Aprouve
a Deus em seu eterno propósito, escolher e ordenar o Senhor Jesus, seu Filho
Unigênito, para ser o Mediador entre Deus e o homem, o Profeta, Sacerdote e
Rei, o Cabeça e Salvador de sua Igreja, o Herdeiro de todas as coisas e o Juiz
do Mundo; e deu-lhe desde toda a eternidade um povo para ser sua semente e
para, no tempo devido, ser por ele remido, chamado, justificado, santificado e
glorificado.
O trecho acima é do
capítulo VIII da Confissão de Fé de Westminster, que trata exatamente do
assunto da mediação de Cristo. Sobre salvação já falamos nos textos anteriores.
Continuando essa sequência de textos sobre esse importante tema para nós
cristãos, quero destacar a mediação de Cristo na nossa santificação,
particularmente no quesito da oração.
Em Jo 14.14, somos
ordenados a orar em nome de Jesus. E assim o fazemos. Mas o que isto significa?
Significa que, como mediador, ele atua agora como nosso representante legal
diante de Deus. Ele assume esse papel na cruz, quando desfaz o mal causado pela
queda do nosso primeiro representante, Adão. Por isso oramos a Deus em nome de
Jesus. Temos um representante legal, um advogado, conforme 1 Jo 2.1. A mediação
é necessária, pois mesmos salvos, temos uma natureza pecaminosa e corrupta a
nos descredenciar de irmos diretamente ao Pai. Então qual (quem) é o meio de
acesso? O Senhor Jesus. Por isso, oramos a Deus em nome dele. Isto deve nos
conduzir a uma reflexão importante. O que estamos entregando a Jesus em oração
para ser por Ele apresentado ao Pai? Vejamos a seriedade da questão e pensemos
porque Tiago nos exorta quanto ao que devemos pedir, (Tg 4.3). Nesta passagem, Tiago nos mostra a razão de não
recebermos o que pedimos. Pedimos para nos vangloriarmos, para nossa soberba. E
como deve ser o pedido? O fim da oração do Pai Nosso nos orienta quanto a isso.
Pois teu é o reino, o poder e a GLÒRIA. Quando pedimos buscando a glória de Deus, a
resposta que vier será bem vinda, pois o nome dEle será glorificado. E como
essa resposta virá? E a mediação atua mais uma vez, pois quando Deus nos
responde, o faz em nome de Jesus (Jo 16.23). O representante que apresenta
nossas orações diante do Pai também é o meio pelo qual Deus manda a resposta às
mesmas, para a glória do seu nome. E isto nos leva a glorificá-lo e nos
jubilarmos quando ele nos concede ou nos priva de algo, pois assim entendemos
ser a sua boa, perfeita e agradável vontade. (Rm 12.2).
Por fim, é importante lembrar um fato importantíssimo: Não
sabemos orar como convém. Quem nos socorre? O Espírito santo de Deus, o selo da
nossa salvação, que habita em nós, nos conduzindo a entender e obedecer a
vontade de Deus, revelada em sua palavra (Rm 8.26). O mais importante, porém é
o que Jesus afirma em Jo 14.26: o Consolador, cuja função é nos lembrar daquilo
por Ele ensinado, foi enviado pelo pai em nome dEle, do próprio Jesus. E eis
que se completa todo o ciclo em relação à mediação de Cristo na oração.
DEUS NOS ABENÇOE
Presb. Cicero Pereira
Nenhum comentário:
Postar um comentário