Uma
das questões chave do Cristianismo e também uma das mais polêmicas e
controversas é a segunda vinda de Jesus. Desde a sua subida aos céus mediante a
promessa de retorno, cristãos tem debatido acerca de como se dará esse glorioso
evento que finalizará a História. Uns acreditam que isso acontecerá após o
milênio, outros creem que antes... Enfim, esse é um longo debate no qual eu não quero entrar, embora tenha uma posição escatológica já bem definida.
O
fato é que Jesus antes de subir aos céus, nos deixou um único sinal exato
acerca do tempo da sua vinda, independente de nossas diferentes interpretações
escatológicas. Esse paradigma, por assim dizer, do tempo da Sua vinda se
encontra em Mateus 24.14:
“E
este Evangelho do Reino será pregado pelo mundo inteiro, para testemunho a
todas as nações, e então virá o fim.”
Segundo
o próprio Jesus, para que Ele retorne à Terra outra vez, é necessário que o
Evangelho seja pregado a todas as nações. No grego, a palavra utilizada é ethnos, que significa literalmente
etnia. É a mesma palavra utilizada por Jesus em Mateus 28.19 ao designar aos
seus discípulos a Grande Comissão. É também a mesma palavra utilizada Jesus,
oriundos de todas as tribos, línguas e nações. O que significa que para que
Jesus volte, as pessoas de todas as nações (ethnos)
que Jesus comprou para si precisam ouvir a pregação do Evangelho e se
converterem. O que acontecerá quando a Igreja cumprir a Grande Comissão.
Ao
olharmos para o mundo hoje podemos achar que o Cristianismo já está presente em
todos os países, e de fato está. Há uma Igreja forte em praticamente todos os
Estados geopolíticos do planeta. Temos vivido a chegada da chamada “Nova
Cristandade”. O Cristianismo ainda é a religião que mais cresce no mundo,
sobretudo nos países da América Latina, África e Ásia. Até mesmo no Oriente
Médio são inúmeros os relatos de conversão. Entretanto, isso ainda não é
suficiente para cumprir a ordem de Jesus, uma vez que Ele utiliza a palavra nações para se referir não a países, mas
a grupos étnicos. Assim sendo, estamos hoje diante de uma das maiores
catástrofes humanitárias e a maior de todas as injustiças sociais. Uma vez que
ainda existem cerca de 7.000 nações (ethnos)
ainda não alcançadas pelo Evangelho. 2.9 bilhões de pessoas estão indo para o
inferno por não conhecerem Jesus. Desse modo, para que Jesus retorne, é
necessário que todas essas nações o conheçam. É aí que Jesus nos dá o grande
privilégio de “apressarmos” a Sua vinda!
Mateus
9 relata que Jesus ao se compadecer das multidões que não o conheciam, ensinou
aos Seus discípulos a seguinte oração:
“Rogai
ao Senhor da colheita que mande trabalhadores para a Sua colheita.”
Aqui
Jesus os incita a orar para que Deus levante pessoas capazes de cumprirem o Seu
plano de levar o Evangelho às nações e assim estabelecer o Seu Reino por
completo sobre a Terra. O que acho mais interessante nessa oração, mais uma vez
é o léxico grego. Dessa vez, a palavra utilizada no lugar o verbo mandar é ekballo que significa enviar com
violência, chutar para fora a fim de alcançar um alvo.
É assim que podemos “apressar” a
vinda de Jesus. É orando ekballo! Orando
para que Deus envie Seus trabalhadores aos confins da terra, aos lugares mais
sombrios do mundo a fim de que o Seu Filho receba as nações (ethnos) por herança. Por isso, é
impossível orar para que Deus envie os Seus trabalhadores sem se dispor a ser
um desses trabalhadores. Se realmente somos cristãos e amamos a vinda de Cristo
como a Bíblia nos ensina, também amamos as nações e nos compadecemos dos
perdidos. Se realmente queremos “apressar” a vinda de Jesus então precisamos
nos envolver com missões.
Mais
do que nunca temos que orar ekabllo e
nos dispormos a sermos a resposta dessa oração. Jesus não quer que o maior
número de pessoas de qualquer lugar o aceitem. Antes da fundação do mundo Ele
já escolheu para si gente de todas as nações. Mas para que elas venham até Ele,
alguém precisa ser enviado (ekballo)
até elas.
Ekballo!
Que seja essa a nossa oração!
Igor Sabino
Facebook: https://www.facebook.com/rodrigo.ribeiro.14811
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