sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Podemos Achar Respostas Confiáveis Dentro de Nós Mesmos? Com a Palavra John MacArthur

Se devemos olhar para dentro de nós, tentando entender a nós mesmos como uma forma de resolver nossos problemas, estamos numa situação sem esperança. Jeremias 17.9-10 diz: “Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e desesperadamente corrupto; quem o conhecerá? Eu, o Senhor, esquadrinho o coração, eu provo os pensamentos”. A resolução de problemas por meio do auto-exame resulta em respostas enganosas. Quando buscamos dentro de nós mesmos as respostas, conseguimos mentiras.
O pecado em nós se inclina contra Deus. Por causa dele, nosso coração mente a nós sobre o que realmente somos. Ele exalta-nos aos nossos próprios olhos e absolve-nos da responsabilidade pelo pecado. Provérbios 16.2 diz: “Todos os caminhos do homem são puros aos seus olhos, mas o Senhor pesa o espírito.”
[..] Enquanto sentamos e tentamos descobrir o que está dentro de nós, nossos corações nos dizem mentiras. Podemos esperar que um terapeuta descubra as mentiras que lhe dizemos e, depois, nos diga o que devemos fazer com nossos corações enganosos? A quem estamos iludindo? Somente Deus pode testar, avaliar e saber a verdade a respeito do coração de qualquer pessoa.
 
·         Nossa suficiência em Cristo – John MacArthur
 
Laryssa Lobo
https://www.facebook.com/laryslobo

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

A Cosmovisão Romanista dos Evangélicos Brasileiros

Introdução

É inverno na cidade chamada “Evangélicus City”. Inverno pesado, como nunca se viu antes. Dias muito sombrios, em que a neve passa dos joelhos e o vento, de tão gélido, adormece o juízo dos habitantes. As noites estão recheadas de horas intermináveis e que parecem passar duas vezes mais lentamente, intensificando ainda mais a sensação de dor nos ossos por causa do frio!

Na frente das lareiras das casas da “Evangélicus City” os moradores conversam e muitas considerações surgem sobre a situação em que vivem. Dentre elas, algumas se destacam e outras logo são descartadas. A pergunta que gerou essas considerações foi: como podemos ter sucesso diante das limitações climáticas impostas pela região em que “Evangélicus City” está fixada? Pergunta obvia e que trouxe respostas interessantes.

Pela óptica de alguns moradores de “Evangélicus City”, seria buscar, por meio de estudos em fontes confiáveis, o desenvolvimento tecnológico de ponta para oferecer melhor qualidade de vida, melhorando os pontos fortes e corrigindo os fracos na educação, captar recursos financeiros fora da cidade, descobrir recursos naturais, desenvolver o turismo, construir boa infraestrutura e outras tantas iniciativas. Por outro lado, um grupo de moradores propunha uma forma de atrair o sol e ponderavam que era necessário estar mais perto da linha do equador. Outro grupo propunha a feitura de uma grande fornalha, com metragem apocalíptica, a fim de diminuir a quantidade de neve e frio.

Essas duas últimas respostas ou propostas foram as mais aceitas por serem exequíveis. No entanto, a primeira proposta seria inexequível!

O sucesso almejado pelos habitantes de “Evangélicus City” é comovente, expressa um desejo de fazer dar certo e, munidos de boa intenção, batalhavam pela vida bem sucedida numa região inóspita do planeta. Diante dessa ficção ficamos com a clara sensação de estarmos diante dos tão temidos equívocos bem intencionados. A boa intenção nesse período de individualismo ou absolutização do subjetivo gera uma gama de seres humanos ensimesmados e mimados, com erros óbvios de análise, de resposta e praticabilidade. Faltou aos cidadãos de “Evangélicus City”, em sua maioria, uma visão correta, uma análise realista, uma resposta adequada e uma prática sadia por um simples motivo, havia uma amorosa boa intenção, todavia a boa intenção não basta. Faltou-lhes entendimento, referencial correta.

Notando as respostas propostas e as que foram mais aceitas, e tidas como exequíveis, obviamente há um caso de acefalia coletiva. Classificaria tais soluções como desesperadoras e desacreditadoras da raça humana. Parece o absurdo dos absurdos propor atrair mais sol, mais proximidade da linha do equador ou criar uma fornalha gigante em proporções apocalípticas. Ainda mais boquiaberto fico diante da inépcia dos que preferiram essas propostas em detrimento da primeira. Os asnos ficariam envergonhados!

Perguntas que não podem ficar sem resposta.

Por que, então, não contraímos a vergonha congênita dos asnos, que estão corados de vergonha, diante da situação do evangelicalismo brasileiro, que mais parece uma cosmovisão romanista do que bíblico-reformada? 

Onde, portanto, se revela o caminho de cegueira espiritual de grupos religiosos que não têm seguido o Evangelho, ainda que pensem estar? Onde estão as fontes de nossas considerações e ponderações como igreja? Será que não estamos fazendo as mesmas coisas que os cidadãos da “Evangélicus City”?

Algumas considerações se fazem necessárias para propor uma resposta:

1. A grande anciã por papado.

O Papa Francisco I esteve no Brasil e desferiu uma série de pronunciamentos ao povo brasileiro. Ele também deixou, por meio de suas atitudes, vários discursos que propõem claramente uma teologia esquerdista. O que poucos observaram em seus discursos foi a ausência de Bíblia – chegava a ser um silencia ensurdecedor! Ele não abriu a Bíblia e expôs um texto uma única vez! Muito se falou sobre sua humildade, sua abstinência de bens materiais e o quanto se mostrou identificado com o povo brasileiro, inclusive conquistando muitos seguidores evangélicos. No entanto, justamente por causa de nossa cosmovisão ou paixonite romanista, não obversamos que é justamente essa instituição que se levanta contra Cristo há séculos.

