quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Nascendo do Espírito



“Se alguém não nascer de novo, não pode ver o Reino de Deus”
(João 03: 03)


O versículo, transcrito acima, encontra-se no capítulo 03 do livro de João, no qual encontramos o relato do encontro entre Jesus e o fariseu Nicodemos. Muitas pessoas têm abordado esse versículo considerando o ato de nascer de novo, referido por Jesus, como sendo a ação de proferir a aceitação de Jesus Cristo como Salvador. Entretanto, se observarmos essa passagem com mais profundidade, percebemos que ela vai muito além das palavras de homens. 

O ato de nascer de novo implica em uma mudança na forma de pensar e agir. Nascer de novo, “da água e do espírito”, como lemos no versículo 5, requer uma renúncia dos impulsos da natureza humana que nos afastam de Deus. Isso fica mais claro quando, no versículo 06, Jesus esclarece que “o que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito”.  O verbo “nascer” é concebido como “vir à luz”. Ao nascermos, pela primeira vez nos é possível abrir os olhos e contemplar a luz. Quando nascemos da carne, contemplamos a matéria que nos rodeia. No momento em que saímos do ventre, fomos imersos em uma sociedade de valores distorcidos e que exalta o dinheiro, o poder, a fama, a violência, valores que se chocam com aqueles pregados por Jesus, e lembrados pelo apóstolo Paulo em Gálatas 5: 22-23: “Mas  o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio”.
Quando Jesus falou em nascimento do espírito, Ele fez menção ao ato de contemplar a vida pelos olhos espirituais, a partir do renascer de uma nova natureza, proveniente do agir do Espírito Santo, que gera um processo de santificação e de intimidade com as coisas que vem do Alto.  O ato de proferir a aceitação de Cristo, sem nenhuma mudança de atitude, não manifesta verdadeira conversão, pois como se lê em Mateus 7: 21-23:
 “Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus. / Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? e em teu nome não expulsamos demônios? e em teu nome não fizemos muitas maravilhas? / E então lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniqüidade”.

            É necessário muito mais que palavras. Para nascer do espírito é necessário viver no mundo, situando a nossa vida no centro da vontade de Deus. O homem nascido de novo tem a convicção plena de que as coisas que devem ser valorizadas e buscadas são aquelas que nos aproximam de Deus.  Em Mateus 7: 24 -25 Jesus afirma que:
 “Todo aquele, pois, que escuta estas minhas palavras, e as pratica, assemelhá-lo-ei ao homem prudente, que edificou a sua casa sobre a rocha; E desceu a chuva, e correram rios, e assopraram ventos, e combateram aquela casa, e não caiu, porque estava edificada sobre a rocha.”

            As adversidades da vida só podem ser superadas quando a base de nossa fé está na palavra de Deus, ou seja, quando conseguimos viver uma vida santificada, a tal ponto que o alicerce dela é o próprio Jesus. E esse processo de santificação somente é possível com o agir do Espírito Santo em nossa vida. Como lê-se em Gálatas 5:17:

“Porque a carne milita contra o Espírito, e o Espírito, contra a carne, porque são opostos entre si; para que não façais o que, porventura, seja do vosso querer”.

O mundo é muito atrativo, tanto quanto ilusório. As alegrias por ele oferecidas são tão volúveis quanto volúvel é o tempo, mas muitos, malogrados por tantas facilidades, entram em caminhos tortuosos. O caminho que leva ao Senhor, ao contrário, é um caminho de abnegação: de si, de seus desejos, de suas vontades. Nascer do espírito é colocar-se inteiramente e incondicionalmente nas mãos de Jesus, como vemos em Lucas 9: 23-24:

“Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, e tome cada dia a sua cruz, e siga-me. / Porque, qualquer que quiser salvar a sua vida, perdê-la-á; mas qualquer que, por amor de mim, perder a sua vida, a salvará”.


            Nascer do espírito, muito além de palavras, consiste em abrir os olhos e enxergar o mundo como ele é: transitório. Também é compreender que fomos criados para “
as boas obras, as quais Deus preparou para que andássemos nelas” (Efésios 2:10). Fomos criados para termos vida e vida em abundância que só é possível em Jesus, nascendo do espírito.

Andrea Grace
@andreagrace_

domingo, 27 de novembro de 2011

Congresso da Federação de UMPs da Borborema


O grande dia está chegando! O Congresso das UMPs é um momento muito importante de confraternização, comunhão, análise das atividades das sociedades locais e a formação da nova diretoria da federação para o ano de 2012. Então, não perca esta grande oportunidade. No culto de abertura e encerramento, na sexta e no sábado a noite, todos podem participar como visitantes, mas para participar do congresso todo é preciso se inscrever. Para fazê-lo entre em contato com @rodrigolgd.

Informações:

Data: Dias 02 e 03 de Dezembro, sexta e sábado
Local: IV Igreja Presbiteriana em Campina Grande

Visualizar R. José Gomes Filho em um mapa maior
  
Valor da Inscrição: R$ 15,00
Mais informações: @rodrigolgd ou rodrigo_b50@hotmail.com


Rodrigo Ribeiro
@rodrigolgd

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

UMP Entrevista: Banda Resistência

Banda de Campina Grande, composta por alguns jovens da UMP da Quarta e de outras denominações, a Banda Resistência vem desenvolvendo um trabalho que apesar do pouco tempo já tem obtido bons frutos. Conversamos com ele sobre a história da banda, projetos futuros e outras coisas mais. Leia:

01. Primeiro, como começou a banda e porque o nome RESISTÊNCIA?
Marco Júnior - A banda surgiu de um desejo em comum de todos os participantes, o de levar o evangelho de Cristo através da música. Dessa forma nós estaríamos realizando do ide de Jesus e realizando nossos sonhos. Um grupo de jovens, com talentos musicais e com um propósito firmado no coração, então por que não nos juntarmos, não é verdade? O próprio Jesus se dirige a nós como fortes que já venceram o maligno. Sendo assim, no dia 04 de fevereiro do ano de 2011 ocorreu a primeira reunião da nossa banda que até então era sem nome. E o que nós pudemos ver foi o mover de Deus em nosso favor. Porque bem do nada, nós já tínhamos um convite e ver o nosso sonho se concretizando fez com que a nossa vontade aumentasse, na mesma medida em que o nosso coração se enchia de esperança e de alegria.

Nós passamos um bom tempo como “A Banda que não pode dizer o nome”, será marketing? Não, era a falta de um nome que nos chamasse atenção.  Até que um de nossos integrantes sugeriu ‘Resistência’ e teve a aprovação de todos. O nome da banda trata de uma situação comum na vida de um cristão, a bíblia diz: “resisti ao Diabo, e ele fugirá de vós”, e ser um jovem cristão, requer muita perseverança e resistência. Dessa forma o nome proposto condizia com a nossa postura como banda, nós nos unimos para na andar ou estar contra mão do mundo, ir em direção ao nosso alvo que é Cristo. Nós somos testados por várias situações diariamente, e diante de nós sempre se põe dois caminhos: resistir ou se entregar. Nós estamos resistindo com a graça de Deus, e mostrando ao mundo a força que tem a união firmada Nele.

