Meu temor por meu próprio coração e pela igreja em geral é que tenhamos nos afastado demasiadamente da ênfase tão bíblica de diligentemente buscar e lutar por uma santidade prática e progressiva em nossas vidas.
Penso que tememos que santidade seja nada mais do que ficar longe de alguns tabus, ou que a santidade nos tornará, de alguma maneira, legalistas. Tememos não ser realmente centrados no evangelho se falarmos de obediência ou se realmente exortarmos uns aos outros a viverem uma vida piedosa. Tememos, talvez, que isso nos fará parecer estranhos ou antiquados, e, francamente, acho que alguns de nós simplesmente desistiram dessa luta. Soa muito espiritual dizer que somos todos apenas fracassos espirituais, e simplesmente continuar pecando.
Mas não é isso que o evangelho pretende fazer em nós e através de nós. É uma maravilhosa verdade que descansamos em Cristo, que está consumado em Cristo, que apenas ele é nossa justiça, que é apenas pela graça que somos salvos; e, ainda assim, a graça que salva um miserável como eu, é também a graça que me transforma e me guia seguro até meu Lar.
UM SANTO CHAMADO
Eu tenho um fardo – Eu leio a Escritura e olho para a Igreja e para minha própria vida – que sejamos um povo que ama a semelhança com Cristo e vê que uma das razões para nossa redenção, sim, é porque Deus nos ama; sim, é pela glória de Deus; e ainda assim, Efésios diz que fomos escolhidos antes da fundação do mundo para que fôssemos santos e inculpáveis perante Deus. Que nosso chamado é um chamado santo. Ver uma geração buscar com grande paixão, diligência e esforço uma santidade pessoal, prática e apaixonada, é um fardo que eu, e oro para que Deus trabalhe isso em meu coração e nos corações de milhares e milhares de igrejas e cristãos que buscam a semelhança com Cristo para o nosso bem e para a glória de Deus.
Trecho do livro Brecha em Nossa Santidade
Presb. Cícero Pereira
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