Jesus Cristo viveu nessa terra, como homem, sabendo que o caminho da sua
vida o levaria até sua morte em Jerusalém, mais precisamente no Calvário. Ele “manifestou, no semblante, a intrépida
resolução de ir para Jerusalém’’. Ninguém o impediria em sua missão de
morrer. Tudo estava acontecendo conforme o plano: “Tudo isto ... aconteceu para que se cumprissem as Escrituras dos
Profetas’’.
Como já dito, o Calvário foi
o local onde Cristo passou pelo sofrimento e morte de cruz. A estrada do
calvário é, em certo sentido, onde sempre Jesus se encontra com um homem – a
caminho da cruz. Neste encontro, Ele diz: “Se
alguém quer vir após mim, negue a si mesmo, a cada dia tome a sua cruz e
siga-me’’, e ainda diz: “quem não
toma a sua cruz e vem após mim não é digno de mim’’. É bem verdade que
Jesus já trilhou esse caminho: morreu, ressuscitou e reina no céu até que volte.
A razão desse encontro com
Cristo no calvário não é que ele tenha de morrer de novo, mas que nós temos
de morrer. Quando ele nos chama a tomarmos nossa cruz, ele na verdade quer
dizer, venha e morra. A cruz representava a pior forma de execução da época, e
não um objeto para se usar em volta do pescoço.
Quando sigo a Jesus como
Salvador e Senhor, o velho auto-determinado e egocêntrico eu deve ser crucificado. Esse é o caminho da verdadeira vida: “considerai-vos mortos para o pecado, mas
vivos para Deus, em Cristo Jesus’’.
Ser companheiro na estrada
do Calvário também significa estar disposto a sofrer escárnio por Ele. Se necessário,
até mesmo o martírio. “Venceram (a
Satanás) pelo sangue do Cordeiro e por causa da palavra do testemunho que deram
e, mesmo em face da morte, não amaram a própria vida’’. O Cordeiro de Deus morreu
para que pudéssemos vencer o diabo, confiando em seu sangue e derramando nosso
próprio sangue.
Por que as igrejas estão com
cada vez mais pessoas, mas com uma espiritualidade fraca? Pois não se vêem
tantos na Estrada do Calvário, morrendo para o pecado, calculando o preço de
verdadeiramente seguir a Cristo.
Jesus nos chama para a
estrada do Calvário. Estamos dispostos a viver essa vida dura e boa, que tem conseqüências
eternas gloriosas? Como disse Spurgeon:
“Será que um homem que
ama o seu Senhor estaria disposto a ver Jesus vestindo uma coroa de espinhos,
enquanto ele mesmo almeja uma coroa de louros? Haveria Jesus de ascender ao
trono por meio da cruz, enquanto nós esperamos ser conduzidos para lá nos
ombros das multidões, em meio a aplausos? Não seja tão fútil em sua imaginação.
Avalie o preço; e, se você não estiver disposto a carregar a cruz de Cristo,
volte à sua fazenda ou ao seu negócio e tire deles o máximo que puder, mas
permita-me sussurrar em seus ouvidos: “Que aproveita ao homem ganhar o mundo
inteiro e perder a sua alma?”.
Felipe Augusto
Igreja Presbiteriana do Monte Santo
Campina Grande PB
OBS: A partir deste mês, em toda última quinta-feira, teremos um texto
de algum irmão de outra igreja reformada, abençoado nossa vidas, nos edificando
e engradecendo este espaço.
"Em verdade,em verdade vos digo:se o grão de trigo,caindo na terra na terra não morrer,fica
ResponderExcluirsó:mas,se morrer,produz muito fruto." Jo 12:24
Felizes todos que ouviram e deram crédito à esta palavra.