sábado, 30 de agosto de 2014

Porque os Cristãos não podem deixar de Votar? Com a Palavra Joel Beeke

Parece razoável concluir que a maioria dos calvinistas de gerações anteriores teriam achado inconcebível não votar e não acompanhar as notícias políticas do momento.

Estes acontecimentos são obras da providência de Deus; obedecer e corresponder às Suas obras é um elemento básico do viver cristão. O motivo para o envolvimento político é a obediência a Deus e o desejo de serví-lo em cada área de nossa vida.

Como diz Miquéias 6:8: "O que o Senhor pede de ti: que pratiques a justiça, e ames a misericórdia, e andes humildemente com seu Deus".

À parte de qualquer bem que nosso envolvimento possa produzir, há mais uma razão fundamental para o envolvimento cívico: isso nos dá a oportunidade de glorificar a Deus na esfera pública. Somos chamados a glorificar a Deus em tudo que fazemos e em todos os aspectos de Sua criação.

Extraído de: bereianos.blogspot.com.br

Ericon Fábio

quinta-feira, 28 de agosto de 2014

SOBRE APOLOGÉTICA: O ponto mais positivo (talvez o único) do filme Deus Não Está Morto.


Você com certeza já deve ter escutado alguém falar "Deus não precisa ser defendido". É bem comum ouvir isso quando se fala de apologética nas igrejas. Muitos olham para a apologética como uma prática teológica prepotente que tenta defender a Deus e a fé através de raciocínios humanos. Argumentam que Deus é maior e não precisa ser defendido por homens pequenos. Nesse sentido, Deus Não Está Morto fez um grande serviço ao que pensam dessa maneira ao despertar um interesse pelo assunto. Na verdade, ao fazer apologética estamos apenas cumprindo o chamado de 1 Pedro 3:15:

"Antes, santifiquem Cristo como Senhor no coração. Estejam sempre preparados para responder a qualquer que lhes pedir a razão da esperança que há em vocês."

Creio que esse é um chamado para todos e quero, rapidamente, desmitificar alguns conceito e dar alguns conselhos sobre nossa defesa da fé. Vamos começar pelos mitos:

Mito 1: Apologética é somente para pastores, teólogos e cientistas cristãos. Não, o chamado de Pedro é para todos. Como você tem respondido aos que pedem a razão da sua esperança?

Mito 2: Eu preciso estudar filosofia, biologia, física quântica e evolucionismos para ser um apologeta. Não, o conhecimento bíblico é suficiente. Não devemos desprezar o conhecimento, mas é somente na Escritura que encontramos a razão da nossa esperança.

Mito 3: Apologética é feita apenas nos seminários teológicos, nas universidades e debates científicos. Não, a defesa da fé deve ser feita em todo lugar que existir um cristão. Nossa esperança deve ser explicada em cada casa, rua, empresa e colégio desse mundo.

Mito 4: Apologética atrapalha o evangelismo. De maneira nenhuma, uma boa defesa da fé trabalha junto com o evangelismo para ganhar almas. Ao defender estamos apresentando o evangelho.

Entendo que apologética também é tarefa nossa e que deve ser feita em todos os lugares, vamos aos conselhos simples e práticos:

1. Estude a palavra. Esse é o único conhecimento que, no final das contas, importa. Uma apologética vencedora é aquela que apresenta o evangelho fielmente.

2. Não vise ganhar debates. O mundo é hostil ao evangelho e a tendência é que mesmo ganhando nós saiamos deles derrotados. Uma apologética vencedora não ganha debates, ganha corações.

3. Não deixe de orar. Só se ganha corações através da obra do Espírito que chama pessoas através da proclamação do evangelho. Defenda a fé na dependência do Espírito e em oração.

4. Não caia no discurso da neutralidade. Não existe ambiente religiosamente neutro, nem mesmo o científico ou acadêmico. Quando alguém te convida para um debate neutro geralmente está te convidando para um debate segundo pressupostos do ateísmo. Fique com os seus pressupostos, use a palavra, não tente fazer apologética apenas com argumentos humanos (neutros). É aqui que começo nossa derrota.

5. Identifique os elementos da sua cultura que apontam para uma necessidade de Deus e vazio existencial. Use sua cultura para apresentar a Deus de uma forma mais ilustrativa com Paulo vez em Atenas em Atos 17.

6. Não faça isso apenas pela internet. Apologética pessoal é muito mais eficaz, pois podemos demonstrar nossas emoções, sentimentos e cuidado para com o outro.

