sexta-feira, 30 de março de 2012

Evangelização e Adoração - Parte Final


Quando pregamos o evangelho, não estamos buscando pessoas para “aceitar a Jesus Cristo” (nomenclatura inencontrável nas Escrituras Sagradas) de modo frívolo, sentimental, e absolutamente inconsistente, mas sim procurando pecadores que sejam levados a perceber, por meio da pregação fiel do evangelho, que uma vida consagrada ao pecado é uma forma antecipada de inferno, dado que se efetiva longe de Deus, e completamente alienada do alvo supremo de uma vida realmente bem-aventurada: “glorificar a Deus, e gozá-lo para sempre”.

                Embora a dinâmica objetiva do evangelismo (metodologia de apresentação do evangelho) possa ser móvel e sensível aos contextos concretos em que a evangelização se agencia, a evangelização propriamente dita (o conteúdo da mensagem anunciada) não pode sofrer nenhuma alteração no núcleo duro das suas formulações doutrinárias essenciais, sob pena de sermos catalogados como pregadores infiéis.

                Mark Dever, no livro a que aludimos anteriormente, diz que “aquilo com que ganhamos as pessoas é aquilo para que as ganhamos”. Se as ganhamos com entretimento e frivolidade, então teremos crentes tão ruidosos quanto descompromissados com o alto custo de se seguir a Cristo de modo realmente bíblico; crentes para os quais o cristianismo é um eterno piquenique de final de semana. Se as ganhamos com as facilidades próprias de uma ilusão terrível chamada Teologia da Prosperidade, então teremos crentes egoístas, e cheios de vontade, para os quais Deus não passa de uma espécie de serviçal cósmico, sempre pronto a satisfazer os mais caprichosos desejos humanos. Se as ganhamos com a apresentação pura e simples do evangelho da cruz, loucura para os perdidos, mas poder de Deus para os que nele encontram salvação, conforme assinala o apóstolo Paulo em sua epístola aos Coríntios, então teremos crentes dispostos a seguir a Cristo incondicionalmente; crentes que submeterão ao senhorio do Filho de Deus, e aos inafastáveis pressupostos que balizam um discipulado sério e desejoso de reproduzir em todas as esferas da vida as marcas indeléveis do caráter santo do Pai, do Filho e do Espírito Santo.

                Ao chegarmos neste ponto das nossas considerações, cremos terem ficado evidenciadas as indeslindáveis relações existentes entre a evangelização e a adoração, duas das mais relevantes missões a serem desempenhadas pelo povo de Deus em sua peregrinação terrena. O alvo supremo da vida, reiteremos, “é glorificar a Deus, e gozá-lo para sempre”. Uma vida de devoção ao pecado frustra esse alvo solene.

                Deus é digno de louvor, glória, honra e adoração. É dever imperioso da igreja trabalhar incessantemente para, no poder do Espírito Santo, conquistar para Deus o maior número possível de pessoas. E é exatamente a esse trabalho glorioso que a Escritura Sagrada chama de evangelização, dever e privilégio de todo aquele que um dia foi alvo da salvadora graça que há em Jesus Cristo. A Escritura Sagrada afirma que “Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (João 3.16). Um amor assim tão grande merece ser proclamado. Evangelizemos, pois, para a glória de Deus. SOLI DEO GLORIA NUNC ET SEMPER.

Presb. José Mário
Igreja Presbiteriana Central

quarta-feira, 28 de março de 2012

Ávidos como os de Beréia


“Ora, os bereanos eram de caráter mais nobre do que os de Tessalônica, pois receberam a mensagem com grande avidez, e examinaram todos os dias as Escrituras, para ver se o que Paulo dizia era verdade.”
Atos 17:11
 