02. A RESISTÊNCIA tem um conhecimento mais expressivo a nível local hoje. Esse é o público alvo da banda ou almeja vôos mais altos?
Walisson Alves - Graças a Deus, a banda tem atingido um bom público na cidade e na circunvizinhança desde que gravamos um CD ao vivo em uma de nossas ministrações. São pessoas que têm nos acompanhado nas ministrações, redes sociais e sempre estão dando força para novos trabalhos desse grupo que tem sido tão bem aceito. Chegamos a ser o assunto mais falado em Campina Grande no Twitter pela repercussão desse trabalho. 

Porém, a banda tem um propósito evangelístico. Recentemente estivemos ministrando na cidade de Sossego – PB e tivemos a oportunidade de levar a palavra de Deus não só através de música, mas também de estudos bíblicos com Rodrigo Ribeiro (teclado) e Guilherme Barros (baixo). Nossa meta é, então, levar a palavra de Deus até onde Ele nos permitir que cheguemos. Através dos nossos dons e talentos procurando pregar a genuína palavra de Deus com a música, com ministrações, estudos.
Seguimos, pois, firmes na certeza de que, na intenção de glorificar o nome de Deus e louvá-lo, Ele nos ajudará nessa jornada com misericórdia e alargando as nossas fronteiras para que possamos levar o seu nome, sua história e seus ensinamentos para um povo cada vez mais sedento de sua palavra.


03. O repertório do ministério é formado basicamente por músicas de outros cantores e grupos conhecidos nacionalmente. A banda tem em algum desses artistas sua grande influência? E se a banda já tem alguma ou algumas músicas próprias em andamento.
Guilherme Barros - Especificamente não temos um cantor (a) que nos influencie de modo direto, apesar de termos várias pessoas e bandas, que gostamos de ouvir e admiramos. Cantamos musicas de vários cantores como Fernandinho, André Valadão, PC Baruk e etc. Mas nós gostamos muito de pegar músicas antigas e reformula-las, pois elas contem letras maravilhosas e com muito conteúdo, diferente da maioria das músicas "gospel" de hoje em dia. E sim, nós estamos trabalhando nas nossas músicas e em breve estaremos as divulgando, querermos caprichar o máximo nas melodias e letras para que o nome de Deus possa ser glorificado!

04. Essa tem sido uma pergunta frequente quando tratamos de música em nossas entrevistas. Por se tratar de um tema muito abrangente e que, inclusive, pode gerar opiniões divergentes. Como vocês vêem o crescimento do movimento e da música intitulada gospel hoje no Brasil? Há diferenças ou é tudo pra Deus e pronto?
Rodrigo Ribeiro - O crescimento da música gospel apesar de parecer algo muito bom, tem trazido mais prejuízos do que benefícios ao cristianismo. Essa afirmação é dura, mas é também um desabafo. O nome de Deus não é glorificado quanto notamos a criação de canções cada vez mais baseadas em formulas mágicas de sucesso, sem a mínima criatividade ou intenção de fazer arte. O que é belo glorifica a Deus; O que é falso e superficial, pode até vender muito, mas não o faz. Essa é uma realidade.

Mas a questão crucial é que a música gospel não é mais sinônimo de evangelho. Por isso não há progresso para o reino de Deus quando milhares de lares cantam canções que não falam dos atributos de Deus, do pecado e a incapacidade do homem de salvar-se, da condenação e da irá que está sobre os pecadores e da graça maravilhosa revelada na cruz. Isso é evangelho, mas você encontra muito pouco desta mensagem nas músicas de hoje.

Não podemos ser injustos. Existem exceções, músicos cristãos que fazem arte de qualidade e que tem letras onde o evangelho é o centro. Mas o fato destes serem minoria, e muitas vezes nem simpatizarem com o “mercado gospel” só confirma esta análise. Por isso que nós temos resgatado canções antigas no nosso repertório, pois encontramos verdades bíblicas e uma devoção que está cada vez mais difícil de encontrar. Na música gospel nem tudo é pra Deus. Muitos agradam os mercados e seus fãs, já outros direcionam canções a um Deus que não é o que a bíblia nos revela.

Entretanto também existem aspectos positivos, por causa do maior espaço concedido em lugares que outrora eram inacessíveis. Ainda que isto ocorra por interesses comerciais, poderia ser muito bem aproveitado para proclamar a loucura da pregação através da música. O grande problema é que os têm estas oportunidades, não transmitem esta mensagem de modo digno. Por fim, é importante refletir: será que os músicos cristãos tem desperdiçado uma bela oportunidade, ou está oportunidade só existe por causa da ausência do evangelho em boa fatia do mercado gospel?

              
05. Apesar do não muito tempo, a Resistência desde sua formação tem feito várias “apresentações” em igrejas e esse ano de 2011 também pela primeira vez no cantinho da bênção. O que a banda tem colhido dessas grandes oportunidades que Deus tem dado que possa deixar de aprendizado para o futuro do grupo?
Wellison Anacleto - Bem, creio que Primeiramente estar dependente de Deus tem sido o nosso maior aprendizado. Quando queremos fazer algo de nós mesmos, não flui, mas quando buscamos saber o que Deus quer tudo ocorre de forma sobrenatural. Outro aprendizado tem sido a amizade do grupo, pois mesmo com falta de tempo, temos um carinho e respeito muito forte por cada um. São dois aprendizados que se levarmos conosco a banda será sempre uma ferramenta nas mãos de Deus.

06. Já agradecido pela participação no UMP DA QUARTA e desejando que Deus guie cada passo da banda, usando-a como instrumento para alcançar vidas para Ele, quero pedir que deixem uma mensagem para os acompanhantes do nosso blog.
Agradecemos a oportunidade de participar deste espaço, e a mensagem que nos deixamos para os jovens que lerão essa entrevista é a mesma que Paulo deixou a igreja de Corinto: Façam tudo para a glória de Deus. Se nós colocarmos isso como meta em nossa vida, poderemos resistir ao pecado, ao diabo, proclamar o evangelho, a salvação que só há em Cristo e assim crescer na graça e no conhecimento para que o nome de nosso Senhor possa ser glorificado em nossas vidas. Que o espírito santo de Deus nos ajude nessa missão!

Banda Resistência
Twitter: @resistenciaband
Assista alguns de nossos vídeos neste canal: http://www.youtube.com/user/Guilherme8x

Entrevista feita por Everson Franklin
@eversonekarlla

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Perseverança dos Santos


“Estou plenamente certo de que aquele que começou boa obra em vós há de completá-la até ao dia de Cristo Jesus”
Filipenses 1.6

“Todo o que o Pai me dá virá a mim; e o que vem a mim de maneira nenhuma o lançarei fora.
João 6.37

                Estamos submergidos em uma geração cristã que têm conjecturas nas mais variadas áreas, posicionam-se das mais diversas formas, criticam segundo as mais diversas ópticas e terminam por optar por um padrão de vida cada vez mais pragmático. O nosso olhar bíblico muitas vezes é colocado de lado e assim cada vez mais enxergamos (ou pelos menos alguns de nós) que os caminhos apresentados pelo cristianismo pós-moderno estão totalmente desvinculados de um caráter, digamos formal, da bíblia, relativizando tudo e postulando axiomas (sem ser repetitivo) cada vez mais emblemáticos.

