quinta-feira, 15 de maio de 2014

Distante do Trono: De um Extremo ao Outro...

           Em setembro de 2013, uma série de coisas começou a mudar em minha vida. É que foi nesse período que após reconhecer um grave pecado de foro intimo, porém com conseqüências públicas, decidi confessá-lo publicamente e utilizar minha confissão para ajudar outras pessoas a vencerem esse mesmo pecado. Fui eu quem escrevi o texto “Distante do Trono: confissões de um ex-valadete”¹ e expus como a “adoração” se tornou um ídolo em meu coração. Entretanto, como afirmou João Calvino, o coração do homem é uma fábrica de ídolos e após derrubar o ídolo da adoração, percebi que eu ainda diversos outros ídolos que me mantinham “distante do trono” e é sobre isso que eu gostaria de escrever, sobre como tudo coopera para o bem daqueles que amam a Cristo, até mesmo os seus piores pecados, até mesmo os seus ídolos.

            Durante 10 anos da minha vida acompanhei o Ministério de Louvor e Adoração Diante do Trono e nesse período me envolvi diretamente com uma série de ensinos teológicos errôneos. Primeiro, foi a minha concepção errada de adoração, mas logo em seguida abracei um conceito ainda mais errado do que seria o Reino de Deus e isso me trouxe consequências nefastas. O Diante do Trono e a Igreja Batista da Lagoinha são hoje os maiores expoentes de um movimento herético chamado “Nova Reforma Apóstolica”. Segundo esse movimento surgido nos Estados Unidos a partir de Peter Wagner, é dever da Igreja ao cumprir a Grande Comissão não apenas pregar o Evangelho, mas dominar o mundo a partir da conquista dos sete montes de influência da sociedade. O que se daria através da batalha espiritual, instituição de uma forma de governo eclesiástica baseada na ordenação de apóstolos, atos proféticos, adoração espontânea e ativismo político. É que chamam de dominialismo.

            Esse é um movimento que tem se espalhado por todo mundo de forma impressionante e exatamente por isso que me parecia ser algo tão bom. Durante muito tempo, mesmo não concordando com algumas posturas da Ana Paula Valadão, eram esses ensinos que ainda me faziam ter proximidade com o Diante do Trono. Eu já estava totalmente envolvido com esses ensinos através de ministérios internacionais como o Jesus Culture e a Bethel Church, bem como pregadores como o Bill Johnsom, Cindy Jacobs e Che Ahn e via na Lagoinha o único expoente disso no Brasil.

            Como eu já escrevi em outro texto, o que me fez não mais ouvir Diante do Trono foi perceber que as minhas concepções de adoração e culto eram erradas, mas ainda assim não conseguia conceber que também tinha uma visão distorcida do que era o Reino de Deus e qual a função da Igreja. Assim, ao adotar a teologia reformada, terminei enveredando por outro extremo, ao ter contato com um ensino chamado de “Teonomia” ou “Teonomismo” que defende um cumprimento preterista do Apocalipse, adota uma visão escatológica pós-milenista e advoga a aplicação da lei mosaica às sociedades atuais. Lembro-me que ao ter contato com os ensinos de Gary North e Rousas Rushdoony que defendem a teonomia, eu fiquei maravilhado, pois era exatamente aquilo que eu mais apreciava na Nova Reforma Apostólica e agora estava disponível para mim com uma roupagem reformada por assim dizer. Por mais que muitos teonomistas tentem negar isso, o dominialismo apostólico moderno foi totalmente embasado na obra de Rushdoony. Digo isso após ter lido obras de ambas as vertentes e há um livro da Cindy Jacobs, por exemplo, em que ela cita diretamente a obra de Gary North e de Rushdoony.

            O fato é que tais ensinos foram para mim um verdadeiro abismo teológico. Eu passei a achar que o Reino de Deus deveria ser imposto aqui na Terra a partir dos meus próprios esforços e isso justificaria o fato de eu me envolver diretamente com política, adotar uma agenda conservadora de Direita, declarar guerra ao Islã e defender a pena de morte aos gays de Uganda. Tudo isso fez com que mesmo sem eu perceber, eu me tornasse um fariseu hipócrita tão deplorável e fanático quanto os extremistas islâmicos que eu sempre condenei. Eu percebi que eu estava buscando não ser um seguidor de Cristo, mas um membro da Cristandade.