Beréia era uma cidade da Macedônia, hoje chamada de Véria e pertence ao território compreendido atualmente pela Grécia. Sempre que se ouve falar sobre os bereanos, a principal recordação que temos é sobre as pregações de Paulo e a consulta da veracidade das mesmas de acordo com as escrituras. É normal que nos lembremos assim, pois se trata de um texto bastante conhecido e que não possui divergências no tocante à sua interpretação, contudo a comum ênfase no fato de todos os dias os bereanos examinarem as escrituras é uma característica que talvez é omitida e por vezes somente conhecemos a velha história do relato de um povo que comparava as escrituras com o que ouviram de Paulo, como na ocasião de Atos 17.
                Segundo Cheung [1], a principal virtude dos bereanos enfatizada no verso 11, não era a de sempre consultar a palavra, mas a principal virtude era a avidez pela palavra. Cheung é bastante coerente em sua afirmação, pois a narrativa bíblica deixa enfatizada a palavra avidez. Essa palavra tem por sinônimo desejo ardente, ou seja, infere-se disto que os bereanos antes mesmos de comprovarem a veracidade das palavras de Paulo, já eram pessoas que buscavam conhecer as escrituras. Uma prova decisiva sobre o conhecimento dos bereanos em relação às escrituras, foi o fato de que “examinaram todos os dias as escrituras” (Atos 17:11c), ou seja, o compromisso que tinham pela busca da verdade era respaldada pela palavra e pelo conhecimento adquirido diariamente pelos bereanos.
                Assim, a principal característica a ser imitada é a avidez dos de Beréia, ou seja, o seu desejo pela palavra diariamente. Perceba que eles são considerados por Paulo como “de caráter mais nobre do que os de Tessalônica” por esse apego a palavra. Do original em grego, a palavra traduzida para nobre é eugenēs (εὐγένης), que pode significar literalmente nobreza relacionada a posição social ou condição financeira, mas como a nobreza é de caráter, então eles foram considerados nobres realmente pela busca diária pela verdade.
Talvez o resultado da compreensão incompleta desta passagem pode levar os crentes a pensaram erroneamente que a simples consulta a bíblia quando surge uma dúvida sobre o que alguém falou os fará compreender realmente se o que ouviu é verdade ou não, haja vista a habilidade que os falsos mestres têm de extrair de um texto fora de contexto, uma mentira com cara de verdade. Contudo é de extrema importância observarmos que os crentes de Beréia, era antes de tudo conhecedores da palavra, levando-nos a entende que a busca relatada Atos 17:11 não foi algo isolado, mas apenas a continuação de uma prática constante na vida dessas pessoas.
Em nossos dias, o que mais vemos são crentes nominais de conhecimento bíblico bastante superficial que lêem a bíblia somente na igreja e que tem o péssimo hábito de não averiguar o que chega aos seus ouvidos pelo simples fato daquilo ser denominado palavra de Deus pelo que fala. E assim caminhamos para uma crescente massa evangélica onde a quantidade de fato não representa qualidade. De fato o reflexo disso está nas aberrações encontradas nas interpretações da bíblia, que hoje em dia estão de acordo com muita coisa (aquilo que acham ou de acordo com o que seu coração deseja), mas distantes da verdade divina.
Que Deus tenha misericórdia de todos nós, pois a sua ira é claramente justa, pelo fato de que os que dizem conhecer a Deus, não o estão glorificando como Deus. Que Deus nos dê avidez pela sua palavra, que seu Espírito nos guie à verdade do evangelho e que sejamos achados nobres de caráter como os bereanos.

Não quero ser
como nuvem sem água
levada por ventos daqui, ou de lá...
Eu não quero ser árvore achada sem frutos no pó
Quero ter conteúdo 
sabendo de tudo em volta de mim,
mas nunca trocando a viva Palavra
pelo que eu achava ou deixe de achar...
(Música “Conteúdo”, Grupo Logos)

Felipe Medeiros
@felipe_ipb


Referencias:
[1] CHEUNG, Vincent. The nobles Bereans. Reformation Ministres International. Boston - USA, pag. 2, 2005.

terça-feira, 27 de março de 2012

Slides do Grupo de Estudos: O Culto Público


O grupo de estudos da UMP da Quarta está abordando nesse semestre a temática Evangelismo com Enfase na Música, com o Presb. Cícero, e devido ao grande número de participantes que estão envolvidos diretamente com a liturgia de nossos cultos, o primeiro assunto abordado foi justamente o Culto Público a Deus.

Disponibilizamos a todos este material, vejam, baixem e sejam edificados!

SlideShare:

Rodrigo Ribeiro
@rodrigolgd

segunda-feira, 26 de março de 2012

UMP Indica: O Legado da Alegria Soberana


É sensato aquele que caminha com o máximo de autonomia possível, sem olhar para trás buscando aprender com pessoas sábias e comprometidas com a verdade que viveram antes dele? Se sua resposta a esta indagação for negativa, temos uma ótima indicação para você: o livro O Legado da Alegria Soberana.