Da mesma forma que é impossível decidir, por julgamento próprio, escolher o caminho da cruz (ver 3º parágrafo do artigo Vocação Eficaz) é impossível atribuir, ao homem, a capacidade de obter, por capacidade intrínseca, o dom da fé salvadora [1]. Do contrário poderíamos supor que o homem possuí papel decisivo na obra redentora de Cristo e assim estaríamos sendo incoerentes com as claras doutrinas bíblicas expressas em Efésios 1.4-6. E de uma forma geral, somos autores de nossa fé e arquitetos da própria salvação, correto? ERRADO!

Pasme, mas há uma explicação bem aceitável: Porque a graça de Deus se há manifestado, trazendo salvação a todos os homens [2]. Pasme outra vez, mas muito se prega em uma salvação pela graça que pode ser abandonada, obtida e abandonada ... Assim, ora estamos andando segundo Jesus, ora segundo Satanás. E quando ainda restam duvidas sobre isto, vemos que a eleição de Deus é incondicional. Logo a salvação vem pela graça e esta mesma é derramada no coração dos que foram eleitos e estes são chamados eficazmente a uma vida santa, santificados e se santificando estes procedem de forma que perseveram.

A perseverança dos santos, não é, portanto um processo deduzido ou imaginado pelos calvinistas ou por outros, mas sim uma doutrina cristã. Tal afirmativa seria considerada bastante ingênua do ponto de vista arminiano, que por vezes é limitado e bastante superficial. Limitado porque a perseverança não depende de um livre arbítrio, mas sim da imutabilidade de um decreto de Deus: Salvação!

Spencer [3] afirma que “
Portanto, Deus, que é o Autor da "boa obra" (que ele começou no eleito, e não o homem), "quer realizá-la (tempo verbal contínuo, ou manter em realização a obra no santo) até ao dia de Cristo Jesus", quando os eleitos receberão corpo ressurreto e sem pecado! Portanto, a “boa obra” é dEle e não nossa!”

                Todavia não há aqui uma intenção de afirmar categoricamente que alguns estão certos e outros errados ou que as doutrinas calvinistas são as mais corretas e as arminianas não, pelo contrário, possuímos uma cosmovisão calvinista por que ela aponta para os ensinos mais coerentes com a bíblia, pois como expõe Augustos Nicodemus[4]

“... Calvino desejava apresen­tar um critério pelo qual a Igreja pudesse discernir de forma segura, no âmbito da experiência religi­osa, o que realmente procedia da parte do Espírito de Deus, ou de espíritos enganadores. Para ele, havia somente um critério seguro e infalível: o Espírito falando nas Escrituras. Assim, não haveria qualquer diminuição do poder e da glória do Espírito Santo ao concordar com elas, já que Ele as havia inspirado.

            Pregamos a perseverança e outros pontos da visão calvinista não somente porque crescemos em uma educação religiosa proveniente dela, mas porque Calvino simplesmente apóia-se da palavra e por seus ensinos contemplarem um Deus que não lança um homem fora do plano de salvação por seus pecados (embora antes do chamado eficaz, causasse distanciamento), mas que é justo para o punir e misericordioso remidor de pecados e sustentador da vida.

Soli Deo Gloria

[1] Entende-se por fé salvadora àquela que tem proporciona ao homem lugar com Deus na plenitude dos tempos. Diferente da fé momentânea, por exemplo, para conseguir um bem terreno ou confiança em uma pessoa (fé na mesma);
[2]  PAULO: In: A Bíblia de Estudo de Genebra. 2. ed. Barueri, São Paulo: Cultura Cristã, 2009. O livro de Tito, cap. 2, vers. 11. 
[3] SPENSER, Duane Edward. A perseverança dos Santos. Disponível em http://www.eleitosdedeus.org . Acesso 22 nov. 2011
[4] LOPES, Augustus Nicodemos. Calvino o teólogo do Espírito Santo. 1ª ed. São Paulo – SP: PES.

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

UMP Indica: Torturado por amor a Cristo


Minha indicação é o livro Torturado por amor a Cristo, escrito pelo pastor romeno Richard Wurmbrand, um importante líder da Igreja subterrânea do século passado. Ele narra as suas muitas experiências vividas durante os quatorze anos em que foi mantido preso pelos comunistas.

O livro mistura relatos do terrível sofrimento dos prisioneiros cristãos com belíssimos testemunhos de conversões dos soldados russos. Seu conteúdo é tão real que é impossível não se emocionar a cada nova página lida.  Fiquei impressionado com a coragem dos crentes perseguidos. “As coisas que relato aqui não são excepcionais. O sobrenatural tornou-se natural para os crentes da Igreja Subterrânea.” Escreveu Richard.

Creio que para nós que não sofremos aberta perseguição por causa do Evangelho, esta leitura é de fundamental importância, pois nos faz refletir sobre a maneira como temos aproveitado esta liberdade de adorar a Deus e pregar a Sua Palavra.

Ler um livro como este leva-nos à conclusão de que aqueles que estão presos sentem-se mais livres do que nós para anunciar a Salvação. 

Você pode adquirir este material através do site da editora www.editorarw.com.br ou em livrarias evangélicas.
Boa leitura!

Miss. Ericon Fábio
@ericonfabio

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

UMP Entrevista: Missionária Do Carmo


Membro da IV IPCG, missionária ligada a Missão Novas Tribos do Brasil, prega o evangelho entre os Indios Kanamari, no Amazonas. Formada pelo Seminário Betel Brasileiro, em João Pessoa. Nesta entrevista a Missionária Du Carmo fala sobre sua conversão, o chamado para missões transculturais, a Missão Novas Tribos do Brasil, Indios Kanamari e muitos outros assuntos.

1 – Conte-nos um pouco sobre sua conversão e como se deu o chamado para missões transculturais?
Bem, quando completei dez anos de idade meu pai deixou a casa e foi morar com outra mulher. Assim, minha mãe ficou sozinha com seis filhos para cuidar. Desde então, tudo em nossas vidas mudou, mas em meio a tudo isso, minha avó por parte de mãe e uma tia já haviam conhecido o Senhor e nos levava pra igreja.  Eu não gostava, pois eu era muito envolvida com a igreja católica, mas lá na igreja congregacional eu conheci a missionária Dione e achava muito bonito ela falando, e lá eu tive a oportunidade de ter uma boa instrução na escola dominical. Mas depois disto eu comecei a me rebelar e me envolver com álcool e não queria ir pra igreja de jeito nenhum. Mas já morando nas Malvinas, eu conheci a congregação da igreja presbiteriana central, a qual hoje é a IV Igreja, e fui convidada a conhecer. Nesta época era bem pequena e não tinha nenhum adolescente ou jovem. E na escola eu evangelizava algumas amigas que foram se convertendo e indo para IV igreja, mas eu mesmo não queria nada com Jesus. Então, uma dessas minhas amigas me convidou pra ir ao batismo dela e eu nem acreditei, mas era época de são João e eu queria ir para o parque do povo. E realmente fui. Depois de um tempo lá ouvi uma voz que me dizia aqui não é seu lugar. Eu não entendi, pensei que já estava embriagada, mas eu não tinha bebido naquele dia, e aquilo se repetiu. Então resolvi visitar o cantinho da paz, o qual eu havia participado da fundação, e lá eu percebi que precisava mudar de vida. Eu resolvi ir para o batismo da Sandra e da Josenilda e foi assim que ao vê-las se batizando eu pensei que poderia ser o meu. Não contei conversa, procurei o Rev. José Alves e lhe falei que queria entregar minha vida pra Jesus. Eu não lembro mais o dia, mas já tinha 15 anos.  Desde então, sirvo ao Senhor e depois todos da minha casa foram entregando suas vidas pra Jesus.