E pra finalizar, antes que saiamos por ai defendo fielmente nossa fé, lembremo-nos do versículo seguinte de 1 Pedro 3:15:

"Contudo, façam isso com mansidão e respeito, conservando boa consciência, de forma que os que falam maldosamente contra o bom procedimento de vocês, porque estão em Cristo, fiquem envergonhados de suas calúnias." (1 Pedro 3:16)

Que nossa fé seja defendida e proclamada em todos os lugares por todos os cristãos! #SolaScriptura

Pedro Pamplona
Publicado em: https://www.facebook.com/photo.php?fbid=706122989462876&set=a.101636046578243.3692.100001955438804&type=1&theater&notif_t=like

Jovens Cristãos, Avante!

   Sinto-me muito feliz em termos passado por mais aniversário da UMP da IV. Essa UMP tão disposta e alegre em servir ao Senhor.

   Nosso aniversário aconteceu no último sábado e domingo, 23 e 24 de Agosto e teve como tema “Velhas Verdades”. Completamos 21 anos de mocidade ativa. Fomos edificados com pregações de dois pastores amigos , Pastor Valker e Pastor José Rafael, muito obrigado por todo o carinho.

   Esse texto de hoje se torna bastante especial para mim, pois falo de algo que amo, a União de Mocidade Presbiteriana. Há poucos anos que me envolvi de fato nessa sociedade, mas já quero ficar nela por bastante tempo. Rsrs (...e na SAF futuramente).

  O Hino da Mocidade, de número 382 diz assim: “Somos jovens no mundo velho, a pregar novos ideais, do mesmo Evangelho, que pregaram os nossos pais. O mundo muda, mas Cristo não! Importa que preguemos a salvação!”.

  Quer cantar algo mais bonito do que isso? Cantamos que entendemos o mundo em que vivemos, mas que somos jovens e desejosos de pregar o Evangelho da Salvação, o mundo está velho e muda constantemente, difícil de entender isso não é? , mas Cristo não muda. Nosso Senhor é o mesmo ontem hoje e sempre.

  “Jesus Cristo é o mesmo, ontem, hoje e para sempre.” (Hebreus 13.8).

  “No princípio era aquele que é a Palavra. Ele estava com Deus e era Deus.” (João 1.1).

  Outra parte do hino diz: “Nossas mãos estarão unidas combatendo a escravidão, de preciosas vidas, sem Jesus, sem direção. Não temeremos o tentador! Clamemos pelo Cristo Libertador.”.

  Pois sabemos que o nosso velho homem foi crucificado com ele, para que o corpo do pecado seja destruído, e não mais sejamos escravos do pecado. (Romanos 6:6). Fomos livres do poder do pecado, ele não tem mais peso sobre nós, pois fomos Justificados em Cristo Jesus e hoje somos livres.

  “Eu te amarei, ó SENHOR, fortaleza minha. O Senhor é o meu rochedo, e o meu lugar forte, e o meu libertador; o meu Deus, a minha fortaleza, em quem confio; o meu escudo, a força da minha salvação, e o meu alto refúgio. Invocarei o nome do Senhor, que é digno de louvor, e ficarei livre dos meus inimigos.”. (Salmos 18.1-3).  

  Temos um Libertador, Cristo Jesus, Ele nos livra e protege dos inimigos que estão a nos rodear. Quer momento da vida mais difícil de ser cristão, sem menosprezar os outros momentos, mas que é fácil de ser tentado em meio às coisas ‘boas do mundo’ do que quando somos jovens? Somos bombardeados de informação, de desejos, de mudanças, mas aquele que é firme em Cristo não se abala e permanece firme. Hoje me sinto alegre em ser uma jovem moça que vive a vida para Cristo, servindo-o em uma igreja bíblica e que preza pelos valores cristãos, melhor forma de viver minha juventude não teria.

  E a última parte do hino diz: “Juventude cristã, avante! Empunhando o pendão real, com fé no Comandante, venceremos todo mal! ‘Sê testemunha’ - disse o Senhor.  Falemos sempre de Jesus, sem temor!”.

  Essa última estrofe do hino é mais uma síntese do que devemos ser, uma juventude cristã que deve avançar no mundo, tendo como regra de fé e prática o pendão real, a Palavra do Senhor, sem essa maravilhosa Palavra vivemos cego e rumando ao nada. Com as Sagradas Escrituras, rumamos à ao caminho de vida e paz e à Eternidade que nos é proposta. Vivamos sem temor, falando sempre do nosso Salvador, que se entregou em uma cruz, pelos nossos pecados. Ele nos amou primeiro!

