Observemos
a circunstância em que Jesus nasceu. Não nasceu sob o teto da casa de sua mãe,
e sim num lugar estranho e numa manjedoura. Quando Ele nasceu, não foi colocado
em um berço cuidadosamente preparado. Maria O deitou na manjedoura, porque “não
havia lugar para eles na hospedaria”. Aqui vemos a graça e a condescendência de
Jesus. Se tivesse vindo salvar este mundo em majestade real, rodeado pelos
anjos do seu Pai, isso já teria sido um ato incrível de misericórdia. Se tivesse
decidido morar num palácio, com poder e autoridade, já teríamos razão
suficiente para ficarmos maravilhados. Mas, fazer-se pobre como os mais pobres
seres humanos, e simples como os mais simples, isso é amor que transcende a
nossa compreensão. Que nunca esqueçamos de que, por meio da sua humilhação,
Jesus adquiriu para nós um título de glória. Por meio da sua vida de
sofrimento, bem como da sua morte, Ele conquistou para nós uma redenção eterna.
Durante toda a sua vida, foi pobre por amor a nós, desde o momento do seu
nascimento até à morte. E por sua pobreza somos feitos ricos (2 Co 8.9)
Estejamos
alerta, não desprezando os pobres por causa da sua pobreza. Sua condição
santificada pelo filho de Deus, que a honrou, ao assumi-la voluntariamente. Deus
não faz acepções de pessoas. Ele olha para o coração e não para o bolso. Que
nunca nos envergonhemos da nossa pobreza, se Deus a considera a coisa certa
para nós. Ser ímpio e ganancioso é mau; mas não há mau nenhum em ser pobre. Uma
casa simples, comida simples e cama dura não são agradáveis à carne e ao
sangue. Mas são a porção que o Senhor Jesus voluntariamente aceitou desde o dia
da sua entrada nesse mundo. A riqueza leva muito mais almas ao inferno do que a
pobreza. Quando o amor ao dinheiro começar a manifestar-se em nós, pensemos na
manjedoura de Belém e nAquele que nela foi posto. Tal pensamento poderá
livrar-nos de muitos males!
RYLE,
Jonh Charles. In: Meditações no Evangelho de Lucas Traduzido por Editora
Fiel. São José dos Campos, São Paulo: Editora Fiel, 2011. Comentário de
Lucas 2, versículo s de 1 a 7, pp. 31.
Ótimo!!
ResponderExcluirPara revermos sempre.
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