QUANTO AO CHAMADO:
Deu-se logo depois que me converti. Eu tinha um desejo muito grande de fazer mais pela igreja, pois na época sofríamos muito sem um pastor fixo e eu queria saber mais para poder ajudar mais. Um dia eu tive sonho colhendo trigo e muitas frutas, mas o caminho pra isso era bastante difícil e eu sofria muito e me machucava bastante, mas eu não entendi nada do sonho e para mim era apenas um sonho. Mas um dia, indo para uma visita junto com Elizângela, uma irmã da Assembleia de Deus que eu nunca tinha visto nos parou no caminho e me disse: - Deus mandou eu te dar este verso da palavra dele. É uma confirmação pra você era o verso de Isaias 43:6. Nessa época eu estava de namorado e estávamos orando pra casarmos.  Então pensei: é a confirmação do meu casamento. Mas que nada. Quando li o verso não entendi nada. Procurei no domingo o seminarista, hoje Rev.Fabio Brasileiro pra conversar e ele me falou que Deus estava me chamando pra obra missionária. Eu não entendia nada sobre missões, mas eu disse pra Deus que eu estava disposta a dar a minha vida em sua obra e assim começou o processo de renuncias. Terminar o namoro, sair de casa, deixar a igreja, os meus planos pessoais. Mas tudo valeu a pena e eu faria tudo de novo se preciso fosse. Em seguida começou o processo de avaliação junto ao conselho da igreja mãe, a IPB CENTRAL. Fui aprovada e no ano de 1994 fui pra o Seminário Betel Brasileiro com o apoio da mesma. Lá no Seminário eu ouvi a necessidade de tradução de Bíblia entre os povos tribais quando eu dava uma aula sobre a Guatemala.  Lá havia apenas um casal da Sil trabalhando com os descendentes dos Ikas e Maias. Diante desta situação, eu falei pra Deus que estava me dispondo para esta obra. Assim deu-se meu chamado transcultural quando eu ainda fazia meu segundo ano de seminário. E não esquecendo: meu pai voltou pra casa depois de 16 anos fora, chegou no dia da minha formatura do seminário e se converteu em 2004. O nosso Deus é fiel ele sempre cuida dos seus.

2 – Qual o grande desafio da Igreja hoje no tocante a missões?
Eu acredito que a igreja precisa atentar para sua tarefa suprema que é a realização de missões. Ela precisa cumprir o que está escrito em Mt.28:18-20, Mc.16:15, e isto se dá quando ela conscientiza a cada salvo da sua responsabilidade de falar de Jesus aonde ele estiver, pois lá é o seu campo missionário. Outro desafio é que a igreja precisa tirar os olhos de dentro de si mesma e olhar pra os campos, que estão brancos pra ceifa. Hoje a preocupação está em construções monumentais, grandes reformas, placas denominacionais e na aparência da igreja. Não que essas coisas não sejam importantes.  Os membros precisam de conforto, um lugar agradável. Mas deixar missões por isto é onde está o erro de muitas igrejas hoje. Precisamos lembrar que o rebanho precisa ser pastoreado de todas as maneiras e a necessidade de alimento espiritual genuíno está gritante em nossas igrejas. Precisamos primeiro cuidar dos nossos e desenvolver neles a visão missionária. Isto também é realizar missões. Outro desafio da igreja hoje é preparar a próxima geração para dar continuidade a visão e execução no que diz respeito à realização de missões. Como será o futuro de missões se esta geração não for preparada e se a mesma não tem a visão correta de missões?  Outro desafio que a igreja tem é de enxergar o trabalho dos missionários de base, pois pra que haja um retorno do missionário que está no campo, é preciso que outros estejam na cidade trabalhando para eles, fazendo suas compras, pagando suas contas, sendo a ponte entre seus familiares e igrejas e etc. Eles são tão missionários e precisam de apoio quanto os que estão no campo. Outro desafio da igreja hoje está em realizar missões de maneira simultânea. Ela precisa despertar para esta realidade, e que ele pode sim fazer isto de forma responsável. Jerusalém, Judéia, Samaria e até os confins da terra podem sim ser alcançado pela igreja hoje através das orações, contribuições e no envio daqueles que recebem um chamado específico. Eu sempre falo que não é difícil fazermos missões. O que nos falta é a visão das coisas do alto. Enxergarmos a necessidade das almas perdidas, o anseio pela volta de Cristo e a motivação correta em nossos corações para obedecermos ao IDE. A igreja tem a ordem, ela tem a mensagem, ela tem os chamados e ela conta com Aquele que arregimentou. Outro desafio em minha opinião que é um dos principais é a igreja ter a visão que, investindo em missões, ela está investindo no Reino de Deus. E a igreja que não realiza missões é uma igreja morta, pois ela está fora da visão de Deus, que é todas as etnias diante do trono e do cordeiro.


3 – Conte-nos sobre as angústias e alegrias de ser uma missionária longe da família, de amigos, da igreja local.
A alegria é de ser privilegiada por Deus de fazer parte daqueles que estão indo em busca dos perdidos e poder vê-los se rendendo a Cristo. O estar longe da família, amigos e irmãos é muito doloroso, mas com isto aprendemos a depender do nosso Deus em tudo e termos a consciência que faz parte do nosso trabalho a renúncia. Mas não é fácil não. E tudo é superado quando você traz à memoria o objetivo de estar lá entre o povo. A solidão e o isolamento são muito difíceis de encarar, mas a GRAÇA do nosso Deus é bem maior e é presença constante conosco. Sou grata a Deus por tudo que tenho aprendido durante estes quatro anos aqui.

4 – Você é ligada a Missão Novas Tribos do Brasil (MNTB) e atua junto aos índios Kanamari. Fale-nos um pouco sobre o trabalho que você realiza.
O trabalho entre o povo Kanamari existe há mais de 40 anos e já houve uma igreja forte entre eles. Hoje não mais. Por isso estamos começando tudo do zero no que diz respeito ao aprendizado da língua e cultura do povo para, assim, podermos ensinar a palavra de Deus na língua que lhes fala ao coração. Meu trabalho é no estudo da língua e cultura, mas auxilio dando aulas de português e trabalho com a saúde também. Eu precisei me preparar melhor nesta área, por termos uma região endêmica de malária. Então hoje eu sou microscopista lá entre o povo também. Como é do conhecimento dos irmãos, a situação lá na área de saúde é bem precária e nós missionários é quem damos assistência quando a CASAI OU FUNASA não estão presentes. Eu trabalho junto ao Erick e Marita, um casal de alemães. Graças a Deus são ótimos colegas e juntos estamos desenvolvendo um bom relacionamento com o povo, visando cumprir o nosso alvo de vê-los salvos, pois cremos que o nosso Deus tem os seus em meio aos Kanamari. Também trabalho ajudando ao povo na construção das suas roças e quando fazem farinha. Ensino as mulheres a fazerem pão e bolo com aquilo que elas têm na roça. Sempre estamos ensinando como manter a higiene pessoal e coletiva na aldeia, e no ano passado nós os incentivamos a fazer roçados comunitários. Foi muito bom ver o resultado. E quando estamos na cidade, os ajudamos com documentação, aposentadorias, compras e até nos médicos, servindo de interpretes às vezes.

