segunda-feira, 31 de março de 2014

Quando Tiramos Proveito da Palavra em Relação as Boas Obras? Com a Palavra, A. W. Pink

1.Tiramos proveito da Palavra quando aprendemos ali qual é o verdadeiro lugar das boas obras.

Muitas pessoas, em seu afã de dar apoio à ortodoxia como um sistema, falam sobre a salvação mediante a graça e a fé de tal maneira que subestimam a santidade e a vida consagrada a Deus. Mas as próprias Sagradas Escrituras não dão margem a isso. O mesmo evangelho que declara que a salvação vem pela gratuita graça de Deus, através da fé no sangue de Cristo, e que nos termos mais fortes possíveis assevera que os pecadores são justificados pela justiça do Salvador, lançada na conta daqueles que nEle confiam, independentemente das obras, também nos asseguram que, sem a santificação nenhum homem jamais verá a Deus.

Também ensinam que os crentes são purificados pelo sangue expiatório de Cristo; que os seus corações são limpos pela fé, a qual opera por intermédio do amor, a qual também vence o mundo; e que a graça divina que oferece a salvação a todos os homens também ensina que aqueles que a recebem devem negar a impiedade e as paixões mundanas, a fim de que vivam sóbria, justa e piedosamente neste mundo.

E qualquer temor de que a doutrina da graça sofrerá alguma perda, devido a saliência dada às boas obras, com base bíblica, deixa transparecer o conhecimento inadequado e grandemente defeituoso da verdade divina; e qualquer manuseio das verdades bíblicas, a fim de silenciar o testemunho das Escrituras em favor dos frutos da justiça, como algo absolutamente necessário para o crente, é tão-somente uma perversão e uma idéia forjada no tocante à Palavra de Deus" (Alexander Carson).

Mas alguns indagam: "Que força tem essa ordenação ou mandamento de Deus, que nos recomenda as boas obras, se, apesar de não aplicarmos diligentemente nossos esforços para obedecer-lhe, ainda assim formos justificados devido à imputação da justiça de Cristo, e desse modo sermos salvos?" Uma objeção tão sem sentido procede da total ignorância sobre o presente estado e das presentes relações do crente para com Deus. Supor que os corações dos homens regenerados não são tão profunda e eficazmente influenciados pela autoridade e pelos mandamentos divinos, para que se inclinem à obediência, tanto quanto tivessem sido dados para sua justificação, é ignorar a verdadeira natureza da fé, bem como os argumentos e os motivos que afetam e constrangem principalmente aos crentes. Além disso, fazer tal objeção é perder de vista a conexão inseparável que Deus estabeleceu entre a nossa justificação e a nossa santificação. Supor que uma dessas duas verdades pode existir sem a outra é desfazer o evangelho inteiro. O apóstolo Paulo trata exatamente dessa objeção, em Romanos 6:1-3.

EXTRAÍDO DO LIVRO: Enriquecendo-se com a Bíblia. Editora Fiel.

Iris Bernardo

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