Deixe-me falar pessoalmente. A primeira grande diferença que essas doutrinas fizeram em minha vida foi a transformação de um egoísta, de um espectador sentado no banco da igreja, em um adorador de Deus. Quando tive meu primeiro contato com as primeiras doutrinas da soberania de Deus e da depravação do homem, e me reconciliei com o ensino da Bíblia, fui dominado pela admiração. Até esse ponto, o conhecimento de Deus tinha sido 'proveitoso' para mim. Eu tinha crescido consideravelmente em maturidade na faculdade. Mas eu realmente não tinha relação com Deus, exceto para tirar alguma vantagem pessoal. Ele estava ali para mim. Certamente, é desta forma que muito do ensino bíblico de hoje faz parecer. Deus é retratado como o Auxílio Final no tratamento coma auto-imagem, a raiva, a tomada de decisão, as finanças, etc. Quando compreendi que ele me salvou e que eu estava em suas soberanas mãos, isso reordenou minha perspectiva. Eu vim a compreender tanto que ele estava muito além das pequenas caixas que eu tinha construído para ele, quanto que eu estava ali para ele, não ele para mim. Isso fez com que me curvasse em adoração perante o Deus a quem eu fui feito para glorificar.
Minha experiência com as 'doutrinas da graça' (um outro de nossos sinônimos, até aqui chamadas de depravação total e de soberania absoluta) é incomum? Não somente é incomum, mas eu penso que ela assume algo que se aproxima das expectações do novo Testamento. A doutrina da eleição não foi dada para ser um ponto de discussão teológica, mas uma chamada à adoração. É exatamente deste modo que Paulo trata do assunto em Romanos 9-11, quanto em Efésios 1.
*Terry Johnson, autor de vários livros, é pastor senior de Independent Presbyterian Church in Savannah, Georgia, nos Estados Unidos.
Trecho do livro A doutrina da graça na vida prática, publicado pela Editora Cultura Cristã
Cícero da Silva Pereira
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