Na década de 70, Roberto Carlos tentou poetizar sua fé com a ilustração de uma montanha. Ele cantava:
"Eu vou seguir uma luz lá no alto eu vou ouvir / Uma voz que me chama eu vou subir / A montanha e ficar bem mais perto de Deus e rezar / Eu vou gritar para o mundo me ouvir e acompanhar /Toda minha escalada e ajudar / A mostrar como é o meu grito de amor e de fé"
A montanha continuou sendo usada como uma ilustração para poetizar a vida. Entretanto, já não é a fé que vira poesia, mas o falta de esperança. No afã de enfrentar a dor, nosso tempo tentou tirar proveito da ignorância. Alguns acharam que é melhor dar sentido para o mundo retirando dele o sentido. Nosso tempo substituiu a esperança pelo desespero. Penso que a canção “A montanha” dos Engenheiros ilustra essa atitude:
"Nem tão longe que eu não possa ver /Nem tão perto que eu possa tocar / Nem tão longe que eu não possa crer que um dia chego lá
Nem tão perto que eu possa acreditar que o dia já chegou / Pro alto da montanha, num arranha-céu / Sem final feliz ou infeliz...atores sem papel / No alto da montanha, à toa, ao léu"
Para muitas pessoas o sentido da vida pode estar perto, mas não podemos tocar nele. Na vida podemos até ter fé, mas ele nunca se realiza. Queremos contar o que existe lá no alto, mas não podemos contar porque não conseguimos ver nada. No alto da montanha o homem pós-moderno decidiu viver sem final feliz, sem destino, à toa, ao léu.
Apesar de todo o reducionismo pós-moderno, lá no fundo da alma, as pessoas desejam algo mais que aponte para uma realidade de paz e tranquilidade transcendente. Por mais que a filosofia tente entender a vida, a medicina avence e que os psicólogos entendam os recessos do comportamento humano, as pessoas continuam com uma fome espiritual. Por mais que nosso mundo tente poetizar o desespero, outros tentam fazer a poesia da esperança. Habacuque também fez a experiência de cantar e poetizar a esperança contra toda forma de desespero e caos. Através do seu salmo encontramos um mapa que indica o caminho da esperança que supera o caos. Vejamos, pois o que nos ensina o texto sagrado:
A esperança que supera o caos:
I. Clama perante a face de Deus. (1-2)
O profeta que antes expos sua agonia de alma diante do caos, agora se apresenta diante da face de Deus com outro espírito. Sua alma não estava mais agitada como se fosse um mar revolto de incertezas. Deus havia falado de uma forma tão clara que a visão precisava ser compartilhada em tábuas de argila para que até aquele que passava correndo pudesse entender os desígnios de Deus. Depois de tudo isso, Habacuque conclui a profecia com um salmo de adoração que revela, sobretudo em quem estava fundamentada a esperava que supera o caos – era em Deus que a esperava de Habacuque estava fundamentada. A primeira parte do salmo de Habacuque é uma oração. Perante a face de Deus, o profeta abriu sua alma dizendo:
"Tenho ouvido, ó Senhor, as tuas declarações, e me sinto alarmado; aviva a tua obra, ó Senhor, no decorrer dos anos, e, no decurso dos anos, faze-a conhecida; na tua ira, lembra-te da misericórdia." (Habacuque 3:2, RA)
Veja que nesta breve oração, Habacuque expressa questões importantíssimas que apontam para uma piedade que foi formada por Deus, uma piedade depurada por Deus no cadinho das provações e da disciplina. Devemos notar pelos quatro pontos da oração de Habacuque para assim entendermos qual a natureza daquela esperança que supera o caos.
1. Habacuque orou com base nos desígnios de Deus. Quando o profeta disse:“Tenho ouvido, ó Senhor, as tuas declarações” – ficou evidente o caráter prioritário da Palavra do Senhor em sua vida. Habacuque aprendeu a orar com base na Palavra. Em sua mente havia uma recordação recorrente dos atos salvadores de Deus. Aqui vemos claramente que a esperança que supera o caos não está dentro de nós. O Deus da Esperança, totalmente soberano e amoroso decide falar, e quando ele fala seus desígnios são revelados. Aqui vemos que a experiência de fé de Habacuque era plenamente orientada pelas Palavras. Habacuque mostra que não basta apenas força de vontade para viver. O justo vive pela fé. O justo entende que a Palavra de Deus é suficiente para organizar e orientar a vida. É por isso que antes de orar e cantar o profeta escuta o que Deus tem a dizer.