            Pensar sobre isso é algo que muito me entristece, pois sou lembrado de quantas pessoas eu feri por agir assim e quanto escândalo eu trouxe ao Evangelho. Mas acima de tudo isso me faz chorar porque me mostra que a razão de eu ter abraçado tudo isso foi a minha insatisfação com Cristo. A cruz de Cristo se tornou insuficiente em meu coração. É por isso que eu desejava aplicar a Lei de Moisés à sociedade. O Evangelho não era mais a única solução para os problemas do homem. Era preciso conquistar e reformar a sociedade por completo, como se Cristo não fosse soberano o suficiente para fazer isso por si mesmo quando lhe aprouvesse.

            Mas logo após todas essas lágrimas de tristeza pelo pecado, meus olhos se enchem de lágrimas de gratidão a Deus por Sua graça e soberania sobre a minha vida. Hoje ao olhar para tudo isso, consigo perceber o quanto Deus usou os meus piores ídolos para a Sua glória e para o meu bem. Hoje ao olhar para minha vida percebo que cada ídolo desses que Deus permitiu que eu tivesse foi uma forma que Ele encontrou para me manter junto dEle. Durante os meus anos de adolescência, minha idolatria pela adoração fez com que eu continuasse na Igreja e sempre buscando a Deus, mesmo que de forma errada muitas vezes. Nos meus anos iniciais de universidade era necessário que eu fosse um fundamentalista cristão e não cedesse ao relativismo marxista com o qual tentaram me doutrinar. Sem falar que foram essas as circunstâncias que Deus utilizou para me dar grandes amigos que são verdadeiros irmãos e uma igreja que não apenas me acolheu de braços abertos, como também tem me dado inúmeras oportunidades de servir a Deus, me lembrando sempre que a verdadeira ortodoxia só faz sentido havendo amor e piedade. Se um dia eu não tivesse tido a coragem de confessar o meu pecado, talvez eu não tivesse vivido tudo isso.

            Assim, valeu a pena os 10 anos de cegueira ouvindo Diante do Trono, o envolvimento com os falsos ensinos da Nova Reforma Apostólica e o fundamentalismo impiedoso que a teonomia teve em mim. Pois foi essa a forma que Deus usou para ser glorificado na minha vida, me mostrando que todas as coisas cooperam para o meu bem, até mesmo os meus piores pecados.

            Muitas vezes ao reconhecermos o nosso pecado e recebermos o perdão de Deus somos tentados pelo Diabo a nos sentirmos culpados por algo que Cristo já pagou por nós. Somos tentados a esquecermos que Cristo já suportou a vergonha da cruz que fôssemos livres do nosso pecado. Durante muito tempo eu experimentei esses sentimentos ao olhar para os erros que cometi no passado, mas ser lembrado que Deus é soberano e que determinou cada passo da vida – inclusive os meus pecados – a fim de glorificar o Seu nome é o que me alegra.

“E sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito.” (Romanos 8:28)


1. http://colunas.gospelmais.com.br/distante-trono-confissoes-ex-valadete_6113.html

Igor Sabino
Facebook: https://www.facebook.com/igorhsabino

Comentários
12 Comentários

12 comentários:

  1. Foi com muita tristeza que eu li este texto. Costumo acompanhar este blog com frequência e me alegrava o fato de ver jovens tão apurados nas Escrituras e dispostos a servir o Reino, mas este relato verdadeiramente foi uma lástima.

    Não sei se o autor deste texto é um dos ou o administrador deste blog, tenho ciência de que trata-se de uma experiência pessoal, mas, uma vez que muitos jovens cristãos acompanham as postagens, espera-se um mínimo de lealdade intelectual, pois muitos (infelizmente) não se dão ao trabalho de buscar as fontes.

