terça-feira, 5 de junho de 2012

O Passageiro Sombrio



Dexter é uma série do canal americano Showtime, centrada na vida de Dexter Morgan, um perito forense, especialista em dispersão de sangue, que nas horas vagas atua do lado oposto de seu oficio: ao invés de cooperar na resolução de crimes, os comete. Apesar de ser um confesso Serial Killer, agindo secretamente, ele ainda traz consigo uma série de regras morais, um código, de modo que só mata assassinos e depois de ter efetiva certeza de seus crimes. Toda a série gira em torno dos dilemas deste rico personagem, e a sua forma de lidar com seu “passageiro sombrio”, nome dado por ele a sua sede de incontrolável de matar.

Todo esse roteiro, ainda que fictício, nos direciona para uma realidade muito importante: temos mais semelhanças com Dexter Morgan do que imaginamos. Assim como ele, temos dentro de nós, um “passageiro sombrio”, que nos afasta do bem, e nos conduz continua e incansavelmente por caminhos de morte. Nosso passageiro tem nome, o pecado. Ele contamina todos os homens, por mais piedosos e caridosos que pareçam ser (Rm 3.23), escravizando-os (João 8.34). É esse passageiro sombrio que motivou o Apostolo Paulo a dizer que o bem que queria não fazer, não fazia, mas o mal que não deseja fazer, este sim praticava (Rm 7.15).

O impulso maligno de Dexter anula seus sentimentos traz um desejo insaciável de morte. Nós também somos impelidos por um impulso que nos impede de sentir os sentimentos em sua integralidade. Amor, alegria, paz, altruísmo, todos são afetados pelo pecado. Tudo se volta para nosso egoísmo, nossa vaidade. Os lampejos de bondade, que escapam desta nuvem negra de pecado, são fruto da graça comum de Deus. Assim como o código limita a maldade de Dexter, Deus também limita os frutos do pecado, a fim de preservar a vida a humana, já que se fossemos entregues por completo ao pecado, certamente não haveria mais traço algum da civilização humana.

Por fim, uma última analogia nos remete ao sangue, temática central desta série. O personagem tem uma verdadeira obsessão por sangue. Seu passageiro sombrio o leva a banhar-se em rios de sanguíneos. Mas o nosso pecado é diferente, ele nos impulsiona a correr em direção oposta ao sangue, pois somente ele pode nos salvar. E não falo do nosso próprio sangue, e sim o de Cristo. É Jesus que nos purifica, e nos libertar do domínio do pecado, nosso passageiro sombrio. O pecado tem um preço, e este preço é a morte (Rm 6:23), mas Jesus toma nosso lugar, assume nossa dívida, e paga este preço por nós (53.6). Ele derramou seu sangue precioso para que nós tivéssemos a redenção.

Por mais que os homens pareçam bons, corretos e caridosos, todos estão contaminados pelo pecado, e quem disser que não tem pecado, mente (I Jo 1:10). No entanto, ainda que Dexter não tenha encontrado a solução para o seu “passageiro sombrio”, a bíblia nos revela como podemos nos livrar do pecado e sua consequência mortal: o sangue de Jesus Cristo (Gl 1.3-5)!

Rodrigo Ribeiro
@rodrigolgd

Comentários
1 Comentários

1 comentários:

  1. Muito boa a análise,comparando a personagem do seriado com a vida real,melhor ainda a comparação do sangue.Deus continue te capacitando.

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