Rubinho Pirola
Fico a me
perguntar, como viverão os que assim crêem - e pior, que se dizem
cristãos e, como tal, tem de ter em Cristo, o mediador, o supremo
intercessor diante da presença de Deus, das nossas vidinhas frágeis e
sempre metidas em confusão, desconcertos e descompassos?
Essa
confusão toda refere-se quando, diante da perspectiva da cruz, no
momento de agonia de Jesus, no horto, pediu ao Pai: "Afasta de mim esse
cálice!".
Mas
esquecemos-nos, ou ignoramos que o seu clamor não parou ai. Houve na
mesma sentença um - "Contudo... (porém, entretanto, todavia...) não seja
como eu quero, como a minha carne deseja e faça-se a Tua vontade." E
PONTO. (Mt 26:38)
Não houve um mas, não houve uma desculpa, não houve contemporização...
Houve uma
derradeira conclusão. E atitude própria de quem estava pronto a
manifestar a sua maturidade e confiança no amor divino.
Mesmo em
face a toda adversidade, ao momento supremo e inédito (pela primeira vez
em toda a eternidade passada e futura) de uma separação entre ele e o
Pai, Jesus declarou - estou disposto, me submeto, haja o que houver.
Alguém já
disse que seguir Cristo, ser cristão, chamar-se por esse nome, é crer
que tudo já foi feito, todas as coisas pendentes entre nós e Deus já foi
resolvido e a dívida toda quitada por Cristo e agora resta-nos
submeter-se a Ele, a quem Deus fez Senhor e Cristo. À sua vontade, à sua
ordem e comando, crendo que, HAJA o que houver, nada nos poderá separar
do amor de Deus, justamente naquele advogado e sumo-sacerdote fiel e
que não pode ser ignorado ou negado pelo Pai. Ponto.
O resto, é alegoria, é coreografia, é religião.
Que vivamos
esse dia nessa perspectiva hoje. Reconhecendo em cada acontecimento,
seja ele um pneu furado, um mendigo à porta com a mão estendida, a uma
glória recebida, e etcéteras todas, tendo Deus e o seu propósito e
chamado a nós, para que o vivamos. Mesmo que tenhamos de nos negar a nós
mesmos, aos desejos e conveniências da nossa carne, confiando na Sua
vontade - que é boa, perfeita e agradável!
Bom dia a todos!
"Pois, se vivemos, para o Senhor vivemos; se morremos, para o Senhor morremos. De sorte que, quer vivamos quer morramos, somos do Senhor. "
Romanos 14:8
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