terça-feira, 23 de julho de 2013

O Pacto e as Escrituras

Quando falamos em Pacto, imaginamos que se trata de um acordo em que cada parte tem uma responsabilidade e privilégio quanto àquilo que ficou acordado. Isto pode ser verdade nos acordos e contratos comuns entre os homens, mas nem sempre é assim quando diz respeito ao Pacto que Deus fez com os homens.

A doutrina do pecado tem uma nuance importante a se observar que é a inabilidade do homem quanto a incapacidade do homem por si e, unicamente por si, alcançar a salvação.

Historicamente nos deparamos basicamente com três pontos de vista, qual o seu?

O primeiro é o ponto de vista pelagiano que afirma que o homem é plenamente habilitado para fazer tudo que Deus requer. Não há necessidade de regeneração ou de graça divina na santificação ou crescimento espiritual.

O segundo é o ponto de vista semi pelagiano que afirma que o homem está enfraquecido; mas nem toda habilidade (capacidade) foi perdida. Ele necessita da graça divina  para ajudar seus esforços pessoais.

O terceiro ponto de vista agostiniano ou calvinista afirma que o homem ficou totalmente desabilitado (incapacitado) pela queda e assim depende completamente do Espírito de Deus para início e desenvolvimento de sua vida espiritual.

O primeiro ponto de vista diz que o homem está bom, o segundo que ele está doente e o terceiro que ele está morto. Biblicamente o homem não está bom e nem tão pouco apenas doente, então morto ele está em seus delitos e pecados.

O que inabilidade não é? Não é perda de qualquer faculdade da alma, intelecto, sentimento, vontade ou consciência. Não é perda de livre agência. Não significa que o homem caído não possua virtudes. Não significa falta de capacidade para conhecer a Deus e a receber a graça.

A inabilidade significa: 1) Que o homem é incapaz de guardar a lei de Deus e merecer a vida eterna pelas suas obras; 2) Que é incapaz de restaurar-se a si mesmo no favor de Deus; 3) Que é incapaz de mudar a sua natureza, regenerar-se a si mesmo e tornar-se santo; 4) que é incapaz de nutrir um sentimento correto ou inclinação para com Deus; 5) Que foi auto adquirida no jardim do Éden, portanto constitui-se culpa; 6) que é incapaz para estar disposto para exercer volições santas.

 Esta é a condição do homem com quem se fará um pacto eterno, pelo sangue de Jesus. O homem morto e Deus em sua graça resolve salvar, redimir, perdoar, ressuscitar a quem ele quis para que o adore.

Pastor Fábio Bernardo

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