Estamos no Natal. Há mais de dois mil anos atrás
o mundo presenciava um momento singular em sua história, o nascimento de Jesus
Cristo. Aquele que veio para salvar a humanidade e restaurar a comunhão dos
homens com Deus. E, diferentemente da pompa dos festejos natalinos atuais, em
que as luzes e festas adornam as praças, na noite em que o Prometido de Deus
veio a Terra, não existiu nenhuma destacada comemoração para marcar esta data.
Uma humilde estrebaria serviu de amparo para
Jesus. O Rei prometido por Deus (Mq 5.2) não nasceu em palácio, sequer havia
espaço para ele em alguma hospedagem. Sua cama foi um berço improvisado entre
animais num curral. Seu ministério seria assim, o Filho do homem não teria
lugar para reclinar a cabeça (Mt 8.20), mas de favores pousaria.
Também não foram muitas as visitas recebidas na
ocasião de seu nascimento, que só não passou completamente despercebido, devido
à presença de pastores e magos, informados do ocorrido por meios especiais
revelações (Mt 2.2; Lc 2.10). Esta também seria uma amostra da rejeição e
sofrimento que o Filho de Deus haveria de enfrentar, tanto dos que o
perseguiriam, quanto de seus discípulos e amigos próximos que o abandonariam ao
longo de seu ministério (Jo 6.66; Mt 26.56).
O palco que recebeu o Salvador foi a pequena
cidade de Belém, assim como diziam as profecias: “E tu,
Belém-Efrata, pequena demais para figurar como grupo de milhares de Judá, de ti
me sairá o que há de reinar em Israel, e cujas origens são desde os tempos
antigos, desde os dias da eternidade”(Miquéias 5. 2). Um povoado da Judéia, discriminado por ser uma região de pouco
prestigio. O Cidadão dos céus agora se tornava um filho natural da pequena
cidade de Belém.
Assim foi a primeira vinda de Jesus,
caracterizada pela humildade (Mc 10.45). Ele esvaziou-se de toda glória, e
assumiu a forma de servo. Servo sofredor (Fl 2.7; Is 53.3). Seu propósito era
satisfazer plenamente a justiça de seu Pai, reconciliando os quebrantados, e
lhes garantindo a sublime herança celeste (CFW cap. VII.V). Obra esta consumada
perfeitamente na cruz do calvário.
Sua segunda vinda será um contraste com o evento
ocorrido há dois milênios. Se seu nascimento ocorreu de forma discreta e quase
imperceptível, sua volta será marcada por um triunfante espetáculo. O Filho do
homem, virá cheio de esplendor e glória. E não poucos o verão, como aquele
grupo seleto na Judéia, mas todo o olho será testemunha da gloriosa e
irradiante vinda do Reis dos Reis e Senhor dos Senhores (Mt 24.27; Ap 19.16).
Celebremos a vinda do EMANUEL, o Deus que
veio ter conosco (Is 7.14; Mt 1.23), o Verbo que se fez carne e habitou entre
nós (Jo 1.1). Aquele que desceu do céu e se fez homem, semelhante a nós.
Celebremos sua primeira vinda com voz de folguedo e alegria, ao passo que nos
lembramos da bendita promessa que Ele fez:
Certamente cedo venho. Amém. Ora
vem, Senhor Jesus (Ap 22.20). Que neste Natal, cada expressão de gratidão
seja acompanhada de súplicas pelo retorno do dono da festa, que cedo irá voltar
(At 1.11). Com Ele o nosso regozijo será completo.
Feliz Natal!
Ericon Fabio
Ericon Fabio
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