O Papa, segundo a teologia católica, é infalível quando defini, de acordo com o seu ministério, a fé e a prática do cristianismo. Nós cremos, há muitos séculos, que somente a Bíblia deveria ser autoridade infalível na igreja e que somente a Bíblia poderia determinar fé e moral aos Cristãos. O sexto parágrafo do capítulo 25 da Confissão de fé de Westminster nos ensina: “Não há outro Cabeça da Igreja senão o Senhor Jesus Cristo. Em sentido algum pode ser o papa de Roma o seu cabeça, senão que ele é aquele anticristo, aquele homem do pecado e filho da perdição que se exalta na Igreja de Cristo e contra tudo o que se chama Deus”.

A autoridade de um ministro só é legítima quando está submissa à Palavra, segundo a genuína doutrina dos apóstolos que tem sido transmitida ao logo dos séculos. Nas igrejas reformadas a Palavra não é de particular interpretação. Em seus pontos cardinais, é elucidada pelos credos e confissões produzidos pela Igreja Cristã ao longo dos séculos. Isso quer dizer que em dois pontos divergimos essencialmente dos papistas: primeiro, não aceitamos a autoridade de um homem sobre todos os cristãos de forma infalível e, segundo, não aceitamos a autoridade de um homem sobre todos os cristãos dando ordenações sobre a fé e a moral dos mesmos.

O evangelicalismo tem produzido bispos, apóstolos, paipostolos, patriarcas, semiarcanjos e pastores que estão extrapolando até mesmo o papado. Esses homens são dominadores de suas igrejas. Eles controlam de forma absoluta, e nem mesmo os papas mais terríveis da história, puderam alcançar tal poder. Obversando o texto da Confissão, a conclusão é clara: esses tais pastores, bispos ou patriarcas, os nossos Papas, usurpam pela exaltação de si mesmo e pela substituição de Cristo por eles, o lugar de Jesus Cristo na igreja - isto é, eles também têm o espírito do anticristo (1Jo 2: 18 e 22). E como se não bastasse, massas inteiras de frequentadores de igreja, seguem, sem notar ou se incomodar, tais líderes. O pior não é isso, o pior é que o fazem em detrimento de Jesus Cristo!

2. O culto idolatra.

O segundo mandamento tem sido esquecido por muitas igrejas no Brasil. Jesus, Deus ou o Espírito Santo estão sendo tocados, cheirados, mentalizados e ensinados por meio de uma imagem criada pela nossa imaginação – seja materializada ou simplesmente imaginada. A pergunta 109 do Catecismo Maior de Westminster nos ensina: “Quais são os pecados proibidos no segundo mandamento? Os pecados proibidos no segundo mandamento são - o estabelecer, aconselhar, mandar, usar e aprovar de qualquer maneira qualquer culto religioso não instituído por Deus; o fazer qualquer imagem de Deus, de todas e qualquer das três pessoas, quer interiormente no espírito, quer exteriormente em qualquer forma de imagem ou semelhança de criatura alguma; toda a adoração dela, ou de Deus nela ou por meio dela; o fazer qualquer imagem de deuses imaginários e todo o culto ou serviço a eles pertencentes; todas as invenções supersticiosas, corrompendo oculto de Deus, acrescentando ou tirando dele, quer sejam inventadas e adotadas por nós, quer recebidas por tradição de outros, embora sob o título de antiguidade, de costume, de devoção, de boa intenção, ou por qualquer outro pretexto; a simonia, o sacrilégio; toda a negligência, desprezo, impedimento e oposição ao culto e ordenanças que Deus instituiu.”

Fica cada vez mais difícil participar de um culto onde se adore a Deus, mediado por Jesus Cristo, ensinado pelo Espírito Santo, pela fé. Estamos sendo ensinados pelas músicas e pregações a tocar, sentir, cheirar, existencializar, experimentar ou provar. E mais um ingrediente que se soma a isso, pois em nossas músicas litúrgicas, Deus não tem sido mencionado fora de nossas experiências. Normalmente, fala-se de Deus quando Ele nos toca, nos molda e nos fortalece a prosperar! Raramente cantamos os atributos de Deus. Atipicamente cantamos o que Deus fez pela coletividade. Tem estado fora de questão cantar na primeira pessoa do plural. Os cultos públicos são cada vez mais expressões de uma invencionice humana, escrava do novo ou do tradicionalismo e cheios de coisas atrativas aos homens. Os lugares de culto pelo Brasil estão cada vez mais cheios de pessoas que não sabem o que fazer diante de Deus e usam suas boas e sinceras intenções para adorar a Deus; o pior é que isso não basta!

A verdade é que cultuamos numa situação, hoje, bem pior do que a dos católicos romanos! Eles cantam a Deus, a Jesus, ao Espírito Santo e à Maria e outros santos. Nesses cânticos, normalmente, se fala do que é elogiável nesses personagens. Eles estão adorando o que está fora deles. Os chamados evangélicos no Brasil têm adorado a si mesmos de forma descarada, sem vergonha alguma, sem pudor e discernimento.

3. A esperança.

Esse é um diferencial do Evangelho de Jesus Cristo. Há vivida confiança na esperança de vida eterna (At 24: 14-15; Rm 5: 5; 8: 24-25; 1Co 15: 19). Hoje, quando fazemos uma pesquisa entre os evangélicos no Brasil, descobrimos que a maioria não sabe se será realmente salvo da condenação eterna ou não sabe o porquê será salvo da infernal condição de condenado (Hb 10: 23).