5 – Muitos dos nossos leitores são membros da IV Igreja Presbiteriana de Campina Grande que não te conhecem, pois vieram para a igreja após sua ida pro Amazonas. Deixe então uma mensagem para estes, e para os leitores em geral do nosso blog. Desde já, agradecemos a tua participação.
 Minha mensagem é que eles amem ao Senhor e busquem ser fiéis a Ele e viver uma vida de acordo com o que a palavra nos ensina, lembrando sempre de quem são em Cristo: mais que vencedores. E que em meio aos desafios da vida busquem olhar pra Jesus, pois no final tudo dará certo.
A saudade de vocês é grande, mas ameniza quando lembro que vocês estão juntos comigo através das orações e apoio.
Continuem firmes no Senhor, pois vale apena servi-lo.
Eu agradeço a oportunidade e o privilegio da entrevista e espero que ajude a muitos que se sentem desafiados para obra missionária.

Miss. Du Carmo.

Entrevista feita pelo Presb. Cícero Pereira
@ciceroeiris

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

And The Oscar Goes To


Em dezembro, um dos especiais de fim de ano da Rede Globo de televisão será voltado ao público “evangélico”. Será o Troféu Promessas, que se trata de uma premiação aos melhores da música gospel. Talvez haja quem comemore tal evento como uma conquista do evangelho, ao conquistar espaço tão nobre. Mas vou numa corrente contrária a esta e acho que temos mais a lamentar do que comemorar numa hora como esta.

Os dons dados por Deus para a edificação do seu povo não deve servir como fonte de disputa. Agora os ministros do Senhor vão disputar entre si para ver de quem o povo gosta mais. Tenha a santa paciência. Já imaginou Davi e Asafe concorrendo na categoria melhor salmista? E Mateus, Marcos, Lucas e João, uma eletrizante disputa pelo troféu de melhor evangelista? E na categoria missionário, acho que teria até documento pedindo pra Paulo ser excluído do certame, pois aí seria covardia. Meu Deus, aonde chegaremos? Somos membros do corpo de Cristo, não para disputa, mas para complementaridade. Somos sua igreja que ele fez santa e imaculada para Si e não para disputa de prêmios e prestígio popular.
Antes de sentar em frente à TV para ver tal coisa, sugiro uma análise séria das escrituras, da razão pela qual Deus derrama dons e talentos no meio do seu povo e de como Ele requer toda glória e honra para Si. Ou seja, não há lugar para espetáculo, não há lugar para a centralidade do homem e muito menos para fazer negociata com as coisas de Deus.

Por fim, atente para a maioria dos músicos envolvidos no Troféu Promessas e analise a qualidade de suas músicas. Na maioria são letras centradas no homem, na teologia da prosperidade e numa musicalidade pobre e sem essência nenhuma. Por isso mesmo, são descartáveis. Se fizermos uma pesquisa, a maioria das pessoas não consegue dizer uma música desses “grandes cantores” com mais de 5 anos.
Há saída? Há. Muitos músicos cristãos buscam fazer sua arte com cuidado, esmero, qualidade e fidelidade às Santas Escrituras, e entendem que seu dom não é comércio, não é fonte de disputa e procuram glorificar a Deus. Aqui mesmo no UMP Indica já mostramos exemplos desses servos. Não vou citar nomes, mas você já ouviu falar em canções como “Essência de Deus”, “Situações”, “Portas Abertas”, “Rei das Nações” e outras tantas? Pois é. Basta procurar que a gente encontra.

Vamos em frente, na graça do Pai.


Presb. Cícero Pereira
@ciceroeiris

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

UMP Indica: Vida de Criança


No UMP indica de hoje, o DVD VIDA DE CRIANÇA, o trabalho de Stênio Marcius e Diego Venâncio. Num momento em que materiais musicais para crianças são verdadeiros coça níqueis, uma obra como esta vem mostrar ser possível fazer algo pra crianças na linguagem delas, com boa musicalidade, sem firulas e principalmente, com fidelidade a Palavra de Deus.

Na fala dos autores:

O DVD Vida de Criança possui 12 canções compostas por Stênio Marcius e produzidas por Diego Venancio. Elas enfatizam detalhes da vida de uma criança.  Compreendemos que a presença e atuação do Deus vivo é o maior acontecimento na vida de criança.  O objetivo foi criar algo simpático, bonito e enriquecedor para apreciação e crescimento das crianças, que ensinem conceitos simples e importantes da vida cristã, como a oração e o reconhecimento da ação de Deus nas pequenas coisas. Nosso desejo é que você goste deste trabalho feito com bastante cuidado e dedicação.
Você encontra o DVD Vida de Criança no site www.emporiocristao.com.br

Ótima dica de presente. Para quem pensa em EBF pro ano que vem já tem uma ótima indicação.

Até a próxima se Deus quiser.

Teaser:

Comer é Muito Bom

Cantar


Presb. Cícero Pereira
@ciceroeiris

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

UMP Entrevista: Antognoni Misael, Editor do "Arte de Chocar"


Editor do blog "A Arte de Chocar" (www.artedechocar.blogspot.com), colaborador do Púlpito Cristão, Historiador Especialista em História Cultural, Professor de Música, Policial Militar e membro da Igreja Presbiteriana de Guarabira. Conversamos nesta entrevista com nosso conterrâneo Antognoni Misael, sobre  assuntos referentes as várias áreas que ele tem atuado. Confira:

01- Em algumas cidades do interior a propagação do evangelho encontra imensas dificuldades, principalmente em decorrência da influência de padres e demais lideres católicos. Como é a realidade atual das igrejas reformadas em Guarabira, principalmente da Igreja Presbiteriana, da qual você faz parte?
Um fato curioso em relação aos evangélicos na cidade de Guarabira ocorreu quando a Primeira Igreja Congregacional foi apedrejada por fanáticos do então Frei Damião em 1937. Tirando esse episódio tenso entre protestantes locais e católicos, não acredito que as maiores dificuldades encontradas quanto a pregação do evangelho aqui esteja relacionada a influência de algum tipo de liderança católica. Ao que me parece, as maiores dificuldades encontraram-se dentro do próprio grupo evangélico local, isso devido à antiga bipolarização (entre as duas maiores igrejas que não se entendiam) e a atual multipolarização (capitaneada pelos neopentecostais e suas variações).
Quanto às igrejas de visão reformada temos além da igreja Presbiteriana, duas igrejas Congregacionais – outras sustentam ainda o nome de alguma denominação tradicional, mas não há como afirmar que são reformadas.
A igreja Presbiteriana de Guarabira particularmente tem buscado fazer diferença nesta cidade cujo evangelho pregado por muitos anos foi o evangelho de condenação em detrimento das boas novas. Graças a Deus temos um pastor presente, que sabe equilibrar bem a teologia, arte e música nos dando suporte para uma vida cristã madura e sem extremismos. Nosso lema “A Igreja que valoriza a pessoa glorificando a Deus”, almeja constantemente que nossa igreja seja reconhecida não como a igreja de grandes obras e milagres, mas como uma igreja que ama, valoriza e cuida dos seus membros.
Vale registrar o fato de que recentemente Guarabira foi bombardeada por novas igrejas independentes. A cada esquina tem alguém reproduzindo o discurso da cura e benção material, o que acaba promovendo um grande contraste entre o discurso reformado e as demais denominações. Nossa responsabilidade aumenta no sentido de que precisamos pregar o evangelho, ratificar a graça de Deus e ao mesmo tempo combater as vãs doutrinas que cercam e sugam muitos fracos na fé. De uma forma resumida, nossa realidade é de tempos difíceis e desafiadores na defesa da fé e proclamação da Verdade.

