No artigo anterior, foi tratada um pouco da
história da Igreja Presbiteriana em um nível mundial e os seus primeiros passos
na sua chegada no Brasil. Agora, continuando o segmento do artigo, mostrar-se-á
o andamento após a consolidação das primeiras igrejas e o primeiro presbitério.
Com a organização das três
primeiras igrejas Presbiterianas (Rio de Janeiro-RJ, São Paulo-SP e Brotas-SP),
tornou-se possível a criação do primeiro concílio, o Presbitério do Rio de
Janeiro, no dia 16 de Dezembro de 1865 na cidade de São Paulo. Os membros fundadores
eram três missionários: Além de Simonton, Alexander L. Blackford e Francis J.
C. Schneider. No mesmo mês, dia 17 de dezembro, seria ordenado o ex-padre José Manoel da Conceição (1822-1873), foi o primeiro brasileiro
a ser ordenado ministro
protestante, em 1865. Visitou incansavelmente dezenas de vilas e cidades no
interior de São Paulo, Vale do Paraíba e sul de Minas, pregando e fundando
comunidades., foi ordenado o Rev. José Manoel da Conceição, que ficou
filiado ao Sínodo de Baltimore, da Igreja Presbiteriana dos Estados Unidos da
América (Igreja do Norte ou PCUSA).1
O ano de 1869 é marcado pela
chegada dos missionários da PCUS (Igreja Presbiteriana do Sul). A Igreja Presbiteriana dos Estados
Unidos nessa época, estava dividida em duas partes, por causa da questão da
libertação dos escravos e conseqüente Guerra da Secessão. Isso significava que
o Brasil era alvo do trabalho de duas Igrejas Presbiterianas do mesmo país.2
Nesse meio tempo, em 1870, foi fundada a Escola Americana, por George
Chamberlain e sua esposa Mary Chamberlain. A Escola
Americana, mais tarde, passaria a se chamar Mackenzie College, chegando a ser o
conhecido Instituto
Presbiteriano Mackenzie, que abriga, dentre outras instituições como a Universidade Presbiteriana
Mackenzie.
Passaram-se mais de vinte anos depois
da fundação do primeiro presbitério, até que fossem organizados novos: o de
Campinas e Oeste de Minas (14-04-1887) e o de Pernambuco (17-08-1888), ambos
ligados à Igreja Presbiteriana dos Estados Unidos (Igreja do Sul). Em 6 de
setembro de 1888, os três presbitérios filiados às igrejas-mães
norte-americanas uniram-se para formar um concílio autônomo, o Sínodo da Igreja
Presbiteriana do Brasil. O Sínodo era composto de vinte missionários, doze
pastores nacionais e mais de 50 igrejas. O Sínodo da Igreja
Presbiteriana do Brasil no ano de 1907, aprovou a sua própria dissolução e a
criação de dois novos sínodos, o do Norte e o do Sul, que reuniram-se pela
primeira vez em janeiro de 1909, respectivamente em Salvador e Campinas. No dia
7 de janeiro de 1910, a Assembléia Geral foi solenemente instalada no templo na
Igreja Presbiteriana do Rio de Janeiro, sendo o Rev. Álvaro Reis, pastor
daquela igreja histórica (Rio de Janeiro), eleito moderador. Nessa época, a
Igreja Presbiteriana do Brasil tinha cerca de dez mil membros comungantes,
outro tanto de não comungantes e por volta de 150 igrejas em sete presbitérios.
Finalmente, a Assembléia Geral de
1936, reunida em Caxambu, Minas Gerais, convocou uma Assembléia Constituinte,
que reuniu-se em dezembro do ano seguinte, no Rio de Janeiro. Essa Assembléia
aprovou uma nova Constituição para a igreja, pela qual a Assembléia Geral
passou a denominar-se Supremo Concílio. Apresentamos a seguir uma relação
completa de todas as reuniões desses concílios maiores da IPB, bem como os
nomes dos seus moderadores ou presidentes.
Após a Proclamação da República, nasceu um movimento
nacionalista na IPB, em que pastores
brasileiros se manifestaram contrários à presença intesiva e intereferência de
missionários americanos. Segundo o site da IPIB, nem sempre havia acordo pleno
entre os dois grupos de missionários americanos ( PCUS e PCUSA) .Com o correr
do tempo foi se formando um corpo de pastores brasileiros que nem sempre estavam
de acordo com a forma de trabalho dos missionários estrangeiros. Esse impasse
levou à fundação da Igreja
Presbiteriana Independente do Brasil. A IPIB não foi a única filha da IPB,
segundo o site Wikipédia, em ordem cronológica, são as seguintes: Igr. Presb.
Independente (1903), Igr. Presb. Conservadora (1940), Igr. Presb.
Fundamentalista (1956) e Igr. Presb. Unida do Brasil (1978).
Igr. Presb. Conservadora surgiu da discórdia em
questões doutrinárias que tangiam a condenação eterna dos ímpios. Semelhantemente,
a Igr. Presb. Fundamentalista é uma dissidência de alguns pastores, (semelhante
a movimento ocorrido nos EUA), que negavam as doutrinas fundamentais da IPB. Em
um contexto mais pesado, a Igr. Presb. Unida do Brasil é dissidente por conta
da influência da teologia liberal, onde existe um ecumenismo religioso tão
fortemente presente, que esta igreja ordena como pastores mulheres e homens de
orientação homossexual. Das igrejas dissidentes, IPIB é a única propriamente
reformada e com doutrina mais próxima a IPB.
Por fim, A
Igreja Presbiteriana do Brasil, ao ano de 2003, possuía aproximadamente 3.840
igrejas locais, excluindo-se as congregações, 263 presbitérios, 64 sínodos, 2.660 pastores, 503.500
adeptos - sendo 370.500 membros comungantes (que participam da Santa Ceia) e 133.000 membros
não-comungantes, estando presente em todos os estados da federação. Segundo estimativa de 2008, a IPB possui
4.212 igrejas e 980.000 membros.3
A IPB tem como meios de comunicação
oficiais o seu site oficial (http://www.ipb.org.br
) e o Jornal Brasil Presbiteriano.
Referencias
Principal fonte de referência:
MATOS, Alderi Souza; Histórico da Igreja Presbiteriana no
Brasil. Disponível em < http://www.ipb.org.br/portal/artigos-e-estudos/417-historico-da-igreja-presbiteriana-do-brasil
> Acesso dia 13/11/2012.
Demais referências
1 ________________________________________. Igreja
Presbiteriana do Brasil. Disponível em < http://pt.wikipedia.org/wiki/Igreja_Presbiteriana_do_Brasil
> . Acesso dia 13/11/2012
2 _______________ . história da igreja
presbiteriana independente do brasil. Disponível em < http://www.ipib.org/index.php/nossa-historia?showall=1&limitstart= > Acesso dia 13/11/2012.
3 _____________________________________.
O que é IPB. Disponível em < http://www.ipb.org.br/portal/historia/75-oqueeipb
>
Felipe
Medeiros
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