quinta-feira, 22 de novembro de 2012

O Cristão e o Feedback


Eis uma afirmação contundente, mais verídica: não há ninguém que viva, tão somente de forma passiva. Por mais simples que eu você sejamos, pelo menos uma vez na vida faremos algo, criaremos algo, seremos seres ativos.  E esta verdade também é real na vida dos cristãos. Até mesmo o maior dos “esquenta bancos”, algum momento da caminhada, irá realizar algo. E isto pode ser um grande evento na igreja, uma programação de uma sociedade ou ministério, uma pregação ou até mesmo o simples ato de levar uma cadeira de plástico de um canto para o outro, ou simplesmente aconselhar outro irmão. Se na sua vida cristã toda, você nunca fez nada, mais nada mesmo, então pare de ler esse texto, pois talvez o título de vida cristã não seja adequado para você. Não fomos resgatados das trevas para vegetar.

Enfim, mas diante de nossas ações, de nossos planos e execuções, devemos sempre estar preparados para os “feedbacks”, que significa dar retorno, e ter a capacidade de dar opiniões, críticas e sugestões sobre alguma coisa. Em tudo que formos fazer, certamente, receberemos varias críticas, de diferentes pessoas, e nós deveremos estar preparados para discernir quais destas opiniões devem ser motivos de avaliações. Porém essa tarefa não é fácil, pois muitos irão nos julgar de forma inadequada e destrutiva. Mas também, devemos ter o cuidado de não destacar as opiniões que não nos agradam, pois ali pode haver verdade.
Como então, saberemos que tipos de respostas, conselhos, orientações, feedbacks, devem ser ouvidos e absorvidos, e quais devem ser repelidos ou ignorados? Há bons conselhos sobre este assunto na Bíblia, nossa regra de fé e prática.

Uma primeira observação importante é essa: não podemos rejeitar as repreensões! Se tivermos nossa opinião como inquestionável, daremos vazão a nosso coração vaidoso e orgulho, que se acha superior aos outros. Devemos evitar esta síndrome da autossuficiência, considerando sempre que podemos estar errado e que nosso irmão pode nos ajudar corrigindo-nos. O feedback de seu pastor, de um líder, ou de um irmão confiável é uma oportunidade que Deus dá para cresçamos. Podemos observar isto em Provérbios e Eclesiastes:

Não repreendas o escarnecedor, para que te não aborreça; repreende o sábio, e ele te amaráDá instrução ao sábio, e ele se fará mais sábio ainda; ensina ao justo, e ele crescerá em prudência. (Pv 9:8-9)

O homem vaidoso não gosta de quem o corrige; ele nunca pede conselhos aos sábios (Pv.15.12 / NTLH)

Mais fundo entra a repreensão no prudente do que cem açoites no insensato (Pv.17.10).

Melhor é ouvir a repreensão do sábio do que ouvir a canção do insensato” (Eclesiastes 7:5).

Agora outra questão extremamente relevante é esta: as observações dos impiedosos devem ser rejeitadas! Não devemos ouvir conselhos, ou feedbacks, de pessoas que se guiam por convicções antibíblicas. E por mais que isso pareça obvio muitos ainda caem nesta armadilha, pois até mesmo dentro da igreja encontramos pessoas assim. Este conselho é primariamente para termos cuidados com opiniões dos “de fora”, mas sem esquecer nas igrejas também há resquícios de mundanismo e até mesmo o joio.

São exemplos deste tipo de feedbacks: a programação não foi boa porque atraiu poucas pessoas, precisamos ser mais atrativos. Seu discurso é muito duro e por isso as pessoas são afastadas, deixe a doutrina de lado, fale só de coisas agradáveis. Ou então, muitas vezes, são pessoas movidas por inveja, e até mesmo cobiça, que só irão criticar para tentar atrapalhar a obra de Deus.

Afaste-se destas pessoas, não dê ouvidos a elas, pois o nome de Hall de membros de uma igreja, não significa que aquela pessoa é piedosa e nascida de novo. Tenha discernimento para identificar pessoas assim, pois estas precisam de oração, e não de aprovação. Seus feedbacks são venenosos e inúteis, como afirmam as escrituras:

Os pensamentos dos justos são retos, mas os conselhos dos ímpios, engano.
As palavras dos ímpios são ciladas para derramar sangue, mas a boca dos retos os livrará.
(Provérbios 12:5-6)

Não me tenho assentado com homens falsos, nem associo com dissimuladores. (Salmos 26:4)

Por fim, um último conselho válido, a palavra de Deus deve ser o termômetro de validade de qualquer feedback (2 Timóteo 3:16). Ela é nosso filtro de todas as informações, desde uma pregação até mesmo um conselho. Ou seja, sempre corra para a bíblia, e veja se aquilo que recebeste é coerente com ela. Se for, acate, reflita e cresça. Se não for? Ignore, olhe para o alvo que é Cristo, e siga em frente, para louvor e glória do nome Daquele que o arregimentou.

Rafaelle Amado e Rodrigo Ribeiro

Nenhum comentário:

Postar um comentário