“Alegres na Esperança,
Fortes na Fé,
Dedicados no Amor,
e Unidos no Trabalho.”

LARYSSA LOBO

https://www.facebook.com/laryslobo

sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Igrejas na Guerra, apoie-as!

O título desse post pode sugerir uma série de temas referentes à Igreja de Cristo, uma guerra contra o pecado, uma batalha espiritual e etc. Contudo, irei falar sobre a situação de Igrejas que vivem literalmente em meio a guerras. É o caso da Igreja de Cristo no Oriente Médio, em especial na Síria, Palestina, Iraque e mais recentemente, no Egito.

Uma das coisas que mais amo no Cristianismo é que ele não é apenas uma religião local, ligada a algum país ou território físico, mas sim um Reino global composto por pessoas de todas as tribos e nações; o que significa que em todos os lugares do mundo, até mesmo nos mais hostis e remotos do mundo há uma parte da Igreja de Cristo, mesmo que seja apenas um pequeno remanescente fiel... Isso significa que nos lugares onde há guerras há também uma Igreja, a qual além de estar engajada nas lutas comuns a todos os cristãos, também sofre as consequências de uma guerra física, correndo diversos riscos, inclusive a do fim da vida na terra.

Como diz o Irmão André em seu livro "Força da Luz" sobre a Igreja Palestina, o fato de sermos cristãos não nos tira do mundo, nem nos impede de sofrer com os males que o afligem, inclusive as guerras. Assim, segundo ele, é papel da Igreja tentar vencer o mal com o bem como nos ensina as Santas Escrituras, por isso, é de fundamental importância que a Igreja de Cristo esteja presente nos locais em que há guerras, pois Cristo é o único caminho e a solução definitiva para paz. Entretanto, nem sempre é isso o que acontece. Nos últimos anos, com os crescentes conflitos no Oriente Médio, os poucos cristãos que ainda restam na região tem fugido em massa para o Ocidente e com eles a única esperança de paz.

Eu compreendo o quão difícil deve ser a vida em um contexto de guerra, mesmo nunca tendo-o experimentado e por isso não julgo os cristãos do Oriente Médio por emigrarem. Mas o que mais me entristece é saber que nada tem sido para evitar esse êxodo, principalmente por nós, cristãos do Ocidente e até mesmo do Sul. Se os cristãos não se dispõem a socorrer seus irmãos que vivem em contextos de guerra lutando para que eles possam permanecer em suas próprias casas em segurança, como poderemos esperar que a comunidade internacional ou os chefes de Estado o façam? Se como cristãos cremos que Jesus é realmente o Príncipe da Paz e a única solução para os conflitos do Oriente Médio, temos que fazer algo para a ajudar as Igrejas desses locais a permanecerem lá, firmes e fazendo a diferença, sendo uma pequena luz em meio à grande escuridão que os cerca. 


Hoje, em especial, há algumas Igrejas que precisam muito da nossa ajuda. Uma delas é a Igreja na Síria, uma Igreja que durante anos clamou a Deus por um avivamento genuíno e Deus os respondeu com uma guerra civil e inúmeras oportunidades de serem despenseiros do Seu amor em uma sociedade marcada pelo ódio e pela ganância pelo poder. Outras Igreja que está em meio a uma guerra severa e que precisa imensamente do nosso apoio é a Igreja Palestina, em especial na Faixa de Gaza. Além das opressões diárias que essa Igreja sofre por causa do Hamas que governa a região, eles também tem sofrido durante com os ataques israelenses, que tem ocasionado a morte de milhares de civis. Por fim, há também a Igreja do Iraque que nos últimos dias tem sido vítima de um verdadeiro genocídio por parte do grupo terrorista islâmico ISIS. Que não estejamos indiferentes a isso, mas nos levantemos a favor desses cristãos!

Igor Sabino

quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Seguir a Jesus não é para quem quer

Aqui começa a publicidade da história de doze pessoas extremamente interessantes. Poder-se-ia falar de cada um com seus defeitos, suas virtudes, como vaidade, cobiça, traição, carinho, afeto, dedicação, exagero. Mas no que isto os faz interessantes? Estas características estão distribuídas pela humanidade e destacar alguém por possuir uma delas, ou tantas outras não citadas aqui, não faz ninguém especialmente interessante. O grande fato marcante na vida desses homens não tem nada a ver com nenhuma característica intrínseca deles, nem de suas capacidades ou posição social. A grande marca na história deles é a pessoa que eles passaram a acompanhar, a ouvir, a aprenderem com ele, vendo a cada dia seus exemplos, suas parábolas, suas exortações e seu extremo amor a Deus. Esta pessoa ninguém mais é que o Nosso Senhor Jesus Cristo, o Deus encarnado, aquele que viveu entre os homens e revelou a Glória do Pai. 