Ora, a teologia católica é justamente essa. Para eles ninguém pode dizer convictamente que será salvo da condenação eterna. E os evangélicos têm crido similarmente e tem exposto isso de quatro formas: 1. Crendo e ensinando sobre o Evangelho de forma muito deficiente ou errada. 2. Vivendo de forma indigna o Evangelho e por isso leviana; e mesmo assim se publicando conhecedor do Evangelho. 3. Se declarando não convicto da esperança de vida eterna. 4. Dizendo que está em busca dessa convicção por meio das obras da lei evangélica no Brasil.

Quando ligamos nossas TV’s e rádios logo observamos que o Evangelho Bíblico não tem sido pregado! Há raras exceções! Bastava ouvir uma única exposição das Escrituras e depois comparar com o conteúdo e forma de apresentação das demais para chegarmos a essa conclusão. Esses tais pastores, cantores, cantoras e pastoras estão se comportando como falsos profetas, mestres e guias. O que mais chama atenção é ver que, em detrimento da verdade, o ibope dessas pessoas no meio evangélico é altíssimo! Desfrutam de grande fama! O conteúdo do que ensinam, de longe passa pelas Escrituras e mesmo assim são ovacionados pela nossa inclinação papista, idolatra e, por fim, desapegada da verdade!

E é aqui que está a razão das duas outras observações feitas acima. Ora, como esse povo poderá reconhecer verdadeiros pregadores, pastores, presbíteros ou diáconos se eles não conhecem o Evangelho? Ora, será que foram convertidos?  Como conhecerão o Evangelho e se converterão dos seus maus caminhos, se a eles não foi pregada a Palavra de Cristo (Rm 10: 13-17)? Sabemos que essas coisas que se discernem espiritualmente (1Co 1: 18; 2: 14; 2Co 4: 3-6), não conhecidas e cridas pela força ou engenhosidade humana. É o Espírito com a Palavra que convence o homem! A doutrina, assim, de nosso Senhor Jesus Cristo, precisa ser pregada para que exista fé verdadeira e havendo fé verdadeira se conhecerá e se prestará culto verdadeiro. Para se prestar culto verdadeiro é necessário, indispensável, essencial que se conheça o Evangelho, pois sem ser salvo não se pode prestar culto aceitável a Deus.

O que tem a esperança de herdar a vida eterna não se deixará levar por muito tempo por essas coisas que têm constituído as pregações, os ensinos e sido instrumento de motivação, crescimento e conformação de muitas igrejas.

 As respostas

Parece que vivemos um dos momentos mais frios espiritualmente de nossa história como Igreja Neotestamentária. Ainda que se propale que este é o momento de maior avivamento da história e ele acontece aqui no Brasil, os sinais, no entanto, depõem no sentido oposto se interpretados pela óptica das Escrituras. 

Normalmente, muitos falam mal da Idade Média e em muitos casos sem discernimento, pois a nossa geração está numa condição muito pior. Vejamos se não: no final da Idade Média foi criado o dogma da indulgência e com ele se oferecia a oportunidade de abrandamento ou até mesmo a total exclusão de qualquer castigo intermediário entre o céu e o inferno – o purgatório. Trocando em miúdos, isso quer dizer que as pessoas compravam perdão e assim a possibilidade de estar com Deus. Essa pregação certamente não faria sucesso em nossos dias e entendo que não seria pelo motivo que temos em mente. A pregação que tem funcionado é aquela que ensina os crentes a determinar bênçãos para as situações do agora e não a respeito de coisas do por vir. Esse tipo de pregação tem feito um sucesso que até os mais carrascos inquisidores e vendedores de indulgências se sentiriam envergonhados.

Logo, é evidente por meio deste único e simples exemplo que não vivemos um avivamento. O evangelho ensinado e que está em voga ou desfrutando de muita aceitação não é o Evangelho! Essencialmente a negação do Evangelho na Idade Média e a rejeição ao Evangelho de Jesus Cristo hoje é a mesma, mesmíssima! Todavia, há diferenças que assombram, pois, mais do que nunca, estamos a observar a desenfreada opção por coisas ainda mais descaradamente ímpias e infernais. Mais do que em outros momentos, desfrutamos do infortúnio de presenciar multidões “evangélicas” optando pela opção de negar o Evangelho – a verdadeira forma de prosperar enquanto pessoa e também na condição de grupo.

Os nossos antepassados ouviram dos apóstolos, os mesmos transmitiram a homens fieis e esses homens com muito esforço e sangue passaram às gerações a sã doutrina. Hoje uma geração inteira se julga mais bíblica, mais sábia, mais justa e mais humilde do que as anteriores e estão propõe reinventar a roda. Pregam como novidade e ensinam como vanguarda, contudo, não passa de heresia velha sob título novo e linguagem desconstrucionista.

Sim, sim, invariavelmente sim. Infelizmente sim, é isso mesmo! Nós estamos fazendo a escolha absurda, estúpida, desqualificadora, abestalhadora, emburrecedora ou amalucada mesmo, pela solução ou pelo caminho que nos leva a ruína. Se depender dos caminhos que temos trilhado enquanto igreja evangélica brasileira, fatalmente pereceremos.

Entendo que a Igreja de Jesus Cristo jamais acabará, perecerá, será estúpida a esse ponto de escolher o autoenforcamento. No entanto, igrejas locais, que durante gerações, até, clamaram genuinamente pelo nome do Senhor podem definitivamente colher o que plantaram e assim serem rejeitadas pelo Senhor Jesus. É certo que se o Cabeça da Igreja sempre terá um povo que chamará pelo seu precioso nome. É certo também que o Cabeça da Igreja não precisa de qualquer porção de seres humanos para que sua obra continue a alcançar povos, nações, etnias e línguas de sobre a face da terra. Aos eleitos, dentre todos os povos, Deus suscitará herança.

