Em uma
conversa a alguns dias com amigos juristas debatíamos acerca das políticas
públicas adotadas pelo governo e o “mal costume” que as mesmas podem gerar na
sociedade. Diziam no geral: “- São tantas bolsas e programas assistencialistas
que algumas famílias enxergam como um “bônus” ter um filho a mais, para
aumentar o valor do bolsa família”; “outros vivem de dar golpes nos programas
Minha casa, minha vida”; “Voltamos ao tempo de Roma, da política do pão e circo”
“alguns já não procuram emprego por conta disto”. Aquela conversa me levou a
uma reflexão. Não quero entrar no mérito dos programas do governo, até porque,
pelas minhas andanças por este país, devido a viagens tanto servindo a igreja,
como pelo trabalho secular, já pude vislumbrar realidades tão distintas com
estes programas: pessoas que são extremamente pobres e por falta de
oportunidades e conhecimento, não tem uma fonte de renda maior e com o dinheiro
do bolsa família conseguem ir “escapando” e sobrevivendo, e, pessoas que por terem um conhecido dentro do
sistema, adquiriram o benefício e vão lucrando as custas de tantos outros.
O que me
causou um momento de ponderação e fez meu pensamento voar foi o fato de que, as
vezes, nosso egoísmo nos causa uma cegueira momentânea de não perceber a
realidade do próximo; E para nós Cristãos, esta realidade se torna ainda pior.
Temos o “Bolsa
Vida”, mas muitos estão na Morte espiritual por nossa culpa. Por nossa omissão.
Bebemos do
“Bolsa Água”, mas não deixamos a água jorrar, por não conseguirmos encher o
copo de nossa existência com a água da vida, como irá transbordar para saciar a
sede do próximo?
Temos um
imenso banquete do “Bolsa Pão”, com tudo de bom e de melhor, mas quando nos
alimentamos é apenas de forma mecânica, automática e superficial e o banquete
posto não é capaz de saciar nossa própria fome, sendo assim; Como chegará a ser
o pão da vida, em outras vidas?
Temos a nossa
disposição, diariamente, com toda a facilidade, esperando apenas ser tocada
para acender; de todas as formas, edições e tamanhos o “Bolsa Luz para o meu
caminho”, mas lemos tão pouco a palavra que fica difícil enxergar a lâmpada
para os nossos pés, que dirá tirar da cegueira os necessitados e guiá-los.
A Igreja, que
é cada um de nós, precisa entender que está aqui para servir. Para compartilhar
a alegria da salvação e o que ela provoca no interior. Que está aqui para
cuidar das pessoas. Auxiliar uns aos outros. Entender e pôr em prática que
precisamos sentir a dor do próximo e do distante; Acolher o conhecido e o
estranho.
Precisamos nos
compadecer deles, e por eles, de tal forma, que essa preocupação seja latente e
consuma nossa alma e nossa “práxis”. Somos vocacionados a ser luzeiros; a Iluminar;
De forma incandescente, constante e intensa. Precisamos trazer a memória os
ensinamentos da Igreja Primitiva, aquela que contava com a simpatia de todo o
povo, que em cada alma havia temor, tinham tudo em comum, se preocupavam uns
com os outros... Cuidavam uns dos outros... Amavam uns aos outros.
Se queremos
nossa sociedade melhor, precisamos nos esforçar e nos doarmos mais.
Precisamos
desapegar, para recuperar!
Desapegar todo
egoísmo, desapegar de todo comodismo, desapegar de toda falta de compromisso,
desapegar da preguiça, desapegar de tudo que nos afasta da profunda comunhão
com Deus e com nossos irmãos;
Precisamos
recuperar as virtudes do primeiro amor, recuperar o amor pela leitura da
palavra, recuperar uma vida de oração, recuperar o prazer de servir ao próximo,
recuperar a maravilha que é ver um olhar de gratidão por algo que se fez em
prol de alguém; Recuperar a intimidade com Deus;
Precisamos urgentemente viver e compartilhar o
“Programa Minha casa, minha Vida eterna em Jesus Cristo”, para que ele seja
abundante em nossas vidas, para que nossa corpo seja uma habitação e casa
agradável ao Espírito Santo e naturalmente, por ser tão transcendental a tudo
que conhecemos, ou venhamos a sonhar ou imaginar, alcance as pessoas e mude a
realidade por meio da alegria da salvação!
Que Deus nos
use como instrumentos em suas mãos! Vamos juntos!
Pb. Da Hora Jr
Presidente da Confederação Nacional de Mocidades
Um exemplo de servo que tem se desapegado de muitas coisas em prol do Reino de Deus.
Vamos juntos moçada! Há muito para ser feito! Contamos e precisamos de vocês!
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