02 - Em seu blog A Arte de Chocar, continuamente vemos a coerência das publicações com o título do projeto. Por que este enfoque na questão do chocar, da polêmica? E principalmente, os que se chocam, escandalizam-se com o conteúdo dos textos ou com a própria palavra de Deus?
A ideia do blog surgiu por perceber que algumas pessoas só atentavam para um determinado assunto inerente a igreja, vida cristã, de uma forma geral, quando se sentiam surpreendidas por algum comentário ou colocação. De fato pareceu ter algum sentido. Isto porque numa cultura tão hedonista, muitos cristãos não possuem opinião formada sobre assuntos diversos; parece que o “Cogito, ergo sum” (Descartes) não anda fazendo jus ao significado de protestante. Então, partindo dessa sensação, a primeira coisa a fazer foi fisgar o leitor mediante o impacto visual, textual ou conceitual. É o venho tentando (se bem que ultimamente acho que não venho chocando ninguém (rs)).
Penso seriamente que existe uma diferença entre escândalo e “analfabetismo” teológico. Se somos protestantes e em nada temos para protestar ou denunciar, torna-se estranho não? Os evangélicos no Brasil têm doutrinas distintas, diferenciados usos e costumes, o que por natureza gera um tipo de auto-estranhamento. Há um choque em alguns pentecostais tradicionais quando dizemos crer na doutrina da eleição? Ou quando batizamos crianças? Acredito que em parte sim. Isso seria escândalo?
Existe uma diferença entre o que seria escândalo por caráter cultural e verdade bíblica, assim como ninguém deve estar fadado a morrer como criança espiritual. Para este segundo caso, a palavra “escândalo” está inapropriada.
Sei das implicações do “Arte de Chocar”, mas tenho pedido perseverança e sabedoria para saber chocar na medida correta, se é que existe tal porção. (risos)

03 - Provavelmente, por causa de sua formação, notamos um destaque muito grande no aspecto musical, muitas vezes com uma abordagem crítica do cenário nacional da música evangélica. Quais os principais desafios de um músico cristão desejoso em fazer uma boa arte com conteúdo e que se depara com a realidade do mercado "gospel"?
Temos uma história de nossa música cristã brasileira assim como também temos uma história de músicos cristãos brasileiros. Acho um tanto quanto desrespeitoso alguém querer fazer música cristã sem ter o mínimo desejo de conhece sobre ela, ou seja, conhecer a gente que desbravou nossa música superou o monopólio dos cânticos europeus, e que deu um toque de brasilidade e poesia em nossa canção. Aqui me valho de gente como Jayrinho, Sérgio Pimenta, Janires, Bomilcar, João Alexandre, Logos, Jorge Camargo, dentre muitos.
Quanto aos desafios para um músico cristão, elenco o desfio da arte: "Entoai-lhe novo cântico, tangei com arte e com júbilo” (sl 33.3). Acredito que a música cristã tem sido uma arte mais rendida a fórmula do que a criatividade e verdade de quem a produz. Acho também que o músico cristão precisa não se enveredar por esse caminho; precisa buscar nas referências desses precursores exemplos e experiências que vão além da noção de $uce$$o.
O músico precisa tratar as músicas cristãs não pela popularidade, mas pela excelência bíblica, estética e sonora. Desafio também é acreditar que músicos são apenas canais de Deus. Não são “super-ministros”, Levitas, ou redutos de unção. Precisam aprender a serem servos em outras áreas além da música, precisam ser peritos não só nas notas musicas, mas na leitura da palavra, no diálogo e participação com a sociedade, etc. O desafio envolve, da mesma forma, o fazer música no sentido de adoração buscando dar a melhor letra, o melhor arranjo, na busca de um novo cântico. Desafio é principalmente não se render aos fetiches do mercado - creio que para a igreja ser edificada através da música não é preciso tocar sempre o “sucesso do momento”; uma canção que contém verdades bíblicas jamais soará vazia, portanto tiremos essa responsabilidade de querer embriagar a igreja em sua totalidade com mantras que são apenas “mais do mesmo”, mas, do contrário, cantemos a verdade, o amor, a arte, sob os requisitos da excelência, sabendo que Deus sempre nos fará um canal.

04 - Muitos têm notado um processo de crescimento nos hemisfério sul, das antigas doutrinas da graça, conhecidas também por Calvinismo. Neste processo os jovens tem se destacado. O estágio atual das ferramentas da internet, como as redes sociais tem relação direta com isto? E quais a importância e os desafios dos blogueiros reformados diante deste processo?
Com certeza. Essa nova interface de comunicação nos proporciona contatos e influências que no mundo do real vivido durariam décadas. Hoje um simples blog de apologética, música ou arte cristã não vive estanque, isolado, mas chega rapidamente nas redes de twitter, facebook, orkut, myspace, etc., levando ideias, pensamentos e acima de tudo a Palavra de Deus - é o que fazemos comumente no nosso dia-dia, não é?
Um dos maiores desafios para os blogueiros é perserverar, nunca desacreditar no trabalho. Há quem subestime esse oficio, ou quem o minimize sua eficácia, mas não há dúvidas de que o blog é uma ferramenta que transforma que influencia, e edifica pessoas. Poderíamos citar vários casos... Eu sou um exemplo vivo!

