“Pai nosso...” (Mt
6:9)
“Atrevi-me a chamar-lhe de Pai.”
Este é o título de um livro comovente escrito por uma ex-muçulmana que
descobriu a possibilidade de chamar Deus de Pai. Em sua religião, Deus é visto
como alguém austero, rígido e exigente, com quem as pessoas podem se relacionar
somente através de orações mecânicas e estrita submissão à sua lei. Ao ouvir
falar do evangelho, a escritora ficou maravilhada ao perceber que o Deus dos
cristãos era visto como Pai. Era um conceito revolucionário e libertador. Deus
era amoroso, compassivo e acessível. Por amor a Ele, ela enfrentou sérios
perigos, perseguição e rejeição. Por final, teve que deixar o seu país e hoje
proclama o evangelho de Jesus Cristo, onde Deus é amado como Pai.
Temos este mesmo sentimento
quando chamamos a Deus de Pai? Ficamos maravilhados por esse privilégio? Somos
tomados de espanto e gratidão por termos acesso ao coração de Deus? Ficamos
comovidos com seu imenso amor, tão intenso que foi capaz de dar o seu único
para morrer em lugar de nós, pecadores?
É por não compreendermos mais
profundamente a paternidade de Deus que não somos melhores adoradores. Somos
tímidos e negligentes na oração porque ainda não acordamos para realidade de
que Deus é o nosso Pai. Muitos cristãos, atualmente, aproximam-se de Deus como
alguém que vá resolver seus problemas pessoais e não como alguém com quem
podemos ter comunhão. Alguns sentem-se até na posição de decretar e determinar
o que Deus deve fazer! Certamente o Pai nos ama e quer nos conceder coisas
boas, mas certamente entristecemos ao seu coração quando nos mostramos egoístas
e interesseiros.
Precisamos redescobrir a
paternidade de Deus. Precisamos meditar com mais intensidade no que o próprio
Deus fala a seu respeito. Apesar da crença popular, nem todos os seres humanos
são filhos de Deus no pleno sentido da palavra. De fato, somente aqueles que
recebem a Jesus como Senhor e Salvador é que podem ser chamados filhos de Deus
(Jo 1:12). Quando nascemos de novo recebemos o Espírito Santo, que é o espírito
de adoção, pelo qual clamamos “Aba, Pai.” A percepção da paternidade de Deus
não procede da religiosidade formal, nem do emocionalismo místico, mas de um
relacionamento vivo com Deus através de Jesus Cristo.
Você tem se relacionado com Deus
como seu Pai? Você tem experimentado seu amor? Você tem desfrutado de sua
companhia? Você tem conhecido a sua disciplina? Você tem sido impulsionado a
agradá-lo e imitá-lo como filho ou filha? Como pai, você tem seguido seu
exemplo? Que hoje mesmo você se aproxime da presença de Deus e possa chamá-lo
de Pai.
Jorge Issao Noda
Publicado no Facebook do Autor
Intercâmbio feito por Rafaelle Amado
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