    O que foi apresentado aqui foi uma caricatura da teonomia e do reconstrucionismo, um verdadeiro espantalho. Ao que parece, o autor do texto jamais compreendeu o que signifca teonomia e reconstrucionismo. Aliás, não entendeu sequer que tratam-se de coisas distintas.

    Discordar de determinada doutrina é absolutamente normal. Porém tratá-la como errônea de forma desonesta, sobretudo quando pode-se influenciar outras pessoas, não é.

    Teólogos de grande respeito no meio reformado discordam da teonomia, do pós-milenismo, do reconstrucionismo, mas têm absoluto respeito pelos que seguem estas doutrinas, vendo-os como herdeiros do legado de Mathew Henry, Jonathan Edwards, Warfield, Van Til, e outros. R. C. Sproul é teonomista e pós-milenista, mas não é reconstrucionista. Estaria ele no mesmo erro apontado pelo autor do texto?

    "Eu passei a achar que o Reino de Deus deveria ser imposto aqui na Terra a partir dos meus próprios esforços e isso justificaria o fato de eu me envolver diretamente com política, adotar uma agenda conservadora de Direita, declarar guerra ao Islã e defender a pena de morte aos gays de Uganda."

    Minha oração é para que o autor do texto, se arrependa mais uma vez e compreenda verdadeiramente a Lei de Deus, tal como amada tanto por Davi, quanto por Paulo, pois um teonomista jamais diria ou creria, com o perdão da palavra, em uma asneira como esta acima. Que Deus nos abençoe.

    Vinicius Gralato Jr.

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  2. Olá Vinícius, paz de Cristo.

    Antes de tudo agradeço as menções que fez ao nosso blog, e espero que continue acompanhando as discussões a despeito das divergências com esta sua posição teológica, pois o fato de discordamos a esse respeito não nos torna hereges, descomprometidos com revelação bíblia. Esse é o posicionamento que espero de você, tendo em vista suas próprias palavras no que tocante ao respeito com uma corrente teológica que discorda.

    Pois bem, indo ao mérito da questão, percebo um imenso cuidado do autor do texto, meu irmão e amigo Igor Sabino, em deixar o tom do texto bastante pessoal, revelando que este foi o efeito da teonomia em sua vida. De modo que o texto é depoimento pessoal que diz respeito a ele e sua relação com algumas doutrinas, ainda que isso possa se assemelhar a muitos outros. Não trata-se de um texto dissertativo que aprofunda as definições acerca desse tema, mas isto não o torna desonesto. Pelo contrário, seu tom pessoal e de confissão confere bastante autenticidade a ele. A questão é que ele discorda desta corrente teológica, e isto inevitavelmente aflora as reações adversas dos seus adeptos. Isto é natural, e muito esperado especialmente no caso da maioria dos teonomistas, em sua maioria beligerantes.

    Reconheço que isto pode ser uma generalização, mas você há de convir que o fato de no fim de seu comentário caracterizar tudo que foi escrito como asneira, só corrobora a visão muitos tem dos teonomistas. Ela bem que pode estar errada, e espero que esteja, mas há uma visível truculência no discurso de muitos. Se no debate as coisas procedem desta forma, como poderemos crer que no debate legislativo as coisas sejam mais amenas.

    Se esta imagem for um espantalho, espero que haja um descontruicinismo dela. kkkk

    Forte abraço meu irmão.

    Rodrigo Ribeiro

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  3. "Cristo declara que são mestres falsos e enganadores aqueles que não ensinam seus discípulos a obediência a Lei e que são indignos de ocupar um lugar na Igreja aqueles que de alguma maneira enfraquecem a autoridade da Lei; e, por outro lado, que são os mais honestos e fiéis ministros de Deus que, tanto em palavra quanto em exemplo, ensinam a guardar a Lei... Cristo declara que, quando Sua Igreja fosse renovada, nenhum mestre deveria ser aceito nela se não aqueles que são expositores fiéis da Lei e que trabalham para manter sua doutrina inteiramente". (João Calvino, Comentário de Mateus 5.17-19)