2. Habacuque estava profundamente comovido em temor enquanto orava. O texto sagrado diz que o profeta sentiu-se “alarmado”. Isto mostra que o profeta era um homem que dava atenção a escola de Deus, mas ele não fazia este exercício de ouvir, como se fosse um ato intelectual frio e mecânico. Quanto mais ele ouvia falar de Deus, mas ele comovia sua alma em temor confiante e obediente. Não sabemos exatamente do Habacuque ouviu para ficar alarmado, mas em algumas passagens da bíblia, como por exemplo, o salmo 77, vemos como os fatos do êxodo marcaram a memoria do povo de Deus:
"Recordo os feitos do Senhor, pois me lembro das tuas maravilhas da antiguidade. Considero também nas tuas obras todas e cogito dos teus prodígios. O teu caminho, ó Deus, é de santidade. Que deus é tão grande como o nosso Deus? Tu és o Deus que operas maravilhas e, entre os povos, tens feito notório o teu poder. Com o teu braço remiste o teu povo, os filhos de Jacó e de José. Viram-te as águas, ó Deus; as águas te viram e temeram, até os abismos se abalaram. Grossas nuvens se desfizeram em água; houve trovões nos espaços; também as suas setas cruzaram de uma parte para outra. O ribombar do teu trovão ecoou na redondeza; os relâmpagos alumiaram o mundo; a terra se abalou e tremeu. Pelo mar foi o teu caminho; as tuas veredas, pelas grandes águas; e não se descobrem os teus vestígios. O teu povo, tu o conduziste, como rebanho, pelas mãos de Moisés e de Arão." (Salmos 77:11-20, RA)
Provavelmente Habacuque estava lembrando estes fatos, contudo ele não fez este exercício de memória de uma forma fria e distante. Enquanto ele recordava sua alma se dispunha a orar, em sua boca havia um cântico de louvor a Deus, em seu coração havia um profundo sentimento de temor.
3. Habacuque clamava por uma ação de Deus em seu tempo. Devidamente fortalecido, consolado, animado, educado e orientado pelas Promessas de Deus Habacuque pede ao Senhor: “aviva a tua obra, ó Senhor, no decorrer dos anos, e, no decurso dos anos, faze-a conhecida”. (Faz entre nós o que fizestes entre eles. Opera entre nós como operaste entre eles). Em termos simples o profeta estava pedindo: Faz de novo Senhor! Assim como o Senhor libertou, disciplinou, puniu os ímpios e salvou o povo nas horas críticas – eu te peço: Faz outra vez Senhor!
4. Habacuque pedia pela misericórdia do Senhor. O profeta sabia que Deus estava preparando um plano para disciplinar o povo. Habacuque não questionou a justiça divina, antes ele apelou para a compaixão de Deus dizendo: “na tua ira, lembra-te da misericórdia.” Habacuque foi contado entre aqueles que aprenderam a contar com a misericórdia do Senhor que se renova a cada manhã. Ciente do caos, ciente da sua total irrelevância, ciente de sua falta de controle seja sobre o caos, ou seja, sobre Deus, ciente da maldado do coração o profeta considerou importante apenas pedir por misericórdia divina.
A Esperança que supera o caos se apoia na promessa de Deus. Essa esperança não começa, ou nasce a partir do homem, mas é um dom de Deus. A esperança no Senhor deve despertar em nós uma genuína experiência de piedade. Com Habacuque aprendemos que não podemos lembrar a história dos atos salvadores de Deus de uma forma meramente intelectual. Devemos entender que todas as vezes que ouvimos a Palavra somos confrontados a andar pelo caminho da adoração e obediência ao Deus vivo.
Ao ouvir a Palavra de Deus deveríamos pedir: Senhor! Eu não quero ser um conhecedor da Bíblia cuja alma não sente o alarme diante da revelação do Deus Soberano e Salvador. Não quero ser dominado pelas experiências irracionais, e também não quero uma racionalidade apática. Quero viver pela fé, para viver de uma maneira autêntica a experiência do coração que canta, ora e se alarma dentro da alma.
