quinta-feira, 27 de junho de 2013

A Memória e a Esperança nos Acompanharão na Glória? Com a Palavra William Hendriksen


O homem rico na parábola (Lc 16.28) se lembra que ele tem cinco irmãos na terra. No dia do julgamento certos indivíduos se lembrarão de que profetizaram, expeliram demônios e que fizeram muitos milagres (Mt 7.22). Não terá o justo lembrança de nada? Acontece exatamente o oposto. Além disso, como os redimidos poderão cantar a canção nova sempre, na qual eles louvam a Deus por seus maravilhosos atos de redenção, se eles não têm nenhuma memória desses atos? E até mesmo entoar um novo cântico (Ap 14.3; 15.3,4; cf. 5.9) não implica um certo movimento ou progressão do tempo da linha que foi cantada para a linha que está sendo cantada e, assim, para a linha que está a ponto de ser cantada? Isto não implica em passado, presente e futuro mesmo no céu? Realmente é fato, sem dúvida, que a maioria dos redimidos na glória não tem nenhuma voz até o dia da ressurreição. Mas está cantando é impossível, então? Refrões gloriosos não estão soando em seu coração? E não é verdade aqui neste plano terreno que “em meu coração soa uma melodia... soa uma melodia de amor”? Chame estas canções de símbolos, se você desejar, pois elas certamente são símbolos de algo que é muito real.

Mas e sobre a esperança com referência ao futuro? O fato de que a esperança vai conosco para a glória é ainda a melhor interpretação de 1Coríntios 13.13. A esperança, como também a fé e o amor, permanece quando "vier o que é perfeito" e quando nós virmos "face a face". Até, mesmo agora, os espíritos dos redimidos no céu sabem que isto é nada mais do que o estado intermediário. Eles estão avançando para alcançar a hora em que receberão seus corpos, gloriosamente ressuscitados, e estarão unidos a todos os outros que vão um dia pertencer ao número de redimidos. Eles estão ansiando pelo tempo em que herdarão "o novo céu e a nova terra" e quando o Senhor será publicamente honrado. 


No céu, então, as almas dos redimidos estão realmente vivas, agradecendo a Deus a sua benção no passado, ligados a ele no presente e ainda esperando por um futuro mais glorioso que o presente, no qual eles já se regozijam. A vida em três tempos, então, existe até mesmo na glória.

HENDRIKSEN, William. In: A vida futura segundo a Bíblia. Traduzido por Marcus Ferreira.  São Paulo, SP: Cultura Cristã, 2004. pp.


Guilherme Barros

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