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  4. Aparentemente o comentário em questão tem um alvo claro: através de um discurso de autoridade excluir qualquer não-teonomista da comunhão dos santos, visto que são enganadores. Bem, antes de mais nada é desonesto colocar palavras na boca do autor do texto, pois ele não desprezou em nenhum momento a obediência da lei, só entendeu que não deve mais tentar impor a sua aplicação na esfera civil. Isso ficou muito claro, e portanto o comentário em questão de Calvino está totalmente fora de contexto. Posturas como essa só corroboram com o depoimentos pessoal de Igor. O teonomisto da internet tem sido sectário. (Rodrigo Ribeiro)

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  5. Este comentário foi removido pelo autor.

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  6. "Aparentemente o comentário em questão tem um alvo claro: através de um discurso de autoridade excluir qualquer não-teonomista da comunhão dos santos"

    Errado. O comentário tinha como propósito ilustrar a seriedade com que a Lei era levada pelos pais da tradição Reformada. O problema é que Teonomistas são tratados como "extremistas de internet" ou comparados aos "Distantes do Trino" (!) simplesmente porque, mesmo em meio a destruição e apostasia cada vez maior, fecha-se os olhos para o fato de que a chamada "moderação" e "equilíbrio" hoje, o padrão ético que ensinamos em nossas igrejas e que temos como "sã doutrina" seria repudiado como libertinagem e aberração por 99% dos cristãos ortodoxos da história do Cristianismo. E, enquanto Deus nos julga por nossa rebelião, como Ele julgou Israel e tantas nações no passado, nós permanecemos em nossa zona de conforto atirando para qualquer um que acredite que talvez devamos voltar para a Bíblia para moldar nosso padrão moral em vez de desesperadamente buscarmos parecermos toleráveis e tolerantes diante de um mundo vil e pervertido.

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  7. Defender o padrão moral escriturístico é fácil quando nós o trancamos dentro das quatro paredes da Igreja e, para evitar a hostilidade do mundo, filosofamos sobre o quanto as leis de Deus não tem nada a ver com o mundo fora das quatro paredes da igreja.

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  8. Mas, voltando ao que você disse:

    "e portanto o comentário em questão de Calvino está totalmente fora de contexto".

    Vamos ver mais então se Calvino está realmente "totalmente fora de contexto", pois talvez ele era um "Distante do Trono" também e precisamos saber. Segundo Calvino:

    1) A submissão dos reinos políticos a Cristo foi profetizado no Antigo Testamento e se cumpre na história da era do Novo Testamento:

    “Aqueles que desejariam induzir a anarquia objetam que, ainda que outrora reis e juízes governaram ao povo rude, no entanto hoje de modo algum, com a perfeição que Cristo trouxe com Seu Evangelho, se enquadra esse gênero servil de governar. Nisto manifestam não só sua ignorância, mas também seu orgulho diabólico, ao arrogar para si uma perfeição da qual não poderiam mostrar sequer uma centésima parte. Mas, ainda que fossem os mais perfeitos que se pudesse imaginar, ainda seria possível refutá-los facilmente, porque, onde Davi exorta a todos os reis e governantes a beijarem o Filho de Deus [Sl 2.12], não ordena que rejeitem sua autoridade e se recolham à vida privada; pelo contrário, o poder de que foram investidos o sujeitam a Cristo, para que tão-somente ele tenha sobre todos a preeminência. Semelhantemente, Isaías, quando promete que reis haverão de ser aios à Igreja e rainhas suas nutrizes [Is 49.23], não os priva de sua honra, senão que, antes, os constitui patronos com título dos piedosos cultores de Deus, uma vez que esse vaticínio diz respeito à vinda de Cristo. Omito intencionalmente a muitos testemunhos que, a cada passo, ocorrem especialmente nos Salmos“. (Institutas, Livro IV, Capítulo 20, seção 5)