Homens simples, pescadores, cobradores de impostos, até um revolucionário. De alguns sabemos um pouco mais, como Pedro e seus arroubos, sua tripla negação, sua dedicação ao Evangelho; ou João, dedicadamente afetuoso e certa vez querendo que caísse fogo sobre uma cidade e noutra oportunidade, junto com seu irmão Tiago, querendo sentar-se a direita de Cristo no reino dos céus. E o que falar de um certo Tomé, se recusando a crer na ressurreição de Cristo? Ou de um cidadão que com um beijo entrega o Senhor na mão dos romanos? Felipe, pedindo a Jesus para mostrar-lhes o Pai? De outros sabemos menos como Bartolomeu, Tiago Filho de Alfeu. Mas em comum com eles, temos o mesmo chamado: Vinde após mim. 

Na verdade, o chamado é uma ordem: Vinde. E não depende de quem é chamado ou de qualquer virtude deste, mas daquele que chama, que vocaciona. Ou seja, ser discípulo de Cristo não é para quem quer. Não é para quem tem mais posição ou mais dinheiro ou mais eloquência. É para a aqueles a quem o Senhor Jesus eficazmente chamar: Vinde após mim. 

Em Mateus a história começa no capítulo 4, verso 18 com Pedro e André e termina no capítulo 9, verso 9 com o chamado do próprio Mateus. 

Homens como eu e você, em nada diferente. O que transformou a vida de 11 daqueles homens foi a presença de Jesus em suas vidas. E é quem transformou a minha vida e a sua vida também e vai transformar a vida de muitos ainda, que serão alcançados com a pregação do Evangelho.  

Que nossas vidas reflitam a luz do nosso Senhor e mostrem efetivamente que somos seus discípulos.

Presb. Cícero da Silva Pereira

segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Os Oráculos de Pítia

Pítia era uma sacerdotisa do templo de Apolo, famoso por suas previsões dúbias que acabavam por agradar todos os que consultavam os seus oráculos. Pois suas palavras ambíguas sempre poderiam ser interpretadas conforme o desejo do consultante.


Conta-se que o Rei Creso, monarca grego, antes do confronto com a Pérsia a consultou e obteve como resposta: "Se fores a guerra, destruirás um grande império." O rei ficou sobremaneira confiante e foi a guerra. Resultado: uma grande derrotado se abateu sobre ele. A profetiza defendeu seu oráculo afirmando que o reino a ser destruído era exatamente o dele.

Os oráculos do nosso Deus, no entanto, são diferentes do de Pítia em sua forma e eficácia. Eles são tão certeiros e claros que até mesmo quando os homens tentam burlá-los, ainda assim cumprem-se. Como por exemplo no caso do ímpio Rei Acabe, que ao consultar o profeta Miqueías recebeu a previsão da parte de Deus que a batalha contra os sírios seria perdida e ele seria morto. O rei disfarçou-se de soldado comum, mas uma flecha o atingiu no final da batalha e ele morreu (2 Crônicas 18). A palavra de Deus é direta e infalível naquilo que diz. A prova maior é a vinda, a morte e ressurreição de Cristo que permeiam todo o Antigo Testamento.

Ademais, o próprio apóstolo Pedro nos afirma que "Sabendo primeiramente isto: que nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação. (2 Pedro 1:20), em oposição à liberdade interpretativa que a ambiguidade da profetisa Pítia permitia.

Diante de tudo isso, é com pesar que precisamos constatar que muito daquilo que é propagado hoje como profecia da parte de Deus, em regra nos cultos pentecostais, assemelham-se muito mais ao padrão genérico e impreciso encontrado nos templos de Apolo do que às profecias bíblicas. A palavra de Deus é certa, clara e cumpre-se sempre. Os que afirmam ter revelações da parte de Deus, deveriam atentar para isso com temor, sob pena de serem meros pagãos transvestidos com vestimentas cristãs.

Seguro mesmo somente as Escrituras inerrantes que nos guiam no caminho da verdade, e nos garante a vitória final, não de forma dúbia como Pítia, mas certa e induvidosa, por conta do nosso general: Cristo!

Presb. Rodrigo Ribeiro

sexta-feira, 15 de agosto de 2014

Como Você se Chama?

