Quando falamos em Pacto, imaginamos que se trata de um acordo
em que cada parte tem uma responsabilidade e privilégio quanto àquilo que ficou
acordado. Isto pode ser verdade nos acordos e contratos comuns entre os homens,
mas nem sempre é assim quando diz respeito ao Pacto que Deus fez com os homens.
A doutrina do pecado tem uma nuance importante a se observar
que é a inabilidade do homem quanto a incapacidade do homem por si e,
unicamente por si, alcançar a salvação.
Historicamente nos deparamos basicamente com três pontos de
vista, qual o seu?
O primeiro é o ponto de vista pelagiano que afirma que o
homem é plenamente habilitado para fazer tudo que Deus requer. Não há
necessidade de regeneração ou de graça divina na santificação ou crescimento
espiritual.
O segundo é o ponto de vista semi pelagiano que afirma que o
homem está enfraquecido; mas nem toda habilidade (capacidade) foi perdida. Ele
necessita da graça divina para ajudar
seus esforços pessoais.
O terceiro ponto de vista agostiniano ou calvinista afirma
que o homem ficou totalmente desabilitado (incapacitado) pela queda e assim
depende completamente do Espírito de Deus para início e desenvolvimento de sua
vida espiritual.
O primeiro ponto de vista diz que o homem está bom, o segundo
que ele está doente e o terceiro que ele está morto. Biblicamente o homem não
está bom e nem tão pouco apenas doente, então morto ele está em seus delitos e
pecados.
O que inabilidade não é? Não é perda de qualquer faculdade da
alma, intelecto, sentimento, vontade ou consciência. Não é perda de livre
agência. Não significa que o homem caído não possua virtudes. Não significa
falta de capacidade para conhecer a Deus e a receber a graça.
A inabilidade significa: 1) Que o homem é incapaz de guardar
a lei de Deus e merecer a vida eterna pelas suas obras; 2) Que é incapaz de
restaurar-se a si mesmo no favor de Deus; 3) Que é incapaz de mudar a sua
natureza, regenerar-se a si mesmo e tornar-se santo; 4) que é incapaz de nutrir
um sentimento correto ou inclinação para com Deus; 5) Que foi auto adquirida no
jardim do Éden, portanto constitui-se culpa; 6) que é incapaz para estar
disposto para exercer volições santas.
Esta é a condição do
homem com quem se fará um pacto eterno, pelo sangue de Jesus. O homem morto e
Deus em sua graça resolve salvar, redimir, perdoar, ressuscitar a quem ele quis
para que o adore.
Pastor Fábio Bernardo
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