sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Deus precisa de nós? Com a Palavra, D. A. Carson


Paulo disse isto: “[Deus] Nem é servido por mãos humanas como se de alguma coisa precisasse” (At 17.25). Isto não é admirável? Deus não precisa de você. E certamente não precisa de mim. Ele não precisa de nossas bandas de louvor. Isso não é como se Deus chegasse à tarde de quinta-feira e começasse a dizer: “Oh! mal posso esperar até domingo quando os rapazes darão um show com aquelas guitarras novamente. Estou me sentindo tão sozinho. Preciso ser estimulado aqui”. Ele não precisa de nossa adoração. Não precisa de nosso dinheiro. Não precisa de nós. Não precisa de nada. Na eternidade passada, antes que qualquer coisa, Deus estava lá; e ele era totalmente cheio de gozo e contentamento. Mesmo naquele tempo ele era um Deus amoroso, porque na complexidade da unicidade de Deus [...], o Pai amava o Filho [...]. Havia uma distinguinbilidade em Deus. Ele não criou os homens porque estava sozinho e pensou: “Meu trabalho como Deus será mais agradável se eu fizer um ou dois portadores da minha imagem que afaguem de vez quando”. Ele não precisa de nós. [...]

Não me entendam mal: o fato de Deus não precisar de nós não significa que ele não nos corresponda, que não se deleite em nós, que não se satisfaça em nós. Ele nos corresponde, mas faz isso não motivado por alguma necessidade intrínseca em seu ser ou caráter, e sim por total determinação de suas perfeições e vontade. Deus interage conosco não porque não prevê o futuro ou deixe as coisas saíres do controle ou por ter renunciado sua soberania ou nunca tenha sido soberano ou seja psicologicamente debilitado ou necessite de algo – antes, é motivado pelas perfeiçoes de tudo que ele é, com todas as suas características e atributos. Ele sempre corresponde em harmonia com seus atributos. Ele nunca é menos do que Deus.

CARSON, D. A. In: o Deus Presente. Traduzido por Francisco Wellington Ferreira.  São José dos Campos, SP: Editora Fiel, 2012. Capítulo 03: O Deus que escreve seus próprios acordos, pp. 66.


Rodrigo Ribeiro
@rodrigolgd

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