A resposta é sim. Podemos
explicar como isso seria possível. Para isso vamos avaliar duas áreas de
interesse.
Nós, seres humanos, somos
compostos por pequenas células. Células morrem. Mas antes de morrerem elas se
duplicam, dando origem a novas células. Assim, a longevidade está ligada ao
processo de duplicação celular.
Dentro do núcleo de cada célula
existe o que chamamos de cromossomos, que são estruturas organizadas do DNA
(ácido desoxirribonucleico). No DNA fica guardada a informação genética de cada
organismo vivo. O ser humano, por exemplo, possui 23 pares de cromossomos: 23
foram herdados do pai e 23 da mãe.
Nas extremidades de cromossomo
existe um telômero. Os telômeros são pequenas repetições genética, sendo que a
cada divisão celular, uma repetição é “deletada”. Portanto, o número de repetições
presentes num telômero determina quantas vezes uma célula poderá ser duplicada.
Uma célula não se duplica mais quando seu telômero já foi utilizado até o
final.
Portanto os telômeros são
responsáveis pelo processo de envelhecimento no nível celular e determinam um
limite para a longevidade de um organismo.
Sabemos assim que a longevidade
de um organismo está ligada com a estrutura dos telômeros.
Mas como explicar uma longevidade
tão grande, como a encontrada em Gênesis? As células daqueles indivíduos não
morriam?
Não podemos afirmar
categoricamente que não morriam. No entanto, a ciência conhece mecanismos
celulares que tornam às células praticamente imortais. Infelizmente os
mecanismos conhecidos são utilizados por células cancerígenas que, basicamente,
são células que “esqueceram” como morrer.
O que queremos mostrar aqui é que
existem mecanismos celulares, conhecidos pela ciência, que permitem uma grande
longevidade das células, resultando assim uma grande longevidade dos organismos
(por exemplo, seres humanos) formados por células.
Lourenço, Adauto. Gênesis 1 e 2.
A Bíblia e a História.1ª Ed. São José dos Campos, SP: Fiel 2011. Cp. 1; p.
31-32.
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