                Em poucas páginas, o Pr. Jonh Piper nos aproxima de um legado riquíssimo de grandes vultos do pensamento cristão, sendo estes, Agostinho, Lutero e Calvino, ressaltando aspectos biográficos, mas principalmente teológicos, destacando os pontos principais dos estudos desses homens e suas inestimáveis contribuições para o desenvolvimento do pensamento cristão.

                O nome do livro deriva de uma das ideias mais fortes e belas dessa obra, a visão privilegiada que Agostinho teve da Alegria Soberana que há em Cristo. Só Nele podemos encontrar a plena satisfação de nossas almas, ele é o ápice de nossa satisfação. Esta visão sublime é nos apresentada com toda a arte e poesia dos escritos de Agostinho.

                Em seguida, o autor nos aproxima da ideia do reformador Lutero e seu apego irremovível á doutrina da Palavra de Deus como revelação externa de sua vontade, nos mostrando seu pensamento, mas também a consequência prática desses ensinos na práxis do reformador. Por fim, somos presentados com um breve, mas apaixonante resumo da pregação expositiva e da obstinada exegese de Calvino.

                Essa obra é muito importante para todos, principalmente para líderes, porque precisamos resgatar esses valores: A alegria soberana, a confiança na Palavra de Deus e o zelo pela pregação da Escritura. Ressaltando sempre que o livro sempre destaca que, eram homens imperfeitos, mas precisamos de “pais imperfeitos” para que não haja idolatria, mas sim a nítida visão que Deus operou sua graça na vida destes homens e assim, podemos clamar para que faça o mesmo em nossas vidas.

Rodrigo Ribeiro
@rodrigolgd

sexta-feira, 23 de março de 2012

Evangelização e Adoração - Parte II

               Graciosa, bondosa e misericordiosamente, como expressão do pacto da graça urdido nos invisíveis bastidores da eternidade pela Trindade, Deus Pai envia Deus Filho para morrer na cruz do calvário e, desse modo, quitar o pesado débito contraído por seu povo junto à sua lei. Deus Filho cumpre cabalmente a sua missão, retorna ao céu de glória, de onde, juntamente com o seu Pai, envia o seu Espírito, que, de modo sobrenatural, capacita a sua igreja para a tarefa gloriosa da evangelização de todos os povos.

                Em sua ação ministerial, o Espírito Santo tanto concede poder à igreja, a fim de que ela possa realizar a missão de proclamadora do evangelho, quanto opera eficazmente no coração do pecador, conduzindo-o ao arrependimento e à fé salvadora na pessoa de Jesus Cristo. Penso que já é possível estabelecermos os indisfarçáveis vínculos existentes entre a evangelização e a adoração.

                Na condição de irregenerados, os homens estão privados de cumprir a sua mais nobre finalidade existencial: “glorificar a Deus, e glorificá-lo para sempre”. Sendo assim, suas vidas não passam de mutilações ambulantes, “não tendo esperança e sem Deus no mundo”, conforme o realismo lingüístico empregado por Paulo em sua epístola endereçada à comunidade de Éfeso. Para terem o quadro das suas existências modificado, os homens precisam ouvir o evangelho, e somente o farão se forem eficazmente evangelizados. Assim, antes de mergulharmos no coração daquilo que efetivamente pode ser chamado de evangelização, precisamos refletir sobre o que não é evangelização.

                Embora pressuponha diálogo, respeito pelo outro, e afetividade no exercício interacional, evangelização não é um mero compartilhamento fraterno de idéias religiosas mais ou menos equivalentes às que são professadas por aqueles que vão nos ouvir, mas sim a proclamação da única verdade capaz de reconciliar o homem com Deus: Jesus Cristo, sua vida, morte e ressurreição. Evangelização não é o desfilar de promessas infundadas e desonestas para o pecador; um inventário de coisas que Deus nunca disse em sua Palavra que faria: conceder riqueza a todo o mundo, saúde perfeita, ausência completa de sofrimento, dentre outras.

                Evangelização não é um ativismo agressivo voltado para o pragmático aumento do número de membros da minha denominação, os quais serão depois, pomposamente, exibidos nas estatísticas do triunfalismo e do orgulho. Evangelização também não é a multiplicação de discursos subjetivistas, nuclearizados pelos famosos testemunhos do que Deus fez por mim, na maioria das vezes, mirabolantes, sensacionalistas, e inteiramente desprovidos da chancela da Palavra de Deus.

