Como fazer pra que a pessoa com quem você está nunca se torne, em nenhum sentido, mais importante na sua vida do que Cristo? Porque no começo dos relacionamentos, geralmente, as pessoas ficam tão entusiasticamente apaixonadas que acabam deixando que a pessoa, mesmo sem perceber, se torne um ídolo. Como resolver isso?
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Para mim, é complicado falar sobre “começo de relacionamento”, uma vez que só comecei um namoro na vida, quando eu tinha 15 anos e continuo nele até hoje. Então, vou me basear mais no que eu observo no decorrer do meu namoro e no que eu pude observar no namoro de alguns amigos que já aconselhei (muitos destes, relacionamentos que findaram em fracasso).
Acredito, a priori, que tudo começa com uma visão correta da importância de Cristo. Uma vez que você tem Cristo como o centro de sua existência e vê Nele o sentido de tudo o que existe, você não deixa nada tirar a pessoa de Jesus do altar que há no seu coração. Se o trono está ocupado, ninguém pode sentar lá. Então, lute para pôr Cristo no altar e nada conseguirá tomar o lugar Dele.
Em segundo lugar, precisamos de uma visão correta do relacionamento em si. Precisamos entender que nossa felicidade não depende de estar ou não com a outra pessoa, mas estar com Cristo – ainda que o outro seja uma fonte constante de alegria e perdê-lo cause dor sem tamanho. A longo prazo, Cristo é a felicidade, não o outro; e ter o outro sem ter Cristo é como ter uma moeda que não é mais válida ou como ter um cartão de crédito, mas estar em uma loja sem a maquininha. Aquilo tem valor, mas se torna inútil, pois o que dava o real significado daquilo não está lá.
Em terceiro lugar, creio que precisamos de uma visão correta de nós mesmos. Se entendermos bem para quê fomos chamados e aquilo que temos em Cristo, e compreendermos profundamente a inconstância de nosso coração, saberemos como lidar com as tolices de nosso interior corrupto. De modo que, ao olharmos nossa própria pecaminosidade, vamos buscar cada vez mais a Cristo em oração, na Sua palavra, e buscaremos fugir do mal – o que nos deixará mais firmes para raciocinar e sentir corretamente a luz do Evangelho, o que impedirá de elevarmos o outro como algo mais importante que o próprio Deus.
Três breves testes práticos:
1. Imagine que o namoro acabou. Qual seria sua reação? Normal responder com sofrimento desesperador e excruciante, mas consegue imaginar uma vida sem a pessoa amada? Ou suicídio é uma opção? Ou acha que nunca mais vai sair de casa na vida? Acha que vai simplesmente definhar e morrer para sempre? Se toda a sua existência está nas mãos desta pessoa, é provável que algo esteja errado.
2. Se ele/ela te dissesse: “vou sair da igreja, ou sai comigo ou termino”, qual sua escolha? Se houver pelo menos um titubear, um único momento de dúvida, uma fagulha de incerteza, é melhor questionar seu coração sobre este assunto: abandonar a fé por um relacionamento não deveria nem ser uma opção.
3. Vocês vivem em devassidão constante? É normal que relacionamentos tragam lutar contra o pecado é bastante comum que, muitas vezes, os casais tropecem pelo caminho, mas vocês vivem na prática constante e ininterrupta do pecado, sem qualquer crescimento em santificação e não estão dispostos a terminar o relacionamento por isto? Então você está dizendo que prefere a prática do mal com seu namorado do que a comunhão com Cristo.
Yago Martins
Publicado Originalmente em: http://yagomartins.com/2012/12/como-nao-idolatrar-meu-namorado/
Intercâmbio feito por Rodrigo Ribeiro
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