terça-feira, 21 de agosto de 2012

A Mediação de Cristo na Oração


Aprouve a Deus em seu eterno propósito, escolher e ordenar o Senhor Jesus, seu Filho Unigênito, para ser o Mediador entre Deus e o homem, o Profeta, Sacerdote e Rei, o Cabeça e Salvador de sua Igreja, o Herdeiro de todas as coisas e o Juiz do Mundo; e deu-lhe desde toda a eternidade um povo para ser sua semente e para, no tempo devido, ser por ele remido, chamado, justificado, santificado e glorificado.

O trecho acima é do capítulo VIII da Confissão de Fé de Westminster, que trata exatamente do assunto da mediação de Cristo. Sobre salvação já falamos nos textos anteriores. Continuando essa sequência de textos sobre esse importante tema para nós cristãos, quero destacar a mediação de Cristo na nossa santificação, particularmente no quesito da oração.

Em Jo 14.14, somos ordenados a orar em nome de Jesus. E assim o fazemos. Mas o que isto significa? Significa que, como mediador, ele atua agora como nosso representante legal diante de Deus. Ele assume esse papel na cruz, quando desfaz o mal causado pela queda do nosso primeiro representante, Adão. Por isso oramos a Deus em nome de Jesus. Temos um representante legal, um advogado, conforme 1 Jo 2.1. A mediação é necessária, pois mesmos salvos, temos uma natureza pecaminosa e corrupta a nos descredenciar de irmos diretamente ao Pai. Então qual (quem) é o meio de acesso? O Senhor Jesus. Por isso, oramos a Deus em nome dele. Isto deve nos conduzir a uma reflexão importante. O que estamos entregando a Jesus em oração para ser por Ele apresentado ao Pai? Vejamos a seriedade da questão e pensemos porque Tiago nos exorta quanto ao que devemos pedir, (Tg 4.3). Nesta passagem, Tiago nos mostra a razão de não recebermos o que pedimos. Pedimos para nos vangloriarmos, para nossa soberba. E como deve ser o pedido? O fim da oração do Pai Nosso nos orienta quanto a isso. Pois teu é o reino, o poder e a GLÒRIA.  Quando pedimos buscando a glória de Deus, a resposta que vier será bem vinda, pois o nome dEle será glorificado. E como essa resposta virá? E a mediação atua mais uma vez, pois quando Deus nos responde, o faz em nome de Jesus (Jo 16.23). O representante que apresenta nossas orações diante do Pai também é o meio pelo qual Deus manda a resposta às mesmas, para a glória do seu nome. E isto nos leva a glorificá-lo e nos jubilarmos quando ele nos concede ou nos priva de algo, pois assim entendemos ser a sua boa, perfeita e agradável vontade. (Rm 12.2).

Por fim, é importante lembrar um fato importantíssimo: Não sabemos orar como convém. Quem nos socorre? O Espírito santo de Deus, o selo da nossa salvação, que habita em nós, nos conduzindo a entender e obedecer a vontade de Deus, revelada em sua palavra (Rm 8.26). O mais importante, porém é o que Jesus afirma em Jo 14.26: o Consolador, cuja função é nos lembrar daquilo por  Ele ensinado, foi enviado pelo pai em nome dEle, do próprio Jesus. E eis que se completa todo o ciclo em relação à mediação de Cristo na oração.

DEUS NOS ABENÇOE

Presb. Cicero Pereira

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