                Evangelização, à luz das Escrituras Sagradas, é a transmissão fiel de todo o conselho de Deus, isso pressupõe, de acordo com o que pontua Mark Dever em seu excelente livro Deliberadamente Igreja, um anúncio claro de quem Deus é e do que faz; quem é o homem, seu pecado e estado de perdição; quem é Jesus Cristo, e a portentosa obra de redenção por Ele consumada na cruz do calvário; e, por fim, um anúncio sobre as duas prementes e inegociáveis exigências que o evangelho faz a todos os homens: que eles se arrependam dos seus pecados, ponham toda a sua confiança na pessoa e na obra de Jesus Cristo, e passem, em seguida, a viver por meio da sua Palavra, e do poder iluminador e santificador do seu Santo Espírito.

                Nenhuma atividade evangelizadora que se pretenda forrada de biblicidade pode prescindir desses pressupostos que recobrem a proclamação da salvação que há em Jesus Cristo. 


Presb. José Mário
Igreja Presbiteriana Central de Campina Grande

A ÚLTIMA PARTE DO TEXTO SERÁ PUBLICADA NA PRÓXIMA SEMANA

segunda-feira, 19 de março de 2012

UMP Indica: 10 Acusações contra a Igreja Moderna

Esse pequeno livro, do Pastor Norte Americano Paul Washer, é a transcrição de uma pregação na qual a igreja é admoestada em relação às coisas que tem acontecido de errado em seu meio. As advertências são feitas através de 10 acusações, como o nome sugere, que nos levam a perceber a luz das escrituras tudo aquilo que tem entrado sorrateiramente nas igrejas cristãs em todo o mundo.

É um livro de uma leitura fácil e atrativa que nos coloca em uma ótica crítica da igreja e nos leva a pensar em como nos prevenir de algumas doutrinas, ensinos e alguns métodos litúrgicos que vão de encontro à palavra de Deus.

E pra quem não tem acesso a este livro, colocamos abaixo os links da pregação que o originou:


Assista, se edifique e se possível adquira o livro, pois esse é um livro que não pode faltar em sua biblioteca.

Walisson Alves
@Walisson_alves

terça-feira, 13 de março de 2012

Evangelização e Adoração - Parte I

A primeira pergunta do Breve Catecismo, um dos mais importantes Símbolos de Fé das igrejas que professam uma confessionalidade de base reformada, é a seguinte: “Qual o fim principal do homem? O fim principal do homem é glorificar a Deus, e gozá-lo para sempre”.

                Eis o propósito maior e indesviável para o qual o homem foi criado à imagem e semelhança de Deus: viver de uma maneira permanentemente agradável ao Senhor, amando-o de todo o seu coração, obedecendo de modo prazeroso todos os seus mandamentos, encontrando, enfim, em seu Criador, a sua completa e suficiente fonte de alegria. Em suma: o homem foi criado para adorar a Deus em todo o seu pensar, sentir e agir.

                Assim sendo e procedendo, o homem seria plenamente feliz, destituído de qualquer modalidade de carência. Isso no plano vertical, num tipo de relacionamento amplamente desimpedido entre e Criador e a criatura. Na outra ponta, no plano horizontal, matizado pelas relações entre as pessoas, a perfeita comunhão entre Deus e o homem desembocaria numa vida comunitária igualmente assentada nos pilares do amor mútuo, da fraternidade recíproca, do carinho mais efetivo, da irmandade mais íntima e indestrutível.

                Contudo, esse jardim de delícias foi um dia manchado pela nódoa terrível do pecado de Adão e de Eva, os quais, depois de darem ouvidos à perversa e diabólica tentação protagonizada pelo terrível adversário das nossas almas, quebraram a ordenança do Senhor, violaram o seu santo pacto, decaíram da graça e, ato contínuo, tornaram-se corrompidos em todas as dimensões constitutivas do seu ser. A esse estado de integral falência moral e espiritual, as Escrituras Sagradas chamam de morte espiritual, depravação radical, desconformidade explícita com a lei de Deus, expressão do seu caráter e da sua perfeita santidade.

                Desse modo, criado para glorificar a Deus com todo o seu ser, desfrutá-lo para sempre, e adorá-lo em espírito e em verdade, o homem, ao pecar, errou o alvo, e ficou destituído da glória e da graça de Deus. Coroa da criação divina, o homem, como conseqüência da cósmica rebelião engendrada contra Deus, foi destronado, destituído da privilegiada condição de mordomo amoroso da terra, ficando, em seguida, subjugado pelo império da abominável idolatria que, daí por diante, passou a conferir régua e compasso ao seu desviante comportamento.

