Destes
versículos (Lucas 6:41) aprendemos que devem se esforçar por manter uma vida
pura aqueles que repreendem os pecados dos outros. Nosso Senhor nos ensina esta lição por meio de uma afirmação prática. Ele nos mostra a falta de lógica da
parte de uma pessoa culpar a outra por ter um “argueiro”, ou seja, algo
insignificante em seu olho, enquanto ela própria tem uma “trave”, ou seja, algo
enorme e formidável, em seu próprio olho.
Sem
dúvida, este é uma lição que tem de ser recebida com qualificações bíblicas e
adequadas. Se alguém tivesse de pregar e ensinar aos outros somente quando
estivesse completamente sem falhas, não haveria ensino ou pregação no mundo.
Aquele que errou jamais seria corrigido, e os ímpios nunca seriam repreendidos.
Atribuir este significado às palavras de nosso Senhor fá-las colidir com o
evidente ensino das Escrituras, em outras passagens.
O
principal objetivo de nosso Senhor era gravar na mente de seus pregadores e
ensinadores a importância de uma vida coerente. Esta passagem é um solene aviso
para não contradizermos com nossas vidas aquilo que dizemos com nossos lábios.
O ministério de um pregador não conquistará atenção dos ouvintes, amenos que
ele pratique aquilo que ensina. Ordenação ao pastorado, graus universitários,
títulos e aceitação pública de possuir sã doutrina, estas coisas não asseguram
ao sermão do pastor o respeito de seus ouvintes, se a igreja percebe que ele
possui hábitos pecaminosos.
No
entanto, existem muitas coisas nesta lição que todos faremos bem se recordarmos.
É uma lição que muitas pessoas, e não somente os pastores, devem considerar.
Todos os esposos, chefes o lar, pais, professores, tutores, responsáveis por
jovens, deveriam pensar com frequência sobre o “argueiro” e a “trave”. Todas
estas pessoas deveriam ver nas palavras de nosso Senhor a poderosa lição de que
nada influência tanto aos outros quanto a coerência. Entesouremos esta lição no
nosso íntimo e não a esqueçamos.
RYLE,
Jonh Charles. In: Meditações no Evangelho de Lucas Traduzido por Editora
Fiel. São José dos Campos, São Paulo:
Editora Fiel, 2011. Comentário de Lucas 6, versículo s de 39 a 45, pp. 96.
Rodrigo Ribeiro
@rodrigolgd
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