A esperança que supera o caos clama perante a face de Deus. Habacuque não foi dilacerado pelo caos do seu mundo, porque Deus resplendeu com a luz da Sua verdade no coração do seu profeta. Habacuque passou a conhecer o Senhor de uma forma muito mais íntima. O profeta se agarrou em Deus. Habacuque não se agarrou num deus segundo o seu coração, antes ele buscou o Deus revelado e clamou: Faz novamente hoje como o Senhor fez no passado! Essa oração precisa ser também a nossa prece nos dias de hoje. Deveríamos clamar através dos nossos cânticos, no interior do nosso quarto, nas reuniões públicas da congregação: Faz novamente Senhor! Discipline nosso coração! Salva nossos lares! Salva meus filhos! Salva tua igreja da frieza! Desmascara os falsos profetas! Enche nosso coração de alegria! Dá-nos força nas calamidades! Consola-nos em nossas agonias! Faz novamente hoje como o Senhor fez no passado!
A oração de Habacuque nos ensina que nas crises não podemos recorrer a um deus que feito por mãos humanas. Se não podemos lidar com o caos que se agiganta, como poderemos controlar a divindade? A esperança que supera o caos clama perante a face de Deus por misericórdia. Ele justo e disciplinará nossa alma quando precisarmos, mas ele também é misericordioso. Não podemos barganhar a misericórdia. Ela é dada e nunca comprada. Lutero chama essa experiência de viver na “confiança nua e crua na misericórdia de Deus”. É a misericórdia de Deus nos dá esperança – se não fosse a compaixão do Senhor certamente seríamos consumidos.
A esperança que supera o caos:
II. Medita sobre os poderosos feitos de Deus. (3-16)
O salmo de Habacuque contém uma extensa e profunda reflexão sobre os poderosos feitos de Deus. Definitivamente Habacuque se dispôs para trazer a memoria aquilo que dá esperança.
1. Habacuque recordou do governo soberano de Deus na história (3-6).
"Deus vem de Temã, e do monte Parã vem o Santo. A sua glória cobre os céus, e a terra se enche do seu louvor. O seu resplendor é como a luz, raios brilham da sua mão; e ali está velado o seu poder. Adiante dele vai a peste, e a pestilência segue os seus passos. Ele pára e faz tremer a terra; olha e sacode as nações. Esmigalham-se os montes primitivos; os outeiros eternos se abatem. Os caminhos de Deus são eternos." (Habacuque 3:3-6, RA)
O profeta estava lembrando o caminho de Deus feito no passado para ajudar o seu povo no êxodo e nas conquistas. Habacuque recorda do tempo em que Deus falou para guiar seu povo através de Moisés, bem como do tempo que a Juíza Débora foi levantada e terra ficou em paz.
2. Habacuque recordou a soberania de Deus sobre a natureza (7-11).
"Vejo as tendas de Cusã em aflição; os acampamentos da terra de Midiã tremem. Acaso, é contra os rios, Senhor, que estás irado? É contra os ribeiros a tua ira ou contra o mar, o teu furor, já que andas montado nos teus cavalos, nos teus carros de vitória? Tiras a descoberto o teu arco, e farta está a tua aljava de flechas. Tu fendes a terra com rios. Os montes te vêem e se contorcem; passam torrentes de água; as profundezas do mar fazem ouvir a sua voz e levantam bem alto as suas mãos. O sol e a lua param nas suas moradas, ao resplandecer a luz das tuas flechas sibilantes, ao fulgor do relâmpago da tua lança." (Habacuque 3:7-11, RA)
Aqui o profeta lembra a maneira como Deus fendeu os mares para salvar o seu povo e punir os ímpios. Deus pune o ímpio com suas flechas. A terra treme e uma grande tempestade escurece o mundo para que as luzes das flechas de Deus rasguem a terra como um relâmpago.
3. Habacuque recordou a graça e justiça de Deus (12-15).
"Na tua indignação, marchas pela terra, na tua ira, calcas aos pés as nações. Tu sais para salvamento do teu povo, para salvar o teu ungido; feres o telhado da casa do perverso e lhe descobres de todo o fundamento. Traspassas a cabeça dos guerreiros do inimigo com as suas próprias lanças, os quais, como tempestade, avançam para me destruir; regozijam-se, como se estivessem para devorar o pobre às ocultas. Marchas com os teus cavalos pelo mar, pela massa de grandes águas. Ouvi-o, e o meu íntimo se comoveu, à sua voz, tremeram os meus lábios; entrou a podridão nos meus ossos, e os joelhos me vacilaram, pois, em silêncio, devo esperar o dia da angústia, que virá contra o povo que nos acomete." (Habacuque 3:12-16, RA)
Habacuque a marcha de Deus como uma atividade militar que representar a ira de Deus contra os ímpios. O profeta vê Deus pisando a maldade do mundo tal como um debulhar dos grãos. Habacuque medita nas vezes em que Deus puniu o ímpio, mas com graça Deus também usou de misericórdia para salvar o seu povo.