Portanto, assim como as igrejas do passado, que presentemente não existem mais, tal como a igreja de Eféso, na Ásia Menor, plantada pelo apóstolo Paulo no primeiro século da era cristã, pastoreada por ele por mais de dois anos, que posteriormente foi pastoreada por Timóteo, que recebeu três cartas do apóstolo Paulo (Efésios, 1Timóteo e 2Timóteo), que entre os seus presbíteros pode-se contar com a presença do apóstolo João e que depois, por fim, recebeu uma carta do Senhor dos candeeiros dizendo que os membros daquela igreja deveriam voltar ao primeiro amor, pois se não fosse assim removeria o candeeiro, ou seja, a igreja deixaria de existe ali (Ap 2: 5), hoje as igrejas locais, de uma região ou até mesmo de um país podem degringolar na fé e finalmente fechar as suas portas – abraçando outra fé. A região da Turquia é principalmente mulçumana hoje em dia, no passado era principalmente cristã.

Conclusão

A boa intencionada busca pelo crescimento, sucesso e proclamação das atividades da igreja ao mundo tem proporcionado um emaranhado de confusões. A igreja passou a existir por causa de Cristo e em Cristo ela deve viver. Sua diretriz deve ser buscada em Cristo e não se pode almejar tal direção a partir de mentes e corações comprometidos e apaixonados por coisas não bíblicas ou que não partem de pressupostos bíblicos.

Precisamos de um retorno às Escrituras, à oração, ao arrependimento, ao compromisso com a Igreja de Jesus Cristo e com o próprio Cristo Jesus da Igreja. As igrejas locais estão revelando uma cosmovisão romanista quando estão planejando, almejando, “sonhando com o futuro da igreja”, propondo soluções aos problemas e na prática revelando o que creem. A começar pelas nossas crenças, se estendendo em nossos métodos e findando em nossas práticas, temos ultrapassado o catolicismo romano medieval em muitos pontos.

Isso se deve em primeiro lugar à nossa paixão em comum pela autonomia, depois à nossa abstinência de doutrina bíblica, à nossa escassez de compromisso com a oração, ao ardoroso comprometimento com os enfadonhos cultos tradicionalistas ou devoção aos cultos cheios de invencionismo que mascara, assim como o tradicionalismo, a nossa impiedade, a nossa permeabilidade a santidade, a nossa estúpida teimosia em insistir querendo viver por nós mesmo, por nossos motivos. Voltemos ao Evangelho!

Três conselhos fundamentais e que certamente nos ajudam a “espantar” a cosmovisão romanista que assola o evangelicalismo brasileiro:

1.      Precisamos conhecer mais o Senhor Deus Eterno. Conhecê-lo em Seu Filho e guiados pelo Espírito Santo. O Espírito conduz a Cristo pela Palavra. Cristo conduz a Deus e o Pai testifica do Filho. Precisamos os conhecer.

2.      Precisamos conhecer a nós mesmos. E é na medida em que conhecemos a Deus, que nos conhecemos de verdade, de fato, de direito, apropriadamente – redentivamente. Quando conhecemos a nós mesmo, passamos também a perceber ainda mais a grande diferença entre nós e Deus, proporcionando, assim, mais conhecimento de Deus, que promove ainda mais conhecimento de nós mesmo. É um ciclo retroalimentado pela justiça de Cristo.

3.      Precisamos conhecer a Palavra, participar dos sacramentos corretamente, endossar com santo temor a disciplina eclesiástica e nos dedicar a oração. Viver como Igreja de Jesus Cristo e não como igreja local. Viver como igreja local só é legítima quando se é Igreja de Jesus Cristo. O culto precisa voltar a ser Cristocêntrico! Precisa voltar a ser Teocêntrico! Precisa voltar a ser Espiritocêntrico! Como eles nos ensinaram.

Deus nos abençoe com entendimento e discernimento. Lembrando sempre: O princípio da sabedoria é o temor ao Senhor.

Abraço fraterno,

Rev. Renan de Oliveira

Música Viciada e Mantra Traduzido: É Isso que Chamam de Boa Música Cristã?

Faz tempo que não ouço a música denominada Gospel. Muito embora o meu repertório seja bastante eclético, passeando do Tango ao Reggae, do Samba ao Jazz, confesso que quando o assunto é música cristã (ou para muitos, Música Gospel) eu continuo a me deleitar dos mesmos discos de antigamente, com exceção de algumas novidades que por meio de pesquisa acabo descobrindo.

Como ainda trabalho na área musical na comunidade em que congrego, e esporadicamente tenho visitado algumas igrejas no Estado em que vivo, percebo o quanto os repertórios musicais são praticamente iguais quando se chega ao tal momento de louvor.

Ultimamente visitei várias igrejas, dentre elas batistas, presbiterianas, pentecostais, congregacionais e assisti até cultos “On Line” em tempo real, de igrejas neopentecostais. Com raras exceções de momentos específicos onde se cantava uma canção do “Hinário antigo” o restante da parte musical foi bastante recheada daquelas canções que tem o incrível poder de: ou encharcar o irmão da fumaça e o levá-lo ao “Santo dos Santos” em delírios, embora pessoais, mas esquisitos; ou perfurar a mente alheia com notas musicais que se repetem eternamente a ponto de a letra cantada ser o que menos chama atenção diante do tamanho incômodo – mantra melódico “apelacional”.

Para um leigo musical, tudo bem. Ele pode até adorar ao ouvir aquele mantra, e pode até compreender o conteúdo da canção, caso esta não objetive apenas tirar o pé do chão. Mas, pra quem não pretende viver na mediocridade, e que há anos vem acompanhando esta ‘involução’ musical midiática, não é tão simples ver tamanha pobreza musical e achar tudo normal.

Nas minhas impressões, suposições, ou coisa do tipo, imagino que alguns grupos musicais, após levarem puxões de orelhas de suas lideranças quanto ao conteúdo teológico das canções, têm sido mais prudentes em relação a este item. Mas, venhamos e convenhamos, ainda acho que apenas observar a qualidade do conteúdo não quer dizer que a coisa está resolvida.

