Os evangélicos alcançaram o expressivo numero
de 42,3 milhões de adeptos no Brasil. Estes foram os recentes dados divulgados
pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) do ultimo censo
realizado em 2010. As últimas décadas foram de grande crescimento para a Igreja
Evangélica. Ela tem sido em disparada, o segmento religioso que mais cresce em
nosso país. Este expressivo aumento é notado desde os grandes centros até
cidades interioranas, onde o catolicismo predominava até pouco tempo atrás. Nem
a Roma de Constantino viu tantos cristãos.
Essa explosão de adeptos também veio
acompanhada de muitos problemas. No quesito quantitativo temos crescido de forma
exorbitante, mas temos deixado muito a desejar em qualidade. Há trinta anos não tínhamos nem metade de
evangélicos que temos atualmente, mas raramente víamos escândalos de líderes e
membros. Os fiéis não eram explorados e a pobreza não era sinal de maldição. A
mensagem era a cruz, somente a cruz!
Mas nós, enquanto Igreja Reformada o que
podemos fazer para elevar a qualidade do cristianismo no Brasil?
Acredito que grande parte dos crentes do
nosso país precisam ser “ré-evangelizados”.
Aqueles que foram atraídos para o neo-pentecostalismo,
são pessoas que continuam sedentas pelo Evangelho, ainda que já tenham ouvido
sobre Cristo. Mas o que eles escutaram foram textos fora de contexto usados
como pretexto. Uma mensagem totalmente distorcida!
Não são poucos o numero de fiéis que têm
saído desapontados destas denominações. Decepcionados com as falsas promessas
de prosperidade e cansados de ser extorquidos. Assim, saem à procura de uma
igreja onde possam aprender a Palavra de Deus de verdade e adorá-Lo sem nenhum
tipo de pressão psicológica.
Por isso, devemos estar preparados. Pois esta
tem sido uma oportunidade de apresentarmos o Evangelho puro e simples, para
estes que já se encontram com seus corações abertos para Cristo. É claro que do
ponto de vista ético não é correto pescar no aquário dos outros, mas o que
acontece quando os peixes estão sobrevivendo em águas poluídas e sem alimento
adequado? Certamente morrerão. Logo, isto não se caracteriza em proselitismo,
mas um novo campo de atuação missionária. Uma prática totalmente legítima.
Temos todas as ferramentas em mãos. Se sabemos
que a nossa teologia é ortodoxa, e que a nossa igreja é realmente séria, que
tal, assumirmos a responsabilidade de transformar esta “quantidade também em
qualidade”? Não percamos as esperanças
em ver uma igreja viva e relevante nesta nação. Mas do que nunca a Igreja
Brasileira precisa passar por uma profunda reforma. E quem fará isso senão nós,
reformados. Aliás, este é um dos lemas da reforma: “Igreja reformada sempre
reformando”.
Que o Senhor nos ajude!
Missionário Ericon Fábio
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