quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Perdão para Corações Duros


Uma tarefa muito difícil ainda para o coração humano é perdoar. É muito comum ouvirmos até aquela frase: “Eu perdoo, mas não esqueço”, dando a entender que, na verdade, o perdão não ocorreu, pois, perdoar, significa “renunciar a punir”. Quando usamos a infração do outro como forma de relembrar e castigar o outro, não houve sincero perdão.

Os escritos sagrados mostram a importância do perdão, sobretudo da necessidade que nós pecadores temos em relação ao Pai. Em Lamentações 3: 22-23, lemos que: “As misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos, porque as suas misericórdias não têm fim; Novas são cada manhã”. A expressão “ser consumidos” é uma expressão forte. Mostra o que seria de nós caso o perdão de Deus não se manifestasse em nossas vidas. E mais, esses versículos nos mostra que necessitamos desse perdão diariamente.

Quando Cristo nos mostrou o “Pai Nosso” como modelo de oração, Ele nos orientou a pedir perdão dos nossos pecados: “E perdoa-nos os nossos pecados, pois também nós perdoamos a qualquer que nos deve” (Lucas 11:4). Jesus nos ensina que devemos pedir o perdão de Deus, mas que também devemos mostrar um coração disposto a oferecer perdão a qualquer um que nos ofenda. É quase que uma condição: dar o perdão para recebê-lo. Ter um coração benigno para também receber a benignidade de Deus.

Isso também pode ser verificado na parábola do credor incompassivo em Mateus 18: 23-35. Nela Jesus narra a história de um credor incompassivo que tem uma dívida pessoal muito alta perdoada pelo seu rei, mas que não perdoou um valor irrisório se um conservo seu. Sabendo desse ato de crueldade, o rei pune o seu devedor, até que ele pague o que deve. Ao terminar a parábola, no versículo 35, Jeus declara: “Assim vos fará, também, meu Pai celestial, se do coração não perdoardes, cada um a seu irmão, as suas ofensas”.

A remissão dos nossos pecados, resgatados por Cristo na cruz do calvário, nos coloca como também como perdoadores. Devemos estar aptos a olhar os nossos devedores com benevolência, sabendo que, como nós, os nossos irmãos tem suas limitações e que, assim como eles, nós também magoamos porque somos falhos.

E a medida do perdão é infinita. É setenta vezes sete. Até se perder as contas, assim como Deus nos perdoa, a cada manhã, pelos nossos desvios e erros, independentemente da gravidade ou da extensão de nossas faltas. Assim também como somos perdoados devemos oferecer perdão. Independentemente de quem ou do que nos foi feito. Independentemente se a pessoa reconhece ou não. Independentemente se aquilo irá se repetir ou se nunca mais acontecerá, um coração cristão deve oferecer perdão porque ele sabe que quem mais é digno de perdão, Deus já perdoou.

Que o Espírito Santo nos conduza ao caminho do perdão e da bondade.

Andrea Grace



Nenhum comentário:

Postar um comentário