Banda de Campina Grande, composta por alguns jovens da UMP da Quarta e de outras denominações, a Banda Resistência vem desenvolvendo um trabalho que apesar do pouco tempo já tem obtido bons frutos. Conversamos com ele sobre a história da banda, projetos futuros e outras coisas mais. Leia:
01. Primeiro, como começou a banda e porque o nome RESISTÊNCIA?
Marco Júnior - A banda surgiu de um desejo em comum de todos os participantes, o de levar o evangelho de Cristo através da música. Dessa forma nós estaríamos realizando do ide de Jesus e realizando nossos sonhos. Um grupo de jovens, com talentos musicais e com um propósito firmado no coração, então por que não nos juntarmos, não é verdade? O próprio Jesus se dirige a nós como fortes que já venceram o maligno. Sendo assim, no dia 04 de fevereiro do ano de 2011 ocorreu a primeira reunião da nossa banda que até então era sem nome. E o que nós pudemos ver foi o mover de Deus em nosso favor. Porque bem do nada, nós já tínhamos um convite e ver o nosso sonho se concretizando fez com que a nossa vontade aumentasse, na mesma medida em que o nosso coração se enchia de esperança e de alegria.
Nós passamos um bom tempo como “A Banda que não pode dizer o nome”, será marketing? Não, era a falta de um nome que nos chamasse atenção. Até que um de nossos integrantes sugeriu ‘Resistência’ e teve a aprovação de todos. O nome da banda trata de uma situação comum na vida de um cristão, a bíblia diz: “resisti ao Diabo, e ele fugirá de vós”, e ser um jovem cristão, requer muita perseverança e resistência. Dessa forma o nome proposto condizia com a nossa postura como banda, nós nos unimos para na andar ou estar contra mão do mundo, ir em direção ao nosso alvo que é Cristo. Nós somos testados por várias situações diariamente, e diante de nós sempre se põe dois caminhos: resistir ou se entregar. Nós estamos resistindo com a graça de Deus, e mostrando ao mundo a força que tem a união firmada Nele.
02. A RESISTÊNCIA tem um conhecimento mais expressivo a nível local hoje. Esse é o público alvo da banda ou almeja vôos mais altos?
Walisson Alves - Graças a Deus, a banda tem atingido um bom público na cidade e na circunvizinhança desde que gravamos um CD ao vivo em uma de nossas ministrações. São pessoas que têm nos acompanhado nas ministrações, redes sociais e sempre estão dando força para novos trabalhos desse grupo que tem sido tão bem aceito. Chegamos a ser o assunto mais falado em Campina Grande no Twitter pela repercussão desse trabalho.
Porém, a banda tem um propósito evangelístico. Recentemente estivemos ministrando na cidade de Sossego – PB e tivemos a oportunidade de levar a palavra de Deus não só através de música, mas também de estudos bíblicos com Rodrigo Ribeiro (teclado) e Guilherme Barros (baixo). Nossa meta é, então, levar a palavra de Deus até onde Ele nos permitir que cheguemos. Através dos nossos dons e talentos procurando pregar a genuína palavra de Deus com a música, com ministrações, estudos.
Seguimos, pois, firmes na certeza de que, na intenção de glorificar o nome de Deus e louvá-lo, Ele nos ajudará nessa jornada com misericórdia e alargando as nossas fronteiras para que possamos levar o seu nome, sua história e seus ensinamentos para um povo cada vez mais sedento de sua palavra.
03. O repertório do ministério é formado basicamente por músicas de outros cantores e grupos conhecidos nacionalmente. A banda tem em algum desses artistas sua grande influência? E se a banda já tem alguma ou algumas músicas próprias em andamento.
Guilherme Barros - Especificamente não temos um cantor (a) que nos influencie de modo direto, apesar de termos várias pessoas e bandas, que gostamos de ouvir e admiramos. Cantamos musicas de vários cantores como Fernandinho, André Valadão, PC Baruk e etc. Mas nós gostamos muito de pegar músicas antigas e reformula-las, pois elas contem letras maravilhosas e com muito conteúdo, diferente da maioria das músicas "gospel" de hoje em dia. E sim, nós estamos trabalhando nas nossas músicas e em breve estaremos as divulgando, querermos caprichar o máximo nas melodias e letras para que o nome de Deus possa ser glorificado!
