As nossas
palavras são perigosas. Essa é uma verdade incontestável. E o alto poder que elas possuem foi expresso
por Jesus na passagem: “O que contamina o homem não é o que entra na boca, mas
o que sai da boca, isso é o que contamina o homem”. (Mateus 15:11). Muito além
daquilo que pode adentrar a boca humana, o que Jesus enfocou é o que saía dela,
usando, inclusive, o verbo “contaminar”, que significa “sujar, manchar aquilo
que é puro ou respeitável”.
Através
da palavra, tão convincente e tentadora da serpente, Eva foi levada a pecar.
Através de nossas palavras, nós ferimos, machucamos e testemunhamos contra o
amor de Deus em nossas vidas. Cotidianamente pecamos com palavras impensadas em
momentos de raiva, com palavras agressivas de revide, palavras de mentira, com
palavras que levam a contendas, comentários maldosos, observações não
construtivas sobre a vida alheia e com a tão na moda hoje, a tal das indiretas.
E não apenas da boca dos ímpios que essas palavras saltam. As bocas que pregam o evangelho e que falam
do amor de Cristo, longe dos púlpitos e das rodas de estudo bíblico,
invariavelmente, também ferem a comunhão com Cristo utilizando-se de palavras
que contaminam o templo do Espírito Santo que somos nós.
Segundo
está escrito no livro de Provérbios 6: 12: “O homem mau, o homem iníquo tem a
boca pervertida” e aquele que teve o novo nascimento em Cristo anda em sentido
contrário às articulações de palavras não edificantes, como se lê em
Colossenses 03: 08-10: “Mas agora, despojai-vos também de tudo: da ira, da
cólera, da malícia, da maledicência, das palavras torpes da vossa boca. /Não
mintais uns aos outros, pois que já vos despistes do velho homem com os seus feitos,
/E vos vestistes do novo, que se renova para o conhecimento, segundo a imagem
daquele que o criou”.
Na
boca daquele que nasceu para a vida em Jesus não cabe a expressão de palavras
que sirvam como forma de contendas, diminuição ou mágoas. Pensar antes de falar
e praticar o amor ao próximo são atitudes que nos permitem manter a comunhão
com o Pai e que nos resguarda de termos as nossas bocas como portas para a
prática do pecado.
Como
nos diz o Senhor: “Mas eu vos digo que de toda a palavra ociosa que os homens
disserem hão de dar conta no dia do juízo. /Porque por tuas palavras serás
justificado, e por tuas palavras serás condenado”. (Mateus 12:36-37). A
palavra que proferimos nos pode aproximar ou afastar do Pai, pode nos salvar do
pecado, quando professamos a Cristo, ou nos manter nas trevas.
Portanto,
que nós possamos verdadeiramente esconder a Palavra de Deus dentro de nós, como
expressa o Salmo 119, para que possamos não pecar contra o Pai.
Andrea Grace
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