05 - Gostaria que você nos falasse um pouco das dificuldades que você enfrentou na área acadêmica ao cursar um curso como o de história, e também que deixasse uma mensagem para os leitores deste blog que passam pelos mesmos desafios diariamente.
Entrei no curso de História no ano de 2001 e confesso que foi muito difícil neste início lidar com as ciências humanas em geral. Enquanto Santo Agostinho afirmava que o conhecimento nos aproximava de Deus eu percebia que aquilo tudo que eu lia, discutia em nada convergia com a Verdade defendida pela minha igreja. Levava anotações e dúvidas para o templo, mas as respostas não convenciam, a ponto que as ciências humanas acabavam por mais atraentes e presentes na minha política e social do que os estudos bíblicos sobre o tabernáculo ou escatologia. Sentia que na universidade havia o prazer pelo pensar, enquanto na igreja havia o prazer pelo reproduzir os conceitos prontos, fechados e nunca postos à mudanças (a saber uma Teologia engessada e muita tradição humana). Foi uma época de crise e desencontros.
Atualmente, trabalho com a área de História Cultural, e tem sido uma ótima experiência. Hoje, menos imaturo que a dez anos atrás, percebi que posso tirar proveito de muitos conceitos de filósofos, historiadores, sociólogos, etc. Contudo para que se tenha um curso prazeroso e saudável espiritualmente, é necessário fazer ajustes e pontes com as Verdades de Deus: quando Hegel entendia que sua dialética se movia por uma força idealista, o espírito, eu posso atribuir nitidamente isso ao que a Bíblia confirma sobre “Ele” como Senhor da história; as “relações de poder” de Foucault, as “representações” de Roger Chartier, por exemplo, são conceitos admissíveis até mesmo numa interpretação bíblica da humanidade. É isso que tenho feito, sem relativizar, claro, a Verdade.
Sugiro urgentemente aos que cursam algum curso das ciências humanas que leiam literaturas cristãs relacionadas a sua área. É de suma importância a defesa da fé de uma forma racional, lógica e inteligente – ser cristão é estar a frente do óbvio, é ver além das coisas. É isso que tenho tentado fazer e acredito piamente que é isso que Deus deseja: que sejamos agentes de transformação em todas as áreas da vida, e com certeza na área acadêmica.
Um abraço, e muito obrigado pela entrevista.

Antognoni Misael
@Artedechocar

Entrevista feita por Rodrigo Ribeiro
@rodrigolgd

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

O que será da UMPdaQuarta em 2012?


Qual a realidade que você esperar que a UMP da Quarta viva ano que vem? Fortalecimento dos trabalhos no blog? A tão esperada transição de ações do mundo virtual para o real? Esperar o apocalipse anunciado? Você que é sócio de nossa UMP dará o pontapé inicial. O primeiro passo para concretizar nossos objetivos  será dado agora.

Sábado, dia 12 de novembro, realizaremos na IV Igreja Presbiteriana de Campina Grande a plenária onde iremos eleger a nova diretoria para o ano que vem. Todos os sócios estão intimados a comparecer, e o restante das pessoas que estiverem lendo este texto, estão convidados a orar por esta reunião tão importante.

Qual a UMP que você espera ter ano que vem? O primeiro passo para torná-la real é eleger uma boa diretoria. Vamos fazer nossa parte para que tenhamos um 2012 muito produtivo. Ao menos que o mundo acabe... kkk

OBS: A plenária está marcada para às 19:30h. Quanto mais cedo chegarem, mas rápido a faremos, e assim todos estão dispensados, assim aqueles que forem para  o show de Fernandinho, chegaram em tempo hábil.

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Qual tem sido o motivo da nossa oração?


No livro de I Samuel 1,1-18 conhecemos a história de Ana uma mulher amargurada, insatisfeita e porque não dizer, marginalizada, levando-se em conta que a infertilidade na cultura em que vivia, era tido como uma maldição. Além do mais também naquela época era tido como normal a poligamia, e seu esposo Elcana embora a amassem muito tinha outra esposa, com a qual tivera filhos, esta outra mulher, valendo-se disso humilhava e irritava constantemente Ana.

Era de costume de Elcana de ano em ano subir até Siló (centro religioso israelita), para adorar ao senhor e apresenta-lhe sacrifício em seu nome e de sua família, e nessas ocasiões Ana se entristecia mais ainda chegando a ponto de deixar de comer, o que preocupava o esposo que de tudo fazia para vê-la feliz. Ana levada pela obsessão do seu sonho ignorava até seus esforços.

Mas aconteceu que certa vez a se ver diante do altar do Senhor ela foi tocada e seu coração se quebrantou de tal forma que ela orou desesperadamente e de uma forma totalmente diferente das outras vezes, em sua petição colocou sua vida inteiramente nas mãos de Deus, mudando sua motivação. Deixou de lado a autoestima, a competição com sua rival e qualquer sentimento de egoísmo, e com ele fez um voto: se o senhor lhe desse o filho tão desejado, assim que desmamado, o devolveria, para servi-lo por toda sua vida. O profeta Eli que a observava notou algo estranho nela, e julgo-lhe embriagada, Ana então lhe contou sua situação, e ele comovido despediu-a com sua benção. E o semblante dela já não era mais triste.

Assim como na vida de Ana. Muitas vezes fazemos petições ao Senhor, levados por nosso desespero, buscando o nosso bem-estar e satisfação, sem levar em conta, a vontade de Deus, e sem nos perguntar em que nossos desejos podem glorificar o seu nome, e muitas vezes a sua resposta é não! Analisando outro aspecto da vida de Ana podemos novamente nos identificar, com ela no momento em que deixamos de valorizar tudo de bom que já nos foi dado por Deus, e obsessivamente colocamos toda nossa razão de viver em algo que queremos ter e ainda não conseguimos ou talvez jamais tenhamos.

Depois de mudar a motivação de sua oração, Deus abençoou Ana e concedeu-lhe, o filho tão desejado, Samuel, que consagrado ao Senhor, foi um dos grandes profetas da história da bíblia, além de muitos outros filhos.

Que possamos assim como Ana, abrir os olhos e reconhecer, que o motivo de nossa oração tem que em primeiro lugar, agradar a Deus e glorificar seu nome. Em segundo lugar devemos ser eternamente gratos a Ele por nos proteger; e por fim, pedir-lhe que acima de tudo direcione nossas orações sejam sempre norteadas pelo amor que deve reger toda nossa existência, citando I Co 13;13“ Agora,  pois ,permanecem a fé , a esperança e o amor, porém o maior destes é o amor”. E, sobretudo obedecendo ao que está escrito em Dt. 6;5”Amarás . pois o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda alma e de toda tua força.

Rosilda Barros
@rosildabarros1

terça-feira, 8 de novembro de 2011

UMP Entrevista Especial: Pr. Robson Cruz


Depois de muitos contratempos, é com grande alegria que postamos o vídeo da entrevista com o Pr. Robson Cruz, da cidade de Macéio. Agradecemos aos Pastor pela disponibilidade e também aproveitamos para parabenizar todos que enviaram as perguntas e fizeram desta entrevista um momento de edificação. Deus abençoe a todos!


segunda-feira, 7 de novembro de 2011

UMP Indica: I Seminário de Louvor e Adoração, em Fagundes PB

Segundo as escrituras sagradas, Deus nos deu dons e talentos a serem usados em prol de Seu reino. O serviço na igreja necessita de pessoas preparadas e capacitadas para dar o seu melhor para o fortalecimento do trabalho tendo em vista a glória de Deus.

Acreditando no benefício e eficácia de tais atitudes, o UMP DA QUARTA indica o I Seminário de Louvor e Adoração da Congregação Presbiteriana em Fagundes, com o intuito de capacitar músicos e ministros de louvor interessados em aperfeiçoar seu talento.

Se você tem esse desejo e disponibilidade neste sábado, 12 de Novembro, sinta-se convidado, é gratuito e será oferecido e ministrado pelo contrabaixista e arranjador Janilson Araujo, com grande conhecimento no cenário musical gospel local, com trabalhos desenvolvidos em várias bandas e ministérios de louvor. Mais informações com o Missionário Ericon Fábio (83)8802-3386 ou aqui no blog através de comentário.

