quarta-feira, 3 de abril de 2013

A Paternidade de Deus


“Pai nosso...” (Mt 6:9)

“Atrevi-me a chamar-lhe de Pai.” Este é o título de um livro comovente escrito por uma ex-muçulmana que descobriu a possibilidade de chamar Deus de Pai. Em sua religião, Deus é visto como alguém austero, rígido e exigente, com quem as pessoas podem se relacionar somente através de orações mecânicas e estrita submissão à sua lei. Ao ouvir falar do evangelho, a escritora ficou maravilhada ao perceber que o Deus dos cristãos era visto como Pai. Era um conceito revolucionário e libertador. Deus era amoroso, compassivo e acessível. Por amor a Ele, ela enfrentou sérios perigos, perseguição e rejeição. Por final, teve que deixar o seu país e hoje proclama o evangelho de Jesus Cristo, onde Deus é amado como Pai.

Temos este mesmo sentimento quando chamamos a Deus de Pai? Ficamos maravilhados por esse privilégio? Somos tomados de espanto e gratidão por termos acesso ao coração de Deus? Ficamos comovidos com seu imenso amor, tão intenso que foi capaz de dar o seu único para morrer em lugar de nós, pecadores?

É por não compreendermos mais profundamente a paternidade de Deus que não somos melhores adoradores. Somos tímidos e negligentes na oração porque ainda não acordamos para realidade de que Deus é o nosso Pai. Muitos cristãos, atualmente, aproximam-se de Deus como alguém que vá resolver seus problemas pessoais e não como alguém com quem podemos ter comunhão. Alguns sentem-se até na posição de decretar e determinar o que Deus deve fazer! Certamente o Pai nos ama e quer nos conceder coisas boas, mas certamente entristecemos ao seu coração quando nos mostramos egoístas e interesseiros.
Precisamos redescobrir a paternidade de Deus. Precisamos meditar com mais intensidade no que o próprio Deus fala a seu respeito. Apesar da crença popular, nem todos os seres humanos são filhos de Deus no pleno sentido da palavra. De fato, somente aqueles que recebem a Jesus como Senhor e Salvador é que podem ser chamados filhos de Deus (Jo 1:12). Quando nascemos de novo recebemos o Espírito Santo, que é o espírito de adoção, pelo qual clamamos “Aba, Pai.” A percepção da paternidade de Deus não procede da religiosidade formal, nem do emocionalismo místico, mas de um relacionamento vivo com Deus através de Jesus Cristo.

Você tem se relacionado com Deus como seu Pai? Você tem experimentado seu amor? Você tem desfrutado de sua companhia? Você tem conhecido a sua disciplina? Você tem sido impulsionado a agradá-lo e imitá-lo como filho ou filha? Como pai, você tem seguido seu exemplo? Que hoje mesmo você se aproxime da presença de Deus e possa chamá-lo de Pai.

Jorge Issao Noda

Publicado no Facebook do Autor

Intercâmbio feito por Rafaelle Amado

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