Desde então muitos dos seus discípulos tornaram
para trás, e já não andavam com ele. (João 6:66)
Geralmente os pregadores costumam julgar o resultado de sua
pregação pelo contentamento nos rostos dos irmãos e elogio dos visitantes após
sua ministração. A aprovação dos ouvintes é sinal que tudo foi bem. Certo?
Errado. A Bíblia nos mostra o contrário.
O Maior dos pregadores, Jesus, experimentou o
dessabor de ser abandonado por muitos de seus seguidores após ter proferido
duras palavras em Cafarnaum, a tal ponto de escandalizar seus discípulos mais
próximos que diziam: “Duro é este discurso; quem o pode ouvir?” (Jo 6:60). A
adesão e aprovação inicial do povo ao ministério do Senhor Jesus transformou-se
em rejeição e abandono após um único sermão. Muitos o abandonaram e o curioso é
que apesar da reação negativa do público, Jesus não mudou o tema dos sermões
subsequentes para atrair de volta aos ofendidos.
Fazer do agrado popular termômetro para medir
resultado dos sermões não é um critério confiável, muitas vezes o satisfação
geral revela apenas que a consciência do ouvinte em nada foi incomodada; John
Preston, ministro puritano do século dezessete, ressaltou que “não há um sermão
que, sendo ouvido, não nos ponha mais perto do céu ou do inferno”. Portanto,
seja qual for o resultado da pregação ela irá gerar grande insatisfação nos
receptores, seja com o Deus Justo e Bom, seja com sua própria natureza carnal. Ante
a pregação o pecador será movido por grande desagrado, que salvará ou condenará
sua alma eternamente.
É preciso entender que só através da santa
ofensa da pregação os ofensores (Cl 1:21) poderão ter consciência do quanto tem
ofendido o Deus Justo, Santo e Bom, e assim, terão oportunidade de se desviarem
do caminho da perdição. Se as pessoas sentem-se ofendidas por sua pregação este
é sinal que tudo está indo bem. Continue fiel às Escrituras.
Ericon Fábio
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