sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Por que acreditar nos milagres bíblicos? Com a Palavra John Blachard



No século XVIII, o cético escocês Davi Hume lançou um ataque violento sobre os milagres. Em poucas palavras, o seu argumento era que as leis da natureza baseavam-se no mais alto grau de probabilidade, enquanto que os milagres tinham o mais baixo grau de probabilidade; de forma que a coisa mais sábia a ser feita era não acreditar em milagres. Ele ainda continuou dizendo que o único milagre era que alguém pudesse acreditar neles! O Dicionário Chambers descreve milagre como “um evento ou ato que quebra as leis da natureza” [1]. E, para muitas pessoas, esta frase encerra o caso: na ausência de Deus, qualquer coisa que pareça contradizer as leis científicas, de tempo e espaço, que governam nosso mundo, não pode ser verdadeira e deve ter outra explicação. Note que as palavras que enfatizei! Uma vez que Deus é excluído desde cenário, eventos classificados como milagres podem ser tidos como “mistérios” ou “enganos”, e, uma vez que as palavras iniciais da Bíblia são “No princípio, criou Deus os céus e a terra” [2], então ela já começou da pior maneira possível!
Um escritor identificou 232 milagres bíblicos[7], mas isto não nos fornece o quadro completo, visto que a Bíblia nos diz que muitos outros não foram registrados. Se os milagres jamais aconteceram, a Bíblia se auto-destruiria; contudo não é correto começar admitindo a resposta antecipadamente, e sim examinar cada caso à luz das evidências. Se as evidências apontarem para um milagre, este precisa de uma explicação, e excluir Deus antes mesmo de considerar que Ele podia tê-lo realizado não é sábio nem honesto.
Descartar os milagres como não ocorridos por conta de serem contra as leis da natureza pode parecer a coisa mais “cientifica” a se fazer, mas na verdade é exatamente o oposto. As leis da natureza nunca causam qualquer coisa; elas são meramente nossa avaliação de como os fatos normalmente acontecem, e a pessoa que acredita em Deus diria que elas descrevem o que Deus normalmente faz acontecer. A questão dos milagres não é absolutamente uma questão científica e sim teológica. Se Deus existe, e determina as leis da natureza, Ele próprio não está sujeito a elas e pode sobrepujá-las quando as bem entender.
Em uma carta à revista The Times, em 1984, treze proeminentes cientistas, a maior parte deles professores universitários, praticamente eliminam um dos principais argumentos no assunto de milagres: “Não é coerentemente válido usar a ciência como um argumento contra os milagres. Acreditar que milagres não acontecem... milagres são eventos sem precedentes. A despeito de qualquer coisa que as correntes atuais de filosofia ou as pesquisas de opinião pública possam sugerir, é importante afirmar que a ciência... nada pode ter a dizer a este respeito” [8]. Rejeitar a Bíblia porque ela registra milagres é algo simplesmente sem nenhum cabimento.
Retirado do livro/e-book : Por que acreditar na Bíblia? de John Blachard
Traduzido do original em Inglês : Why believe the Bible?
1ª Edição em português, 2006, EDITORA FIEL
Tradução: Maurício Fonseca dos Santos Júnior
Revisão: Marilene Paschoal , Ana Paula E. Pereira, Roberto Freire

Felipe Medeiros

Nenhum comentário:

Postar um comentário