                Na epístola endereçada aos romanos, em seu capítulo introdutório, o apóstolo Paulo discorre sobre algumas das etapas percorridas pelo homem em seu itinerário de gradativo afastamento de Deus. O ponto seminal da argumentação paulina radica nas pressuposições inerentes à revelação natural de Deus, esculpida na admirável e assombrosamente diversificada ordem da criação. Por meio dela, e das impressões digitais de Deus espalhadas em todas as suas vastas latitudes, os homens são todos considerados indesculpáveis, dado que a criação revela os principais atributos de Deus, o seu poder majestoso, o suficiente, enfim, para que os homens reconhecessem o senhorio de Deus, a sua evidente divindade e, desse modo, o adorassem, rendendo-lhe a glória somente a Ele devida.

                Contudo, caminhou noutra direção a resposta dada pelo homem à amorosa revelação de Deus consubstanciada na criação. A corrupção começou na mente do homem, alojou-se no seu coração, infeccionou-lhe vontade, e fez dele uma espécie de contumaz produtor de pecados, sendo uma das suas expressões mais grosseiras a que frutificou no território de uma sexualidade cultivada à revelia do projeto originalmente concebido por Deus; e que tinha, e tem, no par dicotômico e complementar homem vs. mulher a sua expressão mais eloquente.

                Temos procurado demonstrar, ao longo de todo este texto, que, por deliberada e pecaminosa decisão, o homem rejeitou o propósito original para o qual foi criado: “glorificar a Deus, e gozá-lo para sempre”, isto é, desprezou o privilégio de ser um adorador contumaz do seu benfeitor supremo e, em direção contrária, preferiu fazer do pecado a sua cogitação existencial mais acalentadamente perseguida. Que fez Deus, então, diante da ingratidão suprema daquele que se constitui na obra-prima de suas mãos?

A RESPOSTA DESTA PERGUNTA SERÁ DADA SEMANA QUE VEM, NO PRÓXIMO TEXTO DA SÉRIE.

José Mário da Silva
Presbítero da Igreja Central de Campina Grande


segunda-feira, 12 de março de 2012

UMP Indica: Evangelização: Conteúdo, motivação e métodos.


No último fim de semana, dia 10 de Março de 2012, na Igreja Presbiteriana Central de Campina Grande, houve o I Primeiro Simpósio sobre Evangelismo da Federação de UMPs da Borborema, conforme já havíamos indicado aqui em nosso blog. Certamente foi uma noite muito edificante e com bastante conteúdo.

Mas a boa noticia que temo agora é a seguinte: o preletor Presb. Carlos Ximenes, nos enviou todo material usado no simpósio. Então todos os que participaram e desejam ter esse valioso material, assim como quem não esteve presente também, podem ter acesso a este rico material. Trata-se de uma apresentação de Power Point com 60 slides a respeito de evangelismo, recheados de bíblia e com inúmeras citações de autores como Augustus Nicodemus, João Calvino, Hermister Maia, John Piper, Sproul e tantos outros.

Eis um material que não pode faltar no HD daqueles que desejam aprofundar-se no conhecimento das Santas Escrituras, em especial na anunciação do Evangelho.

Veja os Slides, e sigam o Presb. Carlos Ximenes no twitter (@carlosXimenes_)

Caso alguém deseje ter essa apresentação, basta colocar seu e-mail nos comentários que prontamente enviarei.



Rodrigo Ribeiro
@rodrigolgd
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quarta-feira, 7 de março de 2012

Minha Igreja, Minha Vida.


Imagine um pai, que com muita sabedoria, compra uma grande caixa, cheia de brinquedos para seu filho, onde existem jogos que visam o entretenimento da criança, sua diversão, mas também existem brinquedos educativos, que a farão crescer. O recipiente grande e colorido certamente chamará a atenção do menino. Entretanto, sempre que brincar, o garoto deverá guardar todos os brinquedos na caixa, e, além disso, o seu tamanho dificulta o transporte dela, mas se ele a deseja terá que superar essa dificuldade. Para concluir essa metáfora, pense: seria correto essa criança abandonar o brinquedo e seus variados benefícios, só por causa das dificuldades que ele também traria? E seu pai, como se sentiria diante de tal recusa?

