
O mandato cultural envolve a vice-gerência do homem sobre o cosmos. Era para o homem desenvolver e manter tudo aquilo que havia sido criado por Deus. Através deste mandato, Deus colocou a humanidade em um relacionamento singular com a criação, para dominar e sujeitar (Gn 1.28), guardar e cultivar (Gn 2.17).
No decorrer do livro de Gênesis, percebe-se o surgimento e o desenvolvimento de diversas profissões. Abel foi pastor de ovelhas, Caim foi lavrador (Gn 4.2). Jabal foi o pai dos que habitam em tendas e possuem gado (Gn 4.20); Jubal foi o pai de todos os que tocam harpa e flauta (Gn 4.21); Tubalcaim foi artífice de todo instrumento cortante, de bronze e de ferro (Gn 4.22).
É justamente a existência de um mandato cultural no pacto da criação que justifica o trabalho e o envolvimento do cristão em áreas como: política, educação, artes, lazer, tecnologia, indústria, e quaisquer outras áreas. No entanto, devemos entender que onde quer que os vice-gerentes agem, devem agir em nome do Criador, revestidos de sua autoridade, fazendo a sua vontade.
“Tudo quanto fizerdes, fazei-o de todo o coração, como para o Senhor e não para homens, cientes de que recebereis do Senhor a recompensa da herança. A Cristo, o Senhor, é que estais servindo” (Cl 3. 23,24).

¹ Membro da Igreja Presbiteriana de Curitiba (IPB). Bacharel em Teologia, pela Faculdade Teológica Batista do Paraná (FTBP), e Pós-Graduando no curso de Especialização em Teologia Bíblica, pelo Centro Presbiteriano de Pós-Graduação Andrew Jumper (CPAJ – Universidade Mackenzie).

Este artigo é parte do texto publicado em:

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Fique de olho

                Todo mês de janeiro é o mesmo alvoroço: O Big Brother Brasil vai começar. A mídia inicia toda a especulação dos participantes e milhares de brasileiros passam a acompanhar todos os passos, palavras, gestos, brigas, intrigas e romances desses participantes que estão em busca de fama e dinheiro, de uma forma, convenhamos, não muito digna.

                E o que esse isso tem a ver com a nossa vida espiritual? Essa é a pergunta que todos nós, que queremos ter uma vida em comunhão com Deus, devemos nos fazer diante das situações que a vida nos coloca, tendo em vista que a palavra de Deus nos orienta: “quer comais quer bebais, ou façais outra qualquer coisa, fazei tudo para glória de Deus” 1 Coríntios 10:31. Desde as coisas essenciais, como comer e beber, até as demais coisas devem ser feitas para a glória de Deus.

                Voltamos novamente à pergunta: O que o programa de TV citado tem a ver com a nossa vida espiritual? Estar em comunhão com Deus implica em estar em contato com tudo o que nos faça chegar mais perto Dele, que nos permita conhecê-Lo mais, que nos fortaleça espiritualmente. Nesse sentido, um programa que explora a nudez, os relacionamentos descompromissados, as discussões vazias e que estimula a curiosidade pela vida alheia, não parece contribuir para o nosso crescimento espiritual. Antes de qualquer coisa, o referido programa evidencia todos os aspectos da depravação total do homem, ressaltando-os de forma positiva, a ponto de suscitar nos telespectadores uma avidez em beber tais comportamentos, considerá-los normais e dignos de interesse.  Obviamente que tornarmo-nos sedentos por tais coisas não nos aproxima do Pai.

                No livro de Salmos, capítulo primeiro, versículos de 1 a 4, Davi afirma que: “Bem-aventurado o homem que não anda segundo o conselho dos ímpios, nem se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores. /Antes tem o seu prazer na lei do SENHOR, e na sua lei medita de dia e de noite. /Pois será como a árvore plantada junto a ribeiros de águas, a qual dá o seu fruto no seu tempo; as suas folhas não cairão, e tudo quanto fizer prosperará./ Não são assim os ímpios; mas são como a moinha que o vento espalha”. A partir dos versículos transcritos é possível elencar algumas características que devem ser rejeitadas pelos cristãos: os conselhos dos ímpios, o caminho dos pecadores e congregar com os escarnecedores.

             Analisando, pelo menos os dois últimos comportamentos estão sendo estimulados pela programação em questão, o que, de certa forma, fere a nossa comunhão com Deus, pois, como salienta a palavra de Deus, “onde estiver o vosso tesouro, ali estará também o vosso coração” (Lucas 12:34).

                O jargão do programa afirma: “Fique de olho”. Esse também poderia ser o imperativo do cristão diante das ciladas do mundo. Uma serpente estimulou o rompimento da comunhão do homem com Deus no princípio. Hoje, o inimigo de nossas almas tem se utilizado de artifícios mais modernos e chamativos para continuar a nos afastar de Deus, portanto “Fique de olho”.