Conta-se que certa vez um dos soldados da milícia de Alexandre “o Grande”, acovardou-se perante um prisioneiro inimigo negando-se a matá-lo. Bastante contrariado ao saber do episódio, Alexandre resolveu indagar seu acuado soldado e vendo-o Imperador perguntou como se chamava o covarde combatente: “Meu nome é Alexandre, senhor!”, respondeu. Curiosamente, o guerrilheiro possuía exatamente o mesmo nome de seu líder. Furioso, Alexandre “O grande” lhe chamou a atenção, dizendo: “Soldado, ou você muda de nome, ou muda de atitude!”

Fictícia ou não, essa história nos serve para ilustrar sobre o nome de Cristo que muitos tem usado de maneira desonrosa. Milhões de pessoas são conhecidas como cristãs em todo o mundo, mas uma minoria tem levado à sério o verdadeiro significado desse nome e suas implicações práticas para a vida daqueles que assim são conhecidos, tornando o nome inócuo, e longe de seu verdadeiro significado. É evidente, que muitos têm se apossado dessa terminologia sem fazer a mínima ideia de que, ou principalmente, de Quem se trata, uma vez que o cristianismo se refere exclusivamente a uma Pessoa – Jesus Cristo.

O termo cristão foi o apelido dado aos seguidores de Jesus na cidade de Antioquia (At 11.26). Os “pequenos Cristos” ganharam esta nomenclatura devido ao testemunho fiel, demonstrado através de suas vidas que imitavam muito claramente os passos de seu Mestre. Estes buscavam zelosamente não envergonhar o nome que possuíam, pois tinham a consciência de quão precioso era ser conhecidos pelo nome de Cristo. Além disto, defender o cristianismo era está preparado para enfrentar diversas perseguições.

Foi pelo nome de Jesus Cristo que os apóstolos se alegraram mesmo em meio de muitos sofrimentos: “E eles se retiraram do Sinédrio regozijando-se por terem sido considerados dignos de sofrer afrontas por esse Nome” (At 5.41). Vários discípulos morreram por defenderem esse Nome, pois para eles o Salvador era mais importante que suas próprias vidas (At 20.24); Em face da morte Inácio de Antioquia, um dos pais da Igreja, escreveu aos irmãos de Esmirna: “É somente no nome de Jesus Cristo e por causa de compartilhar seus sofrimentos que eu posso enfrentar tudo isso”. Assim, o bispo de Antioquia foi martirizado.

Estes cristãos, verdadeiramente, fizeram jus ao nome de quem eram chamados, mostrando que ser cristão é bem mais que uma nomenclatura, um status, ou uma profissão de fé, mas um assemelhar-se com Cristo, seguindo o exemplo que Cristo deixou: “Porquanto para isto mesmo fostes chamados, pois que também Cristo sofreu em vosso lugar, deixando-vos exemplo para seguirdes os seus passos” (1 Pe 2.21).

Ainda que o termo Cristão tenha caído em uso comum, nós, os que assim somos conhecidos, precisamos refletir seriamente sobre a forma como temos utilizado este nome. É hora de mudar de nome ou mudar de atitude, como o soldado do exército de Alexandre fora desafiado. Enquanto nossa vida não for um reflexo do caráter dAquele a quem dizemos estar seguindo, não podemos nos apropriar indevidamente de seu santo Nome, desonrando ao Senhor Jesus, e, igualmente, a todos aqueles que antes de nós defenderam com temor e paixão este Nome, até os nossos dias. Precisamos ser conformados à imagem de Cristo (Rm 8.29), e andar assim como ele andou (1 Jo 2.6), para assim podermos ser chamados como Ele é.

Atente para isso! Hoje, podemos facilmente nos camuflar em meio a massa cristã que se prolifera dia após dia, mas chegará o dia em que não poderemos mais esconder nossa verdadeira identidade, pois o Deus que revela o que está em oculto (Mc 4.22) haverá de revelar os seus filhos (Is 43.1), e irá desmascarar os falsos cristãos. E assim todos verão a diferença entre os chamados cristãos, e os cristãos chamados.


“Aquele que diz que permanece nele, esse deve também andar assim como ele andou.” (1 Jo 2.6).