Sabe que presente é esse? A IGREJA. Pois é. Deus nos dá um enorme beneficio, ao nos colocar entre pessoas que o amam, para que possamos em conjunto adorá-lo, aprender a servir e amar uns aos outros, exercer nossos dons e crescemos em graça e conhecimento juntos. Não é possível ser cristão em uma ilha deserta. Fazemos parte de um corpo, e nossas funções só ganham sentido nele. Ainda assim, muitos a vem como um fardo. É como a caixa do brinquedo: por diversas vezes pode ser pesada e dar trabalho, mas o pai nos deu com sabedoria, para que cresçamos e também tenhamos alegria Nela.

A respeito desse assunto, Davi afirma: "Quanto aos Santos que há na terra, são ele os notáveis, nos quais tenho todo o meu prazer." (Salmo 16:3), e sobre esse texto, João Calvino comenta: Devemos, pois, valorizar e apreciar de forma sublime os genuínos e devotados servos de Deus, e não considerar nada mais importante que nossa participação em sua sociedade. E isso realmente faremos se sabiamente refletirmos sobre em que consiste a genuína excelência e dignidade, e não permitir que o vão esplendor do mundo e suas pompas ilusões ofusquem nosso olhos.

A comunhão com os santos deve ser valorizada em nosso meio. É um tesouro, é precioso, e não um fardo, uma obrigação. Essa visão equivocada é fruto do pecado, que turva nossa visão. Cada um dos irmãos de sua igreja, são pessoas que Deus escolheu, salvou, redimiu e uniu a você para que juntos demostrem a glória Dele no meio de vocês. Não desperdice essa dádiva do céu, por causa de detalhes ínfimos e insignificantes. Já diz o autor de Hebreus: “não abandonando a nossa congregação, como é costume de alguns, antes admoestando-nos uns aos outros; e tanto mais, quanto vedes que se vai aproximando aquele dia.” (Hebreus 10:25)

Aos meus amigos e irmãos da IV Igreja, só posso agradecer a Deus pela a graça de tê-los sempre comigo. Vocês são mais preciosos do que muita riqueza. Senhor, muito obrigado por estas pessoas únicas e abençoadas. Estes são notáveis e me enchem de prazer. Tem sido assim desde o inicio da minha caminhada cristã e espero que essa união persista até a eternidade.


Rodrigo Ribeiro
@rodrigolgd

sexta-feira, 2 de março de 2012

UMP Entrevista: Derly Lana Cordeiro, sobre o livro de Números


O grupo de leitura anual no Facebook, conclui mais livro, e neste percurso fomos bastante edificados com a leitura e meditação nas escrituras, além dos debates e reflexões no grupo, por isso fizemos mais uma entrevista com o membro Derly Lana Cordeiro a respeito do livro de Números. Leia:

01 - Quais os objetivos gerais que podem ser observados no livro de Números?
Vemos que em primeiro lugar o livro de números seria o censo do IBGE que Deus usou para que o povo Judeu e nos soubéssemos hoje quantos estavam peregrinando no deserto. Neste livro Deus mostra também que na época da lei ou o povo seguia a lei ou a Ira de Deus sobreviria sobre eles, como foi o caso de Coré e dos que o apoiaram (cap 16).

02 - Qual a reflexão mais impactante que você teve durante a leitura deste livro?
Que Deus não dorme, Ele vê todas as coisas e nada pode ir contra Ele, Ele é amor porem é Justiça, e não queira que a Ira do Senhor caia sobre a sua cabeça.


03 - Qual o personagem que mais chamou atenção e por quê?
O sacerdote Eleazar, filho de Arão, que diferente de seus irmãos (Cap 3 vers 4), foi um sacerdote digno diante do Senhor, e o mesmo assumiu o posto de Sumo Sacerdote quando seu pai Arão morreu.

04 - Com base no que foi lido nesse livro, deixe uma mensagem dizendo porque a leitura fez diferença prática em sua vida, e assim incentive outros a lerem também.
Bem se alguém me pergunta: “porque eu leria Números”? Eu te diria primeiro que toda a Bíblia tem que ser lida, segundo lhe diria que através da leitura deste livro Deus nos mostra a sua Soberania, seriedade e seu braço forte, onde nada nem ninguém podem ir contra Deus.

Derly Lana Cordeiro

Entrevista feita por Rodrigo Ribeiro
@rodrigolgd