    “Onde quer que os profetas falam do Reino de Cristo, é dito que os reis viriam adorá-lo e homenageá-lo (Is 49). Não é dito que eles abandonariam o ofício para se tornarem cristãos, mas, em vez disso, que na dignidade real, se sujeitariam à Jesus Cristo como o Soberano Senhor. Davi disse o mesmo e exortou que eles cumprissem suas funções. Não disse para lançarem fora seus diademas ou cetros, mas somente para beijar o Filho (Salmo 2), isto é, para homenageá-Lo e serem sujeitos à Ele no governo. Ele fala do Reino de Nosso Salvador Jesus Cristo e ele manda que todos os reis e superiores sejam sábios. O que é essa sabedoria? Que lição ele dá? De abrir mão de tudo? Não, mas de temer a Deus e honrar Seu Filho. Além disso, Isaías profetizou que os reis seriam como aios e que as rainhas seriam como as suas amas (Is 49). Eu pergunto, como é possível dizer que os reis são protetores da Igreja Cristã e, ao mesmo tempo, dizer que a posição que eles ocupam não condiz com o Cristianismo? Se o Senhor lhes coloca nessa posição, conforme dizem os profetas, então já provamos nossa posição. Considerando que Ele deu à eles um lugar tão honroso da comunhão de Seu povo, de ordenar que sejam protetores de Sua Igreja, que imprudência é essa de excluí-los?” ( “Uma Pequena Instrução Para Armar Todos os Bons Cristãos Contra os Pestíferos Erros da Seita dos Anabatistas”)

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  9. “Ainda que tenha sido a vontade de Cristo que Seu Evangelho fosse proclamado por Seus discípulos em oposição aos poderes do mundo inteiro, e Ele os confrontou com a Palavra somente como ovelhas entre lobos, Ele não impôs uma lei eterna de que os reis nunca seriam sujeitos a Ele, ou que Ele nunca domaria a violência deles ou que Ele nunca transformaria estes cruéis perseguidores para que fossem patronos e protetores de Sua Igreja. Inicialmente, os magistrados exerceram tirania contra a Igreja porque ainda não havia chegado a hora deles “beijarem o Filho” de Deus (Sl 2.12) e, ao abandonar a violência, se tornarem os aios da Igreja que eles haviam atacado, conforme a profecia de Isaías que, sem dúvidas, se refere à vinda de Cristo (Is 49.6-23)”. (João Calvino, Comentário de Deuteronômio 13)

    “Vamos observar o que é dito aqui muito bem, onde Paulo pede que oremos pelos magistrados, que sejam mantidos e preservados, para servirmos à Deus e para que a pureza da religião seja mantida. Vendo que o ofício dos magistrados tem esta finalidade, segue-se que não podemos mantê-los fora da Igreja. São partes e membros excelentes da Igreja… Por isso que os Profetas, quando falam do Reino de Nosso Senhor Jesus Cristo, que haveria de vir, exortam os reis e princípios à prestar homenagens a Ele". (João Calvino, Sermão baseado em II Timóteo 2:1-2)

    2) A Função dos Magistrados, ao cumprir estas profecias do Antigo Testamento, é Defender a Lei de Deus, castigando crimes contra as DUAS tábuas da Lei, INCLUÍNDO CRIMES CONTRA DEUS E CONTRA A RELIGIÃO CRISTÃ:

    "Aprovo uma ordem civil que faça com que a verdadeira religião, que está contida na Lei de Deus, não seja abertamente e por sacrilégios públicos impunemente violada e conspurcada". (João Calvino, Institutas da Religião Cristã)