Ericon Fábio

A Loucura do Evangelho ou as Loucuras dos Evangélicos? Com a Palavra Augustus Nicodemos

O apóstolo Paulo escreveu aos coríntios que a palavra da cruz é loucura para a mente carnal e natural, para aqueles que estão perecendo (1Co 1:18, 21, 23; 2.14; 3.19). Ele mesmo foi chamado de louco por Festo quando lhe anunciava esta palavra (Atos 26.24). Pouco antes, ao passar por Atenas, havia sido motivo de escárnio dos filósofos epicureus e estóicos por lhes anunciar a cruz e a ressurreição (Atos 17:18-32). O Evangelho sempre parecerá loucura para o homem não regenerado. Todavia, não há de que nos envergonharmos se formos considerados loucos por anunciar a cruz e a ressurreição. Como Pedro escreveu, se formos sofrer, que seja por sermos cristãos e não como assassino, ou ladrão, ou malfeitor, ou como quem se intromete em negócios de outros (1Pedro 4.15-16).

Nesta mesma linha, na carta que escreveu aos coríntios, o apóstolo Paulo, a certa altura, pede que eles evitem parecer loucos: "Se, pois, toda a igreja se reunir no mesmo lugar, e todos se puserem a falar em outras línguas, no caso de entrarem indoutos ou incrédulos, não dirão, porventura, que estais loucos?" (1Co 14:23). Ou seja, o apóstolo não queria que os cristãos dessem ao mundo motivos para que nos chamem de loucos a não ser a pregação da cruz.

Infelizmente os evangélicos - ou uma parte deles - não deu ouvidos às palavras de Paulo, de que é válido tentarmos não parecer loucos. Existe no meio evangélico tanta insensatez, falta de sabedoria, superstição, coisas ridículas, que acabamos dando aos inimigos de Cristo um pau para nos baterem. Somos ridicularizados, desprezados, nos tornamos motivo de escárnio, não por que pregamos a Cristo, e este, crucificado, mas pelas sandices, tolices, bobagens, todas feitas em nome de Jesus Cristo.

O que vocês acham que o mundo pensa de uma visão onde galinhas falam em línguas e um galo interpreta falando em nome de Deus, trazendo uma revelação profética a um pastor? Podemos dizer que o ridículo que isto provoca é resultado da pregação da cruz? Ou ainda, o pastor pião, que depois de falar línguas e profetizar rodopia como resultado da unção de Deus? (foto) Ou ainda, a "unção do leão" supostamente recebida da parte de Deus durante show gospel, que faz a pessoa andar de quatro como um animal no palco?

Eu sei que vão argumentar que Deus falou através da burra de Balaão, e que pode falar através de galináceos ungidos. Mas, a diferença é que a burra falou mesmo. Ninguém teve uma visão em que ela falava. E deve ter falado na língua de Balaão, e não em línguas estranhas. Naquela época faltavam profetas - Deus só tinha uma burra para repreender o mercenário Balaão. Eu não teria problemas se um galinheiro inteiro falasse português na falta de homens e mulheres de Deus nesta nação. Mas não me parece que este é o caso.

Sei que Deus mandou profetas andarem nus e profetizarem e fazerem coisas estranhas como esconder cintos de couro para apodrecerem. E ainda mandou outros comerem mel silvestre e gafanhotos e se vestirem de peles de animais. Tudo isto fazia sentido naquela época, onde a revelação escrita, a Bíblia, não estava pronta, e onde estes profetas eram os instrumentos de Deus para sua revelação especial e infalível. Não vejo qualquer semelhança entre o pastor pião, a pastora leoa e o profeta Isaías, que andou nu e descalço por três anos como símbolo do que Deus haveria de fazer ao Egito e à Etiópia (Is 20:2-4).

Eu sei que o mundo sempre vai zombar dos crentes, mas que esta zombaria, como queria Paulo, seja o resultado da pregação da cruz, da proclamação das verdades do Evangelho, e não o fruto de nossa própria insensatez.

Eu não me envergonho da loucura do Evangelho, mas das loucuras de alguns que se chamam de evangélicos.


Fonte: http://tempora-mores.blogspot.com.br/2009/10/loucura-do-evangelho-ou-as-loucuras-dos.html

Lídia Santos

segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Eu sou um Pastor Batista e amo outro Homem