04. Essa tem sido uma pergunta frequente quando tratamos de música em nossas entrevistas. Por se tratar de um tema muito abrangente e que, inclusive, pode gerar opiniões divergentes. Como vocês vêem o crescimento do movimento e da música intitulada gospel hoje no Brasil? Há diferenças ou é tudo pra Deus e pronto?
Rodrigo Ribeiro - O crescimento da música gospel apesar de parecer algo muito bom, tem trazido mais prejuízos do que benefícios ao cristianismo. Essa afirmação é dura, mas é também um desabafo. O nome de Deus não é glorificado quanto notamos a criação de canções cada vez mais baseadas em formulas mágicas de sucesso, sem a mínima criatividade ou intenção de fazer arte. O que é belo glorifica a Deus; O que é falso e superficial, pode até vender muito, mas não o faz. Essa é uma realidade.
Mas a questão crucial é que a música gospel não é mais sinônimo de evangelho. Por isso não há progresso para o reino de Deus quando milhares de lares cantam canções que não falam dos atributos de Deus, do pecado e a incapacidade do homem de salvar-se, da condenação e da irá que está sobre os pecadores e da graça maravilhosa revelada na cruz. Isso é evangelho, mas você encontra muito pouco desta mensagem nas músicas de hoje.
Não podemos ser injustos. Existem exceções, músicos cristãos que fazem arte de qualidade e que tem letras onde o evangelho é o centro. Mas o fato destes serem minoria, e muitas vezes nem simpatizarem com o “mercado gospel” só confirma esta análise. Por isso que nós temos resgatado canções antigas no nosso repertório, pois encontramos verdades bíblicas e uma devoção que está cada vez mais difícil de encontrar. Na música gospel nem tudo é pra Deus. Muitos agradam os mercados e seus fãs, já outros direcionam canções a um Deus que não é o que a bíblia nos revela.
Entretanto também existem aspectos positivos, por causa do maior espaço concedido em lugares que outrora eram inacessíveis. Ainda que isto ocorra por interesses comerciais, poderia ser muito bem aproveitado para proclamar a loucura da pregação através da música. O grande problema é que os têm estas oportunidades, não transmitem esta mensagem de modo digno. Por fim, é importante refletir: será que os músicos cristãos tem desperdiçado uma bela oportunidade, ou está oportunidade só existe por causa da ausência do evangelho em boa fatia do mercado gospel?
05. Apesar do não muito tempo, a Resistência desde sua formação tem feito várias “apresentações” em igrejas e esse ano de 2011 também pela primeira vez no cantinho da bênção. O que a banda tem colhido dessas grandes oportunidades que Deus tem dado que possa deixar de aprendizado para o futuro do grupo?
Wellison Anacleto - Bem, creio que Primeiramente estar dependente de Deus tem sido o nosso maior aprendizado. Quando queremos fazer algo de nós mesmos, não flui, mas quando buscamos saber o que Deus quer tudo ocorre de forma sobrenatural. Outro aprendizado tem sido a amizade do grupo, pois mesmo com falta de tempo, temos um carinho e respeito muito forte por cada um. São dois aprendizados que se levarmos conosco a banda será sempre uma ferramenta nas mãos de Deus.
06. Já agradecido pela participação no UMP DA QUARTA e desejando que Deus guie cada passo da banda, usando-a como instrumento para alcançar vidas para Ele, quero pedir que deixem uma mensagem para os acompanhantes do nosso blog.
Agradecemos a oportunidade de participar deste espaço, e a mensagem que nos deixamos para os jovens que lerão essa entrevista é a mesma que Paulo deixou a igreja de Corinto: Façam tudo para a glória de Deus. Se nós colocarmos isso como meta em nossa vida, poderemos resistir ao pecado, ao diabo, proclamar o evangelho, a salvação que só há em Cristo e assim crescer na graça e no conhecimento para que o nome de nosso Senhor possa ser glorificado em nossas vidas. Que o espírito santo de Deus nos ajude nessa missão!
Banda Resistência
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Entrevista feita por Everson Franklin
@eversonekarlla
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