É
importante reconhecer o fruto de autoglorificar-se em você e em seu ministério.
Que Deus use esta lista para lhe conceder sabedoria diagnóstica. Que ele use
esta lista para expor seu coração e redirecionar seu ministério.
Autoglorificar-se
fará com que você:
1. Ostente em público o que deveria ser mantido em
particular.
Os
fariseus são um vívido exemplo primário para nós. Porque eles viam suas vidas
como gloriosas, eles eram ligeiros em ostentar essa glória diante dos olhos de
quem estivesse vendo. Quanto mais você pensa que você já chegou lá, e quanto
menos você vê a si mesmo como necessitando de graça resgatadora, mais você
tenderá à autorreferência e à autocongratulação. Por você estar atento à
autoglorificação, você vai trabalhar para conseguir maior glória mesmo quando
não estiver consciente de que está fazendo isso. Você tenderá a contar histórias
pessoais que fazem de você o herói. Você encontrará maneiras, em cenários
públicos, de falar de atos privados de fé. Por você se achar digno de aplausos,
você buscará os aplausos de outros encontrando maneiras de apresentar a si
mesmo como “piedoso”.
Eu
sei que a maioria dos pastores lendo esta coluna pensarão que nunca fariam
isso. Mas estou convencido de que há mais “desfile de piedade” no ministério
pastoral do que tendemos a pensar. Esta é uma das razões pelas quais eu acho
conferências pastorais, reuniões de presbitério, assembleias gerais,
convenções, e reuniões de plantação de igreja desconfortáveis às vezes. Após
uma sessão ao redor da mesa, essas reuniões podem se degenerar a um “concurso
de cuspe” de ministério pastoral, onde somos tentados a menos do que honestos
sobre o que de fato está acontecendo em nossos corações e em nossos
ministérios. Após celebrar a glória da graça do evangelho, há demasiado
recebimento de glória autocongratulatória por pessoas que parecem precisar de
mais aplausos do que merecem.
2. Seja demasiadamente autorreferente
Todos
nós sabemos disso, todos nós já vimos isso, todos nós já ficamos
desconfortáveis com isso, e todos nós já fizemos isso. Pessoas orgulhosas
tendem a falar muito de si mesmas. Pessoas orgulhosas tendem a gostar mais de
suas próprias opiniões do que das opiniões dos outros. Pessoas orgulhosas
pensam que suas histórias são mais interessantes e cativantes do que as dos
outros. Pessoas orgulhosas pensam que eles sabem e entendem mais do que os
outros. Pessoas orgulhosas pensam que conquistaram o direito de serem ouvidas.
Pessoas orgulhosas, por basicamente terem orgulho do que sabem e do que
fizeram, falam muito sobre ambos. Pessoas orgulhosas não falam a respeito de
suas fraquezas. Pessoas orgulhosas não falam a respeito de suas falhas. Pessoas
orgulhosas não confessam pecado. Então pessoas orgulhosas são melhores em
colocar os holofotes sobre si mesmas do que em refletir a luz de suas histórias
e opiniões de volta para a gloriosa e completamente imerecida graça de Deus.
3. Fale quando deveria ficar calado.
Quando
você pensa que já chegou lá, você é bem orgulhoso e confiante de suas opiniões.
Você confia em suas opiniões, então você não está tão interessado nas opiniões
dos outros quanto deveria estar. Você tenderá a querer que seus pensamentos,
perspectivas e pontos de vista vençam em qualquer reunião ou conversa. Isso
significa que você estará muito mais confortável do que você deveria estar com
dominar um grupo com sua conversa. Você falhará em ver que na multidão de
conselhos há sabedoria. Você falhará em ver o ministério essencial do corpo de
Cristo em sua vida. Você falhará em reconhecer suas tendências e sua cegueira
espiritual. Você não irá a reuniões formais ou informais com um senso pessoal
de necessidade do que os outros têm a oferecer, e você controlará a conversa
mais do que deveria.
4. Fique quieto quando deveria falar.
A
autoglorificação pode ir para o outro lado também. Líderes que são muito
autoconfiantes, que involuntariamente atribuem a si mesmos o que poderia apenas
ser efetuado pela graça, frequentemente veem reuniões como uma perda de tempo.
Por serem orgulhosos, eles são muito independentes, então as reuniões tendem a
ser vistas como uma interrupção irritante e inútil de uma agenda ministerial já
sobrecarregada. Por causa disso, ou eles acabarão com todas as reuniões ou as
tolerarão, tentando finalizá-las o mais rápido possível. Então eles não lançam
suas ideias para consideração e avaliação porque, francamente, eles não acham
que precisam. E quando suas ideias estão na mesa e sendo debatidas, eles não
entram na briga, porque eles pensam que o que eles opinaram ou propuseram
simplesmente não precisa de defesa. A autoglorificação fará com que você fale
demais quando você deveria ouvir, e com que você não sinta necessidade de falar
quando você certamente deveria.
5. Se importe demais com o que os outros pensam de você.
Quando
você caiu no pensamento de que você é alguma coisa, você quer que as pessoas
reconheçam esse “alguma coisa”. Novamente, você vê isso nos fariseus:
avaliações pessoais de autoglorificação sempre levam a um comportamento de
busca por glória. Pessoas que pensam que chegaram a algum lugar podem se tornar
hipersensíveis a como outras pessoas reagem a elas. Por você ser hipervigilante,
observando a maneira pela qual as pessoas em seu ministério respondem, você
provavelmente nem sequer percebe como você faz as coisas por autoaclamação.
É
triste, mas frequentemente ministramos o evangelho de Jesus Cristo por causa de
nossa própria glória, não pela glória de Cristo ou a redenção das pessoas sob
nossos cuidados. Eu já fiz isso. Eu já pensei durante a preparação de um sermão
que um certo ponto, colocado de certa maneira, poderia ganhar um detrator e eu
já fiquei observando à procura da reação das pessoas enquanto eu pregava.
Nesses momentos, na pregação e na preparação de um sermão, eu abandonei meu
chamado como embaixador da eterna glória de outro pelo propósito de conseguir
para mim o louvor temporário dos homens.
PAUL TRIPP
Texto Retirado
do Blog: Voltemos ao Evangelho; Link: http://voltemosaoevangelho.com/blog/2013/05/5-sinais-de-que-voce-glorifica-a-si-mesmo-paul-tripp/
LARYSSA LOBO
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