Eu me sinto bem em finalmente poder tornar isso público – eu amo um homem. Eu sou um pastor batista da convenção do Sul dos Estados Unidos e isso é verdade. Permita-me lhe contar sobre isso.
Eu conheci esse homem na faculdade. Durante o curso de três anos, nós nos tornamos amigos muito próximos. Nós passávamos madrugadas juntos conversando – tanto assuntos sérios como ridículos. Nós celebramos vitórias juntos e apoiamos um ao outro em momentos difíceis, provas e relacionamentos. Eu gastei muitas noites adormecendo no carpete do seu quarto ou até mesmo em sua cama enquanto tentava quase que de coração estudar nas primeiras horas da manhã.
Depois da faculdade, ele se alegrou comigo e minha esposa, Mindy, em nosso casamento. Ele era tão exuberante quanto possível, realmente se alegrando com aqueles que se alegram. Quando eu me mudei para Lousville e ele para East Coast, poderíamos pensar que nosso relacionamento aos poucos iria acabar. Não acabou. Ao nos tornarmos maduros na fé e como homens, nosso amor um pelo outro apenas aumentou. Eu estava ocupado com o seminário, trabalhando com a igreja, casamento e depois filhos. Ele tinha um trabalho puxado e que lhe demandava muito tempo, contudo ele era fiel em manter a sua parte do nosso relacionamento através de cartões postais, telefonemas e visitas.
Ele celebrou o nosso primeiro filho conosco. Ele gastou o seu suado salário e precioso tempo para vir nos visitar diversas vezes nesses anos iniciais. Ele foi animado do mesmo jeito dar as boas vindas ao nosso segundo filho quando ele veio ao mundo. Ele tem sido um presente precioso para a nossa família, estimando nossos filhos e minha esposa. Suas visitas generosas geralmente eram acompanhadas pelos dons e sempre eram garantias de que os nossos corações seriam cheios da alegria do Senhor.
Nós gastamos incontáveis horas em conversas no telefone, no Skype e nos comunicando via e-mail. Geralmente nós falávamos por cerca de duas horas sobre dificuldades, eventos, estórias engraçadas e a graça do Senhor.
Quando eu e minha esposa nos mudamos para Newberry, South Carolina, suas visitas continuaram. De fato ele se voluntariou para pagar sua própria ida a fim de nos ajudar a nos mudar de Kentucky para South Carolina. Foi uma grande benção ter esse irmão conosco durante as dificuldades dos primeiros dias em Newberry.
Nós construímos coisas juntos. Nós corremos juntos. Nós aproveitamos a criação de Deus juntos.
Eu tive a benção de ver o Senhor mudando os seus desejos e o chamando para ser treinado para o ministério. Eu tive a maravilhosa oportunidade de escrever recomendações para esse homem a quem a minha alma ama. Eu tenho quietamente celebrado ao ver o Senhor liderando em um caminho que eu mesmo trilhei alguns anos atrás e tenho orado para que Deus proveja a ele uma fiel e amável esposa que o apóie.
Enquanto lutei durante o meu primeiro ano enquanto pastor, ele estava lá. Estava lá para chorar comigo. Estava lá para discutir pontos teológicos difíceis. Estava lá para orar por mim. Estava lá para me desafiar, encorajar e me amar. Ele, mais do que ninguém além da minha esposa, entende e está totalmente a par das minhas feridas mais profundas. Ele chorou comigo e Mindy durante o nosso aborto espontâneo. Ele se machucou junto com nossa família.
Por todas essas coisas e por um future cheio de mais esse tipo de amor, alegria e irmandade cristã, eu tenho que dizer: “Senhor, obrigado por esse homem que eu amo.”
A mentira
Dois grupos nos dizem que esse tipo de amor é impossível. Primeiro, o mundo. Se eu chegasse para alguém na rua e falasse que eu sinto isso por um homem, eles insistiriam que eu estava sentindo atração homossexual. Isso é mentira.
Segundo, a igreja. Muitas igrejas tem nos feito crer que o “amor de irmãos” que a Bíblia encoraja deve ser algo desenvolvido ao redor de uma partida de UFC. Isso também é uma mentira.
Nós como igreja temos cedido esse tipo de amor que eu divido com esse amigo à comunidade gay. Nós tememos. Temos medo de sermos mal interpretados pela nossa cultura, tememos a vulnerabilidade, tememos que isso seja antibíblico.
Isso é uma mentira do príncipe das trevas. Ele quer que irmãos em Cristo se sintam desconfortáveis ao verdadeiramente amarem uns aos outros. Ele tem pervertido a afeição de irmãos como homo-erotismo e o tornou totalmente inacessível para o crente. Nós como crentes não podemos conceber que esse tipo de amor que Pedro encoraja – um “amor fraternal, não fingido; amando-vos ardentemente uns aos outros com um coração puro” (1 Pe 1.22). Onde está o amor que é caracterizado por ser misericordioso e humilde (1 Pe 3.8)?
Satanás tem roubado os relacionamentos como o de Davi e Jonathan de nós, irmãos em Cristo. O que você fará quanto a isso? Amar outro homem como à sua própria alma (1 Sm 18.1) não é um amor homossexual; é o amor de Cristo. É realmente está disposto a dar sua própria vida pelos seus irmãos (1 Jo 3.16). Nós temos que construir esses tipos de relacionamentos uns com os outros: homens que realmente amam outros homens.
Irmãos, se nós demonstrarmos o amor de Cristo um pelo outro, nós podemos começar a estabelecer credibilidade com a comunidade gay. Eles não acreditam que nós podemos amar outros homens. Vamos provar que eles estão errados. Talvez, então, depois de ver a verdadeira luz do evangelho de Jesus, eles sejam atraídos das trevas nas quais Satanás os mantém cativos para a luz do maravilhoso amor auto-sacrifical de Cristo.

