Que seja dito de nós, como foi dito
nobremente sobre Davi (At 13.36)“Que servimos à nossa geração segundo a vontade
de Deus.”
É
bem verdade que vivemos em um país tomado pela corrupção, vislumbramos um
evidente caos político, dentro e fora dos governos, fora e dentro da “igreja”. Homens
miseráveis, aproveitando-se do poder para satisfazerem os seus mais vis desejos
pessoais. No entanto, desencorajar qualquer forma de envolvimento cívico
significa afastar-se da rica herança reformada.
Os
“evangélicos” foram o segmento religioso que mais cresceu no Brasil no período
entre os censos de 2000 e 2010. Segundo os números divulgados pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2000, os “evangélicos” representavam 15,4% da população. Em 2010, com um aumento de cerca de 16 milhões
de pessoas (de 26,2 milhões para 42,3 milhões), chegaram a 22,2%. Em
1991, este percentual era de 9,0% e em 1980, 6,6%. Mas é possível indagar: Qual
a força política do pensamento “Cristão” hodierno? Qual a preocupação
político-social existe? Qual o receio causado nas autoridades, quando as mesmas
violam princípios e valores Bíblicos?
Talvez
seja preciso olharmos para trás, mergulharmos um pouco na história dos
puritanos, para que nos envergonhemos de nosso “evangelho” atual, percebendo
que o “povo de Deus” não foi sempre assim, pois ao contrário do que muitos
pensam, o povo do século XVI mudou o seu tempo não só “dentro da igreja”, mas
fora dela também.
Os Puritanos
foram pensadores sociais e ativistas. Diante da situação da igreja e do estado,
até a liberdade de praticar suas convicções especificamente religiosas exigia
que eles entrassem na área política. A ação social Puritana era baseada numa
teologia do pacto, que requeria das pessoas que buscassem o bem comum da
comunidade e que via as boas obras como um ato inevitável de gratidão pela
salvação de Deus. Um aspecto da ação social puritana era a preocupação em ajudar
os necessitados na sociedade. Sendo principalmente voluntária e pessoal.
A ênfase
Puritana na comunidade era compensada por uma preocupação pela liberdade e
dignidade de cada indivíduo. Os Puritanos desafiaram o privilegio baseado em
posição ou nascimento e encorajaram um espírito de igualdade.
Não é
possível refazer a história sem olhar para trás e ver o imenso legado e exemplo
deixado pelos reformados, não é possível lutar sem o pleno amor pelo
conhecimento tanto das coisas do alto, como das “terrenas”. O povo
que revolucionou a Inglaterra com seu pensamento cristão e democrático, lutando
bravamente por liberdade na América, influenciando na educação, economia e
diversas outras áreas, já não é o mesmo. Mas através de um sonho, é possível
sentir o anseio e a saudade, daqueles que mudaram o mundo pela pureza do
evangelho.
Quando
notamos o presente, por um instante nos oprimimos, mas quando olhamos para o
passado, vemos a força do Evangelho mudar uma nação.
Soli Deo
Gloria!
Wollney Ribeiro
Igreja Congregacional Zona Sul
Campina Grande PB
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