Num dos lances do jogo de hoje entre Brasil e México, pela segunda rodada do grupo A da Copa do Mundo, num chute do atacante mexicano, o goleiro brasileiro Julio Cesar desviou a bola para escanteio e o juiz marcou tiro de meta. Comentei numa rede social que ele deveria ter dito ao árbitro sobre o toque. Se mesmo assim, ele mantivesse a marcação, aí já seria por conta do homem do apito. Olhando com a lente cristã, ao fazer isto Julio Cesar cometeu o pecado da mentira. O fato nos traz algumas lições interessantes:
1) Até onde eu saiba, Julio Cesar não é cristão. Logo, um comportamento desse entre os ímpios não é novidade nem deveria nos espantar. Mas cristãos de verdade deveriam corar de vergonha, ao acharem bom o árbitro não ter agido corretamente, nem o próprio Julio. É compactuar com o pecado.
2) Quantas vezes, no nosso dia a dia, somos beneficiados indevidamente por erros dos outros, e não tomamos a atitude correta? Muitas vezes se diz. Eu não tenho nada a ver se o erro foi dos outros. Problema deles. Não. Problema nosso. Se somos beneficiados indevidamente, então estamos com o que não é (ou não deveria) ser nosso. É roubo e mentira.
3) Se quisermos agir verdadeiramente como sal e luz nesse mundo corrompido, devemos buscar sempre a verdade (Ef 4.25) e se preciso for, nos disponhamos a sofrer as consequências da obediência a Deus
(Dn 1.8).
4) Por fim, Jesus Cristo afirmou ser Ele a verdade (Jo 14.6). Enfim, abrir mão da verdade é abrir mão do próprio Cristo. É dizer que podemos andar sozinhos, sem ele, e sem necessidade de seus ensinos, que revelam a verdade de Deus. E se nos afastamos da verdade, andamos de mãos dadas com o pecado, não fazendo nossa luz brilhar diante dos homens (Mt 5.16) e Deus seja glorificado.
Não quero aqui levantar nenhuma bandeira legalista, mas sim a a bandeira do Evangelho, que nos tira da escravidão do pecado para a liberdade em Cristo, das trevas para a luz, da mentira para a verdade.
Deus nos abençoe.
Cicero Pereira
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