Compareça e seja edificado ministerialmente e espiritualmente!


Por Karlla Morais
@eversonekarlla

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Atenção: Entrevista com o Pr. Robson Adiada para Domingo


Devido a problemas de saúde que acometeram o nosso editor de vídeo Felipe Felix, não será possível publicar a entrevista com o Pastor Robson Cruz no dia de hoje. Então, desde já avisamos a todos os internautas que só publicaremos o UMP Entrevista Especial desde mês no Domingo.

Até lá!

ATUALIZAÇÃO: Infelizmente ainda não foi possível concluir a edição, pelos motivos elencados acima, então amanhã iremos postar SE DEUS QUISER! :)

Rodrigo Ribeiro
@rodrigolgd

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Sobre o Amor: Uma reflexão sem idolatria e idealismo


Caso houvesse um Trend Tópics de tudo que é produzido em nossa sociedade, certamente o Amor teria constantemente uma posição de destaque nesta lista. As obras cinematográficas ou televisivas sempre têm como mote central um par romântico e suas desventuras, até mesmo em filmes de ação ou terror. As músicas, inclusive aquelas com conteúdo artístico nulo, abordam predominantemente temáticas que envolvem relacionamentos amorosos. Esta também é a realidade da literatura e das artes plásticas. Inegavelmente isto nos revela uma necessidade do ser humano, mas também demostra aspectos culturais, onde se incentiva o ideal de amor como o fim do homem. Objetivo-mor de nossa existência.

Este pensamento, se não está errado, no mínimo é incompleto. O resultado disto é uma sociedade que busca incessantemente satisfazer sua sanha por uma espécie de amor focado tão somente na pessoa amada, mas esquece do amor ao próximo, e o principal do qual todos derivam, o amor por Deus e sua Glória. Esse é fundamento do amor genuíno, e a razão de nossa existência. Nascemos para “glorificar a Deus e alegra-se nele para sempre”. [1] Se esta verdade não é considerada, todas as outras coisas carecem de fundamento. Podem ser belas, mas estão ocas, vazias. Este é o exato panorama das abordagens a respeito do amor nas artes e outros tipos de entretenimento menos elaborados: produzem descrições envolventes, com muita beleza e idealização, mas não tem a mínima profundidade.

Ao analisar este panorama, dois problemas saltam aos olhos: a idolatria do amor romântico e a idealização inconsequente do outro. A respeito do primeiro, é importante notar que o culto ao amor tão visto em nosso tempo é fruto do pecado do homem, pois é mais uma forma sutil de fazer aquilo que Paulo recriminava na epístola aos Romanos: “pois eles mudaram a verdade de Deus em mentira, adorando e servindo a criatura em lugar do Criador. [2] Somente o coração idolatra corrompido pelo pecado, pode admirar algo sobremodo excelente, criado por Deus, mas ao invés de exaltar o nome Dele por isto, substitui-lo por sua criação. Pare e veja se não é isso que acontece diariamente em nossa cultura. O foco não é amar e obedecer a Deus que criou o amor, mas sim viver de maneira obsessiva em busca deste sentimento por ele criado, mas de forma doentia, deixando o Criador de fora deste enredo.

Esta profunda devoção ao amor idealizado, além do já citado problema da idolatria, também se revela prejudicial na criação de modelos inalcançáveis de homens e mulheres. Para exemplificar esse fato, citarei uma poesia de Vinicius de Moraes, artista notório por seu romantismo, onde fica evidente uma noção hiperdimensionada do amor, desmedida e incontrolável, que necessariamente irá refletir na concepção a respeito da figura amada ideal:

Soneto do amor como um rio
Este infinito amor de um ano faz
Que é maior do que o tempo e do que tudo
Este amor que é real, e que, contudo
Eu já não cria que existisse mais.

Este amor que surgiu insuspeitado
E que dentro do drama fez-se em paz
Este amor que é o túmulo onde jaz
Meu corpo para sempre sepultado.

Este amor meu é como um rio; um rio
Noturno interminável e tardio
A deslizar macio pelo ermo

E que em seu curso sideral me leva
Iluminado de paixão na treva
Para o espaço sem fim de um mar sem termo [3]

Francis Schaeffer, em seu livro “A Arte e a Bíblia” argumenta que devemos analisar as obras de artes sobre quatro aspectos, sendo dois deles a qualidade técnica e o conteúdo intelectual. [4] A respeito da qualidade, este poema tem uma qualidade indiscutível, tanto em sua forma de belo soneto, como no vocabulário bem utilizado e na beleza de seus versos. Entretanto, sob o ponto de vista do conteúdo, notamos nesta poesia uma cosmovisão onde o Amor assume contornos absurdos, ao ponto de fazer comparações como o transcurso de um rio que o leva por caminhos desconhecidos e desagua no mar sem fim. Esta concepção ideal, febril e ilimitada do amor, reflete-se no paradigma construído sobre as qualidades da pessoa amada, tornado os indivíduos escravos de um padrão inatingível de perfeição. Exemplo claro disso é o poeta que escreveu estes versos, pois se casou nove vezes e jamais encontrou alguém que estivesse à altura do sentimento idealizado por ele.

Tal realidade se contrasta com a palavra de Deus, que ao mesmo tempo em que nos dá um padrão elevadíssimo de amor (I Coríntios 13), nos coloca diante da situação de pecadores e limitados, mas que somos aceitos como filhos por causa da misericórdia de Deus, revelada em Cristo. Através da graça de Deus, em Jesus Cristo, o inalcançável se torna real. Isso se aplica nos nossos relacionamentos, inclusive amorosos. Compreender a nossa situação de falhos e pecadores, assim como a graça e misericórdia de Deus é a cosmovisão do amor verdadeiro. Esta é a grande lição para todos os nossos relacionamentos: quando reconhecemos o amargor do pecado, o casamento torna-se doce. [5]

Que desfrutemos de toda a beleza do amor, mas nos distanciando da idolatria e dos padrões idealizados, que nos tornam escravos da perfeição. Lembrando sempre que Deus é a fonte do amor genuíno, pois este é também um fruto do espírito (Gálatas 5:22). Que Deus nos capacite a buscas viver relacionamentos sadios, cheios de pureza, companheirismo, graça, misericórdia, e também romantismo. Que nos dê um amor puro, já que o que vem de nós está maculado pelo pecado.

Um Amor Puro – Djavan


Rodrigo Ribeiro
@rodrigolgd


Citações:
[1]Catecismo Maior de Westminster: In: Bíblia de Estudos de Genebra. 2 Ed. Barueri, SP: Cultura Cristã, 2009. 1803p.

[2]PAULO: In: Bíblia de Estudos de Genebra. 2 Ed. Barueri, SP: Cultura Cristã, 2009. Epístola de Paulo aos Romanos, Capítulo 1, versículo 25. 1474p.

[3] MORAES, Vinicius de. Rio de Janeiro, RJ. Editora de Portugal, 1957.

[4] SCHAEFFER, Francis A.  A Arte e a Bíblia. Viçosa, MG. Traduzido por Fernando Guarany Jr. Ultimato, 2010.

[5] KARVEY, Dave. Quando pecadores dizem “sim”. São José dos Campos, SP. Editora Fiel, 2007.