Os grandes estudiosos da música elencam que é necessário que haja uma relação equilibrada entre forma e conteúdo – como por exemplo, cantar uma letra que fala de alegria numa base harmônica tensa, com ritmo down deixa a coisa contraditória não é? Veja aonde quero chegar: a forma em muitos casos tem suprimido o conteúdo, acredite! Sabe aquela história que, de ‘tanto ouvir ruído do ventilador, nem o percebi enquanto lia um livro’, ou ‘de tanto gritarem ininterruptamente nem entendi o que diziam’? – João Alexandre chamou isso que tentei discorrer de “Meras Repetições”.

Talvez você discorde de tudo que escrevi, ou a trate como irrelevante, tudo bem, esse é um direito seu, já que tratamos com um pouco de subjetividade, no entanto, enquanto músico, micro-pesquisador, e com sinceras motivações para a área musical e artística cristãs, sonho ainda que os nossos ajuntamentos comunitários sejam repletos de autenticidade, simplicidade e criatividade – com equilibrio entre forma e conteúdo.

Diante deste tema, o que tenho notado é um certo despercebimento da Verdade cantada em virtude desta estar atrelada a uma relação pobre (quando viciada) entre forma e conteúdo. Diretamente ligado a esta problemática, diagnosticamos como uma das causas, a “febre” das canções traduzidas (de preferências originadas do grupo Hillsong – que não tenho nada contra) e “estouradas” nos repertórios das estrelas do Gospel.

Traduzindo, o que discorri em termos mais práticos vejamos abaixo:

- Faça o seguinte, pegue aquela sequencia de quatro acordes: D | A | Bm | G | + um “Loop melódico” (de preferência do Hillsong) + letra traduzida e com repetição de poucas palavras no refrão + Compasso 4/4 + metrônomo 70 + Ritmo de Balada + Voz genérica + frases introdutórias sobre qualquer besteirol + uma guitarra rotativa com 123 repetições de notas agudas e…Booommm.

Olha só, esta forma tem feito mais gente chorar e se arrepiar do que as verdades eternas de Deus lidas e pregadas. Numa outra direção, esta forma também tem desacostumado a igreja local a se relacionar com outras concepções musicais.

Meu discurso não é segmentador. Não tenho nada contra uma canção que contenha os elementos citados acima, mas tenho tudo contra o vício da forma. Ou não foi o que ocorreu quando surgiram milhares de “Anas Valadetes” ministrando louvores nos domingos a noite pelo Brasil? Não tem como discordar que o encantamento pela forma, modelo (na maioria das vezes assediada pela mídia), muitas vezes arranca de nossa comunidades a autenticidade e liberdade musical e artística.

Não quero ser generalizador. Mas, diante dos desencontros que mencionei entre forma e conteúdo, da mediocridade musical e do vício da forma, somos nós que temos o dever de tentar mudar, pelo menos a nível local esta situação.

Líderes de igrejas:

- Estimulem seus músicos a estudarem música

- Sugiram repertórios ecléticos que abarquem toda uma diversidade de estilos e ritmos

- Ensinem sobre o as utilidades da música no culto: contrição, exaltação, comunhão, celebração, descrição, etc.

- Apresentem um panorama da música cristã brasileira

- “Des-viciem” a ideia da Gospel midiático

- Digam sobre a importância da consciência teológica na canção cristã

- “Des-levitem” o efetivo de músico e esclareçam o que de fato significa adorador

- Conscientizem para se faça arte com excelência

São algumas breves  sugestões que faço, com amor e temor.

Antognoni Misael
Publicado Originalmente em: http://www.artedechocar.com/2013/08/musica-viciada-mantra-raduzido-e-isso-que-chamam-de-boa-musica-crista/#comment-3750

Intercâmbio feito por Rodrigo Ribeiro

terça-feira, 27 de agosto de 2013

Livres de que?

“Ora, o Senhor é o Espírito; e onde está o Espírito do Senhor aí há liberdade”
II Coríntios 3.17

Em primeiro momento entendesse que a liberdade falada seria de atuação do Espírito Santo na humanidade, a total intervenção de Deus na criação. Uma afirmação de liberdade tem seus perigos, sabemos que Deus tudo pode, e é o único que pode intervir de maneira total, o que não pode fazer é de qual quer jeito, de uma forma que fira sua própria palavra que nos foi relevada.

A liberdade que o Espírito Santo nos proporciona por intermédio do sacrifício de Cristo é algo grandioso em nossas vidas, mas alguns homens têm usado dessas afirmações usando somente versículos isolados e assim transformando aquilo que é verdadeiro em sua totalidade, em argumentos errôneos sobre essa liberdade. Liberdade de fazer o que por si só achar Lícito.  Levando assim muitos ao falso entendimento da liberdade que as escrituras nos confirmam e espírito nos testifica.

1.0 As escrituras e o seu poder libertador.

A palavra de Deus tem um poder libertador. O maior problema dessa afirmação é o seu significado ignorado e desagradável ao homem, quando analisamos a condição de escravidão vivida pelo homem depois da queda. As escrituras nos afirmam que Adão e Eva foram vendidos ao pecado, escravos do pecado, e todo o homem vive ou viveu nesta condição. Viver no pecado dá ao homem uma perspectiva de liberdade, pois não há lei a ser seguido, o homem é cego em suas atitudes e feliz, pois o pecado é prazeroso, mas essa felicidade e prazer têm seus prazos de validade, porque nunca é completa, a busca insaciável por satisfação e alegria nunca acabará, pois nunca é plena mais sim parcial, por isso a afirmação “Escravos do Pecado”, pois não controlam seus desejos de satisfação pessoal.  A liberdade descrita no Novo testamento não depende do homem, mas sim do sacrifício de cristo no calvário (Jo 8.36; Gl 2.4; 5.1) que nos concedeu o seu Espírito. A tentativa humana de alcançar essa liberdade com seus próprios méritos tende-se a ser frustrada, a liberdade que vem de cristo é através do reconhecimento Dele como Senhor e Salvador de nossas vidas. (Jo 8.32/Jo 14.6). Esse conhecimento já é uma revelação da graça de Deus, sem a obra do Pai e do Espírito nós jamais o reconheceríamos como nosso Salvador (Mt 11.27; 16.16-17; Co 12.3).