Agora veja uma coisa de extrema importância: O profeta Habacuque meditou acerca do governo de Deus sobre a história e sobre a natureza; Ele contemplou em seus pensamentos a intervenção do Senhor no mundo para punir o ímpio e salvar o seu povo. Habacuque não conseguiu contemplar tais maravilhas sem vê-las aplicadas em sua própria vida. O profeta descreve o abalo de sua alma dizendo:
"Ouvi-o, e o meu íntimo se comoveu, à sua voz, tremeram os meus lábios; entrou a podridão nos meus ossos, e os joelhos me vacilaram, pois, em silêncio, devo esperar o dia da angústia, que virá contra o povo que nos acomete." (Habacuque 3:16, RA)
Enquanto meditava Habacuque estava contemplando não só o mundo e a natureza. Ele estava naquele momento se vendo como parte da história e de uma criação debaixo do governo de Deus. Ele estava cada vez mais convicto da soberania e governo de Deus sobre a sua vida. Ele sabia que o seus inimigos seria punidos e que Deus o salvaria. Diante de tudo isso ele se comove, seus lábios tremem, suas forças fenecem, seus joelhos dobram para esperar pacientemente o dia em que seria cumprida toda a vontade de Deus.
Irmãos e irmãs, considerando alguns aspectos fico pensamento seriamente sobre a condição de Habacuque e a nossa. O profeta tinha apenas uma parte da Bíblia que temos hoje, e o que foi revelado a ele foi o suficiente para que sua alma se comovesse diante de tamanho amor soberano e da justiça perfeita de Deus. Habacuque temeu e tremeu diante de Deus. Nós temos a bíblia toda, temos a revelação perfeita e completa de Jesus Cristo de Nazaré. Entretanto, muitos já não se comovem mais; muitos não tremem mais os lábios; não sentem no espigão da alma que esta Palavra de Deus tem haver com as nossas vidas.
Não estou defendendo a entrada do emocionalismo irracional na Igreja – não interpretem errado o que eu estou dizendo dessa maneira. O que quero dizer é que o Senhor da história tem um plano também para a tua história. O Senhor da natureza olha também para a natureza do teu coração. O Senhor que derrubou reinos e humilhou reis se acampa ao redor da tua vida para te salvar. O Senhor que puniu Babilônia um dia punirá todo mal que existe neste mundo e se for preciso ele disciplinará a tua vida. Tudo isto tem haver com a sua vida hoje e agora! Entenda hoje em Nome de Jesus que Deus tem propósitos em Tua vida! Ele organizou a história para enviar Jesus Cristo na Plenitude dos tempos para salvar tua vida e transformar a tua história. O Deus que rege a natureza é mesmo Deus que age em nossa natureza carnal e gera faz uma nova criatura.
A esperança que supera o caos medita nos atos poderosos de Deus. A esperança que supera o caos sabe que o Senhor dá história está envolvido com a nossa história. O Senhor que rege a natureza trabalha até agora formar uma nova humanidade em Cristo! O Senhor que derrubou a Babilônia é mesmo que derruba os ímpios em nossos dias. Tudo tem haver com você – tem haver com a sua vida aqui e agora.
A esperança que supera o caos:
III. Rende louvores a Deus. (17-19)
Habacuque em seu salmo conclui com uma declaração de louvor ao Senhor. Antes ele esteve aflito. Sua alma inquiridora entrega queixas e lamentos diante de Deus. Entretanto chegou o tempo quem o Senhor colocou um novo cântico nos lábios de Habacuque. O profeta aprendeu uma forma de poetizar a vida mesmo que tudo ao redor estivesse se revolvendo no mais intenso caos. Pelos três lições podem ser aprendidas a partir da expressão de louvor de Habacuque:
1. Deus deve ser louvado independente das circunstâncias. O profeta é enfático:
"Ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide; o produto da oliveira minta, e os campos não produzam mantimento; as ovelhas sejam arrebatadas do aprisco, e nos currais não haja gado, todavia, eu me alegro no Senhor, exulto no Deus da minha salvação." (Habacuque 3:17-18, RA)
O declara que sua alegria e o seu cântico não estavam condicionados as circunstâncias. Mesmo que ele tivesse que viver a margem de tudo que a sua geração considerava essencial, ainda assim o seu coração estaria louvando o Senhor. É como se ele estivesse dizendo: Ainda que um dia todas essas coisas venham a faltar, o Senhor não me faltará.