Andrea Grace   

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Jesus, o nome sobre todo nome


O nome de uma pessoa é sua maior identidade. O nome representa a personalidade, o caráter e a missão de uma pessoa. Recebe-se um grande nome por herança, doação e conquista. Jesus tem o nome sobre todo o nome por essas três razões. O nome de Jesus é conhecido no céu, na terra e no inferno. Anjos, homens e demônios se curvam diante de sua majestade. Ele é o Senhor dos senhores, o Rei dos reis, o Soberano dos reis da terra. Nele vivemos, nos movemos e existimos. Ele é a nossa vida, a nossa paz, a nossa alegria, a nossa herança, a nossa justiça, a nossa salvação.
Em primeiro lugar, Jesus herdou o maior de todos os nomes (Hb 1.4). Jesus é a exata expressão do ser de Deus, o resplendor máximo da sua glória, o herdeiro de todas as coisas. Por isso, herdou mais excelente nome do que os anjos e foi exaltado acima de todos os seres celestiais. Ele está entronizado acima dos querubins. Diante dele até os serafins cobrem o rosto. Ele é o Rei da glória e diante de sua majestade todo o universo se curva. Jesus é tudo em todos. Ele é o centro da eternidade e da história. Ele é o agente da criação, o sustentador do universo, o regente que governa os destinos da história e faz todas as coisas conforme o conselho de sua vontade. Não há nenhum nome que se compare ao nome de Jesus. Nenhum nome que esteja acima do nome de Jesus. Esse nome ele herdou do Pai.
Em segundo lugar, Jesus recebeu por doação o maior de todos os nomes (Fp 2.9-11). Pelo fato do Rei da glória ter se tornado servo e se humilhado até à morte e morte de cruz, Deus Pai o exaltou sobremaneira, acima de todo nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho no céu, na terra e debaixo da terra e toda língua confesse que Jesus é o Senhor para a glória de Deus Pai. Não há salvação fora do nome de Jesus. Ele recebeu esse porque é o Salvador do seu povo (Mt 1.21). Não há nenhum outro nome dado entre os homens pelo qual importa que sejamos salvos (At 4.12). Há poder no nome de Jesus para curar os enfermos (At 3.6). Há poder no nome de Jesus para libertar os cativos (Lc 10.17). Há poder no nome de Jesus para termos nossas orações respondidas (Jo 16.23). O nome de Jesus é o centro das Escrituras. Jesus é o Alfa e o Ômega. Ele é o Maravilhoso Conselheiro, o Deus forte, o Pai da eternidade e o Príncipe da paz. Jesus é Verbo eterno, o Emanuel, o Pão da vida, a Luz do mundo, a Videira verdadeira. Ele é o bom Pastor, a Porta das ovelhas, o Caminho, e a Verdade e a Vida. Ele é a Ressurreição e a vida, Aquele que esteve morto, mas está vivo pelos séculos dos séculos. Ele é o Salvador, o Messias e o Senhor. Diante de seu nome reis e vassalos, ateus e religiosos, ricos e pobres, doutores e analfabetos, anjos, homens e demônios precisam se curvar. Seu nome está acima de todo nome que se possa referir no céu e na terra!
Em terceiro lugar, Jesus recebeu o maior de todos os nomes por conquista (Cl 2.15). Jesus triunfou sobre os principados e potestades na cruz, despojando-os e decretando sua consumada derrota. Foi na cruz que Jesus esmagou a cabeça da serpente. Foi na cruz que Jesus arrancou a armadura do valente e o expôs ao desprezo. Jesus venceu o diabo, a morte e o pecado. Ressuscitou triunfantemente, ascendeu ao céu e foi entronizado com glória e majestade, acima de todo principado e potestade. Ele tem as chaves da morte e do inferno. Jesus tem todo o poder e toda autoridade no céu e na terra. Ele tem o livro da história em suas onipotentes mãos. Em breve, ele voltará com grande poder e glória para julgar as nações. Então, ele calcará aos pés todos os seus inimigos e todos os reinos do mundo serão do Senhor e do seu Cristo e ele reinará pelos séculos dos séculos. O universo inteiro se ajoelhará para dizer: “Ao que está sentado no trono e ao Cordeiro seja o louvor, e a honra, e a glória e o domínio pelos séculos dos séculos”. Então, depositaremos aos seus pés nossas coroas e o serviremos por toda a eternidade!

Hernandes Dias Lopes
PUBLICADO ORIGINALMENTE EM: http://hernandesdiaslopes.com.br/2012/12/jesus-o-nome-sobre-todo-nome/#.UPYhlh3C0bw

Intercâmbio feito por Walber Arruda