2.0 Somos livres de que?

2.1 Do pecado.

Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus; Sendo justificados gratuitamente pela sua graça, pela redenção que há em Cristo Jesus. Romanos 3:23-24

Essa é a real situação do homem, o pecado nos fez seus escravos totalmente sobre seu domínio (Rm 6.14), fazendo-nos cativos como prisioneiros de guerra, habitando em nós. (Rm 7.17,20). Dando uma maior ênfase ao domínio do pecado sobre nós, antes do novo nascimento, Paulo escreve: “... sou carnal, vendido à escravidão do pecado” (Rm 7.14). A expressão “Vendida ao pecado” nos afirma que estamos sobre o domínio de um senhor onde somos submissos.  O homem entregue dessa forma não é mais livre que um animal sobre o julgo do seu dono (senhor) onde cabe a ele decidir o que se deve fazer Prendê-lo, vendê-lo ou matá-lo. Essa é a real situação do homem no pecado sem domínio algum sobre o certo ou errado, pois ainda não há lei atuante em sua vida e não houve a libertação por Cristo. “Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus nosso Senhor. (Rm 6:23)”.

Mas a graça de Deus nos libertou definitivamente do poder do pecado, (Mt 1.21; Jo 8.32-34; Rm 6.6, 17-18, 20; 8.2), do domínio moral e espiritual deste mundo, agora no novo nascimento o Espírito do Pai e do Filho. No entanto o pecado continuará em toda nossa jornada cristã para santificação total, ou seja, até a segunda volta de cristo. O pecado cairá sobre influência em nossas vidas, qual quer conceito de perfeccionismo espiritual que declare que o novo homem não peque é uma afirmação que não é bíblica. A palavra nos ensina que apesar do novo nascimento ainda continuamos pecado, a grande diferença é que não sentimos mais prazer nos atos pecaminoso que é bem diferente no antigo homem, antes o pecado tinha o total domínio e influência, mas hoje ele não reina mais. Isso indica  também a necessária mudança para novos hábitos pela pratica da verdade e do amor. Vale enfatizar que ainda com toda essa mudança continuaremos sendo pecadores até o fim dessa condição carnal em que vivemos. “Não há homem Justo sobre a terra, que faça o bem e que não peque” (Ec 7.20).

OBS: Porque vós, irmãos, fostes chamados à liberdade. Não useis então da liberdade para dar ocasião à carne, mas servi-vos uns aos outros pelo amor. (Gálatas 5:13)

Com tudo visto não necessitamos de algo paralelo em nossa vida cristã, nossas necessidades são supridas pelo Cristo Jesus. Não podemos usar dessa liberdade de outra forma que não seja para glorificar o nome de Deus.
2.2 Somos livres da morte espiritual eterna e do poder de Satanás.

Deus nos deu a vida (Ef 2.1,5), restaurando nossa comunhão com ele, livrando-nos da sua ira, A ira de Deus é a manifestação da sua justiça. Deus no salvou da condenação eterna e nos trouxe para a vida e assim desfrutar da sua gloria eternamente. Somos libertos definitivamente do poder de Satanás, Cristo o derrotou e agora ele não tem mais domínio sobre nós (Cl 1.13/2.15; Hb 2.14-15; 1Jo 3.7-8).

2.3 Somos livres do “Mundo”.

Cristo morreu e ressuscitou para nos libertar definitivamente desse mundo ambicioso e perverso, ou seja, valores desse mundo de uma ética egoísta e terrena. O contexto de “mundo” significa as transformações pelas quais o nosso tempo passa, conduzindo-o a degradação constante e valores transitórios de uma sociedade corrompida. Pertencer ao mundo significa está totalmente afastado de Deus, andar em caminho contrario a sua lei e não dar mérito algum ao verdadeiro significado do sacrifício de Cristo. E deixando ser governados por valores e perspectiva de vida mundana. A libertação do mundo em Cristo não é para uma atuação futura, mas ela se inicia em vida, somos salvos para viver livres dos valores do mundo até a consumação da nossa total liberdade na eternidade. Jesus veio para nos libertar definitivamente, Ele mesmo nos mostra isso em sua palavra dizendo: “Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres” (Jo 8.36/Mt 20.28). Essa libertação engloba a libertação do domínio da vontade satânica sobre a nossa vida. Satanás tem sua vontade na vida do homem, o homem sem Cristo naturalmente faz a sua vontade, já que o pecado o tornou eticamente filho do diabo (Jo 8.44).

2.4 Livres da superstição e da Maldição.

Nesta libertação do pecado, a Escritura nos mostra que fomos salvos da superstição, outrora não conhecíamos a Deus, servimos a deus que, por natureza não são. Éramos entregues crendices mundanas, baseando-se naquilo que nos fazia se sentir bem e em harmonia com esse deus.  O Homem inseguro do que o espera no futuro é mestre em criar deuses em sua imagem e semelhança que confortem em uma falsa segurança.  Deus nos resgatou da maldição da sua lei, a lei de Deus é boa e foi nos dada para o nosso bem, ele se tornou maldição pra nós em razão de termos pecado. A quebra da lei por meio do pecado fez que nós merecêssemos o justo castigo, a morte espiritual eterna.  Sem a lei fica com uma impressão que temos a vida correta e satisfatória, com isso em mãos não percebemos que precisamos da Salvação.

