Assim como muitas denominações ditas
evangélicas pregam a troca de valores monetários pela moradia eterna no céu,
muitas também apregoam que é possível trocar a salvação por boas obras
realizadas na Terra. Sendo assim, seu eu for bom com as pessoas, logo Deus se
compadecerá de mim e me dará a salvação – assim funciona o raciocínio dessas denominações.
Entretanto,
não há fundamento bíblico nisso. A salvação não é moeda de troca, assim como
Deus não é um bancário que computa nossas boas ações para que resgatemos o
nosso bilhete premiado rumo ao paraíso. Essa imagem até parece infantil.
Na verdade,
o que fica explícito na Bíblia é que a salvação foi um preço pago pelo sangue
de Cristo. O homem não pode, por seus atos, comprá-la. Apenas a fé no ato de
entrega de Jesus é a chave que nos leva à comunhão com Deus, assim como lemos
em Efésios 2:08: “Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem
de vós, é dom de Deus”.
Entretanto,
aquele que possui em si a fé, dada pelo Espírito Santo, e que realmente
compreendeu a mensagem da cruz, não é mais dominado pelo velho homem. Ele é
renascido do Espírito e isso faz com que seus atos também mudem, pois como
afirma Jesus em João 13: 34: “Com isso todos saberão que vocês são meus
discípulos, se vocês se amarem uns aos outros".
A característica principal para ser um discípulo de Jesus é o amor. Aonde o espírito Santo
habita, há amor, há doação, há benevolência. Sendo assim, as boas ações não são
condições para uma comunhão com Deus, mas são consequências dela.
Nisto está a
chave para compreender o que afirma Tiago no capítulo 2: 17: “Assim também a fé, se não tiver as obras, é morta em si mesma”.
Nesse sentido, reforça-se a ideia de que a fé precede as obras e a fé que não
frutifica na mudança de comportamento, não é uma fé genuína. É uma fé morta.
O
comportamento cristão, ou seja, os seus frutos, as suas atitudes decorrentes da
fé e do temor a Deus é tão relevante que é a partir dele que Jesus nos orienta
a reconhecer os seus profetas: “Acautelai-vos, porém, dos falsos profetas, que
vêm até vós vestidos como ovelhas, mas, interiormente, são lobos devoradores. Por
seus frutos os conhecereis. Porventura colhem-se uvas dos espinheiros, ou figos
dos abrolhos? Assim, toda a árvore boa produz bons frutos, e toda a árvore má
produz frutos maus”. (Mateus 7:15-17)
A fé genuína
nos tira da cegueira, nos coloca em comunhão com Deus e nos permite receber a
graça da salvação, levando-nos a agir de acordo com a vontade do Pai. Essa é a ordem dos fatos. Acreditar na ordem
inversa é acreditar que o homem pode salvar-se a si próprio e é isso que muita
gente vem apregoando em algumas Igrejas. Estejamos atentos aos falsos profetas!
Andrea Grace
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