Sou gospel.
Vou marcar três dias para
'servir a Deus' em algum evento. Lá vou descontrair, extravasar, mostrar como é
massa ser crente. Vou também cantar músicas em um ritmo do momento para atrair
as pessoas, multidões. Fazer de tudo pra várias pessoas entrarem para essa
tribo.
Sou gospel.
Vou pregar que é bom ser
crente, que é materialmente próspero viver esse 'estilo de vida'. Traçar alguns
passos para uma vitória terrena e rápida, imediata. Sem esquecer-se de inflar o
ego humano dando-lhes a soberania de serem reis de si.
Sou gospel.
Vou colocar alguns elementos
na minha igreja para que as pessoas se sintam atraídas, algo que dê certo.
Tocar e cantar o que agrade; pregar o que agrade. Dar ao homem o poder de
determinar que Deus atenda seus caprichos.
Sou gospel.
Vou montar algum grupo que
faça sucesso. Quero ser reconhecido dentro meio que vivo (quem sabe em todo o
mundo?). Vou ganhar bastante dinheiro com o dom que digo que é meu.
Sou gospel.
Longe de mim pobreza, doença
ou qualquer mazela (EU REPREENDO!). Longe de mim vontade de Deus dizendo o que
devo fazer. Palavra de Deus? 'O melhor dessa terra é meu', não me contento com
pouco.
Fora disso, é tudo legalismo.
Só quero milagre e vitória e não importa o que aconteça com quem tá ao meu
lado. "Vão estar entre a plateia e eu no palco".
Sou gospel.
Não venha me repreender com o
que penso. Afinal, acredito que isso é relativo. Tô confortável com o que
creio. Nada de sermão, exortação. Se não quiser me dar uma palavra legal, eu
saio da igreja.
Walisson Alves.
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