2. O Senhor mesmo deve ser a nossa alegria. Habacuque deixa claro que a sua alegria estava em Deus. Deus mesmo era a razão do louvor.
"todavia, eu me alegro no Senhor, exulto no Deus da minha salvação." (Habacuque 3:18, RA)
O profeta estava satisfeito, pleno, completo em saber no fundo da sua alma que Deus estava comprometido com a sua salvação. Habacuque tinha a plena certeza de que o Senhor que fez a aliança salvará um povo para si mesmo. O profeta se alegra em saber que o fundamento do seu relacionamento com Deus é o próprio Deus que soberanamente estabeleceu a aliança.
3. Deus deve ser louvado por sua providência. O profeta disse:
"O Senhor Deus é a minha fortaleza, e faz os meus pés como os da corça, e me faz andar altaneiramente. Ao mestre de canto. Para instrumentos de cordas." (Habacuque 3:19, RA)
Aqui há um reconhecimento de que é Senhor quem nos fortalece, ele é que nos mostra o caminho da alegria, é ele que nos dá uma razão para cantar. Habacuque exalta o Deus que fortalece o seu povo para caminhar sem tropeçar.
Irmãos e irmãs, a esperança que supera o caos rende louvores a Deus de uma forma alegre, racional e independente das conjunturas. Mesmo que o mundo esteja no mais profundo caos, aquele que espera em Deus encontra em Deus a razão para poetizar a vida. Em meio ao caos um dia podemos até viver a margem de muitas coisas que as pessoas consideram como essenciais para viver.
Nessa hora, quando as coisas são tiradas vemos que a alegria da alma é saber que nunca seremos desamparados por Deus. Temos um salvador que nos guarda do inimigo, e que em Cristo nos livra da condenação eterna. Temos um salvador que cuida de nós nos lugares mais improváveis da vida, inclusive nas crises. Não somos blindados contra as crises, mas é dentro delas que do Senhor recebemos a força para cantar e andar.
"Digo isto, não por causa da pobreza, porque aprendi a viver contente em toda e qualquer situação. Tanto sei estar humilhado como também ser honrado; de tudo e em todas as circunstâncias, já tenho experiência, tanto de fartura como de fome; assim de abundância como de escassez; tudo posso naquele que me fortalece." (Filipenses 4:11-13, RA)
"Em todas estas coisas, porém, somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou. Porque eu estou bem certo de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as coisas do presente, nem do porvir, nem os poderes, nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura poderá separar-nos do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor." (Romanos 8:37-39, RA)
Conclusão.
Deus envia crises para disciplinar nossa alma. O Senhor levanta seus instrumentos para que a sua mensagem seja claramente pregada em nossos dias. Em meio ao caos recebemos de Deus uma mensagem de exortação, fé e esperança. Com os olhos da esperança em Deus superamos o mundo caótico. Na esperança pedimos: Como o Senhor fez no passado, faz novamente Senhor!
Na esperança meditamos na Palavra de Deus e descobrimos que estamos envolvidos com essa história. O Deus da história, que rege a natureza também está envolvido com a nossa história e com a nossa natureza. O Deus que derrubou os tiranos também derrubará os ídolos de hoje, e também ele fará tombar nossa arrogância e dura servir para nos disciplinar em amor.
Na esperança encontramos a razão para cantar. Deus é a nossa esperança. Mesmo que tudo que é tido por essencial neste mundo seja tirado de nós, a esperança nos ajudará a atravessar o deserto do caos pulando de alegria e poetizando a vida – não porque temos forças em nos mesmo para isto, mas porque o Senhor é a nossa força e a nossa alegria.
Na esperança meditamos na Palavra de Deus e descobrimos que estamos envolvidos com essa história. O Deus da história, que rege a natureza também está envolvido com a nossa história e com a nossa natureza. O Deus que derrubou os tiranos também derrubará os ídolos de hoje, e também ele fará tombar nossa arrogância e dura servir para nos disciplinar em amor.
Na esperança encontramos a razão para cantar. Deus é a nossa esperança. Mesmo que tudo que é tido por essencial neste mundo seja tirado de nós, a esperança nos ajudará a atravessar o deserto do caos pulando de alegria e poetizando a vida – não porque temos forças em nos mesmo para isto, mas porque o Senhor é a nossa força e a nossa alegria.
Rev. Francisco Macena
Intercâmbio feito por Walber Arruda
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