Original: http://thegospelcoalition.org/article/im-southern-baptist-and-i-love-a-man

Chad Ashby
Traduzido por Igor Sabino

sábado, 2 de agosto de 2014

O Que é a Teologia da Glória? Com a Palavra, R.C. Sproul Jr


Existe uma tensão apropriada na relação entre os cristãos e o mundo. Servimos a um Senhor que veio para trazer vida abundante (João 10.10), que venceu o mundo (João 16.33), que está sujeitando todas as coisas aos seus pés (Efésios 1.22), que verá todo joelho se dobrar e toda língua confessar que Ele é Senhor, para a glória do Pai (Filipenses 2.10). Jesus é o segundo Adão que teve sucesso onde o primeiro Adão fracassou, não somente por obedecer à lei de Deus perfeitamente, não somente por expiar nossa falha em guardar a lei, mas por cumprir o mandato de domínio. A igreja, que é a segunda Eva, ou noiva do segundo Adão, é uma ajudadora idônea de Jesus para cumprir esse chamado. Estamos em união com ele, ossos de seus ossos. Devemos estar engajados em insistir sobre os direitos régios do Rei Jesus.
O problema é que nós, como os discípulos antes de nós, frequentemente somos mais zelosos pelo nosso próprio sucesso, pela nossa própria glória do que o somos pelo reino. Eles queriam saber quem seria o primeiro no reino. Muitas vezes fazemos o mesmo. A noção de “a teologia da glória” é um meio de nos advertir contra essa tentação. Fundamentada no pensamento luterano, somos lembramos que as armas da nossa guerra não são carnais (2 Coríntios 2.10), que o primeiro será o último e o último será o primeiro (Mateus 20.16). Somos chamados a morrer pelos nossos inimigos, e não a matá-los; a dar livremente em vez de tomar; a oferecer a outra face; e até mesmo a viver em paz e quietude com todos os homens, tanto quanto possível. Isso os luteranos chamam sabiamente de “a teologia da cruz”. Devemos viver vidas de sacrifício.
Um retrato desequilibrado do lado da glória é encontrado no evangelho da prosperidade. Essa heresia ensina que é a vontade de Deus que todos nós desfrutemos de grande saúde e riqueza, que como filhos do Rei todos devemos viver como príncipes. Um retrato desequilibrado do lado da cruz é encontrado na heresia ascética – não coma, não beba, não toque. Aqui as bênçãos de Deus são malvistas, vistas como sinal de mundanismo e não como dons das mãos de Deus. Aqui a pobreza é vista como uma virtude em si mesma. O pior de tudo é que essa perspectiva pode se degenerar numa negação do reinado de Cristo sobre todas as coisas.
Nosso chamado não é buscar nosso próprio conforto, muito menos nossa glória. Antes, somos chamados a tornar conhecida a glória do nosso Rei. Devemos tornar visível o reino invisível de Deus. Contudo, fazemos isso através de meios ordinários. À medida que trabalhamos fielmente, em vez de subir a escada financeira, à medida que trocamos fraldas, em vez de contar o nosso ouro, à medida que Ele é exaltado e nós humilhados, não estamos evitando a glória da cruz, mas sim abraçando a glória da cruz. Vivemos morrendo. Vencemos perdendo. Conquistamos recuando. Nos orgulhamos de nossa fraqueza.
Jesus reina. Mas quanto a nós, seus súditos, não são muitos os sábios, nem muitos os poderosos, nem muitos os nobres. Portanto, aquele que se gloria glorie-se no Senhor. Quando mais manifestamos a Cristo e ele crucificado, mais manifestamos o seu reinado soberano.
Fonte: http://www.monergismo.com/rcsprouljr/o-que-e-a-teologia-da-gloria/

Presb. Cícero da Silva Pereira