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  10. "Como os ministros de Satanás enganam os homens pela aparência exterior, quando se apresentam como sendo profetas de Deus, Moisés admoestou que os mestres não devem ser todos escutados indiscriminadamente, mas que os verdadeiros deveriam ser distinguidos dos falsos e que, tendo disso julgados, somente os que merecessem deveriam ser reconhecidos. Agora ele acrescentou o castigo daqueles que se introduzem com o título de profeta para conduzir o povo à rebelião... . Ele não condena à pena capital aqueles que porventura espalham alguma falsa doutrina por conta de algum erro particular ou trivial, mas aqueles que são os autores da apostasia e que arrancam a religião pela raiz... É preciso lembrar, então, que o crime da impiedade não deve ser castigado, a menos que a religião tenha sido recebida por consentimento público e sufrágio do povo e também sendo sustentada por provas seguras e incontestáveis, de forma que sua verdade seja posta acima do alcance da dúvida. Desta forma, apesar de ser absurda a severidade daqueles que defendem a superstição por meio da espada, homens profanos, pelos quais a religião é subvertida, de forma alguma podem ser tolerados em um governo político bem instituído. Aqueles que desejam ser livres para causar perturbações sem serem punidos não são capazes de tolerar isso e, portanto, chamam de sanguinários aqueles que ensinam que os erros pelos quais a religião é solapada e destruída devem ser reprimidos pela autoridade pública. Mas o que eles ganharão com seus desvarios públicos contra Deus? Deus ordena que os falsos profetas, que arrancam os fundamentos da religião e são os autores e líderes da rebelião, sejam mortos. Um patife ou outro contesta isso e se coloca contra o autor da vida e da morte. Que insolência é essa! Quanto ao que afirmam, que a verdade de Deus não precisa de um apoio assim, isto é muito verdadeiro. Mas qual é o sentido desta insanidade, de impor uma lei sobre Deus, de que Ele não pode fazer uso da obediência dos magistrados para este fim? Qual é o benefício de questionar a necessidade disso, se agrada tanto a Deus? Deus pode, de fato, dispensar o auxílio da espada na defesa da religião, mas esta não é Sua vontade. E por que isso causa surpresa, que Deus ordena que os magistrados sejam vingadores de Sua glória, se Ele não deseja nem tolera que roubos, fornicações e bebedeiras sejam isentos de castigo? Em ofensas menores, não é lícito que os juízes hesitem, mas quando o culto a Deus e toda religião é violada, tamanho crime será encorajado pela dissimulação? Pena capital será decretada contra adúlteros, mas os odiadores de Deus terão autorização para adulterar a salvação sem impunidade, para desviar almas miseráveis da fé? O perdão nunca será concedido para aqueles que envenenam as pessoas, pelo qual somente o corpo sofre danos, mas não há problemas em entregar as almas à eterna destruição? Finalmente, se a autoridade do próprio magistrado for atacada, haverá vingança por isso, mas tolerará que o santo nome de Deus seja profanado? O que pode ser mais monstruoso!? Mas será supérfluo contestar com qualquer argumento quando o próprio Deus já pronunciou qual é Sua vontade, pois nós temos que observar seu inviolável decreto." (Comentário de Deuteronômio 13)

    "Quem quer afirme que é injusto executar heréticos e blasfemos
    incorrerá consciente e deliberadamente na própria culpa deles". (João Calvino, Defesa da fé ortodoxa da Santíssima Trindade)

    Além disso, ele defendia a criminalização do adultério, da homossexualidade, da zoofilia e do ataque verbal contra os pais (o que pode ser facilmente constatado em sua obra, "A Harmonia da Lei"). E, repito, a cristianização destes dos povos, incluindo a cristianização de suas leis, ele via como o cumprimento das profecias bíblicas sobre o Reino de Cristo.

    Nós podemos não gostar. Nós podemos achar difícil de engolir. Não soa bem em nossos ouvidos pós-modernos onde cada um acha que pode fazer o que mais agrada aos seus olhos. Mas, difícil mesmo, é refutar isso biblicamente.

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  11. Nossa que menino de Jesus você Iguinho. É assim que boiolinha se esconde Até parece que não passa o dia enfiando o dedo no cu.
    Conheço esse viadinho que se esconde atrás da religião mas fica pensando em mamar a rola do próprio pai e já mamou a minha não sei quantas vezes. Assume logo, bichinha. Até teu irmão te chama de viadinho, tá na cara. Para de querer destruir a vida da coitada da menina que tu tem nojo de buceta, egoísta mantedor de aparencia

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  12. Queria ser Aninha porque quer ser mulher e agora quer ser machinho biblico pra ganhar aprovação de pastor, na esperança de poder dar uma mamadinha no cacete de um né viado

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