OBS: Analisando o que já foi apresentado, a palavra nos revela o cuidado e o amor que Deus tem sobre os seus eleitos, nos mostrou alguns dos livramentos que o Espírito do Pai e do Filho tem nos proporcionado de forma gratuita. Na nossa caminha cristã sabemos e temos convicção que fomos libertos de algo, alguns afirmam que pecado, do inferno e outras demais coisas e situações. O tratado de Deus vai muito alem dos prontos apresentados e nos faz refletir sobre tal liberdade.

Gostaria de encerrar citando um trecho da musica de John Newton.

Amazing Grace(Graça Maravilhosa)


“Graça Maravilhosa, quão doce o som
Que salvou um infeliz como eu
Eu estava perdido, mas agora fui encontrado”

Estava cego, mas agora eu vejo”

Fabio Araújo

Este texto foi baseado na aula nº 5 da revista Palavra Viva – O Espírito Santo, publicada em 2013 pela Editora Cultura Cristã.


segunda-feira, 26 de agosto de 2013

UMP INDICA: Bona Vide

No árido cenário de nossa música cristã contemporânea é imperativo espalhar as boas novidades que tem potencial para arejar o nosso ambiente, climatizando nossas vidas com boa arte e muita graça. É neste sentido que indico o projeto "Bona Vide", uma expressão em latim que significa “boa visão”, assim como “vide” também remete a videira, portanto, Bona Vide quer dizer, “Bons Frutos”.

O grupo é formado por amados irmãos aqui da Paraíba, e é composto por alguns amigos da Igreja Presbiteriana de Guarabira, dentre eles o blogueiro mais chocante da internet, Antognoni Misael. 

Na internet é possível encontrar vários vídeos de sua primeira apresentação, onde podemos claramente identificar a tônica inicial do trabalho: repaginar os clássicos da música cristã, agregando arranjos bem elaborados à canções de conteúdo bíblico e atemporal. Temos a promessa de composições próprias em um futuro próximo, mas enquanto estas não chegam, certamente é possível apreciar o material que já está disponibilizado na rede.

Nosso desejo é que a brisa de agora transforme-se em um furação de bons ventos, originados no trono da graça e com o sublime objetivo de glorificar o Salvador de nossas almas. Que este projeto ainda produza bons frutos.


Assista alguns dos vídeos disponibilizados:


Contatos:
E mail: bonavide@hotmail.com
Fones: (83) 8745 7031 [oi] , (83) 88859452[oi] e (83) 9918 7400 [tim]

Rodrigo Ribeiro

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Existe Distinção entre Pregar para o Crente e Pregar para o Perdido? Com a Palavra, Stuart Olyott.

No Novo Testamento, não temos uma palavra que signifique pregar para o perdido e outra que signifique pregar para o salvo. Temos que nos livrar da ideia de que existe dois tipos de pregação: uma que é adequada ao não convertido e outra que é conveniente para o convertido. De agora em diante temos de rejeitar o pensamento de que pregar para o perdido e pregar para o salvo são dois fenômenos distintos. Não devemos estabelecer uma divisão entre um tipo e outro de pregação. Toda pregação é uma proclamação da salvação (no pleno sentido desse termo) a homens e mulheres, rapazes e moças. É verdade que a audiência pode ser constituída de pessoas muito diferentes. É verdade que os não-convertidos e os convertidos não têm as mesmas necessidades. Portanto, é verdade que a maneira como a Bíblia é aplicada pode variar consideravelmente. Mas não é verdade que a pregação ministrada aos não convertidos possui uma natureza diferente da pregação apresentada aos convertidos. A ideia de que há dois tipos distintos de pregação (e de que algumas pessoas são boas para um tipo de pregação; e que outras pessoas são boas para outro tipo de pregação) está impedindo as pessoas de todos os lugares a entenderem o que é a verdadeira pregação.


OLYOTT, Stuart. In: Pregação pura e simples. Traduzido por Francisco Wellington Ferreira. São José dos Campos, SP: Fiel, 2010. 18 p. 

Ericon Fabio
Facebook: https://www.facebook.com/ericon.fabio

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

A Última “Autoajuda”

Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme as suas próprias concupiscências;

Pois é, esse tempo citado em 2 Timóteo 4:3 chegou. E não é de hoje que cristãos tem dado ouvidos ao entendimento corrompido humano e se deixado levar por esses famosos “passos para a felicidade”; dez fórmulas para o sucesso, vinte e cinco passos para a riqueza, cinquenta e duas maneiras de dizer não, duzentos e setenta e cinco regras para..., um milhão, quinhentos e trinta e sete formas de... e por aí vai... pessoas até bem certas de sua fé, mas que não estão se dando conta de que não tem atentado para a mesma.

Mas qual o problema que há nisso? Será que essas buscas interferem na minha vida cristã? Existe algum problema em buscar soluções em livros de autoajuda? Deus não falaria comigo através dessas mensagens? Será que eu não conseguiria melhorar a autoestima, confiando mais em mim e conquistando um futuro brilhante? Não é a vontade do Pai que eu acredite na minha capacidade e obtenha crescimento?

Confia no Senhor de todo o teu coração, e não te estribes no teu próprio entendimento.
Provérbios 3:5

Acho que poderíamos parar por aqui e o entendimento seria claro, o versículo acima faz a gente baixar a cabeça e refletir um pouco sozinho, não é verdade?! Mas tentarei destrinchar um pouco mais a respeito do mal que há na autoajuda.

Autoajuda = Prática baseada na utilização de seus próprios meios intelectuais para obter seus objetivos, metas ou solucionar problemas de cunho emocional, pessoal ou psicológico.

