Uma
tarefa muito difícil ainda para o coração humano é perdoar. É
muito comum ouvirmos até aquela frase: “Eu perdoo, mas não
esqueço”, dando a entender que, na verdade, o perdão não
ocorreu, pois, perdoar, significa “renunciar a punir”. Quando
usamos a infração do outro como forma de relembrar e castigar o
outro, não houve sincero perdão.
Os
escritos sagrados mostram a importância do perdão, sobretudo da
necessidade que nós pecadores temos em relação ao Pai. Em
Lamentações 3: 22-23, lemos que: “As misericórdias do Senhor são
a causa de não sermos consumidos, porque as suas misericórdias não
têm fim; Novas são cada manhã”. A expressão “ser consumidos”
é uma expressão forte. Mostra o que seria de nós caso o perdão de
Deus não se manifestasse em nossas vidas. E mais, esses versículos
nos mostra que necessitamos desse perdão diariamente.
Quando
Cristo nos mostrou o “Pai Nosso” como modelo de oração, Ele nos
orientou a pedir perdão dos nossos pecados: “E perdoa-nos os
nossos pecados, pois também nós perdoamos a qualquer que nos deve”
(Lucas 11:4). Jesus nos ensina que devemos pedir o perdão de Deus,
mas que também devemos mostrar um coração disposto a oferecer
perdão a qualquer um que nos ofenda. É quase que uma condição:
dar o perdão para recebê-lo. Ter um coração benigno para também
receber a benignidade de Deus.
Isso
também pode ser verificado na parábola do credor incompassivo em
Mateus 18: 23-35. Nela Jesus narra a história de um credor
incompassivo que tem uma dívida pessoal muito alta perdoada pelo seu
rei, mas que não perdoou um valor irrisório se um conservo seu.
Sabendo desse ato de crueldade, o rei pune o seu devedor, até que
ele pague o que deve. Ao terminar a parábola, no versículo 35, Jeus
declara: “Assim vos fará, também, meu Pai celestial, se do
coração não perdoardes, cada um a seu irmão, as suas ofensas”.
A
remissão dos nossos pecados, resgatados por Cristo na cruz do
calvário, nos coloca como também como perdoadores. Devemos estar
aptos a olhar os nossos devedores com benevolência, sabendo que,
como nós, os nossos irmãos tem suas limitações e que, assim como
eles, nós também magoamos porque somos falhos.
E a
medida do perdão é infinita. É setenta vezes sete. Até se perder
as contas, assim como Deus nos perdoa, a cada manhã, pelos nossos
desvios e erros, independentemente da gravidade ou da extensão de
nossas faltas. Assim também como somos perdoados devemos oferecer
perdão. Independentemente de quem ou do que nos foi feito.
Independentemente se a pessoa reconhece ou não. Independentemente se
aquilo irá se repetir ou se nunca mais acontecerá, um coração
cristão deve oferecer perdão porque ele sabe que quem mais é digno
de perdão, Deus já perdoou.
Que o
Espírito Santo nos conduza ao caminho do perdão e da bondade.
Andrea
Grace
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