quarta-feira, 11 de junho de 2014

Quando a Familiaridade se Torna algo Perigoso


Uma das boas dádivas que Deus nos concede é a proximidade com coisas boas e pessoas especiais. Mas por mais estranho que possa parecer à primeira vista, isto também pode se tornar um mal. O próprio Cristo nos apresenta essa verdade:

E Jesus lhes dizia: Não há profeta sem honra senão na sua pátria, entre os seus parentes, e na sua casa.
Marcos 6:4

No caso do texto acima, os habitantes de Nazaré rejeitaram Jesus, por não crerem que aquele homem que sempre habitou entre eles, pudesse ser o messias, ainda que os sinais e as escrituras testificassem isto.

Nosso coração pecaminoso pode se habituar com as pessoas, e assim deixar de dá-la o devido valor, valorizando sempre o novo, e desprezando as dádivas fixas e permanentes, numa ingratidão terrível e injustificável.

Isso pode ocorrer com nossos familiares, quando salientamos os seus defeitos e negligenciamos suas virtudes, comparando-os com outros pais e irmãos, que conhecemos somente de maneira superficial. O convívio certamente revelaria outras tantas falhas e pecados. Este processo de ingratidão em face da familiaridade também corrói muitos casamentos, pois nos faz abafar os sentimentos pelos cônjuges, levando muitos a rejeitaram seu próprio jardim se encantarem com o falso viro da grama alheia. Muitos são os exemplos que poderíamos citar, pois isso se manifesta em empregos de longa data, igrejas, pastores e etc.

Mais há uma aplicação ainda mais terrível deste pecado: o habituar-se com os meios de graça ofertados em abundância. Quanto de nós não temos dado pouco valor à pregação da palavra e os sacramentos? O acesso fácil a palavra pode nos levar a uma apatia. Infelizmente, a oferta pode nos levar a desvalorizar este "produto". Que terrível perigo nossa alma corre diante desta postura reprovável!

Que Deus nos ajude a afastar do nosso coração esta acomodação com a rotina religiosa. Que o Espírito conserve em nossos olhos e corações aquele brilho da primeira vez que compreendemos o evangelho em cada pregação que ouvimos e em cada leitura que fazemos. Que cada oração seja única e cheia de afetos. Que cada encontro com Cristo seja único. É preciso agir diferente do povo de Nazaré, pois nossa nação é celestial, e lá todos têm um cântico novo nos lábios.

Rodrigo Ribeiro
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