Entenda, a busca dessa autoajuda é uma forma de adquirir confiança, acreditar que você pode, acreditar na sua capacidade de conquistar seus objetivos e extrair o máximo de você em prol de você mesmo, certo?! E pra muitos, até aí não há problema nenhum, mas o problema está exatamente em não enxergar o problema que há aí.

Nós cristãos sabemos da nossa total dependência do nosso Deus, sabemos que um fio do nosso cabelo não cai se não for Sua permissão  e sabemos que Ele nos conduz os passos acima de nossos planos. Por que raios querer confiar na nossa capacidade?

O coração do homem propõe o seu caminho; mas o Senhor lhe dirige os passos.
Provérbios 16:9
Geralmente a autoajuda é buscada quando se tem medo de errar, quando se quer acreditar que dentro de você existe uma capacidade que você não encontrou ainda, mas o  mal que isso traz é fazer você ter essa autoconfiança e querer tomar as rédias da sua vida, é fazer você achar que consegue se virar sozinho, agir com suas próprias pernas e você sabe que não é assim.

O receio do homem lhe arma laços; mas o que confia no Senhor está seguro. Provérbios 29:25
Então é isso: Entenda que Deus é quem tem a direção certa pra sua vida, o mento certo e da forma certa também, coloque seus planos e sonhos diante de Deus em oração, não tome atitudes pra definir seu futuro sem a orientação do Pai

Aí vai sua última “autoajuda”:

Um passo para a solução de todos os seus problemas:

CONFIE! CONFIE SIM! MAS EM DEUS, NÃO NA SUA CAPACIDADE.

Entrega o teu caminho ao Senhor; confia nele, e ele tudo fará.Salmos 37:5

Deus o abençoe!

Karlla Chiristina
Facebook: https://www.facebook.com/karlla.christina.75

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

UMP INDICA: XXVI Aniversário da UMP IPMS

Este semana teremos uma indicação extraordinária em virtude do aniversário da UMP da Igreja Presbiteriana do Monte Santo. O preletor será o capelão do Seminário Presbiteriano do Norte, o Rev. Victor Ximenes.
Será uma programação imperdível e a UMP da Quarta não somente recomenda como também se fará presente se assim for a vontade de nosso Deus.

Nos vemos lá!

Rodrigo Ribeiro

De Spurgeon para Rob Bell

Cada geração de bom grado costuma querer forjar ser próprio “evangelho”, e a geração presente não tem estado atrás nesse desejo mórbido. Muitos estão prontos para se ligar a líderes neste projeto presunçoso. Alguns teólogos, pastores... alcançam a eminência minando o evangelho que eles fingem defender, e forjam novas teorias sobre as bigornas de sua própria fantasia.

Homens que nunca teriam sido conhecidos se tivessem agido honestamente, ganharam notoriedade barata vendendo heresia enquanto fingiam vestir a roupa e comer o pão da ortodoxia. A forma mais elegante deste mal agora é a produção de novidades no que diz respeito ao futuro e a punição dos ímpios. Falsos profetas profetizam coisas agradáveis e falam de uma esperança “maior” do que a descrita por Deu, ou seja, de que os homens possam viver muitos como eles gostam segundo suas mentes caídas e corações irregenerados, e de que de uma forma ou de outra, o “amor” operará sobre o destino, e os justos e os ímpios estarão em pé de igualdade no Dia do Juízo. O “amor” tem sido a palavra mais usada no propagação de heresias.  Esta é a velha doutrina da mentira com a qual o pecador abençoa-se em seu coração, dizendo: “Terei paz, ainda que ande na teimosia do meu coração.” É óbvio que doutrinas como essas encontraram aconchego nos corações mundanos e irregenerados. Um líder não poderia enveredar-se por caminhos mais diabólicos do que esse.

O castigo sobre o pecado foi algo do qual o homem duvidou desde o início em sua loucura. Essa heresia – de o amor fingiria não ver a desobediência, esteve presente no Jardim do Éden. Mas o que aconteceu? Deus não cumpriu sua ameaça? O chefe, que inspira a todos os líderes que flertam com o universalismo disse a muito tempo atrás: “Você não morrerá – Coma o fruto!” – Parecem palavras de esperança... Como se dissesse: “Deus é amor, a morte e destruição não entrará no mundo por causa de um fruto” – Com essas palavras de “esperança” o filósofo serpente tentou a mulher e arruinou a nossa raça. Satisfeito com o seu sucesso, ele continua a usar o mesmo artifício – não disfarçado de serpente, mas de pastores, líderes... Ele usa o mesmo artifício, afirma que o pecado é trivial, ou que alguma “sinceridade” pode removê-lo, ou que o inferno é temporário, ou que a alma será aniquilada, ou alguma outra forma dessa mesma mentira radical pronunciada na aurora da existência humana por uma serpente: “a serpente disse à mulher: Certamente não morrereis.” - Gênesis 3:4

O grito perpétuo da serpente ecoa de púlpitos ainda: “Você certamente não irá sofrer daquilo que Deus ameaça... Ele não fará isso... você pode pecar, viver em pecado, mas um Deus de amor não fará nada a respeito, são ameaças vazias, Ele mente... há uma esperança maior do que o sangue derramado na cruz que deixou evidente o ódio de Deus ao pecado...”

Neste falso refúgio, na há Cristo – Não o revelado nas Escrituras – não há verdadeira fé nele, e certamente não há nada que conduza a santidade. Mas, como não podia deixar de ser, o homem que ama seus pecados adora a pregação que a serpente fez no Jardim: “...Certamente não morrereis.” - Gênesis 3:4 – É a maior de todas as tragédias quando o único esconderijo do homem é construído no refúgio da mentira.

Josemar Bessa

Intercâmbio feito por Walber Arruda
Facebook: https://www.facebook.com/walber.arruda.73