Eu me sinto bem em finalmente poder tornar isso público – eu amo um
homem. Eu sou um pastor batista da convenção do Sul dos Estados Unidos e isso é
verdade. Permita-me lhe contar sobre isso.
Eu conheci esse homem na faculdade. Durante o curso de três anos, nós
nos tornamos amigos muito próximos. Nós passávamos madrugadas juntos
conversando – tanto assuntos sérios como ridículos. Nós celebramos vitórias
juntos e apoiamos um ao outro em momentos difíceis, provas e relacionamentos.
Eu gastei muitas noites adormecendo no carpete do seu quarto ou até mesmo em
sua cama enquanto tentava quase que de coração estudar nas primeiras horas da
manhã.
Depois da faculdade, ele se alegrou comigo e minha esposa, Mindy, em
nosso casamento. Ele era tão exuberante quanto possível, realmente se alegrando
com aqueles que se alegram. Quando eu me mudei para Lousville e ele para East
Coast, poderíamos pensar que nosso relacionamento aos poucos iria acabar. Não
acabou. Ao nos tornarmos maduros na fé e como homens, nosso amor um pelo outro
apenas aumentou. Eu estava ocupado com o seminário, trabalhando com a igreja,
casamento e depois filhos. Ele tinha um trabalho puxado e que lhe demandava
muito tempo, contudo ele era fiel em manter a sua parte do nosso relacionamento
através de cartões postais, telefonemas e visitas.
Ele celebrou o nosso primeiro filho conosco. Ele gastou o seu suado
salário e precioso tempo para vir nos visitar diversas vezes nesses anos
iniciais. Ele foi animado do mesmo jeito dar as boas vindas ao nosso segundo
filho quando ele veio ao mundo. Ele tem sido um presente precioso para a nossa
família, estimando nossos filhos e minha esposa. Suas visitas generosas
geralmente eram acompanhadas pelos dons e sempre eram garantias de que os
nossos corações seriam cheios da alegria do Senhor.
Nós gastamos incontáveis horas em conversas no telefone, no Skype e nos
comunicando via e-mail. Geralmente nós falávamos por cerca de duas horas sobre
dificuldades, eventos, estórias engraçadas e a graça do Senhor.
Quando eu e minha esposa nos mudamos para Newberry, South Carolina, suas
visitas continuaram. De fato ele se voluntariou para pagar sua própria ida a
fim de nos ajudar a nos mudar de Kentucky para South Carolina. Foi uma grande
benção ter esse irmão conosco durante as dificuldades dos primeiros dias em
Newberry.
Nós construímos coisas juntos. Nós corremos juntos. Nós aproveitamos a
criação de Deus juntos.
Eu tive a benção de ver o Senhor mudando os seus desejos e o chamando
para ser treinado para o ministério. Eu tive a maravilhosa oportunidade de
escrever recomendações para esse homem a quem a minha alma ama. Eu tenho
quietamente celebrado ao ver o Senhor liderando em um caminho que eu mesmo
trilhei alguns anos atrás e tenho orado para que Deus proveja a ele uma fiel e
amável esposa que o apóie.
Enquanto lutei durante o meu primeiro ano enquanto pastor, ele estava
lá. Estava lá para chorar comigo. Estava lá para discutir pontos teológicos
difíceis. Estava lá para orar por mim. Estava lá para me desafiar, encorajar e
me amar. Ele, mais do que ninguém além da minha esposa, entende e está
totalmente a par das minhas feridas mais profundas. Ele chorou comigo e Mindy
durante o nosso aborto espontâneo. Ele se machucou junto com nossa família.
Por todas essas coisas e por um future cheio de mais esse tipo de amor,
alegria e irmandade cristã, eu tenho que dizer: “Senhor, obrigado por esse
homem que eu amo.”
A mentira
Dois grupos nos dizem que esse tipo de amor é impossível. Primeiro, o
mundo. Se eu chegasse para alguém na rua e falasse que eu sinto isso por um
homem, eles insistiriam que eu estava sentindo atração homossexual. Isso é
mentira.
Segundo, a igreja. Muitas igrejas tem nos feito crer que o “amor de
irmãos” que a Bíblia encoraja deve ser algo desenvolvido ao redor de uma
partida de UFC. Isso também é uma mentira.
Nós como igreja temos cedido esse tipo de amor que eu divido com esse
amigo à comunidade gay. Nós tememos. Temos medo de sermos mal interpretados
pela nossa cultura, tememos a vulnerabilidade, tememos que isso seja
antibíblico.
Isso é uma mentira do príncipe das trevas. Ele quer que irmãos em Cristo
se sintam desconfortáveis ao verdadeiramente amarem uns aos outros. Ele tem
pervertido a afeição de irmãos como homo-erotismo e o tornou totalmente
inacessível para o crente. Nós como crentes não podemos conceber que esse tipo
de amor que Pedro encoraja – um “amor fraternal, não fingido; amando-vos
ardentemente uns aos outros com um coração puro” (1 Pe 1.22). Onde está o amor
que é caracterizado por ser misericordioso e humilde (1 Pe 3.8)?
Satanás tem roubado os relacionamentos como o de Davi e Jonathan de nós,
irmãos em Cristo. O que você fará quanto a isso? Amar outro homem como à sua
própria alma (1 Sm 18.1) não é um amor homossexual; é o amor de Cristo. É
realmente está disposto a dar sua própria vida pelos seus irmãos (1 Jo 3.16).
Nós temos que construir esses tipos de relacionamentos uns com os outros:
homens que realmente amam outros homens.
Irmãos, se nós demonstrarmos o amor de Cristo um pelo outro, nós podemos
começar a estabelecer credibilidade com a comunidade gay. Eles não acreditam
que nós podemos amar outros homens. Vamos provar que eles estão errados.
Talvez, então, depois de ver a verdadeira luz do evangelho de Jesus, eles sejam
atraídos das trevas nas quais Satanás os mantém cativos para a luz do
maravilhoso amor auto-sacrifical de Cristo.
Original:
http://thegospelcoalition.org/article/im-southern-baptist-and-i-love-a-man
Chad Ashby
Traduzido por Igor Sabino
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