Pítia era uma sacerdotisa do templo de Apolo, famoso por suas previsões dúbias que acabavam por agradar todos os que consultavam os seus oráculos. Pois suas palavras ambíguas sempre poderiam ser interpretadas conforme o desejo do consultante.
Conta-se que o Rei Creso, monarca grego, antes do confronto com a Pérsia a consultou e obteve como resposta: "Se fores a guerra, destruirás um grande império." O rei ficou sobremaneira confiante e foi a guerra. Resultado: uma grande derrotado se abateu sobre ele. A profetiza defendeu seu oráculo afirmando que o reino a ser destruído era exatamente o dele.
Os oráculos do nosso Deus, no entanto, são diferentes do de Pítia em sua forma e eficácia. Eles são tão certeiros e claros que até mesmo quando os homens tentam burlá-los, ainda assim cumprem-se. Como por exemplo no caso do ímpio Rei Acabe, que ao consultar o profeta Miqueías recebeu a previsão da parte de Deus que a batalha contra os sírios seria perdida e ele seria morto. O rei disfarçou-se de soldado comum, mas uma flecha o atingiu no final da batalha e ele morreu (2 Crônicas 18). A palavra de Deus é direta e infalível naquilo que diz. A prova maior é a vinda, a morte e ressurreição de Cristo que permeiam todo o Antigo Testamento.
Ademais, o próprio apóstolo Pedro nos afirma que "Sabendo primeiramente isto: que nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação. (2 Pedro 1:20), em oposição à liberdade interpretativa que a ambiguidade da profetisa Pítia permitia.
Diante de tudo isso, é com pesar que precisamos constatar que muito daquilo que é propagado hoje como profecia da parte de Deus, em regra nos cultos pentecostais, assemelham-se muito mais ao padrão genérico e impreciso encontrado nos templos de Apolo do que às profecias bíblicas. A palavra de Deus é certa, clara e cumpre-se sempre. Os que afirmam ter revelações da parte de Deus, deveriam atentar para isso com temor, sob pena de serem meros pagãos transvestidos com vestimentas cristãs.
Seguro mesmo somente as Escrituras inerrantes que nos guiam no caminho da verdade, e nos garante a vitória final, não de forma dúbia como Pítia, mas certa e induvidosa, por conta do nosso general: Cristo!
Presb. Rodrigo Ribeiro
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